Desde que
essa coisa batizada de “teologia da prosperidade” começou a ser propalada no
Brasil, percebi que se tratava de algo mais sério do que podíamos imaginar. Não
demorou muito e tive a certeza de que se tratava de uma das mais terríveis,
satânicas e perigosas teologias que, à semelhança de tantas outras doutrinas de
demônios despejadas em nossas igrejas, vinha para ser uma espécie de divisor de
águas onde, de um lado ficariam aqueles que primam pelas verdades límpidas e
cristalinas que fluem do Novo Testamento, e do outro aqueles que são infantis
na fé, aqueles se deixam levar por “todo vento de doutrina” que
se originam no esgoto do inferno. Deu no que deu!
Como uma praga, esta “terrorlogia”
encanta, hipnotiza e seduz um número cada vez maior de adeptos e seguidores.
Como um vício difícil de ser
abandonado, quase todos aqueles que se deixam contaminar pelos “papas” destes
ensinos mirabolantes: regressão espiritual; confissão de pecados e quebra de
pactos de antepassados; proclamação de palavras que liberam isto ou aquilo;
adoração extravagante (leia-se esdrúxula); manifestações “espirituais” que
simulam jeitos e trejeitos estranhos (leia-se assustadores); apego exacerbado
(ou culto) a objetos, costumes, tradições e outro adereços
judaicos; pregações superficiais contendo flagrantes erros de interpretação em
passagens isoladas da Bíblia; etc., tendem a supervalorizar tais ensinos e a
menosprezar todos os demais que lhes pareçam ortodoxos, tradicionais ou
conservadores.
Lembrei-me
do apóstolo Paulo (que não tem nada a ver com os “apostolozinhos” fabricados em
alguns quintais estrangeiros ou tupiniquins) escrevendo para os crentes de
Corinto: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua
astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e
se apartem da simplicidade que há em Cristo.” - II Co 11.3
A palavra
acima cai como uma bomba sobre quase tudo o que a gente lê, vê e ouve sobre
“quebra de maldições”, por exemplo. Tento imaginar Paulo se referindo às
pessoas que o procuravam dizendo: “Olha, você terá que responder
400 perguntinhas básicas, que vão das cores preferidas aos lugares que
frequentou nos últimos dez anos… Ah! E não se esqueça de levantar sua árvore
genealógica, começando por 10 gerações anteriores!” – claro que
ironizei um pouco só para provocar as mentes mais cauterizadas, para ver se ao
menos começam a refletir com mais honestidade se aquilo que praticam ou creem
é, ao menos, coerente com a Palavra de Deus!
Sabe, apesar de entender que este
debate pode tomar proporções gigantescas e desgastantes – dependendo com quem
conversarmos corre-se o risco de se chegarmos às vias de fato (entenda como
quiser) -, gostaria de lembrar aos fanáticos adeptos do nefasto ensino de que
ninguém, nem você, leitor, sob nenhuma alegação, depois de ter confessado a
Jesus como Salvador e decidir fazer da Palavra de Deus sua regra de fé e
conduta, jamais deveria ser submetido aos infindáveis ritos ou “sessões” de
cura e libertação, ou se sujeitar aos vexame das suposta manifestações
infantilizantes e humilhantes, praticados em muitos dos “desencontrados” encontros.
Se qualquer um de nós assim procedermos, estaremos nulificando os efeitos do
sacrifício de Jesus!
Se Jesus nos fez novas criaturas, o
pressuposto é que houve uma ruptura radical como nosso passado.
Logo, se
Ele, Jesus, fez a obra completa na cruz (“tetélestai” -
“está consumado” – João 19.30), quebrando, sobretudo, TODAS as maldições, não resta o que ser feito ou
acrescentado, simples assim:
“Assim
que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram;
eis que tudo se fez novo.” – II Co 5.17
“Cristo
nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Para que a bênção de
Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos
a promessa do Espírito.” - Gl 3.13-14
É isso! É Bíblia! O resto é conversa
fiada!
Pr. Aécio Felismino da
Silva do blog pulpito-virtual.blogspot.com.br em 20/11/2013
0 comentários:
Postar um comentário