quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

0 A Imortalidade da alma é uma doutrina pagã?


 Prof. Paulo Cristiano da Silva

É muito comum aqueles que não creem na imortalidade da alma, os chamados aniquilacionistas, alegarem que essa doutrina não é bíblica e que entrou no Cristianismo por influência da filosofia grega. Em apoio a isso, costumam citar autoridades teológicas que supostamente reconheceriam o que eles alegam. Nesta palestra de hoje, queremos demonstrar as falácias e erros de argumentação, embutidos na objeção dos apologistas da Igreja Adventista do Sétimo Dia, sobre uma suposta influência grega na doutrina da imortalidade da alma.

 

  1. O QUE É A ALMA?

Etimologicamente, deriva do termo latino animu (ou anima), que significa “o que anima”. Seria a fonte da vida de cada organismo, sendo eterna e separada do corpo. É um termo equivalente ao hebraico néphesh e ao grego psykhé e significa “ser”, “vida” ou ”criatura”.

 

  1. O QUE É IMORTALIDADE DA ALMA?

“A palavra grega que designa esta ideia é athanasía”. Sob a forma negativa (prefixo negativo – i), o termo exprime a noção essencialmente positiva, de vida-sem-fim, daquilo que não é submetido à morte.

 

  1. O QUE CRÊ A IGREJA ADVENTISTA SOBRE A IMORTALIDADE?

“Mas, depois da queda, Satanás ordenou a seus anjos que fizessem um esforço especial a fim de inculcar a crença da imortalidade inerente do homem” (Ellen White – O Grande Conflito).

“Mostramos que a base do espiritismo — a imortalidade da alma — é um dogma fundamental nos credos de quase todas as igrejas” (Uriah Smith – As Profecias de Daniel e Apocalipse, p.461).

“O espiritismo originou-se com a primeira mentira de Satanás a Eva – “É certo que não morrereis” (Gên. 3:4). Suas palavras foram o primeiro sermão sobre imortalidade da alma” (Nisto Cremos, p. 460).

“O homem não possui imortalidade inerente, própria, natural. Ele só adquirirá o toque da imortalidade, se for crente, por ocasião do arrebatamento, na primeira ressurreição, quando Cristo vier buscá-lo […] Quando criado, tinha a imortalidade sob condição, que não soube manter…” (Arnaldo B. Christianini, Subtilezas do Erro, p.162).

 

  1. UM TRATADO MODERNO CONDICIONALISTA

“Ela [doutrina condicionalista] foi elaborada por Edward White, um ministro Congregacional, no seu Life in Christ (1846; expandido e todo reformulado em 1875), onde pretendeu provar pelas Escrituras que a ‘Imortalidade é um privilégio peculiar dos regenerados’, e a teoria encontrou alguns adeptos entre ingleses e americanos bem como pensadores estrangeiros” (The Oxford Dictionary of the Christian Church, 1997, verbete “Imortalidade Condicional”, p. 393.)

4.1 Acusação Contra a Influência Grega na Doutrina da Imortalidade

“Que a cristandade deveria ter recuado sobre especulações pagãs e retornado aos elementos mendigos da filosofia asiática e ateniense como base de esperança, está em consonância com outras partes paralelas da história do pensamento europeu” (White, Edward. Vida de Cristo.  Capítulo VIII – Sobre a imortalidade da alma. 1875).

 

  1. BUSCANDO APOIO EM OSCAR CULMANN

O ser humano foi criado mortal ou imortal? – Oscar Cullmann, em sua célebre obra intitulada Immortality of the Soul or Resurrection of the Dead? The Witness of the New Testament (Imortalidade da Alma ou Ressurreição da Morte? O que diz o Novo Testamento), demonstra que essa teoria não é um conceito bíblico, mas uma reminiscência da filosofia grega” (Alberto R. Timm – Sinais dos Tempos, maio/junho de 2001. p. 30).

“Em 1956, Oscar Cullmann (Luterano) em uma conferência apresentada na Capela Andover, Universidade de Harvard, argumentou que o entendimento de Platão a respeito da imortalidade da alma, e o ensino cristão da ressurreição dos mortos são totalmente antagônicos” http://leandroquadros.com.br/debate-sobre-a-imortalidade-da-alma-parte-1.

 

  1. O QUE DE FATO DISSE OSCAR CULMANN?

Cullmann estava condenando o conceito bíblico, cristão e evangélico de imortalidade da alma ou condenando apenas o conceito grego de imortalidade da alma?

A discussão de Cullmann sobre a alma começa com seu desacordo com a questão do tempo que é central em sua teologia. O mundo helênico não pode conceber que a libertação pudesse resultar de um ato divino consumado na história temporal. Para eles, a libertação somente é passar dessa existência para o mundo superior: sair do ciclo temporal para o além onde o tempo não existe.

