Mauritânia é um país da África do Norte, onde a população cristã não chega a 1% (dados de 2007) e os que se convertem são ameaçados de morte. Com 2,6 milhões de habitantes, Mauritânia, que significa “terra dos mouros” em latim, é povoada desde a Antiguidade.
No primeiro milênio dC, foram encontrados fósseis da época dos nômades berberes que povoaram a região. Eles foram conquistados pelos árabes no século 16. Localizada no noroeste da África, Mauritâmia está situada entre o Senegal e o Saara Ocidental. Sua economia se desenvolveu com a exploração das minas de ferro e cobre. O país conquistou a independência em 1960, após ter sido desde 1908 uma colônia francesa. Em 1979, a Mauritâmia abdicou os direitos que alegava ter sobre o Saara Ocidental. Em 1960, impôs a Lei islâmica.
Em 1982, foi o último país a abolir a escravidão. O analfabetismo chega a quase 70% da população, além de contar com uma infraestrutura deficiente e precária. Doenças infecciosas como a malária são comuns no país.
O povo mauritano é pobre e leva uma vida rural. O nível de desemprego é muito alto no país. A renda anual é de quase 1,8 mil dólares, as famílias são grandes e têm, em média, oito membros.
Atualmente, a maioria da população se encontra na República da Mauritâmia. São Nômades com todo tipo de rebanhos.
O islamismo chegou ao país no 10º século dC. Quase todos os mauritanos são muçulmanos de tradição sunita, embora muitos também pratiquem tradições tribais. Crenças muçulmanas tradicionais exercem um papel importante na perspectiva das pessoas.
O país é dividido em cinco povos: os inraguens, os maures, os mouros negros e brancos, os toucolor e os reguibat.
Os toucouleures foram os primeiros a converter-se ao islamismo no 11º século dC. Entretanto, o islamismo não mudou muito a atitude dos toucouleures em relação ao espiritismo e à magia. Eles ainda usam amuletos e talismãs.
Por meio de missionários, o cristianismo chegou a Mauritâmia. O total de cristãos não chega a 1% da população, tendo em vista que os protestantes da capital não se sentem capazes de iniciar algum tipo de atividade. As que existem são dirigidas a trabalhadores imigrantes da África subsaariana. As igrejas se reúnem em lares, já que a sociedade é fortemente influenciada pelo islamismo. Não há liberdade para pregação, por isso os cultos e a evangelização são feitos em absoluto sigilo.
O maior temor não se relaciona ao governo, mas sim, à perseguição que os novos convertidos podem sofrer de suas próprias famílias, que não os deixariam em paz aonde fossem ou morassem. O controle social é um problema sério.
A constituição mauritana estabelece o islã como religião oficial, mas assegura a liberdade de consciência e de religião. Na prática, a evangelização é proibida e a conversão de muçulmanos a Cristo é passível de pena capital. Já houve inúmeros mártires.
A perseguição e as severas restrições são as barreiras que impedem a nação de ser alcançada pelo Evangelho. Sem uma significativa mudança nas atitudes locais e no atual nível de auxílio externo, é bem provável, que ainda neste século, a igreja na Mauritânia exigirá um esforço externo e poderá gerar uma perseguição mais intensa e severa.
Mauritânia está entre os 40 países onde há mais perseguição e intolerância ao cristianismo.
OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES:
. Capital: Nouakchott
. Área: 1,030.700Km
. Localização: Noroeste da África
. Idiomas: Árabe, pular, sininquê e ulof
. Língua Oficial: Árabe
. Moeda: Ouguiya
. População: 2,6 milhões (53% urbanas)
. Religião: Islamismo
. Cristianismo: 0,25%
. População Cristã: 6,5 mil, fatia da população em declínio acelerado.
. Perseguição: Atos de hostilidade em crescimento
. Número de missionários no país: 30
. Liberdade religiosa: Não
. Século 21: O crescimento da igreja exigirá um esforço externo substancial que poderá gerar uma perseguição intensa e severa.
FONTE: Missão Portas Abertas.
Postado por João Augusto de Oliveira
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