segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

0 Enfermidade na Igreja Evangélica brasileira




Artigo adaptado do livro Reforma Agora.

A explosão evangélica no Brasil e o seu crescimento numérico parecem ser caracterizados, em boa parte, pela satisfação dos interesses de seus “consumidores”.

Ouso afirmar que o ambiente de “livre concorrência” entre algumas comunidades cristãs no Brasil tem levado seus líderes a adotarem estratégias semelhantes às utilizadas por empresas de marketing, buscando oferecer seus “produtos” no mercado, à semelhança do que se vê na mentalidade comercial. Nessas comunidades cristãs, a preferência dos fiéis determina a dinâmica dos discursos religiosos e das práticas a eles relacionadas. Junta-se a isso o fato de que, nos últimos anos, o evangelicalismo brasileiro tem experimentado uma grave crise teológica.

Ao pensar na realidade da igreja, sinto-me profundamente preocupado com os rumos da fé cristã em nosso país. Pois, o que se vê, de forma quase generalizada, é uma espiritualidade ensimesmada, oca e egoísta, além de centenas de “pastores” movidos por ganância e poder, os quais têm vivido obstinadamente a procura de títulos cada vez mais impressionantes. Infelizmente a “apostolização” moderna tem feito muitos destes pequenos reis, os quais em cerimônias nababescas são coroados como tais. Tem havido casos tais como o de um “apóstolo” que, num cerimonial cheio de pompa, foi coroado, recebendo como símbolo de sua autoridade apostólica um lindo e precioso anel de brilhantes.

Sem sombra de dúvidas parte da igreja evangélica brasileira encontra-se gravemente enferma. Entendo que, se uma mudança de direção não for feita nos próximos anos, corremos o sério risco de experimentarmos uma bancarrota espiritual. Sinto que não podemos mais suportar o maniqueismo e dualismo promovidos pelos gurus da “batalha espiritual”; não é possível que consideremos normais as loucuras proferidas pelos profetas da “confissão positiva”, os quais, mediante revelações pessoais, têm escravizado o rebanho de Cristo com doutrinas que jamais foram ensinadas pela Bíblia. Não podemos mais suportar as invenções humanas – e haja criatividade para elas – que assolam o povo de Deus, impondo-lhe pesados fardos.

Infelizmente estamos vivendo um tempo de miscigenação doutrinária, onde os cultos evangélicos em vez de se fundamentarem exclusivamente nas Escrituras o fazem em experiências místicas e sincréticas. Na verdade, o que tem determinado o sucesso do culto não é mais pregação da Palavra, mas o gosto do “consumidor”. Lamentavelmente a igreja prega o que dá ibope, oferecendo ao povo o que ele quer ouvir.

Pois é, diante disto talvez você esteja perguntando a si mesmo: o que fazer? Será que ainda existe esperança para a tão combalida igreja brasileira? Será que existe um antídoto que possa ser aplicado de forma efetiva em nossas comunidades cristãs?

Acredito que sim. Na verdade, creio piamente que existe um remédio para isso tudo. Acredito de toda minha alma que se voltarmos às Escrituras, fazendo delas nossa única e exclusiva regra de fé e redescobrirmos as antigas doutrinas ensinadas pelos reformadores, poderemos experimentar uma mudança radical na vida e na história da igreja evangélica brasileira.

O famoso pregador Charles Haddon Spurgeon afirmou o seu anseio por um avivamento das antigas doutrinas da seguinte maneira: 1

Queremos um avivamento das antigas doutrinas. Não conhecemos uma doutrina bíblica que, no presente, não tenha sido cuidadosamente prejudicada por aqueles que deveriam defendê-la. Há muitas doutrinas preciosas às nossas almas que têm sido negadas por aqueles cujo ofício é proclamá-las. Para mim é evidente que necessitamos de um avivamento da antiga pregação do evangelho, tal como a de Whitefield e de Wesley. As Escrituras têm de se tornar o infalível alicerce de todo o ensino da igreja; a queda, a redenção e a regeneração dos homens precisam ser apresentadas em termos inconfundíveis.

Prezado leitor, apesar das incongruências tupiniquins eu ainda acredito na igreja evangélica brasileira. Sim! Eu acredito que a redescoberta das antigas doutrinas poderá produzir em nosso país um avivamento nunca antes experimentado.

Foi por isso, que ao escrever o livro Reforma Agora, eu o fiz com o coração pesado e os olhos encharcados de lágrimas. Amo a igreja do meu Senhor e desejo de todo coração vê-la glorificando aquele que me salvou.

Creio profundamente que se a igreja brasileira regressar às doutrinas da graça, valorizando as Escrituras em detrimento da tradição e da experiência, vivenciaremos aquilo que povos e nações do passado experimentaram em sua história.

E você, acredita que Deus pode trazer um avivamento em nossas terras?

Reforma Agora

O antídoto para a confusão evangélica no Brasil

Neste livro, Renato Vargens faz uma análise do movimento neopentecostal que acontece hoje no Brasil, expondo e contextualizando seus misticismos, enganos e distorções da sã doutrina bíblica. Como aconteceu no século XVI, Reforma Agora tem o objetivo de chamar as igrejas evangélicas para retornarem à única referência que deve nortear a vida do cristão, as Sagradas Escrituras.

