terça-feira, 2 de agosto de 2011

0 MISSÕES – 0,1% são evangélicos no Djibuti




 Cristãos sofrem perseguição de civis e militares no País

A República do Djibuti tem o Islã como a religião oficial. Localizada no nordeste da África, o pequeno país possui pouco mais de 700 mil habitantes e apenas 0,1% da população é de evangélicos. As primeiras igrejas protestantes surgiram entre 1940 e 1960. Hoje, existem diversas igrejas católicas romanas e um grupo menor de evangélicas e ortodoxas. A maioria dos cristãos é de trabalhadores estrangeiros.
     Os convertidos ao cristianismo enfrentam grandes pressões sociais. Atualmente, o Djibuti é o 34º na lista de classificação dos países que mais perseguem os cristãos no mundo. Embora haja liberdade religiosa e de evangelização, a maioria muçulmana opõe-se às atividades cristãs, invadindo e agredindo, com paus e pedras, cristãos em reuniões de oração.
     Os sites Portas Abertas e Casa Firme relatam o testemunho de um correspondente no país. Segundo ele, além dos civis, os policiais também tentam reprimir os cultos. “Estávamos em nossa sala de estar orando com outras pessoas. A polícia Federal cercou o local e o invadiu. Eles efetuaram buscas no lugar, apreendendo documentos, livros e alguns materiais da igreja”, lembra o missionário, que não se identificou por questão de segurança.
     Ele conta ainda que os policiais continuam a agressão na delegacia. “Um policial espancou um dos cristãos com uma barra metálica, deixando-o seriamente ferido e quase morto. Levado ao hospital, permaneceu por um longo período”. Mesmo preso, o grupo não parou de adorar. “Como Paulo e Silas haviam feito na prisão, cantaram e louvaram ao Senhor. Alguns dos outros presos se juntaram a eles. Seis pessoas se converteram naquela cadeia. O grupo ficou preso por três dias”.
     Aproximadamente 95% do país são muçulmanos – o islamismo chegou à região no século 12 -, enquanto o restante da população professa o cristianismo. A maioria dos muçulmanos é constituída de sunitas, com uma pequena parcela de xiitas. Existe ainda um pequeno contingente de hindus entre os trabalhadores indianos.
Geografia
     Ocupando planalto quente e árido, conhecido como Chifre da África e clima seco, Djibuti possui um território repleto de lagos de água salgada e acomoda diversas cadeias montanhosas, algumas com mais de 1,6m de altitude.
A região costeira fica separada dos planaltos do interior por uma cordilheira que chega à altitude de 2 mil metros.
História
     Os franceses chegaram ao Djibuti no final de 1850, em uma ação de contrapartida à presença dos ingleses em Áden, no atual Iêmen. Antes, a região era habitada por tribos somali(issa) e afar. Eles trocavam peles por especiarias vindas do Egito, China e Índia. O contato com a Península Arábica fez com que os povos dessa região fossem os primeiros a adotar o islamismo como religião. Trinta e três anos após a chegada dos franceses, o país se tornou parte da Somália Francesa.
     A partir da Segunda Guerra Mundial, o Djibuti foi ocupado pelo governo francês de Vichy e em 1942 foi libertada por tropas aliadas e da resistência francesa. Em 1967, um plebiscito determinou que o país continuasse sob o domínio francês. Com isso, a independência só foi conquistada recentemente, em 1977, quando Hassan Gouled Apditon foi eleito o primeiro presidente do novo país. Ele ficou no governo até renunciar em 1999. O ministro-chefe de gabinete, Ismael Omar Guelleh, assumiu a presidência.
Política
     Hassan Gouled Apditon foi reeleito em 1981, 1987, 1993 para três mandatos seguidos de seis anos. Os anos 90 começaram em clima de guerra civil. Rebeldes afares contra o governo issa. Diante disso, o presidente fez algumas concessões. Em Setembro de 1992, a Constituição foi aprovada. Foi permitida a formação de quatro partidos políticos durante dez anos, além da instalação do sistema multipartidário pelo após esse prazo.
     Em 1994, issas e afares fizeram um acordo de dividir o poder, ou seja, se o presidente eleito for de uma dessas etnias, o Primeiro-Ministro deverá ser da outra.
Economia
     O Djibuti é um país muito pobre. A economia depende da capital e a maior parte dela concentra-se no setor de serviços, cerca de 70%, por ter livre comércio e localização estratégica, situada próximo ao maior porto no Nordeste da África e o importante centro de reexportação e reabastecimento de embarcações em rota de grande movimento.
     Com renda per capita inferior a mil dólares anuais, a taxa de desemprego no país gira em torno de 40%. A economia é constituída por pastoreio nômade. A agricultura é limitada pela escassez de água e terras, com destaque para o cultivo da tâmara em poucas áreas irrigadas.
     A república possui fábricas de alimentos, construção e reparos de navios, extração de sal marinho e uma pequena indústria pesqueira. Quanto à exportação, os principais produtos que saem do país são couro, gado e café. A capital é ligada ao continente africano pela ferrovia Djibuti-Adis Abeba.
     Djibuti depende da ajuda e investimentos externos para equilibrar o balanço de pagamentos. A França se destaca como principal doador e investidor. Segundo o Banco Mundial, a dívida externa do Djibuti estaria em torno de 396 milhões de dólares em 2003.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
Nome Oficial: República do Djibuti
Data Nacional: 27 de junho de 1977 (independência)
Território: 23,2 mil Km²
População: 710 mil (Censo de 2003)
Crescimento demográfico: 2,2%
População urbana: 84,2%
Capital: Cidade de Djibuti (460 mil habitantes)
Outros centros urbanos: Ali-Sabieh, Dikhil, Obock, Tadjoura
Clima: Tórrido e seco
Religiões: islâmica(95%), católica romana(6%) e evangélicos(0,1%)
Idiomas: Árabe e francês(oficiais); somali; afar
Taxa de alfabetização: 46,2%
Expectativa de vida: 44 anos
Moeda: Franco djibutiano
FONTE: Portas Abertas, Casa Firme e Christian Aid Mission do Brasil.
Dados de 2007. 

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