Autor: Antônio
Gilberto, consultor doutrinário da CPAD
Deus é infinitamente poderoso para
ainda hoje derramar sobre nós o seu Espírito como um rio transbordante, da
mesma maneira como fez no passado.
IRINEU (130-200dC), bispo de Lyon, na Gália.
Declarou que no seu tempo muitos
cristãos falavam línguas estranhas pelo Espírito e tinham dons, inclusive o de
profecia. Irineu foi discípulo de Policarpo, bispo de Esmirna, que, por sua
vez, fora discípulo de João, o apóstolo.
JUSTINO MÁRTIR (100-165dC).
Nasceu na Palestina, converteu-se em
Éfeso e morreu em Roma. Nos seus escritos, mencionou os dons espirituais em
evidência nos seus dias, inclusive o dom de línguas estranhas pelo Espírito
Santo.
ORÍGENES (185-254dC), teólogo de renome.
Afirmou que os dons espirituais,
inclusive o de línguas, eram um facto notório nos seus dias.
CRISÓSTOMO (347-407dC), patriarca de Constantinopla.
No sentido eclesiástico oriental, o
termo “patriarca” designa um bispo investido de prerrogativas e precedências
especiais. Crisóstomo relatou um caso em que três membros da sua igreja falaram
pelo Espírito Santo em persa, latim e hindu.
AGOSTINHO (354-430dC), bispo de Hipona, no Norte de África.
Deu testemunho de que as línguas
estranhas estavam em evidência no seu tempo.
WALDENSES e ALBIGENSES (1140-1280dC).
Isso no Sul da Europa, em plena Idade
Tenebrosa – a Era Medieval. Eles eram dissidentes da Igreja Romana, seguidores
dos princípios bíblicos da salvação e da vida cristã em geral. Os historiadores
afirmam que entre eles havia manifestações espirituais em línguas estranhas,
segundo o Novo Testamento.
LUTERO (1483-1546).
Falava em línguas e profetizava,
conforme depoimento histórico do Dr. Jack Deer, eminente professor e
historiador baptista, do Seminário Teológico de Dallas. Essa informação também
é encontrada nas obras História da Igreja Alemã, de Souer (volume 3, pág. 406)
e Pentecostes para Todos, de Emílio Conde, pág. 88.
ANABAPTISTAS da Alemanha (1521-1550).
Havia entre eles manifestações do
Espírito, inclusive dons espirituais e línguas estranhas, como regista a
história.
HUGUENOTES (1560-1650). Eram, na França, protestantes,
dissidentes quanto à forma de governo da época, no respeitante à liberdade
religiosa. O historiador A. A. Boddy assim escreveu: “Durante a perseguição dos
huguenotes, a partir de 1685, havia entre eles os que falavam em línguas,
transbordantes de fervor espiritual”.
QUAKERS (1647-1650) e os SHAKERS (1771-1774).
Eram cristãos organizados em grupos
distintos, no Nordeste da América do Norte, região da Nova Inglaterra. Dos
Quakers (tremedores) e Shakers (puladores), diz a obra História da Igreja, de
Philip Schaff, edição de 1882, que entre esses grupos havia manifestação de
dons espirituais, inclusive línguas estranhas.
METODISTAS primitivos. Líder: João Wesley (1703-1791), inglês. O historiador Philip Schaff,
na sua História da Igreja, edição de 1882, relata que esses metodistas pugnavam
por uma vida santa e muitos tinham dons espirituais e falavam línguas. O
movimento avivalista metodista começou em 1739, em Londres. Foi no Metodismo
que teve maior expressão e vulto o Movimento da Santidade, na América do Norte,
entre determinadas igrejas tradicionais, após o início do século XIX, do qual,
quase um século depois, surgiu o atual Movimento Pentecostal.
IRVINGISTAS. Líder: Edward Irving (1822-1834), presbiteriano, da Igreja Escocesa de
Londres. Irving testemunhou, entre outros factos, que, em 1831, uma irmã
solteira, por nome Hall, cheia do Espírito Santo, falou em línguas num culto de
oração. A Igreja Presbiteriana local, forçou o pastor Irving a renunciar ao seu
pastorado por causa do avivamento que estava ocorrendo e seiscentos membros da
igreja da Regent Square, de lá saíram com aquele pastor. Isso também está
averbado na obra citada acima, de Schaff.