 

CONFIRA

Por: Renato Vargens. © Editora Fiel. Website: editorafiel.com.br. Trecho retirado com permissão do livro: Reforma Agora.

Original: Uma enfermidade na igreja evangélica brasileira. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

0 Sua Igreja é uma seita??




Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade e da pureza que há em Cristo (II Coríntios 11.3)

Significado de Seita - Substantivo Feminino - Doutrina que, propagada por um grande número de pessoas, se afasta ou diverge de certa forma de outra doutrina principal. Grupo de pessoas que adota uma doutrina diferente das demais.

Grupo religioso dissidente que deixa de participar de uma religião por não concordar com suas normas e objetivos.

Grupo com uma organização própria, geralmente restrito e fechado, que se une por ideias, ideologias, opiniões e comportamentos semelhantes; facção, bando. Etimologia (origem da palavra seita). A palavra seita tem sua origem no latim, “secta, ae”, e significa “partido, causa”.

                                         

Sua Igreja é uma seita? É um grupo ortodoxo ou vive e prega algo além das Escrituras ou a interpreta a seu bel prazer?

 

Sua Igreja respeita a correta interpretação das Escrituras ou a macula?

 

Quais as principais características de uma seita? Leia e decida se sua igreja é cristã-bíblica ou apenas mais um grupo heterodoxo.

 

 

Existem milhares de religiões neste  mundo, e obvia­mente nem todas são certas. O próprio Jesus advertiu seus discípulos de que viriam falsos profetas usando Seu nome, e ensinando mentiras, para desviar as pessoas da verdade (Mateus 24.24). O apóstolo Paulo também falou que existem pessoas de consciência cauterizada, que falam mentiras, e que são inspirados por espíritos enganadores (1 Timóteo 4.1-2).

Nós chamamos de seitas a essas religiões. Não estamos dizendo que to­dos os que pertencem a uma seita são deson­estos ou mal intencionados. Existem muitas pessoas sinceras que caíram vítimas de falsos profetas. Para evitar que isto ocorra conosco, devemos ser capazes de distinguir os sinais característicos das seitas. Embora elas sejam muitas, possuem pelo menos cinco marcas em comum:


(1) Elas têm outra fonte de autori­dade além da Bíblia. Enquanto que os cristãos admitem apenas a Bíblia como fonte de conhecimento verdadeiro de Deus, as seitas adotam outras fontes. Algumas forjaram seus próprios livros; outras aceitam revelações diretas da parte de Deus; outras aceitam a palavra de seus líderes como tendo autoridade divina. Outras falam ainda de novas revelações dadas por anjos, ou pelo próprio Jesus. E mesmo que ainda citem a Bíblia, ela tem autoridade inferior a estas  revelações.


(2) Elas acabam por diminuir a pessoa de Cristo. Embora muitas seitas falem bem de Jesus Cristo, não o consideram como sendo ver­dadeiro Deus e verdadeiro homem, nem como sendo o único Salvador da humanidade. Reduzem-no a um homem bom, a um homem di­vinizado, a um espírito aperfeiçoa­do através de muitas encarnações, ou à mais uma manifestação diferente de  Deus, igual a outros líderes religiosos como Buda ou Maomé. Freqüentemente, as seitas colocam outras pessoas no lugar de Cristo, a quem adoram e em quem confiam.


(3) As seitas ensinam a salvação pelas obras. Essa é uma característica universal de todas as seitas. Por acreditarem que o homem é intrinsecamente bom e capaz de por si mesmo fazer o que é preciso para salvar a sua alma, pregam que ele pode acumular méritos e vir a merecer o perdão de Deus, através de suas boas obras praticadas neste mundo. Embora as seitas sejam muito diferentes em sua aparência externa, são iguais neste ponto. Algumas falam em fé, mas sempre entendem a fé como sendo um ato humano meritório. E nisto diferem radicalmente do ensi­no bíblico da salvação pela graça mediante a fé.


(4) As seitas são exclusivistas quanto à salvação. Pregam que somente os membros do seu grupo religioso poderão se salvar. Enquanto que os cristãos reconhecem que a salvação é dada a qualquer um que arrependa-se dos seus pecados e creia em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador (não importa a denominação religiosa), as seitas ensinam que não há salvação fora de sua comunidade.


(5) As seitas se consideram o grupo fiel dos últi­mos tempos. Elas ensinam que re­ceberam algum tipo de ensino se­creto que Deus havia guardado para os seus fiéis, perto do fim do mundo. É interessante que toda vez que nos aproximamos do fim de um milênio, cresce o número de seitas afirman­do que são o grupo fiel que Deus reservou para os últimos dias da humanidade.

Podemos e devemos ajudar as pes­soas que caíram vítimas de alguma seita. Na carta de Tiago está es­crito que devemos procurar ganhar aqueles que se desviaram da ver­dade (Tiago 5.19-20). Para isto, entretanto, é preciso que nós mes­mos conheçamos profundamente nossa Bíblia bem como as doutri­nas centrais do Cristianismo. Mais que isto, devemos ter uma vida de oração, em comunhão com Cristo,  para recebermos dele poder e amor e moderação.

