No terceiro século, surgiu um ex-sacerdote de Cilebe, divindade dos
frígios. Seu nome era Montano. Ele pregava o evangelho do Espírito Santo e uma
vida quase monástica. As profecias faziam parte de seus sermões e, em uma
delas, ensinava que Jesus voltaria à terra naqueles dias. O retorno não
aconteceu, logo. O profeta era falso.
Chegando ao final do primeiro milênio, lideres religiosos e seus
seguidores apostavam que o retorno de Jesus aconteceria no dia 31 de dezembro
de 999 a.D. Na época, houve uma agitação muito grande, mas nada ocorreu. Então,
as pessoas voltaram à rotina normal da vida.
No início do século 12, Anwari, astrólogo persa, concluiu que o fim do
mundo seria no dia 16 de setembro de 1186. Novamente, as pessoas ficaram
agitadas, mas nada aconteceu.
Em 1499, foi publicado um livro intitulado Efemeredes, de autoria de um
membro da Universidade de Tubingen, na Alemanha. Nessa obra, o autor anuncia
que o fim do mundo dar-se-ia em 20 de fevereiro de 1524. Quanto mais perto da
data, as pessoas ficavam mais assustadas. Mas, o dia chegou e, como das outras
vezes, nada aconteceu.
William Whiston, cientista da Universidade de Cambridge, na Inglaterra,
era muito considerado pelos ingleses. Contemporâneo de Isaac Newton, Willian
foi expulso da Universidade, devido ao fato de ter calculado uma data para o
fim mundo e nada ter acontecido.
Em 1818, Willian Miller começou a anunciar que a volta de Cristo
aconteceria em 23 de março de 1843. Muitos acreditaram em suas palavras e, por
isso, ficaram esperando o cumprimento de tal profecia. Como nada aconteceu,
Willian, para se justificar, disse que cometeu um erro de cálculo, que, na
verdade, o fato teria lugar em 22 de outubro de 1844, errando novamente.
Charles Taze Russell, fundador do movimento das testemunhas de Jeová,
também arriscou várias profecias, marcando a volta de Jesus para os seguintes
anos: 1984, 1914, 1915 e 1918. No entanto, ele foi mais um que entrou para a
galeria dos falsos profetas.
A mais recente profecia sobre o final do mundo ficou por conta de Harold
Egbert Camping, engenheiro civil e bacharel em ciência pela Universidade da
Califórnia, em Berkeley. Proprietário de uma rede de rádios protestantes, o
pseudoprofeta começou a anunciar que o mundo acabaria em 21 de maio de 2011.
Outra vez, nada aconteceu. Era mentira!
Diante dos fatos narrados acima, podemos concluir pelo menos duas
coisas:
Em primeiro lugar: todos acertaram quando anunciaram que Cristo voltaria
e o mundo teria fim. Prova disso, podemos ver nos dois textos que segue:
"Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando
para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir
assim como para o céu o vistes ir" (At 1.11).
"E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a
primeira terra passaram, e o mar já não existe" (Ap 21.1).
E, em segudo: todos erraram quando marcaram as datas do evento. Como
prova de que estavam totalmente errados, nada melhor do que as palavras ditas
pelo próprio Messias. Vejamos:
"Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas
unicamente meu Pai" (Mt 24.36).
Assim, concluimos que todos que marcaram datas para o evento da volta de
Jesus entraram para a galeria dos falsos profetas. E fazemos isso com base no
texto bíblico de Deuteronômio 18.19-22, que diz: "E será que qualquer que
não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele.
Mas, o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que
eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse
profeta morrerá. E, se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o
SENHOR não falou? Quando o profeta falar em nome do SENHOR, e essa palavra não
se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o SENHOR não falou; com
soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele".
Que o Senhor tenha misericórdia!
Por Antonio Fonseca



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