quarta-feira, 29 de agosto de 2018

0 Ocultismo: um sinal dos tempos




“E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem das suas ladroíces” (Ap. 9.21).
A feitiçaria faz parte da apostasia religiosa prevista por Jesus e seus apóstolos. Ciências ocultas, feitiçaria, esoterismo e ocultismo fazem parte de um mesmo sistema religioso.
Ocultismo é a crença nas forças ocultas e práticas adivinhatórias da magia, astrologia, alquimia, clarividência, tarô, búzios, quiromancia, necromancia, numerologia e outras ciências ocultas. Foi Eliphas Lévi, na França, em 1856, que usou pela primeira vez a palavra ocultismo, e seus derivados, com o sentido de esoterismo. Hoje muitos esotéricos questionam a equivalência ocultismo-esoterismo, mas na prática não dá para separar essas duas coisas.
Qualquer que seja o nome dado a essas práticas, o certo é que elas são abomináveis aos olhos de Deus e, portanto, condenadas pela Bíblia. São uma afronta ao Senhor. A Palavra diz que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus, estão alienados de Deus (Gl. 5.19-21). Apesar dessas advertências, o ocultismo está hoje ganhando influência em todos os níveis sociais, na política, nos meios de comunicação, na indústria, no comércio, no esporte, na arte, na literatura e até na educação. Em todas as panes da Terra, políticos, cientistas, empresários, financistas, artistas, religiosos estão sendo influenciados pelo ocultismo.
O avanço das práticas ocultistas em todo o mundo é mais uma prova de que a Bíblia se cumpre. A palavra grega feitiçaria, no texto sagrado em foco, é pharmakeia, que significa magia, além de feitiçaria. O pharmakos ou pharmakeus era o manipulador de drogas, daí vem a palavra farmácia. Essas drogas eram usadas na medicina, mas os mágicos ou bruxos manipulavam os efeitos alucinógenos delas para rituais de magia. Essa palavra é também aplicada aos magos e encantadores do Egito, na Septuaginta. Hoje envolve toda a forma de ocultismo.
Uma avalanche de propagandas esotéricas está invadindo os lares brasileiros através da TV. Magos, cartomantes, adivinhos e toda a sorte de bruxos apresentam e oferecem seus serviços. Há uma profusão deles, que não dá para enumerar. Na educação, é comum professores indicarem a leitura de obras esotéricas aos seus alunos.
O Movimento da Nova Era, que congrega em seu bojo toda a sorte de práticas ocultistas, vem declarando há décadas que o Cristianismo desaparecerá do planeta. Qualquer teólogo cristão reconhece que tal declaração é uma tentativa de fugir do juízo de Deus. Em vez de se arrepender para alcançar a misericórdia e o perdão do Senhor, arvora sua bandeira contra o Cristianismo bíblico, pregando sua extinção para escapar do juízo de Deus. É o que está previsto no texto sagrado em foco (Ap. 9.21).No Brasil, o Congresso Nacional aprovou, em 1999, uma lei especial e específica concedendo uma aposentadoria para um conhecido médium do interior do Estado de Minas Gerais. Será que ele prestou relevantes serviços à nação para merecer tamanha honra? Não. Isso aconteceu simplesmente porque o tal médium era guru de muitos parlamentares.
Um outro livro que propaga ideias ocultistas é O Mundo de Sofia, do filósofo norueguês Jostein Gaarder. Publicada em vários idiomas, a obra em apenas sete anos alcançou mais de 20 milhões de exemplares vendidos. Trata-se da história do pensamento humano. É a história da filosofia de forma romanceada, em um estilo agradável e atraente, principalmente para o público juvenil. No entanto, a obra começa com filosofia e termina com esoterismo.
René Guénon, mestre esotérico francês do início deste século, repetia o ditado latino: “O povo quer ser enganado”. E acrescentava: “Pois então, que seja”. Mas hoje isso não se aplica apenas ao povo, é extensivo também às autoridades. É o drama dos séculos! Levamos a vida inteira ensinando às crianças que Papai Noel não existe. Agora temos de persuadir cientistas de que não existem gnomos e nem duendes e a filósofos de que Branca de Neve não tem existência real.
Será influência dos meios de comunicação? Claro que a imprensa tem um papel significativo em tudo isso. Mas existe uma explicação mais profunda para esse fenômeno ocultista que simplesmente o empenho da mídia. É que “a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo. 3.19). Por isso a feitiçaria hoje virou moda na sociedade. A plataforma está pronta para que o cenário do Apocalipse possa se desenrolar:
“Porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias” (Ap. 18.23).
Pr. Esequias Soares

