segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

0 Enfermidade na Igreja Evangélica brasileira




Artigo adaptado do livro Reforma Agora.

A explosão evangélica no Brasil e o seu crescimento numérico parecem ser caracterizados, em boa parte, pela satisfação dos interesses de seus “consumidores”.

Ouso afirmar que o ambiente de “livre concorrência” entre algumas comunidades cristãs no Brasil tem levado seus líderes a adotarem estratégias semelhantes às utilizadas por empresas de marketing, buscando oferecer seus “produtos” no mercado, à semelhança do que se vê na mentalidade comercial. Nessas comunidades cristãs, a preferência dos fiéis determina a dinâmica dos discursos religiosos e das práticas a eles relacionadas. Junta-se a isso o fato de que, nos últimos anos, o evangelicalismo brasileiro tem experimentado uma grave crise teológica.

Ao pensar na realidade da igreja, sinto-me profundamente preocupado com os rumos da fé cristã em nosso país. Pois, o que se vê, de forma quase generalizada, é uma espiritualidade ensimesmada, oca e egoísta, além de centenas de “pastores” movidos por ganância e poder, os quais têm vivido obstinadamente a procura de títulos cada vez mais impressionantes. Infelizmente a “apostolização” moderna tem feito muitos destes pequenos reis, os quais em cerimônias nababescas são coroados como tais. Tem havido casos tais como o de um “apóstolo” que, num cerimonial cheio de pompa, foi coroado, recebendo como símbolo de sua autoridade apostólica um lindo e precioso anel de brilhantes.

Sem sombra de dúvidas parte da igreja evangélica brasileira encontra-se gravemente enferma. Entendo que, se uma mudança de direção não for feita nos próximos anos, corremos o sério risco de experimentarmos uma bancarrota espiritual. Sinto que não podemos mais suportar o maniqueismo e dualismo promovidos pelos gurus da “batalha espiritual”; não é possível que consideremos normais as loucuras proferidas pelos profetas da “confissão positiva”, os quais, mediante revelações pessoais, têm escravizado o rebanho de Cristo com doutrinas que jamais foram ensinadas pela Bíblia. Não podemos mais suportar as invenções humanas – e haja criatividade para elas – que assolam o povo de Deus, impondo-lhe pesados fardos.

Infelizmente estamos vivendo um tempo de miscigenação doutrinária, onde os cultos evangélicos em vez de se fundamentarem exclusivamente nas Escrituras o fazem em experiências místicas e sincréticas. Na verdade, o que tem determinado o sucesso do culto não é mais pregação da Palavra, mas o gosto do “consumidor”. Lamentavelmente a igreja prega o que dá ibope, oferecendo ao povo o que ele quer ouvir.

Pois é, diante disto talvez você esteja perguntando a si mesmo: o que fazer? Será que ainda existe esperança para a tão combalida igreja brasileira? Será que existe um antídoto que possa ser aplicado de forma efetiva em nossas comunidades cristãs?

Acredito que sim. Na verdade, creio piamente que existe um remédio para isso tudo. Acredito de toda minha alma que se voltarmos às Escrituras, fazendo delas nossa única e exclusiva regra de fé e redescobrirmos as antigas doutrinas ensinadas pelos reformadores, poderemos experimentar uma mudança radical na vida e na história da igreja evangélica brasileira.

O famoso pregador Charles Haddon Spurgeon afirmou o seu anseio por um avivamento das antigas doutrinas da seguinte maneira: 1

Queremos um avivamento das antigas doutrinas. Não conhecemos uma doutrina bíblica que, no presente, não tenha sido cuidadosamente prejudicada por aqueles que deveriam defendê-la. Há muitas doutrinas preciosas às nossas almas que têm sido negadas por aqueles cujo ofício é proclamá-las. Para mim é evidente que necessitamos de um avivamento da antiga pregação do evangelho, tal como a de Whitefield e de Wesley. As Escrituras têm de se tornar o infalível alicerce de todo o ensino da igreja; a queda, a redenção e a regeneração dos homens precisam ser apresentadas em termos inconfundíveis.

Prezado leitor, apesar das incongruências tupiniquins eu ainda acredito na igreja evangélica brasileira. Sim! Eu acredito que a redescoberta das antigas doutrinas poderá produzir em nosso país um avivamento nunca antes experimentado.

Foi por isso, que ao escrever o livro Reforma Agora, eu o fiz com o coração pesado e os olhos encharcados de lágrimas. Amo a igreja do meu Senhor e desejo de todo coração vê-la glorificando aquele que me salvou.

Creio profundamente que se a igreja brasileira regressar às doutrinas da graça, valorizando as Escrituras em detrimento da tradição e da experiência, vivenciaremos aquilo que povos e nações do passado experimentaram em sua história.

E você, acredita que Deus pode trazer um avivamento em nossas terras?

Reforma Agora

O antídoto para a confusão evangélica no Brasil

Neste livro, Renato Vargens faz uma análise do movimento neopentecostal que acontece hoje no Brasil, expondo e contextualizando seus misticismos, enganos e distorções da sã doutrina bíblica. Como aconteceu no século XVI, Reforma Agora tem o objetivo de chamar as igrejas evangélicas para retornarem à única referência que deve nortear a vida do cristão, as Sagradas Escrituras.

 

CONFIRA

Por: Renato Vargens. © Editora Fiel. Website: editorafiel.com.br. Trecho retirado com permissão do livro: Reforma Agora.