Diz Cullmann que “O Novo Testamento também conhecia evidentemente a distinção entre corpo e alma, ou melhor, entre homem interior e exterior. Porem, esta distinção não significa oposição, como se o homem interior fosse naturalmente bom e o exterior mal. Os dois são essencialmente complementares um ao outro, ambos foram criados bons por Deus. O homem interior sem o exterior não possui existência independente verdadeira. Tem necessidade do corpo […]”

“[…] Tudo o mais que pode fazer é levar, a semelhança dos mortos do Antigo Testamento, uma existência sombria esfumada no sheol, porém isto não é uma vida verdadeira. A diferença com respeito a alma grega é evidente: esta sobrevive sem o corpo e somente sem o corpo pode alcançar seu pleno desenvolvimento […]” (CULLMANN, O., Das origens do Evangelho à formação da teologia cristã. São Paulo: Fonte Editorial, 2004, p. 194 – destaque meu).

“Até certo ponto nos aproximamos da doutrina grega no sentido de que o homem interior, transformado, vivificado pelo Espirito Santo já com anterioridade (Rm 6.3 s.), continua vivendo assim transformado, ao lado de Cristo em estado de sono. Esta continuidade da vida em espirito é assinalada especialmente pelo Evangelho de João (Jo 3.36; 4.14; 6.54 e outros)” (Ibid, p. 2017).

6.1 Leia Lutero Para Entender Cullmann

Afirma Lutero: “Mas agora surge outra questão. Visto que é certo que as almas estão vivas e estão em paz, que tipo de vida ou descanso é este? […] Assim é suficiente para nós sabermos que as almas não saem de seus corpos para o perigo de torturas e punições do inferno, mas que foi preparado para elas um quarto onde elas podem dormir em paz” (Lutero – LW 4:313).

 

  1. A CRENÇA NA IMORTALIDADE DA ALMA TEM ORIGEM NA FILOSOFIA GREGA?

Estamos falando de qual filosofia grega, afinal?

Religião

Havia duas expressões da religião grega:

1) A religião pública – poemas de Homero, cuja antropologia era naturalista e acreditava na mortalidade do homem.

“Nos poemas homéricos (c. séc. VIII a.C.), os usos do termo psyché (ψυχή) podem ser reduzidos a basicamente dois: sombra (σκιά) e força vital, que se extingue com a morte e é aplicável somente aos humanos” (ROBINSON, T. As Origens da Alma: os Gregos e o Conceito de Alma de Homero a Aristóteles. Anna Blume Editora, São Paulo, 2010., pp. 17–18).

2) A religião dos mistérios – “Orfismo”, que fazia separação entre alma e corpo.

Filosofia

3) Filosofia pré-socrática e clássica – com ênfase na imortalidade da alma;

4) Filosofia holística e materialista – escolas filosóficas que rejeitavam a imortalidade da alma: “Epicureos – Estóicos”.

 

  1. PARA REJEITAR A FILOSOFIA GREGA É NECESSÁRIO REJEITAR A IMORTALIDADE DA ALMA?

Não. TERTULIANO É UM CONTRAPONTO

“No âmbito dos Padres Apologistas, Tertuliano é a expressão da tendência antifilosófica que pretendia rejeitar completamente as doutrinas dos gregos” (Reale e Antiseri).

Responde Tertuliano: “E se há os que afirmam que a alma é mortal, é porque o aprenderam dos epicureus; se há os que negam a ressurreição do corpo, é porque o tomaram de todas as escolas filosóficas reunidas; se a matéria é equiparada a Deus, é porque tal é a doutrina de Zênon; e, quando se fala deum Deus de fogo, isto se deve a Heráclito. Hereges e filósofos soem tratar dos mesmos assuntos[…]. […]Que tem a ver Atenas com Jerusalém? Ou a Academia com a Igreja? Ou os hereges com os cristãos? A nossa doutrina vem do pórtico de Salomão, que nos ensina a buscar o Senhor na simplicidade do coração. Que inventem, pois, se o quiserem, um cristianismo de tipo estóico, platônico e dialético! Quanto a nós, não temos necessidade de indagações depois da vinda de Cristo Jesus, nem de pesquisas depois do Evangelho” (De Praescriptione Haereticorum, c.7).

Mas se este for o caso, elas devem precisar ser também mortais, de acordo com a condição da natureza animada; pois, embora a alma seja imortal, evidentemente, esse atributo é limitado exclusivamente a ela: não é estendido para aquilo com o qual está associada, ou seja, o corpo” (Ad Nationes – Livro 2, cap. 3).

8.1 UMA TEOLOGIA  CONDICIONALISTA NO ÉPICO SUMERIANO DE GILGAMESH

Ó Gilgamesh, foi-te dada a realeza segundo o teu destino. A vida eterna não era teu destino. Quando os deuses criaram o homem deram-lhe como atributo a Morte, mas a Vida, a Vida Eterna, essa, só ficou para eles.