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

0 Somos Importantes Para Deus?




Rolf Höneisen
Deus vê tudo, Deus sabe de tudo… mas ele de fato se importa conosco?
Em nosso planeta vivem bilhões de pessoas que foram criadas, desejadas e que são vistas pelo Criador. Diante dos acontecimentos no mundo e de situações pessoais, muitos se questionam: “Será que temos alguma importância para Deus? Ele de fato se importa conosco?”.
Há muitas centenas de anos, um homem olhou para o céu estrelado. Ao ver aquilo, surgiu nele uma pergunta: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes?” (Sl 8.3-4).
Enxergar o céu estrelado na Europa deixou de ser algo óbvio. A causa é a crescente “poluição luminosa”. Há pouco tempo, astrônomos apresentaram dados incríveis: na Europa Ocidental quase ninguém consegue observar um céu estrelado claro. 99% da população dos EUA e da Europa Ocidental está impedida de ver o céu estrelado claro por causa da luz artificial ofuscante das cidades, povoados e ruas. A claridade artificial engole a luz das estrelas ao fundo.
A metade dos habitantes europeus e dois terços dos norte-americanos não conseguem mais enxergar a olho nu a constelação junto da Via Láctea por causa da luz artificial. Os habitantes das cidades não conseguem mais ver as estrelas. Painéis luminosos e iluminação pública os atrapalham. Além disso, também lhes falta aquele sentimento de veneração que outrora levou o salmista a ficar extasiado diante do Criador do universo.
Os astrônomos esclarecem que o nosso Sol é apenas um dos cinco bilhões de outros sóis de nossa Via Láctea. As estrelas na verdade são sóis. Nossa Via Láctea não é uma galáxia com grandeza especial. Ela é apenas uma entre 200 bilhões de galáxias. Essas galáxias, por sua vez, também estão repletas de estrelas. – Será que uma pessoa isoladamente, estando num pequeno planeta de um pequeno sistema solar de uma galáxia medianamente suntuosa, pode afinal ter algum significado diante do Criador de todo o universo?
No final do ano 2000 nasceu um bebê nos EUA. Ele foi gerado em laboratório. Nesse embrião gerado, quando ainda estava no estado de célula, foi testada a substância hereditária. Então este foi selecionado, pois era o embrião que tinha o tipo de células da medula óssea mais compatível e que era urgentemente necessário para sua irmã de 6 anos de idade. Esse embrião foi selecionado. Ele pôde continuar vivo e foi implantado em sua mãe.
Um pôde viver; um entre 13, pois preventivamente haviam sido colocados no tubo de reagentes outros 12 embriões para posterior escolha. Eles foram fecundados e então testados – finalmente foram descartados por serem inadequados. Eles não puderam continuar vivos.
O que Deus pensa sobre isso? Deus considera esses embriões apenas como meras células ou elas são importantes para ele – elas não já possuem todo o potencial da pessoa em crescimento que Deus imaginou para as células embrionárias?
Deus criou o homem à sua imagem, é o que lemos no relatório da criação. Em 2013, estima-se que no Brasil foram apagadas entre 687 mil a 860 mil vidas ainda antes de terem nascido, por abortos provocados [Estadão, 21/08/2015]. O que Deus sente por elas? Elas são importantes para ele? Nós somos importantes para ele?
Quando o povo de Israel estava escravizado no Egito e era obrigado a prestar serviços forçados, ficava difícil imaginar que Deus estivesse se importando por eles e que a situação pudesse mudar algum dia. Assim, eles mal tinham forças para acreditar que aquilo que Moisés lhes prometia reiteradamente pudesse realmente se cumprir.
Os amigos de Jó se divertiam com a sua suposição, de que ele pudesse ter algum significado para o Criador do universo.
O autor do livro de Eclesiastes questionou radicalmente se, afinal, haveria algo sob o Sol que tenha algum significado. Ou, no final, tudo é sem sentido?
A minha vida tem algum significado? Afinal, Deus faz o que ele quer... A minha vida de fé tem algum significado... de qualquer modo haverá um golpe baixo depois... O que fazemos com tais sentimentos? O que podemos fazer quando estamos deprimidos, desanimados ou desesperados? Deus nos dá alguma resposta sobre isso?
No antigo livro do profeta Isaías, capítulo 49 versículo 16, consta uma frase que é muito usada em cartões postais e pôsteres: “Veja, eu gravei você nas palmas das minhas mãos”, ou: “Vejam, escrevi seu nome na palma de minhas mãos”.
Essa frase consta na lista de versículos bíblicos favoritos. No entanto, ela adquire sua força somente quando compreendemos para quem Deus disse essa frase e em que situação se encontravam essas pessoas: Deus falou essas palavras para o povo de Israel quando este estava no pior estado – em depressão. A terra de Canaã estava destruída. Os soldados babilônicos haviam invadido o santuário. O templo foi profanado, a capital arrasada, a terra incendiada. As pessoas com capacidade produtiva foram levadas, em grupos acorrentados, para a Babilônia. – Era o período do cativeiro babilônico.
O Salmo 137 descreve o sentimento das pessoas naquela ocasião: “Junto aos rios da Babilônia nós nos sentamos e choramos...” (v. 1). Havia uma grande questão atormentando o povo de Israel em prantos: “Ainda temos alguma importância para Deus?”. – “Isso é a consequência de pertencer ao povo de Deus, esse é o resultado quando se crê em Deus?”
“Não se vendem cinco pardais por duas moedinhas? Contudo, nenhum deles é esquecido por Deus. Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais!” (Jesus Cristo).