 

 

Augustus Nicodemus é bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife, mestre em Novo Testamento pela Universidade Cristã de Potchefstroom, na África do Sul, e doutor em Hermenêutica e Estudos Bíblicos pelo Seminário Teológico de Westminster, na Filadélfia (EUA), com estudos adicionais na Universidade Reformada de Kampen, na Holanda.

 

 

 


 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

0 O Jesus Bíblico e o Jesus das Seitas




Tomara que me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, porém, ainda. Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis. 2 Coríntios 11.1-4





Pr. Natanael Rinaldi 

FONTE: http://www.cacp.org.br/o-jesus-biblico-e-o-jesus-das-seitas/

sábado, 27 de novembro de 2021

0 10 Caratcterísticas da Igreja que Satanás GOSTA

 



1 - A igreja que satanás gosta não é cristocêntrica. Muito pelo contrário, ela não prega Cristo.

2 - A igreja que satanás gosta não proclama evangelho, nem tampouco anuncia a necessidade do pecador se arrepender de seus pecados, mediante a fé em Cristo Jesus.

3 - A igreja que satanás gosta vende indulgências, barganhando com Deus fórmulas mágicas para o enriquecimento e prosperidade de todos aqueles que desejam sem abençoados.

4- A igreja que satanás gosta visa somente a satisfação do homem em todas as suas dimensões deixando de lado a necessidade de arrependimento e conversão por parte do pecador.

5 - A igreja que satanás gosta não proclama a salvação pela graça, mas sim pelos méritos do ofertante ou dizimista.

6 - A igreja que satanás gosta não valoriza a Palavra de Deus, antes, relativiza as Escrituras considerando-as desnecessárias ao amadurecimento do cristão.

7 - A igreja que satanás gosta é aquela que coloca em pé de igualdade os apóstolos da modernidade e as Escrituras Sagradas.

8 - A igreja que satanás gosta é aquela que se preocupa em construir templos suntuosos e nababescos, deixando de lado o trabalho missionário.

9 - A igreja que satanás gosta é antropocêntrica, ensimesmada e focada na satisfação de todas as vontades humanas e jamais prega a cruz.

10 - A igreja que satanás gosta ama cantar os sucessos gospel, mas odeia estudar as escrituras e viver em santidade.

 

 

FONTE: @puritanosreformados @renatovargens-Instagram



quinta-feira, 25 de novembro de 2021

0 A Igreja passará pela Grande Tribulação?

 



Você acredita que a Igreja do Senhor Jesus enfrentará o período negro e sombrio da Grande Tribulação?

   Assista a opinião de alguns teólogos evangélicos e tire suas próprias conclusões.




A minha opinião Bíblica e pessoal é que a Igreja do Senhor Jesus não passará pela Grande Tribulação. Há razões sobejas para crer dessa maneira e a interpretação que mais se ajusta ao calendário profético-escatológico da Bíblia, coloca a Igreja  fora da Grande Tribulação. Porém, compete a cada um ler, estudar e tirar suas próprias conclusões.
  De uma coisa nós podemos estar certos: Jesus virá arrebatar a sua Igreja e ai daqueles que estiverem brincando e perdendo tempo com discussões sem sentido, pois correrão um grande risco de ficar para trás e enfrentar o período mais crítico, triste e de duro juízo: A GRANDE TRIBULAÇÃO.
     Deus vos abençoe,
                                         João Augusto de Oliveira

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

0 A IGREJA: O Corpo de Cristo


 



A igreja é o corpo de Cristo, a ha­bitação de Deus por intermédio do Es­pírito Santo, designada por divino de­creto para o cumprimento da grande comissão. Cada um dos crentes, nasci­do do Espírito Santo, forma parte inte­gral da assembleia geral e igreja dos primogênitos, os quais estão inscritos no céu.

Efésios 1.22, 23.22; Hebreus 12.23

Marcos 16.15-20; Efésios 4.11-13

A palavra “igreja” tem diversos significados na lin­guagem moderna. Aplica-se a um edifício, a uma con­gregação, a uma denominação e à cristandade em ge­ral. Vários destes significados não aparecem no Novo Testamento, onde o vocábulo igreja não se refere nunca a um edifício, nem a uma denominação à cristandade em geral. Designa geralmente uma congregação local, organizada para adorar a Deus e para observar as or­denanças do evangelho e executar os mandamentos do Senhor. Mas algumas poucas vezes refere-se a assembleias e com mais frequência a todo o corpo de verda­deiros seguidores de Cristo, e em Hebreus 12: 23, aos remidos do céu e da terra.

A palavra igreja, empregada em sentido univer­sal, designa o corpo de Cristo. Efésios 1.22, 23; Colossenses 1.18, 19. A igreja universal invisível, da qual Cristo é a cabeça, não é uma organização, mas um orga­nismo, pois em cada um de seus membros palpita a vida de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual dirige o mo­vimento de todo o corpo em geral e de cada crente em particular, e comunica a cada um dos membros do cor­po sua sabedoria, justiça, santidade, vida e poder. I Coríntios 1.24, 30; João 6.32-35. É assim que mediante a união vital com Cristo todo crente, ainda que humil­de ou isolado, forma parte com os demais redimidos de um organismo no qual vibra o amor e a graça de nosso Senhor Jesus, de cuja plenitude todos temos recebido, João 1.14, 16. Cada um dos membros deste corpo, por insignificante que seja, tem sua parte neste grande or­ganismo, e aquele membro do corpo que ocupa uma posição proeminente não deve desprezar ao que ocupa um lugar mais humilde e obscuro, porque todos os mem­bros são necessários para o bem comum, como o afir­ma Paulo em forma tão categórica em I Coríntios 12 e em Romanos 12.

