Escrevo-lhe estas coisas,
embora espere ir vê-lo em breve; mas, se eu demorar, saiba como as pessoas
devem comportar-se na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e
fundamento da verdade (I Timóteo 3.14,15/NVI)
Escrevo-te estas coisas,
embora esperando ir ver-te em breve, para que, no caso de eu tardar,
saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do Deus vivo,
coluna e esteio da verdade (I Timóteo 3.14,15/ARA)
Escrevo essas coisas a
você, esperando ir vê-lo logo. Mas, se eu demorar, esta carta vai lhe dizer
como devemos agir na família de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, a qual é a
coluna e o alicerce da verdade (I Timóteo 3.14,15/NTLH)
Desde muitos anos a
política está arraigada ao ser humano e de certa forma o fascina e domina. Seja
pelo desejo de “bem governar”, seja pelas facilidades que o poder político
proporciona àqueles que o detêm.
Vivemos em um país que
adota a política partidária como regra de vida. Aliás, a própria Carta Magna
(Constituição Federal) declara no seu Artigo 1º Caput, que o Brasil é “uma
República Federativa”, dela participando seus cidadãos direta ou indiretamente,
por meio de seus representantes legais (políticos eleitos por meio do voto).
Acho que a política é um
“mal necessário”, afinal de contas alguém tem que governar um país tão vasto,
diversificado e populoso. E acredito firmemente, não obstante as inúmeras
desilusões sofridas por todos nós com a política, que ainda podemos fazer a
diferença, escolhendo pessoas capacitadas e moralmente prontas a assumir
responsabilidades públicas em favor de outrem.
Também não posso deixar de
reparar que de umas décadas para cá, a participação evangélica na política tem
crescido bastante. Afinal de contas, somos hoje uma cifra de quase 42 milhões
de evangélicos e era de se esperar que a igreja se envolvesse com a política do
país, seja exercendo o voto direto, seja elegendo alguns representantes para
representar assim os interesses da igreja junto aos órgãos Municipais,
Estaduais e Federal. Até aí tudo bem, isso não me espanta.
O que quero destacar aqui é
a necessidade da “Igreja Militante” cuja missão máxima é pregar o Evangelho de
Cristo e fazer a diferença nesse mundo através de uma vida de Santidade e a
prática do amor cristão. Mas que têm se unido de maneira homogênea à política
como está acontecendo atualmente, inclusive com o apoio maciço da liderança e a
cessão de seus púlpitos para propaganda eleitoral.
Desculpem a redundância,
mas não sou contra a política em si, muito menos ao direito de voto garantido
ao cidadão pelas leis do país; tampouco a candidatura de cristãos (crentes) a
cargos eletivos. Somente acho que estamos extrapolando os limites entre
“política e igreja”, uma extrapolação perigosa eu diria, principalmente se
evocarmos a história, considerando que dessa junção em tempos passados vieram
terríveis prejuízos à Igreja e acredito que hoje não será diferente.
Se observarmos o que
acontece hoje ficamos estarrecidos: Pois alguns templos têm-se transformado em
comitês partidários e alguns pastores em verdadeiros cabos eleitorais; fazendo
propaganda aberta em seus altares e ainda distribuindo imagens de seus
candidatos prediletos na porta dos templos. Uma verdadeira guerra partidária
dentro da “Casa de Deus”. Nesse interim, o ministro que não concorda com essa
prática ou discorda da posição política da sua liderança corre o risco de
perder a congregação ou ainda ser “banido do ministério”. A que ponto chegamos?
O engraçado é que muitos
parecem esquecer que nesses dois mil anos de cristianismo todas as vezes que
essa união (IGREJA E POLÍTCA) aconteceu os prejuízos para o rebanho foram
irreparáveis. Haja vista a clássica lição da Igreja com o Imperador Constantino
por volta do ano 306 da era cristã. Qualquer pessoa pode consultar livros de
História da Igreja ou fazer uma rápida consulta na internet e verá que quando a
Igreja resolveu unir-se ao Estado e ficar sob a tutela do mesmo o resultado foi
catastrófico. Porque será que pensamos que hoje será diferente?
Minha oração a Deus é para
que a nossa liderança possa acordar desse sono profundo e perceber grande erro
que estão cometendo, ao entregar seus altares a políticos (muitos deles sem
nenhum compromisso com Deus) e assim manchando a santidade da casa de Deus e
comprometendo o rebanho, pelo qual Jesus deu a sua vida no calvário. Pois não
sabem eles (ou fingem não saber) que um dia o Senhor da Obra vai voltar e pedir
contas a cada um deles, de COMO CUIDARAM DAS OVELHAS DO MESTRE.
Pense nisso,
João Augusto de Oliveira
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