No início do mês,
autoridades do Irã determinaram o fechamento de uma igreja na capital Teerã,
durante uma campanha do governo para reprimir as poucas igrejas oficiais que
oferecem culto na língua farsi, de acordo com um grupo de direitos humanos.
A ordem veio de um ramo da
Inteligência da Guarda Revolucionária do Irã, conhecida por sua agressão
militar.
“Infelizmente, agora é oficial. A
igreja, no distrito de Janat-Abad, recebeu ordem para fechar”, disse
Monsour Borji, um cristão iraniano e defensor de iniciativas de direito do
Artigo 18. “Se nenhuma decisão para reverter isso for tomada, não haverá mais
reuniões a partir deste mês”.
Artigo 18 é uma iniciativa do
Conselho Unido das Igrejas Iranianas (Hamgaam), baseado em Londres, que busca
defender e promover liberdade religiosa no Irã. O Hamgaam é composto de igrejas
cristãs iranianas na Europa.
A igreja, no distrito de Janat-Abad,
pertence à Igreja Assembleias de Deus no Irã. Originalmente, localizava-se em
Karaj, 20 km a oeste de Teerã, mas as autoridades determinaram que fosse
fechada há alguns anos, disse Borji.
Os líderes da igreja haviam negociado com as autoridades, para usarem a propriedade que tinham adquirido em Janat-Abad, a fim de servir os cristãos de origem assíria que viviam a oeste de Teerã. Com o passar do tempo, entretanto, o número de iranianos de famílias muçulmanas de língua farsi que frequentavam a igreja cresceu, atraindo a atenção das autoridades.
Os líderes da igreja haviam negociado com as autoridades, para usarem a propriedade que tinham adquirido em Janat-Abad, a fim de servir os cristãos de origem assíria que viviam a oeste de Teerã. Com o passar do tempo, entretanto, o número de iranianos de famílias muçulmanas de língua farsi que frequentavam a igreja cresceu, atraindo a atenção das autoridades.
Mais de 70 cristãos se reúnem aos
domingos para o culto de língua farsi em Janat-Abad. Indubitavelmente, o ordem
de fechar a igreja no subúrbio de Teerã foi dada verbalmente, disse Borji.
“O crescente número de cristãos de
língua farsi, de maioria ex-muçulmana, tornou-se uma fonte de preocupação das
autoridades e, agora, determinaram que a igreja fechasse”, disse ele.
No mês passado, a liderança da Igreja
Central das Assembleias de Deus, após 20 anos de pressão das autoridades para
fornecerem uma lista de membros da igreja, pediu a seus membros que
apresentassem seus nomes e seus números de identidade. Esse movimento do
governo visava limitar a frequência de convertidos do islã ao cristianismo,
assim como melhor monitorar seus membros, disseram fontes. Quase todos os
membros, dos dois cultos de domingos, vêm de famílias muçulmanas. Ambos os
cultos são realizados em farsi.
Borji disse que alguns membros
apresentaram seus dados no mês passado e as autoridades já usaram isso para
pressionar os cristãos, alarmando aqueles que não deram suas informações.
“Alguns apresentaram, mas não todos,
especialmente após alguns membros terem passado por problemas no trabalho e na
universidade, depois de terem fornecido detalhes a seu respeito”, disse
Borji.
Um universitário que frequentava a igreja foi impedido de fazer a prova final e outro membro foi despedido do trabalho, disse ele.
Um universitário que frequentava a igreja foi impedido de fazer a prova final e outro membro foi despedido do trabalho, disse ele.
Quando membros da Igreja Central das
Assembleias de Deus de Teerã, inicialmente ouviram a notícia, alguns creram
estarem enfrentando o dilema ético de estar negando Cristo ao recusarem se
revelar dessa forma.
Em fevereiro, a Igreja Protestante Emmanuel e a Igreja Evangélica São Pedro, foram proibidas de realizarem os cultos de sexta-feira. Estas duas igrejas eram as últimas igrejas oficiais que ofereciam cultos na língua farsi às sextas-feiras, em Teerã.
Em fevereiro, a Igreja Protestante Emmanuel e a Igreja Evangélica São Pedro, foram proibidas de realizarem os cultos de sexta-feira. Estas duas igrejas eram as últimas igrejas oficiais que ofereciam cultos na língua farsi às sextas-feiras, em Teerã.
“Se esta campanha agressiva, para
eliminar o cristianismo evangélico, não for interrompida, será uma questão de
tempo até que as igrejas de língua farsi sejam forçadas a fechar”, disse Borji.