 

  1. REFUTANDO AS FALÁCIAS ADVENTISTAS SOBRE A INFLUÊNCIA GREGA NA DOUTRINA DA IMORTALIDADE

9.1 Falácia Genética

“Mesmo que os cristãos viessem a crer na imortalidade da alma por meio da filosofia grega, isso não torna a crença inteiramente falsa. A origem da crença é irrelevante para a veracidade ou falsidade da doutrina”.

 

9.1.2 Exemplos de falácia Genética

“Você só acredita em Deus por que nasceu em um país cristão.”

“Ser vegetariano é errado porque isso surgiu dentro da religião Hindu”.

 

“Você só é trinitariano por que antes acreditava na tríade hindu: Brahma, Vishnu e Shiva”.

“O medo é a única razão para a crença em Deus”.

 

9.2 A Falácia do Apelo à Autoridade

“A citação de algumas autoridades não é prova conclusiva da veracidade do argumento”.

1– Apelar a Bultmann para desacreditar a veracidade dos milagres do Cristianismo;

2– Apelar a Lutero para afirmar a virgindade perpétua de Maria;

3– Apelar a Einstein para provar a existência de Deus;

4– Apelar para Cullmann para apoiar o ecumenismo.

 

9.3 Falácia das Semelhanças

“Constitui em confundir elementos semelhantes com a coisa em si”.

1 – imortalidade da alma entre gregos e cristãos;

2 – morte-ressurreição na religião da Babilônia;

3 – tríades pagãs babilônicas Nemrod-Semiramis-Tammuz e a egípcia Osiris-Ísis-Hórus hindus com a Trindade cristã;

4 – Cruzes pagãs e cruz cristã.

 

9.4 Diferença Entre os Conceitos

Diferença entre a imortalidade da alma grega x imortalidade da alma cristã. O fato de existir uma crença semelhante sobre a imortalidade da alma em religiões pagãs, não significa dependência de uma para com a outra.

 

9.4.1 A Doutrina da Ressurreição em Culturas Pagãs

Egito – com os mistérios de Osíris:  “Por mais que no passado tenhamos traçado as ideias religiosas no Egito, nunca abordamos um tempo no qual pudesse ser dito não ter existido ali uma crença na ressurreição; para todo lugar é assumido que Osíris levantou da morte” (BUDGE, Ernest Alfred Thompson Wallis. As Ideias Egípcias sobre a Vida Futura. (Egyptian Religion: Egyptian Ideas of the Future Life, 1900).Trad. Vera Maria de Carvalho. São Paulo: Madras, 2004.)

 

9.5 ERRO EM NÃO RECONHECER QUE HOUVE UMA REVELAÇÃO ORIGINAL PERDIDA

Crenças básicas judaico-cristãs podem ser encontradas em praticamente todos os povos: a crença em um Deus, em um principio cosmológico, no pecado (erros morais) em um paraíso, na esperança do além-túmulo e até em um dilúvio são elementos comuns na herança religiosa da humanidade.

 

9.6 ERRO EM NÃO RECONHECER QUE O NT FAZ APROPRIAÇÃO DE CONCEITOS GREGOS

Logos, Hades, Arké, a expressão “Ao Deus Desconhecido”, tártaro etc.

 

9.7 ERRO EM NÃO RECONHECER UMA REVELAÇÃO PROGRESSIVA

A revelação doutrinária é progressiva (cf. Dt 32.2; Is 28.10). Doutrinas cristãs como a da Trindade; da personalidade do Espírito Santo; do céu e inferno; da existência dos demônios; da ressurreição dos mortos foram reveladas progressivamente.

 

  1. E QUANTO AO TERMO IMORTALIDADE?

1 – Imortalidade de Deus. De acordo com o apóstolo Paulo, Deus é “o único que possui imortalidade” (1Tm 6.16). Dentro do contexto dessa declaração, essa “imortalidade” refere-se àquilo que na Teologia chamamos “autoexistência”, um atributo exclusivo da Divindade. Como tal, essa propriedade jamais será compartilhada com Suas criaturas. Ser autoexistente significa que Deus é incriado, ou seja, eterno.

2 – Imortalidade da alma. Esse é o tipo de imortalidade que os homens receberam de Deus ao serem criados. Essa imortalidade reside em sua alma, que nunca deixará de existir (Mt 10.28; At 7.59; Hb 12.22, 23; Ap 6.9-11; 20.4, etc.). Nesse sentido, portanto, todos os homens são “imortais”.

3 – Imortalidade do corpo. Segundo a Bíblia, na volta de Jesus SOMENTE os crentes (vivos e mortos) receberão um corpo imortal, que não mais estará sujeito às doenças, envelhecimento e morte (Rm 8.17-23; 1Co 15.51-56; Fp 3.20, 21, etc.).

A imortalidade é um daqueles atributos comunicáveis de Deus como o amor, justiça, imaginação, razão e emoção. Neste sentido podemos falar de compartilhamento e não condicionalismo.

 

CONCLUSÃO

Portanto, o argumento adventista só surtirá efeito se, e tão somente, ele conseguir provar que:  1) essa crença é invenção exclusiva dos gregos e, 2) que a Bíblia oferece um ensino claro e direto contrário à existência da alma fora do corpo.