A Assembleia Universal é descrita sob a forma de um templo, I Coríntios 3.9-17; 6.19; Efésios 2.20-22; I Timóteo 3.15; I Pedro 2.4, 5; Apocalipse 21.3. Os apóstolos e profetas constituem o cimento deste edifício, enquanto que Cristo é a pedra fundamental. O Senhor é quem sustenta todo o edifício. Nem a madeira, ou o fe­no ou a folhagem — que representam à natureza não regenerada — formarão parte de seus muros, que deve­rão ser de ouro, prata e pedras preciosas, — ou seja símbolo dos verdadeiros filhos de Deus, I Coríntios 3.12, 13. Em Efésios 2.20-22. Paulo considera os crentes filhos verdadeiros de Deus, componentes da família di­vina, todos unidos em Jesus, a pedra fundamental, for­mando um templo santo de Deus para que Ele o habite por intermédio do Espírito Santo. Pedro por sua parte designa os crentes com o nome de “pedras vivas”, as quais formam o templo, uma casa espiritual edificada com o propósito de oferecer sacrifícios espirituais a Deus, I Pedro 2.4, 5.

A Assembleia Universal é a esposa de CristoII Coríntios 11.2; Efésios 5.25-27; Apocalipse 19: 7; 22: 17. Jesus mesmo é o esposo, João 3.29; Mateus 25: 6. A igreja se prepara agora para unir-se ao Cor­deiro, Apocalipse 21: 2, e jamais será separada de seu Senhor, I Tessalonicenses 4.17.

Assembleia local deveria compor-se somente de membros regenerados, isto é, pessoas nascidas do Es­pírito Santo e cheias dEle, que realizem a vontade de Cris­to, e que formam parte da assembleia local, miniatura da grande assembleia universal. Qualquer diferença ou falta de cooperação obstaculiza o serviço da assembleia, e portanto, a obra de Cristo na terra.

Para a perfeição da Assembleia Universal, de cada uma das assembleias locais e dos membros individualmente, Cristo deu apóstolos, profetas, evangelis­tas, pastores e mestres, quando subiu ao céu. Efésios 4.8, 11.

O Espírito Santo opera na Assembleia e por intermédio dela, revestindo os crentes de poder, guian­do-os a toda a verdade, revelando-lhes a Cristo, trans­formando-os se são submissos à sua vontade, de uma glória ou outra superior, até que cheguem a obter a semelhança de Cristo, II Coríntios 3.18; Efésios 4.12-17.

A verdadeira igreja de Deus não conhece outro legislador além de Cristo e descobre que seu gozo mais elevado na terra consiste em saber sua vontade e fazê-la, e sua maior glória no futuro será tornar-se semelhante a seu Senhor, I João 3.1-3. Vestida da jus­tiça de Cristo, cheia de seu amor, revestida de seu Es­pírito (e cumprindo sua vontade, a igreja eleva os seus olhos ao céu, esperando a volta daquele a quem ama, I Tessalonicenses 1.9, 10.

Foi com respeito a esta assembleia que o Senhor Jesus disse o seguinte: “Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Mateus 16.18.

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LIVRO DOUTRINAS BÍBLICAS – P.C. NELSON – LIVRARIA DOS EVANGÉLICOS


FONTE: http://www.cacp.org.br/a-igreja-o-corpo-de-cristo/


sábado, 6 de novembro de 2021

0 Revista adultos 1° trimestre 2022




A SUPREMACIA DAS ESCRITURAS

Comentarista: Douglas Baptista

Lição 1 _A autoridade da Bíblia
Lição 2 – A Inspiração Divina da Bíblia
Lição 3 – A Inerrância da Bíblia
Lição 4 – A Estrutura da Bíblia
Lição 5 – Como ler as Escrituras
Lição 6 – A Bíblia como um Guia para a Vida
Lição 7 – A Bíblia transforma pessoas
Lição 8 – A Lei e os Evangelhos revelam Jesus
Lição 9 – As Histórias e as Poesias falam ao Coração
Lição 10 – As Profecias despertam e trazem esperança
Lição 11 – Lucas-Atos: O Modelo Pentecostal para hoje
Lição 12 – As Epístolas instruem e formam os cristãos
Lição13 – A Leitura da Bíblia e a educação cristã


 

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

0 Dia de Finados: O que diz a Bíblia?

 



No dia 2 de novembro se celebra o culto aos mortos ou o dia de Finados. Qual a origem do culto aos mortos ou do dia de Finados?

O dia de Finados só começou a existir a partir do ano 998 DC. Foi introduzido por Santo Odilon, ou Odílio, abade do mosteiro beneditino de Cluny na França. Ele determinou que os monges rezassem por todos os mortos, conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os lugares e de todos os tempos. Quatro séculos depois, o Papa, em Roma, na Itália, adotou o dia 2 de novembro como o dia de Finados, ou dia dos mortos, para a Igreja Católica.