Em todos esses séculos da história da igreja as pessoas crentes estavam e estão constantemente diante dessa questão: os huguenotes da França, os anabatistas à época da Reforma, os cristãos sob o comunismo, no Sudão, na China, no Afeganistão, nos países árabes, etc. Para esses, a questão era e é de cunho existencial: somos importantes para Deus? Ele ainda se importa conosco?
A constante pressão sobre os israelitas era tão imensa na Babilônia que eles haviam perdido todas as esperanças. “Não!”, diziam eles: “O Senhor me abandonou, o Senhor me desamparou” (Is 49.14). Esse é o fim de um relacionamento. É catastrófico precisar afirmar: “Sim, há anos eu imaginava que conhecia a Deus. Agora, porém, nessa situação, quando estou há anos pedindo a ajuda de Deus, sem êxito, preciso dizer: Deus se esqueceu de mim”! Isso significa rendição espiritual. Isso é o vazio total, escuridão amedrontadora, desesperança opressora, profunda decepção. Ali houve uma ruptura no relacionamento.
A partir desse ponto, em Babel, num momento determinado por ele, Deus começou novamente a falar com seu povo. Após o “não” de Israel, Deus primeiramente lhes formula uma pergunta retórica com uma figura baseada na criação: “Haverá uma mãe que possa esquecer seu bebê...?” (Is 49.15a). Uma mulher consegue algum dia esquecer alguém nascido dela? Pode-se rejeitar um filho, expulsá-lo de casa, romper o contato com ele reciprocamente – sim, isso é possível –, mas, mesmo assim, uma mãe não esquecerá de seu filho. Usando esse sentimento, Deus compara perguntando: “Embora ela possa esquecê-lo, eu não me esquecerei de você! Veja, eu gravei você nas palmas das minhas mãos; seus muros estão sempre diante de mim” (Is 49.15b-16a).
Deus não quer (!) esquecer seus filhos. Para reforçar sua decisão e torná-la compreendida, ele usa essa figura impressionante: se uma pessoa se tornou filho de Deus mediante a fé e teve um novo nascimento de espírito graças ao perdão recebido em Cristo, então ela pertence a Deus da mesma maneira como os traços pertencem a uma mão. E isso não ocorre por mero acaso, mas pela vontade de Deus, por meio da sua intervenção ativa: Deus grava na palma das mãos dele aqueles que nele creem, confiam e obedecem. Sua vida está nas mãos dele.
Essa ação de Deus é uma expressão da sua graça. Uma pessoa crente pertence a ele mesmo se ela não sentir a presença dele. “Que aquele que anda no escuro, que não tem luz alguma, confie no nome do Senhor e se apoie em seu Deus” (Is 50.10). Deus está presente, mesmo no vale das trevas, da aflição, de não ver saída.
Na época da escravidão na Babilônia, sem qualquer perspectiva para Israel, Deus começou a dar uma resposta para o povo com relação à salvação. Ela aparece como um facho de luz penetrando na escuridão. Deus anunciou algo novo. Ele falou que viria um “servo de Deus”. Essas profecias aparecem concentradas nos capítulos 42 a 53 do livro de Isaías. É profecia divina de alto quilate. Ela aponta para a vinda do Messias. É a resposta de Deus para aqueles que o procuram.
Deus descreve esse Salvador como sendo um “homem de dores”, desprezado e rejeitado pelos homens. Assim como foi naquela época, ainda hoje isso continua sendo incompreensível para muitos. Em todo o caso, Deus coloca em jogo seu atributo de ser onipotente. Nessa ocasião, Deus revelou um plano para Isaías e Israel que contém muito mais ânimo, mais criatividade e mais disposição de sacrifício do que uma pessoa possa ter. É um plano que liquida com nossa capacidade de imaginação. Ele nunca poderia ter sido planejado por pessoas: há 2.700 anos, quando Israel se lamentava na Babilônia, Deus declarou estar disposto, algum dia, a viver entre os homens.
Deus se importa pelos que estão dedicados à morte. A mensagem de Natal é atual. Deus se tornaria homem. Ele assumiria nossas enfermidades e levaria sobre si as nossas dores. Ele seria traspassado e moído por causa de nossa culpa. Essa foi a resposta de Deus para o sofrido Israel.
Como Deus viria? Isaías 7.14: “A virgem ficará grávida, dará à luz um filho e o chamará Emanuel [Deus conosco]”. Deus não viria até os homens na forma de tornado ou tormenta de fogo, mas na forma humana mais indefesa possível: como célula, embrião – como feto que cresce, célula por célula, no ventre de uma mulher e finalmente abandona o seu corpo na forma de um bebê, para compartilhar a vida com os moradores da terra nesse minúsculo planeta.
O Filho de Deus viveu na terra entre nós durante 33 anos, tendo a experiência do que significa ser uma pessoa. Uma pessoa como nós, para que “libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte” (Hb 2.15).
“Somos importantes para Deus?” Jesus respondeu claramente a essa pergunta, uma vez por todas, com sua vida e morte. Ele é – conforme Colossenses 1.15 – a imagem do Deus invisível. Por meio do Filho podemos ver o Pai.
Como Jesus descreveu a Deus:
Certa vez Jesus comparou Deus a um pastor que deixa 99 ovelhas no curral e vai incansavelmente à procura de um único animal errante.
Outra vez Jesus comparou Deus a um Pai que não desiste de pensar de seu filho ingrato, mesmo que ainda tivesse um filho bem-sucedido em casa (ver Lc 15).
E outra vez Jesus comparou Deus a um rico hospedeiro, que não se envergonha em receber um grupo de figuras degradadas no seu salão de festas (ver Lc 14.21-24).
Com esses exemplos, Jesus nos mostra o caráter do Deus invisível: Deus não ama as pessoas em função da sua raça, reconhecimento ou aparência, mas porque são suas criaturas. As pessoas são importantes para Deus. Deus nos trata com tanta consideração que ele demonstra toda a sua atenção pessoal. Ele submeteu seu amor à comprovação. Por isso ele se empenhou ao máximo, primeiramente nas colinas e estradas da Galileia e finalmente no madeiro da cruz, em Jerusalém.