A imortalidade da alma ressalta de textos claros e inequívocos da Bíblia e é a crença apostólica que atravessou esses dois mil anos de Cristianismo. Renegada sim, todavia, por aqueles que se encontram à margem da ortodoxia cristã.


FONTE: A Imortalidade da alma é uma doutrina pagã? - CACP - Ministério Apologético


 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

0 Apologética Cristã - TJs: A alma morre?


 

Ezequiel 18.4 – Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.

“Assim”, diz a testemunha de Jeová, “a alma morre. Este ver­sículo prova que não há vida consciente depois da morte”. Prova mesmo? Absolutamente não! Primeiro, olhe o contexto. Sobre o que o escritor está falando? Os israelitas estavam murmurando contra Deus, citando o provérbio que dizia: “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram” (v.2) ‑ eles estavam argumentando que a punição pelo erro dos pais caía sobre a sua descendência. No versículo 4 esta é a resposta de Deus: “a alma que pecar, essa morrerá”. A Bíblia em linguagem moderna parafraseia adequadamente: “Porque todas as almas são minhas para julgar ‑ pais e filhos de igual maneira ‑ e a minha lei é esta: é pelo seu próprio pecado que um homem morrerá”. Assim, o contexto revela que a palavra inspirada não está falando aqui sobre a condição dos mortos.

A palavra alma é usada em muitos sentidos diferentes através das Escrituras Sagradas. Às vezes se refere à vida de uma pessoa, às vezes à própria pessoa (como faz aqui em Ez. 18:4). E às vezes se refere à parte interior do homem que vive após a morte. As teste­munhas de Jeová dizem que o homem cessa completamente de existir com a morte, que quando o corpo morre, nada é deixado. Mas existem muitos versos das Escrituras Sagradas que provam que elas estão erradas:

Por exemplo, peça‑lhes que procurem Lucas 12:4,5. Sua Tra­dução do Novo Mundo diz: “… não temais os que matam o corpo e depois disso não podem fazer mais nada. Mas eu vos indicarei quem é para temer: Temei aquele que depois da morte tem autoridade para lançar na Geena. Sim, eu vos digo: temei a este. Portanto o corpo de um homem pode ser morto. E ele está morto. Mas alguma coisa pode ser feita a ele depois da morte.  Ele  pode  ser  lançado na Geena”. Se as testemunhas de Jeová dizem que o homem cessou de existir quando o seu corpo foi morto, o que res­taria para ser lançado na Geena?

Da mesma forma, em II Coríntios 5, o apóstolo Paulo escre­veu sobre o corpo como “uma casa terrestre onde vivemos”, acrescentando que “desejamos antes estar ausentes deste corpo, para estarmos presentes com o Senhor”, e advertindo que “por­que é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tri­bunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo…” (v. 1,8‑10). Se as testemunhas de Jeová estivessem cor­retas, que parte de Paulo poderia deixar o corpo para estar com o Senhor?

Você também pode sugerir à testemunha de Jeová que leia Apocalipse 6:9-11 em sua própria Bíblia. Ali fala‑se da “alma dos que tinham sido mortos”, perguntando a Deus quando o seu sangue seria vingado. E acrescenta que “a cada um deles foi dada uma comprida veste branca e foi‑lhes dito que descansassem mais um pouco, até que se completasse também o número dos seus co‑escravos e irmãos, que estavam para ser mortos assim como eles também tinham sido”. Sim, estas almas haviam sido mortas, mas elas são descritas como estando na presença de Deus e estando engajadas em uma conversa com ele.

Fonte de pesquisa: “As Testemunhas de Jeová refutadas versículo por versículo”, David A. Reed; trad. de Marcelus Virgílius Oliveira e Valéria Oliveira. ‑ 2. ed. Rio de janeiro: JUERP, 1990.

FONTE:TJs: A alma morre? - CACP - Ministério Apologético

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

0 Reencarnação: A mentira cativante


 



A reencarnação é um dos pilares da doutrina espírita. Ela é a lei segundo a qual a alma, ou espíri­to, volta à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado o qual nada tem de comum com o antigo. A reencarnação, afirmam os espíritas, é o meio pelo qual todas as criaturas se envolvem nos planos intelectual e moral, a me­dida em que expiam os erros cometidos nas encarnações passadas. No seu Evangelho se­gundo o espiritismo, Kardec pretende que a reencarnação faça parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição.

Começando pelo diálogo com Nicodemos, querem os espíritas que as palavras de Jesus: “É necessário nascer de novo” se refiram à reen­carnação. Note-se, porém, que ali mesmo Jesus explica que estava se referindo ao nascimento espiritual, e não ao car­nal. Não é voltar ao ven­tre          e reencarnar-se, mas, sim, nascer de novo pela se­mente incorruptí­vel da Palavra de Deus, conforme ex­plica o apóstolo Pedro (1 Pd 1.23).