Como chegou aqui no Brasil essa celebração de 2 de novembro ser celebrado o dia de Finados?

O costume de rezar pelos mortos nesse dia foi trazido para o Brasil pelos portugueses. As igrejas e os cemitérios são visitados, os túmulos são decorados com flores, e milhares de velas são acesas.

Tem apoio bíblico essa tradição de se rezar pelos mortos no dia 2 de novembro? Como um cristão bíblico deve posicionar-se no dia de Finados?

Nada de errado existe quando, movidos pelas saudades dos parentes ou pessoas conhecidas falecidas, se faz nesse dia visita os cemitérios e até mesmo se enfeitam os túmulos de pessoas saudosas e caras para nós. Entretanto, proceder como o faz a maioria, rezando pelos mortos e acendendo velas em favor das almas dos que partiram tal prática não encontra apoio bíblico.

A maioria das pessoas que visitam os cemitérios no dia de Finados está ligada à religião católica. Por que os católicos fazem essa celebração aos mortos com rezas e acendendo velas junto aos túmulos?

Porque segundo a doutrina católica, os mortos, na sua maioria estão no purgatório e para sair mais depressa desse lugar, pensam que estão agindo corretamente mandando fazer missas, rezas e acender velas. Crêem os católicos que quando a pessoa morre, sua alma comparece diante do arcanjo São Miguel, que pesa em sua balança as virtudes e os pecados feitos em vida pela pessoa. Quando a pessoa não praticou más ações, seu espírito vai imediatamente para o céu, onde não há dor, apenas paz e amor. Quando as más ações que a pessoa cometeu são erros pequenos, a alma vai se purificar no purgatório.

Existe base bíblica para se crer no purgatório, lugar intermediário entre o céu e o inferno?

Não existe. A Bíblia fala apenas de dois lugares: céu e inferno. Jesus ensinou a existência de apenas dois lugares. Falou do céu em Jo 14.2-3 e falou do inferno em Mt 25.41.

Segundo a Bíblia o que acontece com os seres humanos na hora da morte?

No livro de Hebreus 9.27 se lê que após a morte segue-se o juízo. E Jesus contou sobre a situação dos mortos Lc 16.19-31. Nessa parte bíblica destacamos quatro ensinos de Jesus: a) que há consciência após a morte; b) existe sofrimento e existe bem estar; c) não existe comunicação de mortos com os vivos; d) a situação dos mortos não permite mudança. Cada qual ficará no lugar da sua escolha em vida. Os que morrem no Senhor gozarão de felicidade eterna (Ap 14.13) e os que escolheram viver fora do propósito de Deus, que escolheram o caminho largo (Mt 7.13-14) irão para o lugar de tormento consciente de onde jamais poderão sair.

Fora a crença sobre o estado dos mortos de católicos e evangélicos, existem outras formas de crer sobre a situação dos mortos. Pode indicar algumas formas de crer?

Sim.

A) os espíritas crêem na reencarnação. Reencarnam repetidamente até se tornarem espíritos puros. Não crêem na ressurreição dos mortos.

B) os hinduístas crêem na transmigração das almas, que é a mesma doutrina da reencarnação. Só que os ensinam que o ser humano pode regredir noutra existência e assim voltar a este mundo como um animal ou até mesmo como um inseto: carrapato, piolho, barata, como um tigre, como uma cobra, etc.

C) os budistas crêem no Nirvana, que é um tipo de aniquilamento.

D) As testemunhas de Jeová crêem no aniquilamento. Morreu a pessoa está aniquilada. Simplesmente deixou de existir. Existem 3 classes de pessoas: os ímpios, os injustos e os justos. No caso dos ímpios não ressuscitam mais. Os injustos são todos os que morreram desde Adão. Irão ressuscitar 20 bilhões de mortos para terem uma nova chance de salvação durante o milênio. Se passarem pela última prova, poderão viver para sempre na terra. Dentre os justos, duas classes: os ungidos que irão para o céu, 144 mil. Os demais viverão para sempre na terra se passarem pela última prova depois de mil anos. Caso não passem serão aniquilados.

E) os adventistas crêem no sono da alma. Morreu o homem, a alma ou o espírito, que para eles é apenas o ar que a pessoa respira, esse ar retorna à atmosfera. A pessoa dorme na sepultura inconsciente.

Como se dará a ressurreição de todos os mortos?

Jesus ensinou em Jo 5.28,29 que todos os mortos ressuscitarão. Só que haverá dois tipos de ressurreição; para a vida, que ocorrerá mil anos antes da ressurreição do Juízo Final. A primeira ressurreição se dará por ocasião da segunda vinda de Cristo, no arrebatamento. (1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51-53). E a ressurreição do Juízo Final como se lê em Apocalipse 20.11-15.


Por: Pastor Natanael Rinaldi

FONTE: http://www.cacp.org.br/dia-de-finados/

sábado, 30 de outubro de 2021

0 Os inescrutáveis caminhos de Deus

 





“Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos!” (Romanos 11.33b)


Insondável é a grandiosidade do poder criador de Deus, incontáveis as multidões de suas estrelas, incrível a multiplicidade de suas criaturas, invisível é a sua mão agindo. É inacreditável que Deus tenha acometido o seu povo escolhido Israel com cegueira durante algum tempo, para que assim os povos gentios encontrassem a salvação (Romanos 11). Inacreditável é a imensa riqueza do seu amor: ele é concedido imerecidamente às pessoas indignas.