Jesus personifica aquilo que o profeta Isaías profetizou: Jesus veio ao mundo como servo. Não havia lugar para ele. Ele foi rejeitado e abandonado por todos. E foi justamente com isso que ele consegue nos demonstrar que mesmo a pessoa mais insignificante da terra não se perde se, pela fé, ela estiver assinalada na palma da mão de Deus. O seu nome então estará gravado em um dos traços da mão de Deus.
No Salmo 102.16-23, lemos: “Porque o Senhor reconstruirá Sião e se manifestará na glória que ele tem. Responderá à oração dos desamparados; as suas súplicas não desprezará. Escreva-se isto para as futuras gerações, e um povo que ainda será criado louvará o Senhor, proclamando: ‘Do seu santuário nas alturas o Senhor olhou; dos céus observou a terra, para ouvir os gemidos dos prisioneiros e libertar os condenados à morte’. Assim o nome do Senhor será anunciado em Sião e o seu louvor em Jerusalém, quando os povos e os reinos se reunirem para adorar ao Senhor. No meio da minha vida ele me abateu com sua força; abreviou os meus dias”. O plano de salvação de Deus trata da vida de cada pessoa individualmente, mas também das nações do mundo. Ele pretende originar uma nova geração de pessoas, que vive e age a partir do relacionamento com Deus.
O plano de salvação de Deus trata da vida de cada pessoa individualmente, mas também das nações do mundo. Ele pretende originar uma nova geração, que vive e age a partir do relacionamento com Deus.
O salmista, já em sua época, previu a futura salvação dos infelizes. As futuras gerações louvariam ao Senhor quando ouvissem de como ele olha a partir do céu (o santuário no céu) e ouvisse o choro de seu povo sobre sua situação lastimável. Em vários salmos é ressaltado que Deus, em sua onipotência, dirige o olhar sobre seu povo. Esse fato confirma o quanto Deus se importa pelo seu povo. O Senhor com frequência interferiu para salvar aqueles que estavam próximos da morte. Como consequência dessa salvação, o nome do Senhor seria exaltado quando todas as pessoas se reunissem em Sião para louvá-lo.
Jesus nunca tentou explicar filosoficamente o problema do sofrimento humano. Ele também não esclareceu por que ocorrem determinados acontecimentos graves. Uma coisa, no entanto, podemos aprender dele – isto é, saber o que Deus sente e pensa sobre acontecimentos graves. Jesus também personifica o Deus invisível – quando em sua face surgem lágrimas diante da culpa dos homens.
Isaías profetizou isso: “Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados” (Is 53.4-5).
É a morte sacrificial de Jesus que perdoa nossa culpa, que derruba o muro que nos separa de Deus. Nada além da sua graça nos justifica. O perdão da culpa novamente nos torna “inteiros” diante de Deus.
O texto de Isaías 49, que trata da aceitação e restauração de Israel e Jerusalém, nos versículos 16-17 diz: “Veja, eu gravei você nas palmas das minhas mãos; seus muros estão sempre diante de mim. Seus filhos apressam-se em voltar, e aqueles que a despojaram afastam-se de você”.
A uma pessoa que aceitou o perdão e que crê em Cristo, Deus considera como “inteira”, como restaurada, como salva, como curada, como nova. Os “muros estão sempre diante de mim”... reconstruídos com novas forças, repletos com o Espírito de Deus. Ali onde a Palavra e o Espírito de Deus governam, aquilo que é destrutivo precisa ceder. É esse o processo da cura, da santificação, porque Deus gravou você na palma de suas mãos.
A conturbada história do povo de Deus nos ensina: Deus não se afasta dos seus filhos. Somos nós mesmos que nos afastamos de Deus...
... por culpa não resolvida
... por relacionamentos tratados sem amor
... por falta de fé
... por esperteza de nossa parte
... por impaciência
... por desconfiança
Antes que possamos experimentar a nova força recebida de Deus, precisamos novamente nos conscientizar sobre quem é nosso Deus. Precisamos nos examinar. Dependendo do caso, é necessário confessar culpas, esclarecer falhas, acertar os relacionamentos em qualquer nível, reconhecer a hipocrisia e falsas concepções – em sinal de veneração diante de Deus e por amor ao próximo.
Apocalipse
Desconfiança e incredulidade revelam uma falsa imagem do Onipotente. As palavras que Deus falou para Israel foram dramáticas: “Quando eu vim, por que não encontrei ninguém? Quando eu chamei, por que ninguém respondeu? Será que meu braço era curto demais para resgatá-los? Será que me falta a força para redimi-los?” (Is 50.2).
Jesus nos revela o caráter de Deus. Ele veio para dar sua vida por nós. Nós não estamos sós, muito menos somos esquecidos. Quem está disposto a receber a Palavra de Deus e o seu amor? Eu agora posso confiar que sou importante para Deus. Posso dirigir-me confiadamente a ele – para longe de mim, de minhas fraquezas e minhas impossibilidades, ao Deus com ilimitadas possibilidades.
Jesus veio para libertar as pessoas da prisão da morte. Ele se importa conosco muito além da vida cotidiana. Por isso ele pôde dizer aos seus discípulos: “Eu digo a vocês, meus amigos: Não tenham medo dos que matam o corpo e depois nada mais podem fazer. Mas eu mostrarei a quem vocês devem temer: temam àquele que, depois de matar o corpo, tem poder para lançar no inferno. Sim, eu digo a vocês, a esse vocês devem temer. Não se vendem cinco pardais por duas moedinhas? Contudo, nenhum deles é esquecido por Deus. Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais! Eu digo a vocês: Quem me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas aquele que me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus” (Lc 12.4-9).