Para destruir a doutrina da reencarna­ção, temos na Bíblia o ba­tismo como símbolo da re­generação ou novo nasci­mento, bem como os escritos dos apóstolos, mas nada disso basta para convencer os espíritas. Eles dizem: “Isso foi escrito para o povo daquela época” ou “Havia ain­da muita coisa para ser ensinada pelo Espírito de Verdade, e por isso o espiritismo tem iluminado todos esses casos”.

Entretanto, nas próprias supos­tas reencarnações de Leon Hippolyte Rivail, que mudou de nome para Allan Kerdec, percebe­mos quanta incoerência há no es­piritismo.

Rivail afirma que em uma de suas encarnações anteriores havia sido um sacerdote católi­co romano nas Gálias antigas, cha­mado Allan Kardec, razão pela qual assinou suas obras com esse nome. Depois, afirma também que os es­píritas lhe revelaram que, numa encarnação posterior a de Kardec, foi ele mesmo João Huss, famoso pregador e reformador tcheco, martirizado em 6 de fevereiro de 1415. Comparando a fé desses três, per­cebemos que, enquanto Rivail não acredita na Bíblia, no Inferno, no Céu, na Igreja e nem na ressurrei­ção, João Huss acredita em todas estas coisas, e o suposto Kardec, na condição de sacerdote católico romano, certamente cria no Purga­tório e negava a reencarnação com todas as outras crenças espíritas.

São profundas as diferenças entre esses três, como representan­tes de três religiões distintas. Rivail diz que fora da caridade não há sal­vação; Kardec, como padre católi­co romano, ensina que fora da igre­ja não há salvação; e João Huss, protestante, enfatiza que fora de Cristo não há salvação.

A ideia da reencarnação, que Kardec anunciou como novidade, é, na verdade, velha e pagã. “A reli­gião dos hindus é o sistema da ema­nação segundo a qual todo o mun­do visível e invisível sai da divinda­de e para ele volta depois de gran­des intervalos. A base desta religião é a doutrina de transmissão das al­mas (metempsicose), segundo a qual a alma humana não se associa com um corpo terrestre senão como pu­nição de faltas cometidas em uma existência anterior (preexistência). Encarnada num corpo como casti­go, ela tem por tendência e por fim reunir-se de novo à alma divina do universo. Esse é o motivo porque o hindu considera a vida como uma expiação, expiação que só poderá ser abreviada por meio de uma exis­tência santificada por orações e sa­crifícios; ou por uma vida ascética, comprazendo-se na adoração da di­vindade e procurando sempre pre­servar-se contra o contágio das im­purezas do mundo. Quando o ho­mem se descuida de purificar-se por estes meios e se afasta de Deus, en­terra-se cada vez mais no mal, e sua alma, depois de haver deixado o ves­tido usado da carne, passa, em vir­tude de uma sentença de juízo dos mortos, a um outro corpo quase sempre mais inferior, um corpo de animal, e começa uma nova migra­ção. Pelo contrário, a alma do sá­bio, do herói, do penitente, começa depois da morte a sua ascensão através das constelações brilhan­tes e acaba por se reunir ao eterno espírito do que o ema­nou” (História Universal, J. Weber, vol. 1, pág.21).

Jesus não deixa a menor dúvida sobre a falsidade da reencar­nação e a veracidade da ressurreição, quando diz: “Os fi­lhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento; mas os que são havidos por dignos de alcançar a era vindoura e a res­surreição dentre os mortos, não ca­sam nem se dão em casamento [logo, ressurreição não pode ser re­encarnação], pois não podem mais morrer [o que não acontece na aprendida reencarnação], porque são iguais aos anjos, e aos filhos de Deus, sendo filhos da ressurrei­ção”, Lc 20.34-36.

O JESUS DA BÍBLIA É DIFERENTE DO PREGADO NO ESPIRITISMO

A compreensão que o espiritismo tem de Jesus é absolutamente equivocada. Diz Kardec que Jesus “veio completar as profecias que lhe anunciavam a vinda. A autoridade provinha-lhe da natureza excepci­onal do seu espírito e da sua divi­na missão; veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não existe na Terra, mas no reino dos céus: veio mostrar-lhes o caminho que conduz aos meios de se reconciliarem com Deus e fazê-los pressentir a mar­cha das coisas futuras para cumprin­do dos destinos humanos” (O Evan­gelho segundo o espiritismo, pág.41).

Analisemos essas palavras de Kardec. Cristo era de uma “nature­za excepcional”. E porque não na­tureza divina? A autoridade provi­nha-lhe da sua “divina missão”. A divina missão de Jesus foi salvar os pecadores e morrer por eles. “Ele veio ensinar que a verdadeira vida não existe na Terra, mas no reino dos Céus”. Por que, então, os espí­ritas não creem nos Céus, esse Rei­no feliz e glorioso onde todos os salvos vivem a verdadeira vida? Veio “mostrar-lhes o caminho”. Por que, então, o espiritismo não aceita esse caminho, que é, sem dúvida, o caminho que conduz ao Céu, ao Rei­no dos Céus?

