quarta-feira, 24 de agosto de 2016

0 REFLEXÃO BÍBLICA – Política na Igreja (repetindo os erros da história)






















Escrevo-lhe estas coisas, embora espere ir vê-lo em breve; mas, se eu demorar, saiba como as pessoas devem comportar-se na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade (I Timóteo 3.14,15/NVI)

Escrevo-te estas coisas, embora esperando ir ver-te em breve, para que, no caso de eu tardar, saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade (I Timóteo 3.14,15/ARA)

Escrevo essas coisas a você, esperando ir vê-lo logo. Mas, se eu demorar, esta carta vai lhe dizer como devemos agir na família de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, a qual é a coluna e o alicerce da verdade (I Timóteo 3.14,15/NTLH)

Desde muitos anos a política está arraigada ao ser humano e de certa forma o fascina e domina. Seja pelo desejo de “bem governar”, seja pelas facilidades que o poder político proporciona àqueles que o detêm.

Vivemos em um país que adota a política partidária como regra de vida. Aliás, a própria Carta Magna (Constituição Federal) declara no seu Artigo 1º Caput, que o Brasil é “uma República Federativa”, dela participando seus cidadãos direta ou indiretamente, por meio de seus representantes legais (políticos eleitos por meio do voto).

Acho que a política é um “mal necessário”, afinal de contas alguém tem que governar um país tão vasto, diversificado e populoso. E acredito firmemente, não obstante as inúmeras desilusões sofridas por todos nós com a política, que ainda podemos fazer a diferença, escolhendo pessoas capacitadas e moralmente prontas a assumir responsabilidades públicas em favor de outrem.

Também não posso deixar de reparar que de umas décadas para cá, a participação evangélica na política tem crescido bastante. Afinal de contas, somos hoje uma cifra de quase 42 milhões de evangélicos e era de se esperar que a igreja se envolvesse com a política do país, seja exercendo o voto direto, seja elegendo alguns representantes para representar assim os interesses da igreja junto aos órgãos Municipais, Estaduais e Federal. Até aí tudo bem, isso não me espanta.

O que quero destacar aqui é a necessidade da “Igreja Militante” cuja missão máxima é pregar o Evangelho de Cristo e fazer a diferença nesse mundo através de uma vida de Santidade e a prática do amor cristão. Mas que têm se unido de maneira homogênea à política como está acontecendo atualmente, inclusive com o apoio maciço da liderança e a cessão de seus púlpitos para propaganda eleitoral.

Desculpem a redundância, mas não sou contra a política em si, muito menos ao direito de voto garantido ao cidadão pelas leis do país; tampouco a candidatura de cristãos (crentes) a cargos eletivos. Somente acho que estamos extrapolando os limites entre “política e igreja”, uma extrapolação perigosa eu diria, principalmente se evocarmos a história, considerando que dessa junção em tempos passados vieram terríveis prejuízos à Igreja e acredito que hoje não será diferente.

Se observarmos o que acontece hoje ficamos estarrecidos: Pois alguns templos têm-se transformado em comitês partidários e alguns pastores em verdadeiros cabos eleitorais; fazendo propaganda aberta em seus altares e ainda distribuindo imagens de seus candidatos prediletos na porta dos templos. Uma verdadeira guerra partidária dentro da “Casa de Deus”. Nesse interim, o ministro que não concorda com essa prática ou discorda da posição política da sua liderança corre o risco de perder a congregação ou ainda ser “banido do ministério”. A que ponto chegamos?

O engraçado é que muitos parecem esquecer que nesses dois mil anos de cristianismo todas as vezes que essa união (IGREJA E POLÍTCA) aconteceu os prejuízos para o rebanho foram irreparáveis. Haja vista a clássica lição da Igreja com o Imperador Constantino por volta do ano 306 da era cristã. Qualquer pessoa pode consultar livros de História da Igreja ou fazer uma rápida consulta na internet e verá que quando a Igreja resolveu unir-se ao Estado e ficar sob a tutela do mesmo o resultado foi catastrófico. Porque será que pensamos que hoje será diferente?

Minha oração a Deus é para que a nossa liderança possa acordar desse sono profundo e perceber grande erro que estão cometendo, ao entregar seus altares a políticos (muitos deles sem nenhum compromisso com Deus) e assim manchando a santidade da casa de Deus e comprometendo o rebanho, pelo qual Jesus deu a sua vida no calvário. Pois não sabem eles (ou fingem não saber) que um dia o Senhor da Obra vai voltar e pedir contas a cada um deles, de COMO CUIDARAM DAS OVELHAS DO MESTRE.

   Pense nisso,

                                João Augusto de Oliveira


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