Texto: Esta é uma
declaração digna de todo crédito: Se alguém almeja o episcopado, de fato,
deseja algo excelente (I Timóteo 3.1).
Introdução – Temos uma eclesiologia bem
diversificada em nosso país. Com diferentes ministérios evangélicos
(pentecostais, tradicionais e luteranos), acabamos por divergir (amigavelmente)
em nossas escolhas ao santo ministério. Alguns têm bispos, presbíteros,
pastores, diáconos, diaconisas etc., contudo, essa diferenciação em nada altera
o curso da obra de Deus. Certo é que todos os anos, diversos ministérios
evangélicos separam centenas de homens e mulheres a ocupar cargos de liderança
na obra de Deus.
Geralmente há uma série de exigências do candidato e acho
isso perfeitamente normal e bíblico, pois afinal de contas estamos escolhendo
uma pessoa para laborar na obra de Deus e não em qualquer empreendimento
humano. Se as empresas exigem uma série de requisitos de seus candidatos à vaga
empregatícia, nada mais normal do que exigir-se do candidato ao ministério que
ele preencha alguns requisitos bíblicos.
Sim eu disse requisitos bíblicos. Claro que cada ministério
tem suas regas e exigências internas e eu respeito isso. Desde que não se
extrapole e queira impor ao candidato algo não bíblico (uma regra interna) como
se fosse, pois é necessário fazer a diferenciação.
Segue uma tabela bíblica de qualificações para a correta
separação de todo candidato ao ministério (do diácono ao pastor) e devem ser
aplicadas pela supervisão ministerial, a fim de se evitar “lobos à frente do
rebanho”, ou mesmo, tão somente pessoas totalmente imaturas e despreparadas
moral e intelectualmente cuidando da Igreja do Senhor Jesus.
OBS: Uma
observação que quero fazer aqui é sobre a “exigência de o candidato ser
dizimista”, de acordo com alguns ministérios. Não sou contra o cristão ofertar
e dizimar (por amor e gratidão), pois não estamos debaixo da dispensação da
lei, mas da graça. Porém, faço uma ressalva nesse quesito em particular, pois
alguns ministérios têm essa “regra” como a primeira de todas (quase a única) e
dizem que ela é uma regra “bíblica”, porém examinando as escrituras
neotestamentárias eu não a encontrei em lugar nenhum (se alguém achou, por
favor, me ajude).
O que quero dizer é que regras como essa do dízimo podem e
devem ser respeitadas como “regra ministerial” ou regulamento interno desse ou
daquele ministério, porém jamais como uma ordenança bíblica à igreja da nova
aliança. Pois se assim fosse, então também deveríamos obedecer a diversos outros
mandamentos, mas não estamos debaixo da lei, à graça nos alcançou.
Precisamos
tomar cuidado para não aplicarmos “norma interna humana” como se fosse doutrina
bíblica.
Dito isto, segue a tabela de qualificações, de acordo com a
Bíblia de Estudo NVI (página 2072):
Ser prudente
|
(I Tm 3.2; Tt 1.8)
|
Hospitaleiro
|
(I Tm 3.2; Tt 1.8)
|
Ser apto para ensinar
|
(I Tm 3.2 ; 5.17; Tt 1.9)
|
Não ser violento, mas amável
|
(I Tm 3.3; Tt 1.7)
|
Não ser violento, mas pacífico
|
(I Tm 3.3)
|
Não ser apegado ao dinheiro
|
(I Tm 3.3)
|
Não ser recém-convertido
(NEÓFITO)
|
(I Tm 3.6)
|
Ter boa reputação perante os de
fora
|
(I Tm 3.7)
|
Não ser orgulhoso
|
(Tt 1.7)
|
Não ser briguento
|
(Tt 1.7)
|
Ser amigo do bem
|
(Tt 1.8)
|
Ser consagrado
|
(Tt 1.8)
|
Ter domínio próprio
|
(Tt 1.8)
|
Ser irrepreensível
|
(I Tm 3.2 ; Tt 1.6 ; I Tm 3.9)
|
Ser marido de uma só mulher
|
(I Tm 3.2;Tt 1.6; I Tm 3.12)
|
Ser sóbrio
|
(I Tm 3.2; Tt 1.7; I Tm 3.8)
|
Ser respeitável
|
(I Tm 3.2; I Tm 3.8)
|
Não ser apegado a muito vinho
|
(I Tm 3.3; Tt 1.7; I Tm 3.8)
|
Saber governar a família
|
(I Tm 3.4; I Tm 3.12)
|
Manter os filhos sujeitos
|
(I Tm 3.4-5; Tt 1.6; I Tm 3.12)
|
Não ser havido por lucro
desonesto
|
(Tt 1.7; I Tm 3.8)
|
Apegar-se à mensagem fiel
|
(Tt 1.9: I Tm 3.9)
|
Ser homem de palavra (I Tm 3.8)
|
(I Tm 3.8)
|
Ser experimentado
|
(I Tm 3.10)
|
Conclusão – Concluo
dizendo a todos os candidatos ao santo ministério que se submetam a Deus e as
exigências bíblicas. Respeite as normas internas de seu ministério, desde que
ele saiba diferenciar “NORMA INTERNA DE DOUTRINA BÍBLICA”.
Paz seja com todos,
João Augusto de Oliveira
0 comentários:
Postar um comentário