3 Cheguei a uma conclusão: “Estou ficando velho”!

Hoje estava pensando sobre a minha vida e de repente cheguei a uma conclusão: “Estou ficando velho”. É a única explicação que me vem à mente quando penso em como as coisas mudaram de uns anos para cá.

Apesar de ter apenas trinta e alguns anos (risos), psicologicamente devo estar amadurecendo rápido demais.  Confesso que até tento, mas não consigo aceitar alguns desses modismos, mudanças e alterações porque passam a sociedade e principalmente a igreja (o povo de Deus).

Há alguns anos atrás fazia gosto ouvir um louvor. Louvor era expressão de amor, adoração, comunhão e dedicação do cristão a Deus. Mas ultimamente, o que alguns chamam de louvor (se é que muitos nem de louvor chamam mais, agora é MÚSICA GOSPEL) eu daria outros adjetivos. São tantos ritmos: pagode cristão, forró gospel, funk de Jesus, rap de Cristo, rock dos salvos, etc. que ando meio perdido em meio a tantas inovações.

Isso sem falar naqueles "louvores” que só falam em derrota dos inimigos, palco, multidões aplaudindo, determinismo, exigências a Deus e assim por diante. Eu tento, confesso, mas o meu interior não consegue aceitar tantas aberrações com nome de louvor.

Lembro que há alguns anos os jovens aguardavam em Deus uma namorada. Enquanto ela não chegava, eles procuravam se purificar de toda imundícia de corpo e mente enquanto trabalhavam na seara do Mestre. De repente a Rebeca aparecia na vida do moço, e era uma alegria só. Eles namoravam, faziam planos para o noivado e casamento e assim por diante, enquanto aguardavam no Senhor o momento da consumação do seu amor – no casamento.

Hoje em dia. Não estou generalizando, mas, diga-se de passagem, que uma grande fatia de jovens cristãos nem sabe o que é namorar, a moda agora é "ficar". Ficar com uma e com outra, apalpar uma e outra, fazer sexo antes do casamento com uma e com outra e vai por ai. E pra alguns tudo isso é normal – faz parte da pós-modernidade. Simplesmente não consigo aceitar, Desculpem.

Isso sem falar nos casais. Lembro-me do tempo em que os casais eram extremamente fiéis um ao outro. Não vou generalizar, Deus me livre. Mas não podemos negar que a infidelidade, o adultério e o divórcio já fazem parte da rotina da vida da Igreja hodierna. Não aceito e não admito que pessoas que se casaram para compartilhar uma vida juntos – até que a morte os separe – de repente por qualquer coisa venham a se separar e como se fosse pouca coisa, casar com outra e vice-versa.

Não sei o que fazer. Esses são somente alguns dos temas pelos quais cheguei a conclusão de que devo “estar ficando velho”, pois não consigo aceitar – Como dizia o grande reformador Martinho Lutero: "A minha consciência está cativa as Escrituras". Não aceito nada menos que isso.

Prefiro ficar um velho crente a um crente velho, que se acostuma com tudo. Até o dia em que acorda no inferno e então é TARDE DEMAIS.

Em Cristo,

                 João Augusto de Oliveira.