Se a igreja em Janat-Abad, fechar
suas portas este mês, apenas três igrejas permanecerão em Teerã oferecendo
cultos em farsi: A Igreja Central das Assembleias de Deus em Teerã, a Igreja
Protestante Emmanuel e a Igreja Evangélica São Pedro. Embora estas duas últimas
tenham sido proibidas de realizar cultos às sextas-feiras, continuam com os
cultos em farsi aos domingos.
No mês passado, as autoridades prenderam um dos anciãos da Igreja Emmanuel em Teerã, Mehrdad Sajadi, e sua esposa, Forough Dashtiani, de acordo com a agência Mohabat News.
Mohabat News e outras agências de notícias relatam uma repressão contra os cristãos nos últimos meses. Em um relato no início do mês, a agência Middle East Concern (MEC) relatou que “a campanha do governo de intimidação contra os cristãos e as igrejas continua”, e observou que as autoridades estão alvejando tanto as igrejas domésticas quanto o “pequeno remanescente de igrejas protestantes reconhecidas oficialmente”.
Como uma república islâmica, o Irã vê os cristãos e especialmente os convertidos cristãos como inimigos do estado e peões do Ocidente para minar o governo. As autoridades associam o cristianismo com algumas minorias étnicas no Irã, ou seja, armênios e assírios, e não toleram a noção de uma igreja de língua farsi.
No mês passado, as autoridades prenderam um dos anciãos da Igreja Emmanuel em Teerã, Mehrdad Sajadi, e sua esposa, Forough Dashtiani, de acordo com a agência Mohabat News.
Mohabat News e outras agências de notícias relatam uma repressão contra os cristãos nos últimos meses. Em um relato no início do mês, a agência Middle East Concern (MEC) relatou que “a campanha do governo de intimidação contra os cristãos e as igrejas continua”, e observou que as autoridades estão alvejando tanto as igrejas domésticas quanto o “pequeno remanescente de igrejas protestantes reconhecidas oficialmente”.
Como uma república islâmica, o Irã vê os cristãos e especialmente os convertidos cristãos como inimigos do estado e peões do Ocidente para minar o governo. As autoridades associam o cristianismo com algumas minorias étnicas no Irã, ou seja, armênios e assírios, e não toleram a noção de uma igreja de língua farsi.
Convertidos cristãos do islã recorrem
a reuniões em secreto em seus lares e formam uma igreja clandestina feita de
grupos caseiros. Não há informação disponível sobre quantos iranianos deixaram
o islã pelo cristianismo.
Em nome do Hamgaam, Borji pede que a comunidade internacional levante a voz contra a perseguição de cristãos no Irã.
“Pedimos pelo apoio e solidariedade de todos os iranianos e da comunidade internacional para pôr fim a essas políticas opressivas que visam estrangular a igreja”, disse ele.
Mais de 20 cristãos permanecem presos no Irã devido à sua fé, de acordo com o relato do MEC. Cinco deles estão em Teerã, cinco em Shiraz, três em Kermanshah e pelo menos dois em Isfahan. Cinco outros em Isfahan foram confirmados soltos no início de maio, incluindo Hekmat Salimi, líder leigo da Igreja Anglicana de São Lucas.
Em nome do Hamgaam, Borji pede que a comunidade internacional levante a voz contra a perseguição de cristãos no Irã.
“Pedimos pelo apoio e solidariedade de todos os iranianos e da comunidade internacional para pôr fim a essas políticas opressivas que visam estrangular a igreja”, disse ele.
Mais de 20 cristãos permanecem presos no Irã devido à sua fé, de acordo com o relato do MEC. Cinco deles estão em Teerã, cinco em Shiraz, três em Kermanshah e pelo menos dois em Isfahan. Cinco outros em Isfahan foram confirmados soltos no início de maio, incluindo Hekmat Salimi, líder leigo da Igreja Anglicana de São Lucas.
Noorallah Qabitizade, no sudoeste da
cidade de Ahwaz, e Farshid Fathi, na Prisão Evin de Teerã, estão presos desde
dezembro de 2010.
Yousef Nadarkhani, da Igreja do Irã,
está preso desde outubro de 2009 e ainda se encontra sob pena de morte. Behnam
Irani, também membro da Igreja do Irã, está preso em Karaj desde maio de 2011 e
seu estado de saúde é precário.
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FontePortas
Abertas
TraduçãoGetúlio
Cidade
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