Porque nada podemos contra a verdade,
senão pela verdade (2º Coríntios 13.8)
Dia desses, eu estava a pensar na “eclesiologia
evangélica brasileira” e algumas considerações me vieram à mente. Claro que ao
falar nisso, reconheço que nem todos os cristãos hão de concordar comigo, e eu
nem espero isso. Afinal de contas estamos num país onde a nossa Constituição
garante a liberdade de “pensamento e expressão”.
Eu diria que é usando dessa mesma “liberdade”
que eu gostaria de falar o que acho que é a verdade, ou pelo menos, reflete uma
centelha da verdade.
Tenho conversado com algumas pessoas
cristãs sinceras e o que tenho ouvido é de estarrecer qualquer ministro ou
qualquer crente comum que ainda ame a Deus e tenha zelo pela sua obra.
A visão que alguns crentes têm do “Sistema
Eclesiástico Brasileiro” é algo que deveria fazer alguns de nossos ministros
repensar a sua chamada, as suas funções e em como ele tem administrado a obra
de Deus que está sob seus cuidados. Eis que tenho observado:
A
nossa eclesiologia tem mantido algumas cacterísticas intoleráveis e incompatíveis
a uma liderança cristã:
1. Autoritarismo – Alguns
pastores (salvo exceções) têm mantido uma liderança a “ferro e fogo”. Temos
acompanhado ministros que dominam seus rebanhos como se fossem uma encarnação
de Nero, Stalin ou Adolf Hitler; levando ao cadafalso a qualquer que se lhes
oponha, questione ou mesmo tenha dúvidas acerca de determinados assuntos na
Igreja.
OBS: Conheço um presbítero (não vou citar
nome) que foi praticamente expulso da sua congregação, pois se opôs ao seu
Pastor, quando o pastor pregou que: “quem não é dizimista vai para o inferno”.
Pasmem, mas é a mais pura verdade.
2. Infalibilidade – Lembra-se
da doutrina da “Infalibilidade Papal” defendida na Constituição Dogmática
Pastor Aetemuns e promulgada pelo concílio Vaticano I? Essa Constituição foi
promulgada na Quarta Sessão do Concílio, em 18 de Junho de 1870, pelo Papa Pio
IX.
Todos sabem que essa doutrina reza que, as
decisões do Sumo Pontífice da Igreja Católica em matéria de doutrina, moral,
dogmas e costumes são “infalíveis e inquestionáveis”.
Ora, eu lhes pergunto: Será que não é quase
isso que está acontecendo em nossas convenções e com relação aos nossos
pastores?
Ouça bem antes de me criticar. Quantos
pastores admitem ser questionados pelos fiéis; principalmente os pastores
setoriais e o pastor presidente do ministério (independente do ministério que
seja)?
Você já experimentou questionar o seu pastor
e discordar de alguns pontos de doutrina e costumes que a sua Igreja adota? Faça
isso e depois me fale a sua reação.
3. Busca desenfreada de poder – Enquanto a membresia está em luta
contra os pecados habituais e os problemas corriqueiros da congregação local,
eu lhes pergunto: Onde está o alto escalão da Igreja? Muitos nem percebem as
lutas de suas ovelhas porque estão “ocupadíssimos” lutando por posições
elevadas e cargos mais altos dentro da eclesiologia evangélica.
Talvez
muitos achem que estou errado, mas eu lhe convido: Leia um pouco mais, observe
um pouco mais e ouça um pouco mais, então depois, dê a sua opinião final.
Se as coisas
continuarem como estão, lamento dizer, mas o caos é o nosso futuro. O futuro de
grande parte da Igreja Evangélica brasileira. Talvez alguém argumente: Mas Jesus
é o dono da Igreja e ele não vai permitir que isso aconteça. Bem de repente é
verdade, mas quero apenas lembrar-lhes que na Europa (berço dos maiores
avivamentos) a igreja está estagnada, parada e morta, cujos templos estão sendo
vendidos para hotéis, bingos e casas de shows.
Queridos não
devemos esquecer que: “E saiu ao encontro de Asa, e disse-lhe: Ouvi-me, Asa, e todo o Judá e
Benjamim: O SENHOR está convosco, enquanto vós estais com ele, e, se o
buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, vos deixará”. 2 Crônicas 15:2
Bom final de semana a todos,
João Augusto de Oliveira
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