Fonte: https://www.chamada.com.br/mensagens/somos_importantes_para_deus.html 

sábado, 18 de agosto de 2018

0 Porque algumas pessoas reagem de forma tão negativa quando falamos em DEUS?





"Quem entre os deuses é semelhante a ti, Senhor? Quem é semelhante a ti? Majestoso em santidade, terrível em feitos gloriosos, autor de maravilhas? Estendes a tua mão direita e a terra os engole. Com o teu amor conduzes o povo que resgataste; com a tua força tu o levas à tua santa habitação. (Êxodo 15:11-13)


Introdução – Deus existe e eu não quero discutir isso. A própria Bíblia (o livro mais confiável do mundo) não faz questão de divagar sobre esse assunto. Encontramos no primeiro livro e no versículo um, a declaração: “Bereshit Bara Elohiym et haShamayim veet haAretz”. Ou na nossa língua (No princípio criou Deus os céus e a terra. Gênesis 01.01).

No entanto, existem centenas de pessoas que teimam em discutir um assunto que as Escrituras Sagradas dão por consumado, isso é lamentável. Creio em Deus de todo o meu coração, com todas as minhas forças e em todo o meu entendimento.

                                O grande dilema da humanidade
Dia desses eu vinha para casa do trabalho da forma que sempre o faço, de ônibus. Durante a viagem começamos (eu e mais dois amigos) a falar em Deus. Dialogamos sobre a grandeza, poder, maravilhas, santidade etc.

Nesse momento percebemos um grupo de pessoas totalmente incomodadas com a nossa conversa, ou seja, com o teor da nossa conversa. E estas pessoas começaram a murmurar e balbuciar alguns impropérios contra nós. Como não paramos o assunto, antes o intensificamos, elas mudaram de lugar para não nos ouvir.

Fiquei então pensativo e meio na dúvida, tentando descobrir como pessoas que aparentemente dizem crer em Deus, não gostam de falar sobre Ele. O que será que está errado nessa suposta declaração da maioria dos brasileiros? Declaram com os lábios acreditar em Deus, mas parecem odiar falar nele?

Isso me levou a pensar que existem algumas razões para esse paradoxo:

1.      A declaração de fé de alguns é falsa – não posso chegar à outra conclusão senão essa. Quando uma pessoa diz amar a Deus ou crer nele, mas não gosta de falar em sua pessoa, algo deve estar errado.
E eu não estou falando apenas de pessoas não regeneradas, pois existe até mesmo cristãos que declaram amor a Deus nos templos, mas o negam nas conversas particulares. Parece que têm vergonha de dizer que creem e amam a Deus.