A Bíblia diz que Jesus é o Sal­vador, o médico divino, que veio buscar e salvar o que havia se per­dido. O espiritismo esforça-se por ignorar completamente a obra re­dentora de Cristo, apresentando-o ao mundo como um grande filóso­fo, um grande sábio, um grande mártir. Nunca o chamam de Senhor, mas sempre de mestre. Esquecem- se, entretanto, que, com esse cruel procedimento, arrancam de todas as missões de Jesus a maior delas, a mais elevada, a principal, que é o Evangelho que Ele próprio mandou pregar, “para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

De fato, quando Kardec pro­cura descrever a missão de Jesus, nada fala da missão de Cristo de salvar a humanidade pelo seu san­gue, e não menciona ali o nome principal de Jesus, que é “o Salva­dor”. Não diz que ele veio para ser levantado, nos braços da cruz, como a maior de todas as esperan­ças do cristão. Não diz que Ele é a única tábua da salvação que nos resta. Satanás, procurando ocultar- se no espiritismo, investe violenta­mente contra o Salvador Jesus, des­virtuando o poder infinito do seu precioso sangue, que nos purifica de todo o pecado.

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ABRAÃO DE ALMEIDA – FONTE: REVISTA: “RESPOSTA FIEL” ANO 4 – N°16


FONTE: Reencarnação: A mentira cativante - CACP - Ministério Apologético


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

0 ATENÇÃO!! O que está por trás dos astros?




Qual é o seu signo? Esta tem sido uma expressão comum para iniciar uma amizade, e não parece ser tão perigosa, não é mesmo? A astrologia tem-se expandido em diversos setores e sua popularidade tem alcançado os shopping centers e livros de leitura soft. Revistas semanais, que tratam da beleza feminina, não deixam de orientar as cores que devem combinar com seu “astral”.

Agora, neste mês, há uma grande procura por mapas astrais, consultas a horóscopos e para escolha da cor certa para entrar no próximo ano – afinal, é o tão esperado ano 2000! Pessoas influentes, astros de Hollywood, autoridades políticas e religiosas são alvos de reportagens escrutinadoras. Por outro lado, alertamos: a popularidade da as­trologia não significa sua veracidade – pre­cisamos examinar suas credenciais; se é que existem!

Em que consiste a astrologia? São ape­nas cálculos, usando como referência os planetas e suas conjunções, na época do nasci­mento? Tem alguma influência sobre nós, habitantes de um dos planetas do sistema solar, o planeta Terra? Se há alguma influência, isso

deve nos interessar e devemos verificar sua fon­te. Mas, se os seus pilares forem mitológicos, então, todo o edifício estará comprometido. Além disso, o que diz a Palavra de Deus so­bre o assunto?

ASTROLOGIA, RELIGIÃO-CIÊNCIA MILENAR

Indícios da astrologia são encontrados nas civilizações primitivas. Inúmeras inscrições egíp­cias e babilônicas registram a insistência do ho­mem em buscar respostas “lá fora”. Desde tempos remotos o homem tem estudado os sinais dos céus. Original­mente isso estava relacionado apenas com as estações do ano e com o ciclo da agricultura (Gn 1.14). A regularida­de das estações e seus ciclos davam a ideia de leis fixas mas, eventuais secas ou mudanças do tempo criavam preo­cupações… Se o tempo de seca se es­tendia, havia clamor, demonstrado atra­vés de rituais.

Quando as “respostas” chegavam, embora naturais, geravam confiança e personificavam os fenômenos e os po­deres da natureza. Assim, a observa­ção deixava de ser apenas astronômica e incorporava características devocionais (religiosidade). Nascia, então, a astrologia – é bom lembrar que o povo de Deus, diferente das outras nações, sempre creditou a Deus a autoridade sobre toda a criação (Gn 1.1; Cl 1.16,17).

A astronomia e a astrologia cres­ceram mescladas, inseparáveis, até ao tempo de Johann Kepler, no século XVII, quando foram dissociadas e se desenvolveram com características próprias. Kepler, nascido em Weil, Alemanha, educou-se em Tübingen e tornou-se conceitu­ado astrônomo. Foi considerado fundador das ciências exatas, entrando em contro­vérsia com a Igreja Romana, acerca da centralidade da Terra.

Suas palestras contribuíram para uma vi­são da astronomia diferenciada da astrolo­gia. A astronomia é aquele ramo da ciência que estuda o Universo. O mundo lá fora, é algo fascinante que glorifica o Deus Verdadeiro: “O Senhor…conta o número das estrelas, chamando-as a todas pelos seus nomes”; “Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as es­trelas. ” (SI 147.2-4; 148.3). Por outro lado, a astrologia trata da influência mística sobre as nações e as pessoas individualmente. Para tanto, esta influência precisaria ser in­teligente e sua origem deveria estar nos pla­netas. Portanto, perguntamos, seriam os pla­netas investidos deste poder?

