INTRODUÇÃO - Venho observando nos últimos
anos e tenho constatado que se formou um abismo intransponível (a nós) entre a
Igreja Primitiva e a atual. Embora gritemos a plenos pulmões, que somos a
extensão dela, mas isso não se aplica na prática. Qualquer estudante sério que
lê sobre a Igreja Primitiva e compara conosco percebe o quão gritante é a
distância (não em anos) que nos separa. E temo que quando o Senhor Jesus venha
buscar a Igreja Atual, não encontre quase nada (apenas resquícios) daquela
Igreja Pujante e viva que deixou na terra.
Há um abismo doutrinário –
Isso é um fato inegável que o nosso ensino doutrinário (sobre o calvário,
justificação pela fé, necessidade de santificação pessoal, etc.), não chega nem
perto do que ensinava a Igreja Primitiva. E isso, deixem-me dizer não é falta
de Teologia (hoje nós temos de sobra), mas falta de temor a Deus. Uma vez que
não vivemos o verdadeiro Evangelho, a nossa tendência é distorcê-lo para que
caiba na nossa vida medíocre.
Há um abismo na nossa abordagem e aplicação
prática de dinheiro – Para começo de conversa, não existe a
ocorrência de dízimo (mandamento da lei) nos primeiros anos da Igreja Primitiva.
Uma vez que o cristianismo é uma outra religião (com regras totalmente
diferentes) e não uma extensão do judaísmo, não encontramos o incentivo e o
ensino sobre a continuidade da prática do dízimo nas cartas bíblicas
(epistolares) e nem nos escritos dos pais da igreja primitivos. Nem mesmo o
Senhor Jesus ensinou tal prática, pois a única ocorrência sobre esse assunto em
Jesus é Mateus 23.23; onde ele faz uma crítica ao extremismo judaico e não um
ensino para ser dizimista. Mas isso é assunto para outra postagem.
Há um abismo político entre eles e nós –
Jesus e os apóstolos, inclusive o apóstolo Paulo (o doutrinador por excelência)
nos ensinaram a respeitar e obedecer às autoridades, mas nunca a comungar com
elas ou a trazê-las para o nosso seio e fazer uma ALIANÇA COM ELAS. A Igreja
nunca precisou de “representação política”, isso é um engodo e um engano de
homens, cujo único abjetivo é LUCRAR às custas do povo de Deus. E há pastores
nossos (inocentes ou fingindo ser) que levam esses homens aos seus púlpitos e
vendem suas ovelhas a quem paga melhor. Fiquem sabendo que um dia vocês pagarão
o preço ao Sumo Pastor, ao Senhor da Igreja.
Há um abismo na evangelização – Não
há amor pelas almas perdidas hoje em dia. Salvo exceções a igreja hodierna
tornou-se fria, egoísta, avarenta e conformada com o presente século. Estamos
conformados com o que somos e com o que temos de pessoas no seio da
cristandade. Achamos que já alcançamos o bastante e os demais se virem para
serem salvos. Queremos Jesus só pra nós e esquecemos que uma parcela considerável
desse mundo anda de mãos dadas com os demônios e irão sofrer eternamente nas
chamas eternas do inferno. Para ser sincero, a maioria dos cristãos de hoje nem
mesmo acreditam na existência do inferno ou vida após a morte. Vivemos tão
ocupados (trabalho, estudo, lazer, entretenimentos, passeios, família, etc.),
que nem temos tempo de pensar na SALVAÇÃO DAS ALMAS PERDIDAS.
Há um abismo na prática do amor – O Senhor
Jesus resumiu todos os mandamentos da Lei em apenas dois (Amar a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a si mesmo). Ele até disse que desses dois
mandamentos depende toda a lei e os profetas. Porém chegamos ao século XXI onde
é “cada um por si” ou a política do “salve-se quem puder”. E onde ficam os dois
mandamentos mais importantes do cristianismo? E outra coisa: Esses mandamentos
não são para serem dissecados teologicamente, ou estudados sob o microscópio de
um laboratório, não senhor, mas para serem colocados em prática todos
dias. E eu lhe pergunto: Você vê esses mandamentos sendo colocados em prática
pelos cristãos modernos? Há amor sendo praticado em sua comunidade? E sua
família? POR VOCÊ? Você pratica o amor ao próximo como a ti mesmo? Ama a Deus
na prática acima de todas as coisas e pessoas nessa terra?
Conclusão – Eu poderia
fazer várias outras citações aqui e não seriam suficientes para provar (aos
céticos) o quão longe estamos da realidade que Jesus ensinou na Igreja
primitiva. Mas, seu eu puder fazer ao menos UMA PESSOA refletir e pedir a Deus
MUDANÇA NA SUA VIDA, acredito que alcancei meu objetivo. Talvez alguns me achem
duro demais nas palavras, ou até mesmo arrogante, contudo, estou fazendo o
trabalho que Deus me confiou. Há quase duas décadas Deus me chamou para abrir esse
blog (A VOZ DA PALAVRA PROFÉTICA) justamente para falar a verdade e alertar a igreja
e o mundo (ATALAIA) que se arrependam dos seus pecados e se voltem para Deus,
caso contrário irão perecer nas trevas; e eu quero ser fiel a essa missão que o
Senhor me confiou. Amem.
Em Cristo,
João Augusto de Oliveira
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