Nós não conseguimos olhar por sobre os ombros de Deus para “ler as cartas”. No entanto, ele se revelou a nós e nos mostrou quais são as suas intenções conosco. Nós não conseguimos encontrar Deus (ou aquilo que consideramos como “deus”) nas estrelas, nem precisamos fazê-lo. Por que deveríamos tatear à procura do brilho opaco das estrelas se temos a luz da vida em Jesus Cristo?

Por que deveríamos tatear à procura do brilho opaco das estrelas se temos a luz da vida em Jesus Cristo?

Não conseguimos procurar a Deus com recursos e critérios humanos. Todavia, Deus nos procurou e reconheceu. Ele coloca nosso pecado e o seu perdão claramente diante dos nossos olhos quando deixamos sua luz nos iluminar. Desse modo, estão prescritas as linhas básicas da nossa salvação, da nossa redenção e igualmente da nossa vida.

Será que Deus também nos conduz concretamente? Sim, mas normalmente nos conscientizamos disso apenas depois. Apesar disso, podemos e devemos sempre rogar a Deus por sua direção. Para tanto, é preciso que os caminhos de Deus se tornem nossos caminhos, e não o contrário. É o que lemos na frase “inescrutáveis [são] os seus caminhos!”. Podemos, no entanto, confiar que Deus, em seu amor, nos conduz corretamente. É o que eu pude vivenciar muitas vezes e transcrevi no hino a seguir:

Foi um dia lindo,
Um dia como ocorre raramente,
Que não se esquece tão depressa.
Foi um dia lindo, realmente.

Foi um dia em que nada deu errado,
Em que tudo funcionou direito,
Comecei alegre o meu trabalho
E não fiquei dormindo no meu leito.
Fui elogiado e não criticado,
Disseram: “Que trabalho bem feito!”
Fiquei fortalecido e animado.

Veio então de longe um amigo,
Pudemos rir e nos alegrar.
Gosto de viver desse modo,
Alegre de estar com amigos reunido.
Mas, estando novamente sozinho,
A alegria ainda vai durar 
E ainda conseguirei cantar?

Cada dia, porém, tem o seu mal.
Problemas que consomem a força.
Nesse dia não tenho preocupação real
Com o que o próximo dia ameaça.
Consigo suportar dificuldades, pois,
Deus, meu Senhor, sempre tem graça.
Ele sabe o que virá depois.

Será um dia lindo,
Pois Deus, meu Senhor, comigo está.
Que não me deixa sem cuidado.
Sim, um dia lindo será.

Lothar Gassmann

FONTE: https://hoje.chamada.com.br/article/somente-jesus-cristo_os-inescrutaveis-caminhos-de-deus



sexta-feira, 15 de outubro de 2021

0 Dá Páscoa para a Ceia

 




“… Lembrai-vos deste mesmo dia…” (Ex 13:3)

Isto foi dito acerca da Páscoa.

À luz desta afirmação vale lermos também Êxodo 12:14: “Este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Se­nhor; nas vossas gerações o ce­lebrareis por estatuto perpétuo”. “Guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos para sempre” (1). A solenidade da Páscoa e a sua mensagem profé­tica exigia a solene advertência feita por Deus ao povo de Israel.

Por que Deus insistia tanto em que este dia – o dia em que os exércitos de Israel saíram da dura escravidão do Egito para a li­berdade da Terra Prometida – es­tivesse constantemente nos co­rações e nas mentes dos Israeli­tas? Por que tinham de lembrar sempre, com muita solenidade e não menos temor, este dia da li­bertação duma escravidão ver­gonhosa que durara 400 anos na terra de Faraó? Que efeito deveria ter esta libertação nas suas vidas?

A tal ponto o acontecimento se reveste de solenidade que, ao perguntarem pela vida fora os seus descendentes “Que culto é este vosso?” (2), eles teriam de contar a velha história, e com tal gama de pormenores e sentido de reverência e gratidão, que o fato deveria assumir para com os descendentes, em todo o tempo da sua história os mesmos sen­timentos de libertação, de gozo, de providência e ação divina reveladas naquela noite solene. Sim, naquela noite quando o sangue do cordeiro, aspergido nas ombreiras e na verga das portas de suas casas no Egito, fora o sinal da proteção, da passagem misericordiosa de Deus sobre suas habitações, poupando a vida dos seus pri­mogênitos (3).

Não seria a lembrança daquele glorioso livramento, um motivo que os devia compelir a uma vida de fidelidade ao Senhor? Como os seus corações não deveriam estar cheios de gratidão?! Como poderiam eles esquecer Deus, que tão graciosamente lhes mos­trara a Sua grande misericórdia?

A lembrança da libertação de­les também deveria ser para cada israelita, um motivo não apenas de fidelidade, mas igualmente de consagração total da vida e dos seus bens. Nisso estava o fun­damento da sua redenção. Deus reclamava, como sendo Sua propriedade, todos os primogê­nitos dos filhos de Israel, como igualmente os filhos dos animais – os primogênitos que o Senhor poupara -, como representantes de toda a família e de todos os animais. É deveras importante o significado desta plena consa­gração. Mais adiante, no serviço do culto, os levitas serão dados em lugar dos primogênitos, e to­dos os animais limpos que abris­sem a madre como meio de sa­crifício pelos pecados do povo.

“FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. – Isto foi dito pelo Senhor Jesus naquela noite so­lene em que Ele comeu a Páscoa com os Seus discípulos e a seguir instituiu a Ceia do Senhor (4). Como o Senhor Jesus Cristo está ansioso para que tenhamos constantemente ante nossos olhos, e nos nossos corações, a lembrança viva da Sua morte na Cruz, mediante a qual fomos re­midos da escravidão do pecado e do poder de Satanás! Que in­fluência a lembrança da Sua Obra vicária deverá ter nas nossas vi­das! Que sublime e que solene o Seu ensino! Eis os desafios:

— À luz de 1 Pedro 1:15- 19, a Cruz constitui o motivo que nos impele a viver uma vida de plena santificação.

— À luz de Coríntios 5:14, 15, a Cruz torna-se o motivo que nos impele a viver uma vida desinteressada, sem ambição das coisas deste mundo.

— Pensemos n’Ele e à luz de Romanos 12:1, e veremos que a Cruz nos impele a viver uma vida de plena dedicação até ao sacrifício.

O assunto quanto à Ceia do Senhor reveste-se de muita so­lenidade. Não é um cerimonial qualquer, não é um ritual que pode ou não passar por alto na experiência dos verdadeiros ser­vos de Deus. Nem é, tão pouco, algo que tenhamos fé de praticar segundo ideias humanas. Nada de ritos pomposos, cerimônias misteriosas! Mas quanto de rea­lidade, de tocante, de influência espiritual! É com verdadeiros sentimentos de amor e gratidão que pensamos naquela cena su­blime – a primeira celebração da Cela do Senhor!

O mesmo Jesus no meio dos discípulos, prestes a ser separado deles, traído, negado, desampa­rado, condenado, vituperado, açoitado e crucificado; não obs­tante consolando-os e instituindo este tocante “Memorial” de Amor, amor que ardia com inextinguível chama pelos Seus, e que levaria Cristo às profundezas de uma dor incomparável, e até inconcebível, a fim de os remir e garantir-lhes bênçãos eternas e celestes!

“FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”- Como isto é sublime na sua simplicidade! Que coisa podia melhor trazer Jesus e o Seu amor à memória do Seu povo, de um modo tão calculado a sensi­bilizar seus corações, como estes símbolos do Seu corpo e do Seu sangue — Seu corpo dado, Seu sangue derramado na morte?

Podemos avaliar a importância que o Senhor liga a esta institui­ção simples mas sublime, pelo facto d’Ele ter pessoalmente, e desde a Glória celeste, comuni­cado os pormenores dela ao apóstolo Paulo, segundo lemos no capítulo 11 da 1 Coríntios, e tendo como remate: “Porque todas as vezes que co­merdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Se­nhor, até que venha”. Meditemos um pouco nessa cena admirável em Jerusalém.

Quem estava presente? Jesus e os Seus discípulos, tendo pe­rante eles os símbolos da Sua morte. É isso exatamente o que sucede hoje em dia, quando o povo do Senhor se reúne para o Seu nome – estão eles e o Senhor no meio deles; diante deles os símbolos da Sua morte, sendo o Espirito Santo neles o poder pelo qual revive neles a memória do Senhor na Sua morte. E, de “cada vez que comerdes este pão e be­berdes este vinho, anunciais a morte do Senhor, até que venha”. Que grande o privilégio de nos reunirmos, como sendo “um só pão e um só corpo”, palavras que nos falam da nossa perfeita uni­dade com o Senhor. É por este motivo que Paulo ensina: “Por­ventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a co­munhão no corpo de Cristo?” (5)

“FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”; “ANUNCIAIS A MORTE DO SENHOR ATÉ QUE VENHA”- Como o Senhor Je­sus deseja que este seja um “Memorial” não apenas perpétuo, até que Ele venha, mas um “Me­morial” sem fermento, pão sem farinha de joio; vinho não feito “a martelo”, como sói dizer-se. Pessoas estranhas cercando a mesa do Senhor? Nem pensar nisso! Pessoas não convertidas a participarem da comunhão no corpo e no sangue de Cristo? Não dá para se admitir!

Comunhão é comunhão, é ter em comum, é ter a mesma fé, ter a certeza do perdão dos pecados, da salvação que os elementos pão e vinho simbolizam. Comu­nhão é viver na luz como Ele está na luz; é amar a verdade no ín­timo; é experimentar a ligação com Deus; é seguir a Sua Palavra; é amar os irmãos; é viver não mais para si mesmo, mas para Aquele que por nós morreu e ressuscitou. É viver na comunhão do Espirito Santo que, através da Ceia do Senhor, nos diz que “Ele vem” (6).