D. L. MOODY (1837-1899), poderoso evangelista e avivalista
norte-americano. Ele era baptista e pregava a salvação em Cristo de modo
diferente e objetivo. Pregava a plenitude do Espírito Santo e uma vida cristã
cheia do poder do alto. Acerca da sua marcante cruzada cristã evangelística de
Londres, em 1873 escreveu Robert Boyd: “Moody pregou à tarde no Auditório da
Associação Cristã de Moços, em Sunderland. Em pleno culto houve manifestação de
línguas estranhas e profecia. O fogo espiritual dominava o ambiente” (Moody and
Sankey in Great Britain, 1875). Há muitos outros exemplos de que, ao longo da
história, o Espírito Santo vem sendo derramado sobre aqueles que o buscam. A
mundialmente conhecida e respeitada Enciclopédia Britânica, declara: “A glossolalia
(o falar noutras línguas) esteve em evidência em todos os avivamentos da
história da igreja” (volume 22, pág. 282, ano 1944).
O declínio espiritual da igreja.
A igreja do primeiro século, pelo
poder do Espírito Santo, tornou-se uma força invencível para levar o Evangelho
de Cristo aos lugares mais remotos da Terra e conquistou almas para Deus em
todos os locais do poderoso Império Romano, até no palácio do imperador César,
como se lê em Filipenses 1:13 e 4:22. No fim do primeiro século, a
espiritualidade da igreja já havia arrefecido (Apocalipse 2:4,15,20; 3:16-18).
Era tão decadente o seu estado que, para cinco das sete igrejas locais
mencionadas em Apocalipse 2 e 3, a mensagem do Senhor foi: “Arrepende-te”
(2:5,16,22;3:3,19). Nos dias do imperador Constantino, já no quarto século, a
igreja foi tutelada pelo Estado, ganhando muita fama. Mas isso fê-la perder
espiritualidade e poder. A decadência continuou até que ela se transformou numa
organização humana na Idade Média (500-1500dC), em vez de ser um organismo divino,
como Corpo de Cristo, como revela o Novo Testamento. Como já vimos, Martinho
Lutero foi um homem que experimentou a presença poderosa do Espírito Santo.
Deus levantou esse baluarte cristão, por quem a doutrina bíblica fundamental da
justificação pela fé foi restaurada à igreja. Lutero foi o instrumento de Deus
para desencadear o Movimento da Reforma Religiosa em 1517.
Outros movimentos avivalistas que se
seguiram foram pelo Senhor usados para o retorno de outras doutrinas
essenciais, como:
a) O avivamento liderado por Wesley –
A doutrina da santificação.
b) os morávios – As missões.
c) O Exército de Salvação – A
evangelização e a ação social da igreja.
d) O Movimento Pentecostal – A
dotação de poder do alto, mediante o baptismo no Espírito Santo, com a
evidência física inicial no falar noutras línguas pelo Espírito, como ocorreu
quando o Senhor Jesus batizou os salvos pela primeira vez, em Jerusalém (Atos
2:1-4). Um exame da história, do ponto de vista religioso, mostra que os trinta
anos que precederam o século XIX (1870-1900) foram, na igreja cristã em geral,
de declínio espiritual, de disputas teológicas acirradas e vazias, de
enfraquecimento na fé cristã, de “cristianismo” formal, de rejeição do
sobrenatural, de profissionalismo ministerial, de inatividade na evangelização
do mundo e de conformismo quanto à frieza espiritual. Ao mesmo tempo, em
diferentes pontos do globo, pequenos grupos de homens e mulheres, movidos por
Deus, confessando os seus pecados com arrependimento, clamavam a Deus em oração
e jejum por um avivamento de busca da Palavra de Deus, de tristeza e repúdio
pelo pecado – um avivamento de santidade e de derramamento de poder do alto
para reavivar a igreja. Entre muitos líderes da igreja de então reacendeu a
convicção de que há para o crente um baptismo no Espírito Santo subsequente à
conversão como afirma Atos 1:4-5.
Surgiu também, no íntimo deles, um
incontido clamor pela evangelização do mundo, mediante missões estrangeiras,
bem como a busca das operações sobrenaturais de Deus, como é o caso da cura
divina e demais milagres, segundo as Escrituras. Já nesse tempo de sequidão
espiritual, como regista a história, houve, em diferentes pontos do globo,
muitos casos de cura divina e baptismo no Espírito Santo, com a manifestação de
línguas estranhas.
Fonte:
Mensageiro da Paz (CPAD) de setembro de 2007
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