Dia desses fui dormir por volta das 23h00min e
ao dormir tive um sonho, bem na verdade não parecia sonho, pois era realíssimo
a ponto de me fazer acordar espantado, mas reconhecendo que o que havia sonhado
era a mais pura expressão da verdade.
Neste sonho eu estava no Getsêmani e via que
Judas Iscariotes aproximava-se de Jesus junto com a soldadesca do templo de Jerusalém
e imediatamente pude observar quando o Iscariotes dava um caloroso beijo no
rosto meigo de um homem, a quem os outros chamavam de MESTRE. Neste momento
pude observar que os soldados lançaram mão desse homem e violentamente o
manietaram e o conduziram a casa do Sumo sacerdote Caifás, onde o aguardavam
muitas autoridades religiosas.
Pude ver também que nessa hora todos os
discípulos se dispersaram e deixaram sozinho o seu Mestre, absolutamente
ninguém teve coragem de enfrentar a guarda e ir amarrado juntamente com ele. Mas
esperem, estamos no Pátio de Caifás e nos aquentamos a beira de uma grande
fogueira; e vejam só o quem estou vendo: PEDRO o discípulo destemido de Jesus.
Nisso uma criada aproxima-se dele e pela terceira vez o interpola dizendo: Verdadeiramente
tu és um deles, pois a tua fala te denuncia (Mateus 26.73). Pedro, porém ao
invés de falar franca e abertamente dizendo que era discípulo dele, o nega,
dizendo que não conhece! Ó céus é inacreditável, mas Pedro jura e pragueja
dizendo: NÃO CONHEÇO ESSE HOMEM.
Vejo agora em meu sonho que Jesus está diante
do governador Pôncio Pilatos e que este o interroga, sem achar, porém, nenhum
motivo que o incrimine. Mas vejam só, Pilatos está perguntando à multidão
presente ao julgamento se eles queriam que soltasse-lhes Jesus ou o ladrão
Barrabás. É inacreditável, mas a voz das pessoas grita em som quase que
atordoante: Este não, mas Barrabás. A isto Pilatos pergunta-lhes: O que farei
então de Jesus, chamado o Cristo (Mateus 27.22) e todos a uma só voz respondem:
“SEJA CRUCIFICADO”.
Estou tão estupefato que não poso acreditar.
Será que eles não percebem que aquele a quem pedem a morte é o filho de Deus, o
criador do mundo e a única esperança de salvação desta terra? Mas porque será
que não consigo dizer nada para defendê-lo? Porque a minha voz está em silêncio
e quase não me saem às palavras?
Agora posso vê-lo carregando a cruz pesada
pela via dolorosa. Ó meu Deus que cena triste e amarga de se ver. A cruz parece
que pesa toneladas e ele já está exausto e cai pelo peso insuportável do
madeiro. Como podem fazer isso com ele? Grito, mas debalde, ninguém me ouve.
Porque ninguém pelo menos não o ajuda? Não veem que ele não suporta mais? Mas,
depois de cair e levantar várias vezes enfim ele chega ao lugar chamado “CALVÁRIO”.
Agora vejo um homem de martelo à mão e vejam
só, são pregos imensos que ele está colocando nos pulsos do Mestre. Não faça
isso! Você não pode pregá-lo desse jeito; será que você é maluco? Gritava eu,
mas ninguém me dava ouvidos.
Enquanto ele era pregado àquela horrenda cruz
de madeira a natureza reagia enfurecida, tamanha era a sandice do ser humano,
matando o seu próprio criador. A cada batida do martelo as ondas rugiam no mar
da Galileia, os pássaros levantavam voo e as nuvens se acumulavam como que
escondendo dos céus aquela cena funesta.
Ele depois de muito tempo em silêncio abre a
sua boca e vejam só; ao invés de protestar e defender-se das barbaras torturas
ele clama por “perdão aos seus algozes”, quase não posso acreditar. Ver essa
cena pessoalmente é a única coisa que me convence da sua veracidade. Outra
palavra sai da sua boca. Ó ele está falando com o seu Pai (Deus meu! Deus meu!
Porque me abandonas-te?) neste momento eu chorei amargamente ao saber que até o
seu pai (DEUS) o havia abandonado.
Por fim depois de muito tempo em silêncio
posso vê-lo tentando empreender um esforço gigante para balbuciar mais algumas
palavras, ouçamos o que diz dessa vez: “ESTÁ CONSUMADO!” (João 19.30).
Neste momento o tempo parou! Um frio
congelante corria em meus ossos. Os olhos de centenas de pessoas; incluindo
seus seguidores, sua mãe, amigos e até os inimigos estavam fitos nele que nem
piscavam. Repentinamente ele abaixa a cabeça. Eu dei um grito tão profundo que se
ouvia a quilômetros: Ajudem, ele está morrendo! Em vão. Ele abaixa a cabeça e
morre vitoriosamente cumprindo toda a vontade do pai e garantido a liberdade
aos cativos que o açoitaram, coroaram, pregaram e zombaram até o fim.
Foi ai que entendi o porquê de gritar tanto e
não ser ouvido. Em todo tempo eu estava lá, mas não era um mero espectador,
pelo contrário eu era o Judas que o traía, era o Pedro que o negara, era o
soldado que o coroava de espinhos, era o guarda que o batia pelo caminho
enquanto ele caía pelo peso da cruz; enfim, era o carrasco que o pregara a cruz
com aqueles pregos imensos. Todo tempo era eu o culpado de tudo. Foi ai que me dei
conta que quem matou a Jesus não foram os judeus, os romanos ou qualquer
autoridade religiosa da época; quem matou a Jesus “FUI EU, FOI O MEU PECADO QUE
O TEMPO TODO ESTAVA LÁ”.
Ufa! Enfim acordei!
OBS: Esse relato de sonho é mera imaginação da
minha mente, mas a história nele contida é verdadeira e retrata uma verdade
bíblica e universal: Foi o nosso pecado que matou o nosso Salvador naquela
cruz. Mesmo assim ele nos perdoou e nos justificou com Deus. Mesmo assim,
alguns ainda brincam com a salvação e levam uma vida totalmente sem compromisso
com Deus. PENSE NISSO DA PRÓXIMA VEZ QUE DECIDIR PECAR.
Paz a todos,
João
Augusto de Oliveira
0 comentários:
Postar um comentário