Como é possível subestimar e ainda liberalizar nos nossos dias o valor e importância da Ceia do Senhor? Permitir à Mesa do Se­nhor pessoas que não são salvas; pessoas que ainda não morreram com Cristo e para o pecado; pessoas que têm o nome de cris­tãos mas vivem ainda como pa­gãos, conservando ídolos na sua residência, sintomas de idolatria e culto de demônios nas suas casas e vidas? Qual é o “Memo­rial” que ensinamos aos nossos filhos e às gerações antes da Segunda Vinda do Senhor? Não é possível ser-se “participante da Mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (7).

O erro subtil de Satanás, “aquela antiga serpente que en­gana todo o mundo”, é fazer-nos crer que é interessante, que será um bom testemunho para as pessoas não salvas, não batizadas, não participantes da membresia da igreja local, as quais fi­cam a saber de uma cerimônia tão linda, de uma cerimônia com um significado tão interessante! E medimos com rigor que para ser-se participante da igreja local, com seus privilégios e deveres, temos de ser batizados com o verdadeiro baptismo cristão; mas quanto à Ceia do Senhor, cujo memorial é tão rigoroso como o foi a Páscoa para os Israelitas, isso não tem tanta importância, e daí “examine-se o homem a si mesmo e assim coma deste pão e beba deste cálice”! É bem-vindo, é livre para tomar parte na Ceia… Filosofia barata. Interpre­tação dupla!

O que Paulo recebeu do Se­nhor e ensinou aos coríntios, ao dar a instrução para a prática deste sublime “Memorial”, foi “que na noite em que Jesus foi traído…” (8). Parece-nos ouvir Cristo a dizer-lhe: “Paulo, nessa noite, quando Eu lavei os pés a Judas Iscariotes, ele saiu e foi vender-me, traiçoeiramente, ci­nicamente aos sacerdotes”. A Ceia do Senhor celebrada de qualquer maneira a fim de im­pressionar alguém, a fim de ser apenas parte de um ritual, cheira-nos a traição. Traição é des­lealdade, intriga, aleivosia, perfí­dia.

Todo o alcance dos propósitos e conselhos de Deus — a revela­ção de Si próprio na plenitude da Sua graça, e os seus propósitos eternos para o Filho do Seu amor -, tudo achou o seu centro na­quilo que a Ceia do Senhor nos fala: a morte de Jesus.

Como podem as nossas almas contemplar aquela cena da morte de Jesus, o centro de duas eter­nidades, sem se dirigirem em profunda adoração ao Pai? As­sim, cada vez que nos reunirmos para celebrar o nosso “Memorial” e nos lembrarmos d’Ele, permita Deus que seja essa também uma ocasião em que havemos de adorar o Pai em espírito e em verdade.

Que a Ceia do Senhor seja apreciada por nós como um dos nossos maiores e mais sublimes gozos cá na Terra. Guarde-nos o Senhor de fazermos festa “com o fermento da maldade e da malí­cia”, mas antes com os asmos da sinceridade e da verdade” (9). Amém!

 (1) Ex 12:24. (2) Ex 12:26b. (3) ver Ex 20:2; Dt 5:6; 6:12; Jl 24:16, 17; Jz 6:8-10. (4) Lc 22:13-20. (5) 1 Co 10:16, 17. (6) Ap 22:17. (7) 1 Co 10:20, 21. (8) 1 Co 11:23. (9) 1 Co 5:8.

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ALFREDO MACHADO, FONTE: REVISTA “ NOVAS DE ALEGRIA” – 199

sábado, 5 de junho de 2021

0 A Ressurreição dos Mortos de Mateus 27.52


 



Jesus ressuscitou primeiro e, em seguida, houve a ressurreição das pessoas mencionadas. Foi essa a ordem dos acontecimentos!

“E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados” (Mt 27.52).

Se não houver atenção na interpretação do texto bíblico mencionado, pode haver confusão quanto ao momento em que se deu essa ressurreição, pois, aparentemente, os mortos citados ressuscitaram antes do próprio Jesus. Entretanto, em I Coríntios 15.20 lemos que Cristo foi feito as primícias dos que dormem (os mortos salvos), o que está em acordo com a sequência de ressurreições apontada por Paulo: “Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda” (I Co 15.23).

Por ocasião da morte de Jesus, o véu do santuário se rasgou em duas partes, a terra tremeu e as rochas se fenderam. Vejamos o que a Bíblia afirma a respeito: “… Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados” (v. 52). Esse versículo aparentemente indica que Cristo ressuscitou logo após a ocorrência desses fatos. Mas observando o texto seguinte, chegamos à outra conclusão: “… Saindo do sepulcro depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos” (v. 53; grifo nosso). Esta declaração joga mais luz sobre o texto e nos esclarece que Jesus ressuscitou primeiro e, em seguida, houve a ressurreição das pessoas mencionadas. Essa foi a ordem dos acontecimentos. Unanimemente, os estudiosos entendem que essas pessoas morreram novamente, o que indica que ressuscitaram em corpos naturais.

Sobretudo, este episódio prenuncia profeticamente que, assim como Cristo morreu, mas ressuscitou, da mesma forma nós, os que estivermos vivos na sua vinda, e os mortos salvos, teremos o nosso corpo mortal transformado (I Co 15.13-23; I Ts 4.13-17).

FONTE: REVISTA “DEFESA DA FÉ” ANO 9 – N° 72


http://www.cacp.org.br/a-ressurreicao-dos-mortos-de-mateus-27-52/
 

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