Um grupo de teólogas feministas protestantes e católicas uniu forças para redigir uma “Bíblia das Mulheres” com o objetivo de promover o empoderamento feminino. Elas se dizem cansadas de ver como os textos sagrados estão sendo usados de forma negativa contra elas.
Enquanto a maior parte das feministas luta contra a Bíblia Sagrada, que consideram “machista” e “patriarcal”, as teólogas insistem que se interpretada apropriadamente, ela pode ser uma ferramenta para promover a emancipação das mulheres.
Na introdução da “Bíblia das Mulheres”, as autoras defendem que cada capítulo deveria conter um “exame das mudanças na tradição cristã, pois há temas que permanecem ocultos, há traduções tendenciosas e interpretações parciais”.
Há também críticas sobre as “leituras patriarcais persistentes que justificaram numerosas restrições e proibições às mulheres”, escreveram de acordo com o Daily Mail.
O grupo ecumênico, que conta com dezenas de teólogas de vários países, alerta para o fato de que as mulheres são citadas na Bíblia como subservientes, prostitutas ou santas.
“Os valores feministas podem ser compatíveis com as Escrituras”, alega Lauriane Savoy, 33, professora de teologia em Genebra e uma das organizadoras da “Une Bible des Femmes” (Uma Bíblia das Mulheres), lançada originalmente em francês, mas que deve ganhar versões em outras línguas em breve.
O lançamento da Bíblia pega carona com o movimento #MeToo que faz parte da campanha dos 16 dias em favor do “Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher”, organizado pela ONU.
Extraído e adaptado do site gospelprime.com.br em 01/12/2018
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