Michael Snyder
Uma mudança dramática de paradigma espiritual está ocorrendo no Ocidente. Mais americanos do que nunca parecem estar se desviando da fé cristã, e isso está acontecendo principalmente entre jovens. E embora seja inegável que o ateísmo e o agnosticismo estejam crescendo rapidamente, é também importante apontar que outras religiões estão em ascensão no Ocidente no tempo exato em que o Cristianismo está encolhendo. Se você é cristão, o que você está para ler deveria lhe trazer muita preocupação.
Lojas que se especializam em miudezas metafísicas (velas de meditação ritual, óleos misturados, ervas sagradas) como Céu Encantado e a Casa da Intuição em Los Angeles, embora não sejam novas, de repente estão recebendo multidões de clientes. No Brooklyn, a loja Bruxas de Bushwick expandiu de um local no circuito de farras secretas para uma organização coletivista social que celebra a feitiçaria como arte feminista e colabora com empresas da moda como Chromat. É claro que para os que preferem fazer poções em casa, várias novas lojas de assinatura de temas de bruxaria e ocultismo entregam produtos de magia negra na sua casa.
E a mídia social deu condições para jovens interessados na magia negra se conectarem uns com os outros de um modo que nunca vimos antes. Eis mais informações de Salon:
Confira a mídia social: Uma busca da palavra #witch (bruxa) no Instagram dá como resultado cerca de 2.375.000 posts — ao passo que para #kardashian registra apenas 1.630.000. Na próxima vez, pesquise numa loja cara: cartas de tarô estão voltando em estilo elevado, graças a varejistas como Wild Unknown — suas cartas astutas estão em lojas de todos os Estados Unidos, desde centros comerciais luxuosos como ABC Home em Nova Iorque até lojas independentes como Skylark na Praia Venice na Califórnia. K-Hole estava certo, o misticismo agora é a nova normalidade.
Sim, há ainda muito mais cristãos do que bruxas nos EUA.
Mas as fileiras dos que estão entrando no ocultismo estão crescendo muito rapidamente — principalmente entre jovens americanos — e em muitas igrejas no domingo de manhã você será feliz se conseguir achar um punhado de jovens.
Enquanto isso, o islamismo está também em ascensão no Ocidente. Muito da culpa disso é devido à imigração, e novas mesquitas estão surgindo em todas as partes dos Estados Unidos e Europa.
À medida que o islamismo avança, tem havido um esforço concertado de certos grupos para unir o Cristianismo e o islamismo. Esse movimento ficou conhecido como “Crislam,” e em anos recentes temos visto algumas coisas que muitos de nós nunca imaginamos que chegaríamos a ver no mundo cristão.
Por exemplo, no começo deste ano a Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana dos EUA (PCUSA) foi iniciada com uma reza oferecida a Alá:
“Alá nos abençoe e abençoe nossas famílias, e abençoe nosso Senhor. Conduz-nos na vereda direita — a vereda de todos os profetas: Abraão, Ismael, Isaque, Moisés, Jesus e Moamé.”
Essas foram as palavras que ecoaram na congregação na Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana dos EUA (PCUSA) que se reuniu em Portland, Oregon. Wajidi Said, cofundador da Fundação de Educação Muçulmana, dirigiu os participantes na reza ao deus islâmico, uma ação providenciada pela equipe do ministério ecumênico inter-religioso da assembleia.
A reza foi a parte mais importante da sessão de abertura da reunião, um momento dedicado a orar pelos que haviam sido afetados pelo tiroteio em Orlando que ocorreu apenas uma semana antes.
E é claro que a Igreja Presbiteriana dos EUA está longe de ser a única. O Papa Francisco declarou que os cristãos e os muçulmanos “adoram o mesmo Deus,” e em 2014 ele autorizou rezas islâmicas e leituras do Corão no Vaticano pela primeira vez na história.
Mas apesar de tais esforços de “unir cristãos e muçulmanos,” a verdade é que os terroristas islâmicos continuam a massacrar cristãos numa base contínua no mundo inteiro. O atentado mais recente numa igreja ocorreu na Indonésia no domingo:
Um homem-bomba suicida do ISIS atacou hoje um padre católico com um machado enquanto tentava explodir centenas de participantes da missa numa igreja no domingo.
O Pe. Albert Pandiangan, de 60 anos, estava realizando a cerimônia santa no altar quando o fanático de 18 anos foi depressa até ele com uma bomba numa mochila e tentou se explodir.
Mas a bomba queimou sem detonar os explosivos, de modo que o terrorista islâmico puxou um machado de sua bolsa e fez um corte no braço do padre na Igreja de São José em Medan, na capital do Norte do Sumatra na Indonésia.
Até agora houve mais de mil atentados terroristas islâmicos em 2016, e o ISIS parece ter uma ênfase renovada em atacar igrejas e cristãos onde quer que os achem.
Sem dúvida, estamos também testemunhando um aumento imenso no número de ateus e agnósticos no Ocidente. A Europa está muito mais longe do que os Estados Unidos nesse aspecto, e muitas áreas do continente são com justiça consideradas como “pós-cristãs” nesse ponto.
No Reino Unido, a fé cristã vem diminuindo tão dramaticamente que há agora “capelães humanistas” que não acreditam em absolutamente nenhuma religião:
Com o número de membros em todas as igrejas cristãs tradicionais em seu ponto mais baixo, a Inglaterra está vendo o crescimento de capelães humanistas que proveem apoio “pastoral” para as pessoas que não têm nenhuma religião.
No mês passado a Universidade de Westminster em Londres inovou ao nomear seu primeiro conselheiro secular oficial para os estudantes.
Essa ação foi resultado de campanhas da Associação Humanista Britânica desde 2014 para treinar mais que 100 voluntários para entrarem nas escolas, hospitais e prisões a fim de fornecer apoio aos que não acreditam numa deidade.
Felizmente, as coisas são muito diferentes em boa parte do resto do mundo. Aliás, a fé cristã está atualmente experimentando um crescimento explosivo na China, Índia, América do Sul e muitas partes da África.
Mas nos Estados Unidos e Europa as pessoas estão deixando a fé de seus ancestrais em números espantosos, e esse vazio espiritual está muitas vezes sendo preenchido por outras religiões tais como a bruxaria e o islamismo.
Então o que isso significa para o futuro da sociedade americana e europeia?
Traduzido por Julio Severo do original em inglês da revista Charisma: Witchcraft, Islam and Humanism Are Filling the Spiritual Void Left by the Dying Church
Fonte: www.juliosevero.com
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