Para se preparar um mapa astrológico são necessários alguns dados básicos: data, lugar e a hora do nascimento. Este último dado é importante para definir qual a influ­ência que o consultante recebeu dos planetas na hora do nascimento. Pare­ce muito científico! Os planetas estão lá, são reais! Nós estamos aqui, somos reais! E os dados que fornecemos para consulta também são reais! O que poderia estar errado, então? Tudo parece indicar que os cálculos efetuados após a coleta dos dados devem dar uma res­posta precisa, matemática! Mas isto não é verdade, pois um outro ingrediente é necessário para obterem-se os resulta­dos do horóscopo. Os nomes dos plane­tas não foram dados casualmente; eles fazem referência aos deuses da mitologia grega.

Jamais a simples posição dos plane­tas poderia falar ou projetar as influên­cias dos astros sobre as pessoas ou na­ções. Os cálculos, por si mesmos, não falam sobre personalidade, dificuldades ou conjecturas de ninguém. Por outro lado, os deuses da mitologia grega, que têm seus similares na an­tiga Babilônia e Egito, esses sim, têm suas características personificadas nos planetas.

Quando uma posição astrológica é consultada, não se observa apenas a posição planetária. O interesse é re­vestir estas posições das característi­cas destes deuses mitológicos. Como num passe de mágica os planetas pas­sam a emanar personalidade, desejo, indiferença, ódio, vingança, luxúria… to­das as características humanas e suas limitações. Tudo isto esta muito longe da realidade cristã, que nos ensina so­bre o amor de Deus: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pe­reça, mas tenha vida eterna.” (Jo 3.16).

“Qual o seu signo?”. Pode pa­recer uma pergunta inocente, ape­nas para quebrar o gelo de uma nova amizade, contudo está cer­cado de mitologia, semelhante aos demais ramos do ocultismo, que apregoam contatos com ema­nações que iluminam o “eu” in­terior. Ou, em uma leitura ca­sual de alguma revista ou jor­nal, ao deparar com um horós­copo, talvez você tenha uma curiosidade superficial – como aquela de ler um recadinho num papel de bala – então, de repente lhe salta aos olhos a previsão certa.

Talvez você estivesse precisando apenas de um incentivo e algo que leu em um horóscopo era exatamente o que desejava ouvir, chamando sua aten­ção e, depois, num outro dia, você faz uma nova consulta. Também da certo e, uma terceira tentativa não deixa dúvidas… realmente as projeções acon­tecem! Agora você não faz nada sem espiar as previsões! Esta pessoa tornou-se um devoto da astrologia. Abra­çará a religião-ciência, fechará os olhos para a origem real de sua crença, a mi­tologia greco-romana.

ILUSÃO E GENERALIDADES

Apesar da fortaleza erigida pelos acertos dos horóscopos, encontramos neles o “calcanhar de Aquiles”. A pro­pósito, Aquiles era uma figura mitoló­gica. A lenda diz que estava vestido de uma fortaleza, contudo, sua fraqueza estava no calcanhar, que ficava des­protegido. Também nos fala a lenda que foi derrotado quando ferido no calca­nhar, por isso a expressão “calcanhar de Aquiles” simboliza alguma fraque­za que leva à ruína, apesar de toda a fortaleza quanto a outros particulares. Assim também sucede a toda artima­nha astrológica. A astrologia tem diver­sos “calcanhares de Aquiles” e não apenas um!

Uma das bases da astrologia é a mitologia. A palavra mitologia refe­re-se às fábulas dos deuses, semideuses e heróis das lendas greco-romanas. Tais deuses nunca existiram; eram produ­tos da imaginação, símbolos das forças da natureza que incluíam personifica­ções dos vícios humanos. Por exem­plo: o amor e a beleza eram personifi­cados na deusa romana, Vênus, e toda uma estória depravada era desen­volvida como cenário deste ídolo.

Tais deuses não comunica­vam virtudes, pois sempre alcan­çavam seus anseios em detrimen­to dos outros. Este primeiro pilar da astrologia compromete suas pretensões. Poderíamos confiar nossas decisões diárias em pre­visões que são sustentadas pelos caprichos de deuses imaginári­os? Infelizmente, muitos con­sultam horóscopos para esco­lherem uma profissão e até um cônjuge! A Palavra de Deus adverte: “…sabemos que o ído­lo nada é no mundo e que não há outro Deus, senão um só. (1 Co 8.4). Podem as lendas ser um pilar confiável? Não! Este calcanhar já está exposto!

A conduta perversa e os vícios dos personagens lendários expõem tam­bém a fragilidade moral da astrologia. Os deuses greco-romanos e todos os demais ídolos do mundo refletem as depravações da humanidade – e isto pode ser observado repetidamente em cada estória que acompanha as sagas dos deuses. São destas ilusões que se revestem os planetas, para que tenham suas influências! Sem dúvida estes deuses da astrologia são faltosos, não possuem nenhuma moral! Portanto, poderia um cristão, apenas por curio­sidade, consultar uma “inocente” pá­gina de horóscopo em um jornal diário, ou emissora de rádio? Não! Segundo a Bíblia não deveríamos (2 Co 6.14-18).