Original: Uma enfermidade na igreja evangélica brasileira. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

0 Sua Igreja é uma seita??




Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade e da pureza que há em Cristo (II Coríntios 11.3)

Significado de Seita - Substantivo Feminino - Doutrina que, propagada por um grande número de pessoas, se afasta ou diverge de certa forma de outra doutrina principal. Grupo de pessoas que adota uma doutrina diferente das demais.

Grupo religioso dissidente que deixa de participar de uma religião por não concordar com suas normas e objetivos.

Grupo com uma organização própria, geralmente restrito e fechado, que se une por ideias, ideologias, opiniões e comportamentos semelhantes; facção, bando. Etimologia (origem da palavra seita). A palavra seita tem sua origem no latim, “secta, ae”, e significa “partido, causa”.

                                         

Sua Igreja é uma seita? É um grupo ortodoxo ou vive e prega algo além das Escrituras ou a interpreta a seu bel prazer?

 

Sua Igreja respeita a correta interpretação das Escrituras ou a macula?

 

Quais as principais características de uma seita? Leia e decida se sua igreja é cristã-bíblica ou apenas mais um grupo heterodoxo.

 

 

Existem milhares de religiões neste  mundo, e obvia­mente nem todas são certas. O próprio Jesus advertiu seus discípulos de que viriam falsos profetas usando Seu nome, e ensinando mentiras, para desviar as pessoas da verdade (Mateus 24.24). O apóstolo Paulo também falou que existem pessoas de consciência cauterizada, que falam mentiras, e que são inspirados por espíritos enganadores (1 Timóteo 4.1-2).

Nós chamamos de seitas a essas religiões. Não estamos dizendo que to­dos os que pertencem a uma seita são deson­estos ou mal intencionados. Existem muitas pessoas sinceras que caíram vítimas de falsos profetas. Para evitar que isto ocorra conosco, devemos ser capazes de distinguir os sinais característicos das seitas. Embora elas sejam muitas, possuem pelo menos cinco marcas em comum:


(1) Elas têm outra fonte de autori­dade além da Bíblia. Enquanto que os cristãos admitem apenas a Bíblia como fonte de conhecimento verdadeiro de Deus, as seitas adotam outras fontes. Algumas forjaram seus próprios livros; outras aceitam revelações diretas da parte de Deus; outras aceitam a palavra de seus líderes como tendo autoridade divina. Outras falam ainda de novas revelações dadas por anjos, ou pelo próprio Jesus. E mesmo que ainda citem a Bíblia, ela tem autoridade inferior a estas  revelações.


(2) Elas acabam por diminuir a pessoa de Cristo. Embora muitas seitas falem bem de Jesus Cristo, não o consideram como sendo ver­dadeiro Deus e verdadeiro homem, nem como sendo o único Salvador da humanidade. Reduzem-no a um homem bom, a um homem di­vinizado, a um espírito aperfeiçoa­do através de muitas encarnações, ou à mais uma manifestação diferente de  Deus, igual a outros líderes religiosos como Buda ou Maomé. Freqüentemente, as seitas colocam outras pessoas no lugar de Cristo, a quem adoram e em quem confiam.


(3) As seitas ensinam a salvação pelas obras. Essa é uma característica universal de todas as seitas. Por acreditarem que o homem é intrinsecamente bom e capaz de por si mesmo fazer o que é preciso para salvar a sua alma, pregam que ele pode acumular méritos e vir a merecer o perdão de Deus, através de suas boas obras praticadas neste mundo. Embora as seitas sejam muito diferentes em sua aparência externa, são iguais neste ponto. Algumas falam em fé, mas sempre entendem a fé como sendo um ato humano meritório. E nisto diferem radicalmente do ensi­no bíblico da salvação pela graça mediante a fé.


(4) As seitas são exclusivistas quanto à salvação. Pregam que somente os membros do seu grupo religioso poderão se salvar. Enquanto que os cristãos reconhecem que a salvação é dada a qualquer um que arrependa-se dos seus pecados e creia em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador (não importa a denominação religiosa), as seitas ensinam que não há salvação fora de sua comunidade.


(5) As seitas se consideram o grupo fiel dos últi­mos tempos. Elas ensinam que re­ceberam algum tipo de ensino se­creto que Deus havia guardado para os seus fiéis, perto do fim do mundo. É interessante que toda vez que nos aproximamos do fim de um milênio, cresce o número de seitas afirman­do que são o grupo fiel que Deus reservou para os últimos dias da humanidade.

Podemos e devemos ajudar as pes­soas que caíram vítimas de alguma seita. Na carta de Tiago está es­crito que devemos procurar ganhar aqueles que se desviaram da ver­dade (Tiago 5.19-20). Para isto, entretanto, é preciso que nós mes­mos conheçamos profundamente nossa Bíblia bem como as doutri­nas centrais do Cristianismo. Mais que isto, devemos ter uma vida de oração, em comunhão com Cristo,  para recebermos dele poder e amor e moderação.

 

 

Augustus Nicodemus é bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife, mestre em Novo Testamento pela Universidade Cristã de Potchefstroom, na África do Sul, e doutor em Hermenêutica e Estudos Bíblicos pelo Seminário Teológico de Westminster, na Filadélfia (EUA), com estudos adicionais na Universidade Reformada de Kampen, na Holanda.

 

 

 


 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

0 O Jesus Bíblico e o Jesus das Seitas




Tomara que me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, porém, ainda. Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis. 2 Coríntios 11.1-4





Pr. Natanael Rinaldi 

FONTE: http://www.cacp.org.br/o-jesus-biblico-e-o-jesus-das-seitas/

 

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