terça-feira, 14 de agosto de 2012

0 Silêncio II




Na primeira postagem sobre o silêncio, nós falamos sobre um silêncio que reina no seio das Igrejas Evangélicas Brasileira quase que de forma geral. Mas dessa feita, estaremos meditando num segundo silêncio, o silêncio imposto à igreja por parte da liderança.

Não quero que ninguém pense que eu estou pregando insurreição, insubordinação ou divisão na Igreja de Cristo, totalmente ao contrário, sou daqueles que defendem obediência e submissão à liderança espiritual, constituída por Deus à sua Igreja.

Porém, acontece que obediência não é o mesmo que “escravidão espiritual” ou submissão cega aos ditames de “lideranças” sem visão de Deus, gananciosas e que se aproveitam da simplicidade do povo. É contra esse tipo de “submissão que me levanto contra em NOME DO SENHOR JESUS”!

O quero dizer com isto é que não admito que alguns líderes pensem que são semideuses, intocáveis e infalíveis; a ponto de não admitirem serem questionados pelos seus liderados, principalmente pelo corpo de obreiros, tornando suas decisões e determinações como se fossem as próprias decisões de Cristo à sua Igreja.

Já percebeu que ultimamente é proibido pensar, perguntar e argumentar com a sua liderança? Você já tentou perguntar ao seu pastor do porquê de algumas decisões dele? Do porquê de algumas cobranças exorbitantes e exageradas de ofertas, votos e afins contra os fiéis?

Já tentou perguntar a sua liderança pra onde vão todos os dízimos dos fiéis, que raramente são revertidos em melhorias aos templos, na evangelização e ajuda aos necessitados? Certa feita eu tentei perguntar, e sabe o que aconteceu? Até hoje sou tido como “obreiro rebelde” e divisor da obra. Mas não me importo com isso, pois Deus conhece o meu coração e sabe que o meu desejo é apenas que haja mais transparência do corpo eclesiástico para com os fiéis.

Acha que estou errado? Bem, o que dizer daqueles que foram arrastados por uma liderança inescrupulosa até um determinado local e sob o seu comando envenenaram-se a si mesmos e morreram todos, simplesmente por não questionar o seu líder? (http://www.acemprol.com/quem-foi-jim-jones-e-o-que-foi-jonestown-t11521.html)

Já pensou se Lutero tivesse se calado ante os desmandos da Igreja Católica de sua época? Teríamos tido a Reforma Protestante?

Não se pode engolir tudo que a liderança quiser goela abaixo passivamente, não é são e nem bíblico fazer isto (Tss 5.21). Como não perguntar de onde alguns tiraram a doutrina das sementes, da justificação pelas obras, das toalhinhas ungidas, das rosas abençoadas, etc.? Como aceitar tudo isso passivamente, sem perguntar nem examinar as Escrituras?

“Ó Jerusalém, sobre os teus muros pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis lembrar ao SENHOR, não haja silêncio em vós...”
Isaías 62.6
João Augusto de Oliveira


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