O apóstolo Pedro nos adverte a não voltarmos a ser “servos da corrup­ção ”(2 Pe 2.17-22). É exatamente este o resultado das previsões genéricas. São uma armadilha, uma rede de arrasto. A gene­ralidade das previsões causam ilusão, pois possuem linguagem abstrata que po­dem ser adaptadas às particularida­des de milhares de pessoas.

Previsões como: “não faça um ne­gócio hoje”, “uma pessoa distante vai lembrar de você e vai visitá-lo”, e tan­tas outras, que se podem cumprir de diversas maneiras, são uma armadilha, pois podem se realizar adaptando-se a quaisquer fatos. Por exemplo, uma pre­visão do tipo: “vai fazer sol, mas pode chover”, é ambígua e não merece cré­dito. “Não faça um negócio hoje”, pode ser aplicado de diversas maneiras, em todas as classes sociais, pois todos nós tomamos diariamente decisões que en­volvem negócios, não é mesmo? Des­te naipe são as previsões astrológicas!

Consultar os astros é idolatria; a Bíblia adverte sobre trevas espirituais que sofrem os idólatras: “pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, ”e “por isto Deus lhes envia a ope­ração do erro, para que creiam na mentira. ”(Rml.24; 2 Ts 2.11). A ilusão da generalidade é uma armadi­lha, uma rede que aprisiona o raciocí­nio, iludindo o consultante. A mente pode ficar tão absorta nas previsões, que, divagando, as moldará ao evento mais próximo de sua interpretação. Já vimos que as duas colunas da astrologia estão comprometidas com o fracasso, mi­tologia e imoralidade1consequentemente, todo o restante é frágil.

Contudo, encontramos alguns que in­sistem em dizer que detalhes pessoais são conseguidos através da leitura do horósco­po. Porém, respondemos que não apenas neles, pois devemos observar que as len­das da mitologia grega nos fazem lembrar as histórias africanas, as lendas dos “guias” e “exus” do espiritismo. Todas são acompanhadas de depravação, que ex­pressam a condição caída do homem. Tais histórias tribais, que primeiramente foram contadas como lendas, hoje estão resu­midas e identificadas nas entidades (de­mônios) que se apresentam em sessões onde se manifesta a mediunidade. Assim se toma evidente a origem das adi­vinhações que ocorrem nas consultas aos astrólogos.

“NÃO VOS ENGANEIS”

A astrologia consiste em consultar os deuses lendários da mitologia greco-romana. O que predomina, na leitura do mapa astral, é a influência da divindade naquela oca­sião. Os cálculos planetários são apenas um pon­to de apoio; tirem-se-lhes as lendas e então fica­rão sem influência! As respostas, em sua forma generalizada, trazem informações ambíguas que podem ser interpretadas conforme o anseio do consultante.

Visto ter como fundamento a mitologia, a ori­gem da astrologia é vã, portanto mentirosa e como tal, tem um pai peculiar: “…tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. ” (Jo 8.44). Nas consultas es­peciais, onde detalhes pessoais aparecem, toma o mesmo caminho do espiritismo – a mediunidade. Portanto, tem influências espirituais, não da parte dos planetas, mas das entidades, demônios que se manifestam.

Para estes que consultam e aqueles que mani­pulam tais influências, se não se arrependerem terão confirmada a sentença: “Cansaste-te na multidão dos teus conselhos (consultas astroló­gicas); levantem-se, pois, agora, os agoureiros dos céus (astrólogos), os que contemplavam os astros, os prognosticadores das luas novas, e salvem-te do que há de vir sobre ti. Eis que serão como a praga, o fogo os queimará não poderão salvar a sua vida do poder da laba­reda; ela não será um braseiro, para se aquentarem, nem fogo, para se assentarem junto dele. Assim serão para contigo aqueles com quem trabalhaste, os teus negociantes desde a tua mocidade; cada qual irá vagueando pelo seu caminho; ninguém te salvará.” (Isaías 47.13-15) Considerando tudo isto, a astrologia não é algo que possamos consultar por curiosidade ou brin­cadeira. A idolatria de qualquer sorte é abominá­vel. Não precisamos de ilusões, temos o Deus vivo, que ouve as orações.

“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia Nele, e Ele tudo fará. ” (Salmo 37.5) e “Filhinhos, guardai- vos dos ídolos” (1 João 5.21).

NOTA:

  • A mitologia greco-romana reflete um descompromisso com a moralidade. Alguns eruditos acham que em lenda é normal, mas nos padrões bíbli­cos tal posição não é coerente; portanto esses deuses são culpados de imoralidade.

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MÁRCIO SOUZA, FONTE: REVISTA “ DEFESA DA FÉ” ANO 3 – N° 17


FONTE: O que está por trás dos astros? - CACP - Ministério Apologético

 



 

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