2.      Elas têm medo de Deus – muitos não gostam de falar em Deus porque no fundo têm medo da sua presença aterradora. Pois sabem que quando ele vier como Juiz de Toda a Terra para julgar a cada um segundo as suas obras, estarão em falha e certamente serão reprovados.

Muitos mesmo no meio evangélico, dizem não acreditar na Segunda Vinda de Jesus. Quando na verdade procuram esconder o seu medo. Medo da real presença de dEle, pois virá para levar os seus e reprovar aqueles que viviam falsa e hipocritamente no meio do povo de Deus.

3.      Elas acham que ele vai ignorar seus milhares de pecados – muitos imaginam que pelo fato da Bíblia declarar que Deus é bom e amor, simplesmente ficarão impunes.

Esquecem que a mesma Bíblia que afirma que Deus é amor, também fala da sua Justiça e Santidade. Deus ama o pecador a ponto de entregar o seu filho Jesus em morte horrenda de cruz para nos salvar, mas alerta a todos que se o rejeitarem sofrerão a condenação eterna por causa do seu ódio ao pecado.

A Bíblia fala em termos tão terríveis sobre essa condenação que chega a chamar de: trevas eternas, fogo eterno, fornalha ardente, labaredas eternas, segunda morte etc.

Conclusão – não fique em cima do muro meu amigo. Ou você serve a Deus e o aceita como Salvador e Senhor (DONO) da sua vida ou declara-se inimigo dele e se sujeita a sofrer a condenação eterna, quando ele vier julgar as nações. E acredite, ele vem, pois garantiu isso em sua palavra E DEUS NÃO MENTE. (Hebreus 6.18)

Bom final de semana a todos,

                                         João Augusto de Oliveira





sábado, 11 de agosto de 2018

0 Eleições 2018 – O que faremos?






Dai a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.   (Romanos 13.7)

Introdução – A cada dois anos no Brasil nos deparamos com um grade dilema, o das eleições (Municipais, Estaduais e Federal). De alguns anos para cá a população que se denomina “evangélica” praticamente dobrou e diariamente são centenas de pessoas que se agregam às igrejas evangélicas (tradicionais, pentecostais, luteranas, neo- pentecostais etc.).

Não podemos ignorar a nossa obrigação de votar e eleger nossos “representantes”, pelo menos é assim que rezam as nossas leis.

O grande dilema

Mas diga-se de passagem que está se tornando cada vez mais difícil escolher “alguém” que nos represente verdadeiramente nas esferas de governo, onde não podemos pessoalmente chegar.

É do conhecimento de todos a extrema corrupção, roubalheira de dinheiro público, má gestão (que gera falta de segurança, educação pífia e sistema de saúde totalmente sucateado). Isso para não falar de leis criadas diariamente para confrontar todos os bons costumes da sociedade e principalmente qualquer fundamento bíblico sadio.

Fica dificílimo num cenário desses escolher um candidato que fale por nós. Pois o que vemos diariamente e sistematicamente são políticos cujo olhar é apenas neles mesmo e nos seus familiares, ou seja, pessoas que desde que se beneficiem com o dinheiro público, o povo que se dane.

E não me venham com essa “balela” de que esse ou aquele é diferente, pois toda eleição a mesma história se repete. A verdade é que estamos quase que totalmente sem opções.

O cardápio desse ano é uma coisa impressionante, senão vejamos: Temos candidatos condenados por corrupção, enriquecimento ilícito, tráfico de influencias etc. mas está candidato e quer convencer o povo que é “INOCENTE”, quase um anjo; outro chamou os professores que reivindicavam melhores condições de trabalho e salário digno de “VAGABUNDOS” e mandou a polícia descer o porrete; outro chamou as igrejas evangélicas de organizações criminosas; outro diz que é cristão, mas está ligado às Lojas Maçônicas (como membro), outro pousa de dono da verdade d defensor dos pobres, mas votou a favor da Reforma Trabalhista (que acabou com os direitos dos trabalhadores) e da Reforma da Previdência (que não foi aprovada, mas se fosse ia sepultar a aposentadoria do brasileiro).

Fica difícil, meu amigo, escolher alguém. Alguns até se dizem “evangélicos”, mas são omissos diante de discussões como a legalização das drogas, descriminalização do aborto, etc. Eu não sei quanto a vocês meus amigos leitores, mas quanto a mim, estou numa verdadeira encruzilhada.

E não me venham com essa história de que devemos votar neste ou naquele porque é crente, pois esse argumento é falido e ultrapassado. Às vezes até o cara é cristão, mas não tem nenhum preparo para a politica.

