De
tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver
crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de
ser honesto.
Dia
desses, eu estava acompanhando o julgamento do “mensalão”, esse esquema
criminoso, corrupto e vergonhoso; que se instaurou na política brasileira, sob
a chancela daqueles que deveriam trabalhar em prol da defesa da população e da
cidadania.
Bem,
não sou jurista nem advogado formado, apesar de ser estudante de “direito”,
estou no início da jornada e não sou a pessoa mais qualificada para emitir um
manifesto de revolta consistente diante desse quadro ignominioso que temos
acompanhado em nosso país.
Cito
as penas impostas pela justiça (Supremo Tribunal Federal) aos acusados;
acredito que deveriam os mesmos ter pego penas bem maiores do que as que lhes
foram impostas.
Observando-se
as acusações contra os réus chegamos a uma conclusão: ou existe um conchavo
terrível em nosso país, ou falta visão ao nosso judiciário brasileiro. Parece
que as palavras de “Rui Barbosa” soam como uma profecia aos nossos ouvidos
quando dizem: “De tanto ver triunfar as nulidades; de
tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver
agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da
virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.
Essa é
uma das causas da proliferação do crime em nossa pátria, “a impunidade”.
Lógico, o bandido (cito aqui o bandido de paletó e gravata) sabe que pode
cometer crimes a vontade e não vai preso; quando muito lhe dão uma pena de 6 ou
7 anos que lhe dão o direito de recorrer a um milhão de brechas em nosso “código
penal”; e assim cumprir ou quanto ou um terço dessa pena e o pior, cumprir em
liberdade, indo à cadeia apenas para dormir lá.
É minha
gente, de uma coisa eu tenho certeza, e é que a justiça verdadeira somente será
feita quando nós estivermos diante do “Supremo Juiz” de toda a terra, o Senhor
Jesus Cristo, que julgará a todos segundo as suas obras e recompensará segundo
as ações de cada qual, individualmente (Ap 20.11-15). Nesse Juiz e nesse
tribunal nós podemos confiar verdadeiramente que ele é incorruptível, justo e
reto; quanto aos tribunais humanos (principalmente os brasileiros) nós vamos
observar disso a pior.
Que Deus
em Cristo guarde a nossa alma...
João
Augusto de Oliveira
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