E, quando ele vier,
convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado, porque não creem
em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo,
porque já o príncipe deste mundo está julgado. (João 16.8-11)
Introdução – O pregador pode gritar, saltar, correr no púlpito ou até mesmo
mandar as pessoas olharem umas para as outras e dizer qualquer coisa, mas se o
Espírito Santo não agir, nada acontecerá. Ele foi, é e continuará sendo o
interprete por natureza da palavra que sai dos lábios do “pregador ungido”.
Pregar sem o auxílio do Espírito Santo é o mesmo que tentar fazer um carro
ligar a ignição sem motor.
Desenvolvimento - Fico estarrecido todas as vezes que leio o
sermão de Pedro logo após a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
Porque não dizer que logo após o advento do revestimento de poder do Espírito
na vida dos apóstolos a história da Igreja mudou. Era somente abrir a boca para
falar e literalmente milhares de vidas eram salvas, transformadas, libertas e
batizadas no Espírito Santo.
O tempo passou e por
incrível que pareça ao invés de melhorar ficou pior. Hoje temos milhares de
pregadores formados em Teologia, músicos com as melhores formações, os melhores
sistemas de som, divulgação maciça através das redes sociais e televisivas, etc.,
mas estamos realmente muito distantes de obter frutos semelhantes aos deles.
Alguns congressos que vejo chega a dar dó. Muitas vezes canta-se tantos hinos
(não tenho nada contra o louvor) que até parece um show e não uma reunião para
se ouvir a voz de Deus. Em contrapartida em alguns cultos até temos tempo
razoável para a exposição da Bíblia, mas coitado do pregador, parece até um
palhaço que faz gracejos, conta histórias bonitas e vomita muita letra sobre o
auditório, mas ao final quando vai se fazer a contabilidade o saldo é quase
zero. Porque isso está acontecendo? Bem ao meu ver existe apenas uma
explicação: Estamos deixando o Espírito Santo de fora dos nossos sermões.
De nada adianta ter um
vocabulário impecável, uma retórica de fazer inveja aos grandes oradores
greco-romanos, uma hermenêutica e exegese de ponta se não tivermos como
interprete ao coração da multidão, o ESPÍRITO SANTO. Realmente se o deixarmos
de fora de qualquer atividade relacionada ao Reino de Deus (Pregação, ensino da
Bíblia, Administração Eclesiástica, etc.) estamos fadados ao fracasso. E o pior
é que muita gente sabe que está há anos tentando trabalhar sozinho, mas não se
arrepende desse grave pecado e não pede com lágrimas e choro que Deus mude esse
quadro.
Eu não sou contra o
Estudo da Teologia em todas as suas ramificações ou qualquer outro campo de
estudo e pesquisa (Filosofia, Sociologia, Direito, etc.), mas infelizmente e
digo isso com muito pesar; em alguns lugares o “estudo” está tomando o lugar do
Espírito Santo e a catástrofe oriunda dessa atitude já é uma realidade na vida
da Igreja hodierna.
Não estou propondo que
deixemos de estudar ou que fechemos as faculdades e centros de ensino, mas se
não tivermos um retorno urgente aos pés do CONSOLADOR veremos a Igreja sucumbir
a frieza e a mornidão espiritual.
Existe hoje um
contingente enorme a ser alcançado pelo Evangelho e salvo por Jesus, inúmeras
pessoas nas igrejas precisam ser libertas de enfermidades e opressões
demoníacas, centenas de milhares precisam receber a promessa do Batismo no
Espírito Santo e é usando o pregador que Deus realiza estas e outras grandes
obras no meio da Igreja.
Conclusão - Quando você pregar o Evangelho e começar a perceber que as pessoas
não mais choram, não são libertas através do poder da Palavra de Cristo, não
são salvas, não são curadas, não são cheias do Espírito PARE! Faça uma
retrospectiva na sua vida e veja o que está errado, pois você pode ter
substituído a ajuda do Espírito por muletas e estar trabalhando sozinho.
Portanto voltemos ao
altar da oração, ao quarto do jejum e as horas de reflexão e meditação sincera
na Palavra, afim de que o Senhor tenha misericórdia e derrame sobre nós o
ESPÍRITO lá do alto (Isaías 32.15).
Em Cristo,
João Augusto de Oliveira
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