Outro erro terrível que noto é a Igreja (o corpo de Cristo) envolvendo-se diretamente em política partidária. Essa não é função da Igreja do Senhor de maneira nenhuma. Deus não constituiu a igreja para viver discutindo política, muito menos brigando por causa desse ou daquele candidato. Quem está fazendo isso com a Igreja (e são muitos) irão pagar um preço muito alto quando o Senhor da Seara nos arguir.



Conclusão – Espero que nestes dois meses que se seguem possamos avaliar os candidatos e que suas propostas venham a nos convencer, pois até aqui não vi nem ouvi nada que me fizesse tomar uma posição.

Oro a Deus para que ele abra os nossos olhos na hora de dar o nosso voto, pois afinal de contas é o futuro do Brasil que está em nossas mãos. E digo isso, pois se escolhermos mal todos sofreremos juntos por mais quatro anos nas mãos de políticos inescrupulosos e sem princípios.

Desejo sinceramente que a igreja do Senhor possa encontrar o seu ponto de equilíbrio e ficar nele. Pois ela não pode ser omissa nem tão pouco vender-se a partidos, sejam quais forem nem fazer dos seus membros mercadoria barata comprada por nenhum aproveitador vestido de bom cidadão.

                   Meu abraço e saudação do no Senhor a todos,

                                          João Augusto de Oliveira

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

0 A Insensatez da Obediência Parcial!




Se o pecado é um inimigo derrotado, como pode nos causar tantos problemas? Se o domínio do pecado foi quebrado, por que, com frequência, parece nos dominar? Por que as forças do humanismo secular, o novo hedonismo, a Nova Era, o ensino da auto-estima e a má teologia têm causado tanto impacto entre os crentes? Por que a consciência parece estar desaparecendo até mesmo no meio evangélico?

Todo cristão honesto confirmará que a tendência para o pecado não é apagada quando nos tornamos cristãos. Ainda temos prazer no pecado. Ainda lutamos contra hábitos pecaminosos. Alguns desses hábitos estão tão profundamente arraigados que ainda batalhamos contra eles após anos de luta espiritual. Ainda caímos em pecados horríveis e vergonhosos. A verdade é que pecamos diariamente. Nossos pensamentos não são aqueles que deveriam ser. Desperdiçamos nosso tempo em buscas frívolas e mundanas. De tempos em tempos nosso coração fica frio quanto às coisas de Deus. Por que tudo isso acontece se o domínio do pecado está quebrado?

Aqui veremos que a Escritura nos insta a evitar qualquer tipo de apatia em relação ao tratamento do pecado. Devemos mortificar o pecado e sua influência em toda a nossa vida.

A ira de Deus contra Amaleque

Uma ilustração no Antigo Testamento pode ajudar a esclarecer nossa relação com o pecado. Em 1 Samuel 15, lemos que Samuel ungiu a Saul e solenemente deu-lhe estas instruções do Senhor: "Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo que tiver, e nada lhe poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos" (v. 3).

O mandamento de Deus era claro. Saul tinha que proceder cruelmente em relação aos amalequitas, matando até mesmo as criancinhas de peito e animais. Toda a tribo tinha que ser total e impiedosamente arrasada — nenhum refém poderia ser tomado.

O que faria um Deus de amor infinito impor um julgamento tão severo? Os amalequitas eram uma antiga raça nómade, descendentes de Esaú (Gn 36.12). Habitavam aparte sul de Canaã e eram eternos inimigos dos Israelitas. Pertenciam à mesma tribo que cruelmente atacou Israel em Refidim, logo após o Êxodo, na famosa batalha em que Arão e Hur tiveram que sustentar os braços de Moisés (Êx 17.8-13). Eles emboscaram Israel pela retaguarda e massacraram os soldados dominados, que estavam extenuados (Dt 25.18). A mais poderosa e selvagem tribo de toda a região atacou Israel covardemente. Naquele dia Deus livrou Israel sobrenaturalmente, e os amalequitas fugiram procurando refúgio. No final dessa batalha Deus jurou a Moisés: "Escreve isso para memória num livro e repete-o a Josué; porque eu hei de riscar totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu" (v. 14). Realmente ele considerava importante que Israel destruísse Amaleque:

Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saías do Egito, como te veio ao encontro no caminho e te atacou na retaguarda todos os desfalecidos que iam após ti, quando estavas abatido e fatigado; e não temeu a Deus. Quando pois, o Senhor, teu Deus, te houver dado sossego de todos os teus inimigos em redor, na terra que o Senhor, teu Deus, te dá por herança, para a possuíres, apagarás a memória de Amaleque de debaixo do céu; não te esqueças (Dt 25.17-19; ênfase acrescentada).

