Ezequiel 18.4 – Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.
“Assim”, diz a testemunha de Jeová, “a alma morre. Este versículo prova que não há vida consciente depois da morte”. Prova mesmo? Absolutamente não! Primeiro, olhe o contexto. Sobre o que o escritor está falando? Os israelitas estavam murmurando contra Deus, citando o provérbio que dizia: “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram” (v.2) ‑ eles estavam argumentando que a punição pelo erro dos pais caía sobre a sua descendência. No versículo 4 esta é a resposta de Deus: “a alma que pecar, essa morrerá”. A Bíblia em linguagem moderna parafraseia adequadamente: “Porque todas as almas são minhas para julgar ‑ pais e filhos de igual maneira ‑ e a minha lei é esta: é pelo seu próprio pecado que um homem morrerá”. Assim, o contexto revela que a palavra inspirada não está falando aqui sobre a condição dos mortos.
A palavra alma é usada em muitos sentidos diferentes através das Escrituras Sagradas. Às vezes se refere à vida de uma pessoa, às vezes à própria pessoa (como faz aqui em Ez. 18:4). E às vezes se refere à parte interior do homem que vive após a morte. As testemunhas de Jeová dizem que o homem cessa completamente de existir com a morte, que quando o corpo morre, nada é deixado. Mas existem muitos versos das Escrituras Sagradas que provam que elas estão erradas:
Por exemplo, peça‑lhes que procurem Lucas 12:4,5. Sua Tradução do Novo Mundo diz: “… não temais os que matam o corpo e depois disso não podem fazer mais nada. Mas eu vos indicarei quem é para temer: Temei aquele que depois da morte tem autoridade para lançar na Geena. Sim, eu vos digo: temei a este. Portanto o corpo de um homem pode ser morto. E ele está morto. Mas alguma coisa pode ser feita a ele depois da morte. Ele pode ser lançado na Geena”. Se as testemunhas de Jeová dizem que o homem cessou de existir quando o seu corpo foi morto, o que restaria para ser lançado na Geena?
Da mesma forma, em II Coríntios 5, o apóstolo Paulo escreveu sobre o corpo como “uma casa terrestre onde vivemos”, acrescentando que “desejamos antes estar ausentes deste corpo, para estarmos presentes com o Senhor”, e advertindo que “porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo…” (v. 1,8‑10). Se as testemunhas de Jeová estivessem corretas, que parte de Paulo poderia deixar o corpo para estar com o Senhor?
Você também pode sugerir à testemunha de Jeová que leia Apocalipse 6:9-11 em sua própria Bíblia. Ali fala‑se da “alma dos que tinham sido mortos”, perguntando a Deus quando o seu sangue seria vingado. E acrescenta que “a cada um deles foi dada uma comprida veste branca e foi‑lhes dito que descansassem mais um pouco, até que se completasse também o número dos seus co‑escravos e irmãos, que estavam para ser mortos assim como eles também tinham sido”. Sim, estas almas haviam sido mortas, mas elas são descritas como estando na presença de Deus e estando engajadas em uma conversa com ele.
Fonte de pesquisa: “As Testemunhas de Jeová refutadas versículo por versículo”, David A. Reed; trad. de Marcelus Virgílius Oliveira e Valéria Oliveira. ‑ 2. ed. Rio de janeiro: JUERP, 1990.
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