sábado, 25 de abril de 2015

0 O aumento do número de desigrejados evangélicos no Brasil




Paul Freston escreveu na Ultimato o artigo "Como será a igreja evangélica brasileira de 2040?". Em seu texto, Paul escreveu isto:

"Saiu nos jornais o resultado de uma pesquisa do IBGE com dados interessantes sobre a realidade evangélica no Brasil. O dado que mais nos chamou a atenção é o que diz respeito à categoria evangélica que mais cresce: o 'evangélico sem igreja'. A maior parte desse grupo não é de evangélicos 'nominais' (os que se autodenominam evangélicos, mas não frequentam uma igreja); antes, é composta pelos que se consideram evangélicos, mas não se identificam com denominação alguma. Longe de ser 'nominal' ou 'não-praticante', o evangélico sem igreja talvez frequente várias igrejas sem se definir por uma; ou pode ser que assista a uma igreja durante alguns meses, antes de passar facilmente a outra. Com isso, não chega a se sentir assembleiano ou batista ou presbiteriano ou quadrangular. Existe, então, um setor crescente de pessoas que se identificam como evangélicas, mas não como pertencentes a uma determinada denominação."


Voltei
Apesar da Bíblia não conter um mandamento explícito para uma pessoa pertencer formalmente a uma igreja, ela está permeada de passagens que indicam a necessidade de pertencer a uma igreja. A base bíblica pode ser vista claramente no exemplo da igreja primitiva, na existência de liderança na igreja e no exercício da disciplina bíblica.

O exemplo da igreja primitiva
Na igreja primitiva, se tornar cristão significava pertencer à igreja. Os cristãos eram batizados, adicionados à igreja (Atos 2.41, 47; 5.14; 16.5). Mais que simplesmente viver uma vida privada compromissada com Cristo, ser cristão significa juntar-se formalmente com outros cristãos em uma assembleia local e devotar-se ao ensinamento dos líderes, a comunhão, ao partir do pão e as orações (Atos 2.42). Há evidências no Novo Testamento que assim como havia uma lista de viúvas elegíveis para o suporte financeiro (1 Timóteo 5.9), assim também havia uma lista de membros que aumentava conforme pessoas eram salvas. De fato, quando um cristão se mudava para outra cidade, a sua igreja frequentemente escrevia uma carta de recomendação para a sua nova igreja (Atos 18.27; Romanos 16.1; Colossenses 4.10).



A liderança da igreja
A igreja possui uma pluralidade de líderes que supervisionam um grupo de crentes. As tarefas que os líderes possuem pressupõe um grupo definidos de pessoas as quais estão sob os seus cuidados. As Escrituras ensinam que os pastores irão prestar contas a Deus por cada individuo sob o seu cuidado (Hebreus 13.17). Os pastores somente podem prestar contas a Deus por pessoas que eles sabem que estão no seu rebanho. Por outro lado, as Escrituras ensinam que os cristãos devem se submeter aos seus líderes. Se uma pessoa é desigrejada, surge a pergunta: "Quem são os seus líderes?".




Disciplina na igreja
Mateus 18.15-17 estabelece a disciplina na igreja. O exercício da disciplina pressupõe que os líderes da igreja saibam quem são os membros da igreja. 


Concluindo
Não é possível biblicamente ser um cristão desigrejado. Infelizmente, entretanto, conforme o texto de Paul, a tendência é de o número de desigrejados aumentar.

      Johannes Janzen


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