Os amalequitas eram guerreiros temíveis. Sua presença intimidadora foi uma das razões pelas quais os israelitas desobedeceram a Deus e um impecilho para que entrassem na terra prometida em Cades Barnéia (Nm 13.29). A ira de Deus ardia contra os amalequitas por causa da perversidade deles. Ele constrangeu até o corrupto profeta Balaão a profetizar sua sentença: "Amaleque é o primeiro das nações; porém o seu fim será a destruição" (Nm 24.20). Os amalequitas costumavam atormentar Israel indo às suas terras depois de a plantação ter sido semeada, e movimentando-se na terra cultivada com suas barracas e animais, destruíam tudo pelo seu caminho (Jz 6.3-5). Eles odiavam a Deus, detestavam Israel e pareciam ter prazer em atos perversos e destrutivos.

As instruções de Deus para Saul, portanto, cumpriram o voto que ele havia jurado a Moisés. Saul tinha que eliminar a tribo para sempre. Ele e seus exércitos eram os instrumentos pelos quais a justiça de Deus seria levada a cabo. Seu santo julgamento para um povo mau.

Mas a obediência de Saul foi somente parcial. Ele ganhou a batalha ferindo de forma esmagadora os amalequitas que fugiram deles "desde Havilá, até chegar a Sur, que está defronte do Egito" (ISm 15.7). Como ordenado, ele matou todas as pessoas, mas "tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas" (v. 8). "E Saul e o povo pouparam Agague, e o melhor das ovelhas e dos bois, e os animais gordos, e os cordeiros, e o melhor que havia e não os quiseram destruir totalmente; porém toda coisa vil e desprezível destruíram" (v. 9). Em outras palavras, motivados pela cobiça eles pegaram as melhores coisas dos amalequitas, coletando os despojos da vitória, e desobedecendo propositadamente às instruções do Senhor.

Por que Saul poupou Agague? Talvez porque ele quisesse usar o rei humilhado dos amalequitas como um troféu para mostrar seu próprio poder. Aparentemente, naquele momento Saul estava somente motivado pelo orgulho; ele até construiu um monumento para si no monte Carmelo (v. 12). Quaisquer que fossem seus motivos, ele desobedeceu a um claro mandamento de Deus e permitiu que Agague vivesse.

Esse pecado era tão sério que Deus imediatamente depôs do trono Saul e seus descendentes para sempre. Samuel lhe disse: "Visto que rejei-taste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei" (v. 23).

Então Samuel disse: "Traze-me aqui a Agague, rei dos amalequitas" (v. 32).

Evidentemente Agague, pensando que sua vida havia sido poupada e se sentindo muito seguro, "veio a ele confiante". "Certamente já se foi a amargura da morte", disse ele.

Mas Samuel não estava para brincadeira. Disse a Agague: "Assim como a tua espada desfilhou mulheres, assim desfílhada ficará a tua mãe entre as mulheres. E Samuel despedaçou Agague perante o Senhor em Gilgal" (v. 33).

Nossa mente, instintivamente, recua diante do que parece ser um ato impiedoso. Mas foi Deus quem mandou que isso fosse feito. Era um ato de julgamento divino para mostrar a ira santa de um Deus indignado contra o pecado devasso. Ao contrário de seu compatriota e rei, Samuel estava determinado a cumprir inteiramente a ordem do Senhor. A batalha que tinha por objetivo exterminar os amalequitas para sempre terminou sem que esse objetivo fosse alcançado. A Bíblia registra que depois de alguns anos, a tribo revigorada atacou repentinamente o território sul e levou cativas as mulheres e crianças — incluindo a família de Davi (1 Sm 30.1 -5).

Quando Davi encontrou os amalequitas saqueadores, "Eis que estavam espalhados sobre toda região, comendo, bebendo e fazendo festa por todo aquele grande despojo que tomaram da terra dos filisteus e da terra de Judá" (v. 16). Ele os feriu desde o crepúsculo vespertino até a tarde do dia seguinte, matando a todos, exceto quatrocentos moços que fugiram montados em camelos (v. 17).

Os amalequitas são uma ilustração adequada do pecado que permanece na vida do crente. Aquele pecado — já totalmente derrotado — deve ser tratado com crueldade e despedaçado, ou então ele irá reviver e continuar a saquear e espoliar nosso coração, e tirar o vigor da nossa força espiritual. Não podemos ser misericordiosos com Agague, ou então ele retornará para tentar nos devorar. De fato, o pecado que permanece em nós frequentemente se torna mais ferozmente resoluto depois de ter sido destronado pelo Evangelho.

A Bíblia nos ordena mortificar o pecado. "Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena; prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é a idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência]" (Cl 3.5,6). Não podemos obedecer parcialmente ou ser indiferentes quando procuramos eliminar o pecado da nossa vida.

Não é possível parar enquanto a tarefa estiver incompleta. Os pecados, do mesmo modo que os amalequitas, encontram sempre um jeito de escapar da matança, gerando, revivendo, reagrupando-se e lançando novos e inesperados ataques em nossas áreas mais vulneráveis.

Autor: John MacArthur

 

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