Louvando a Deus, e
caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja
aqueles que se haviam de salvar. Atos 2:47
Estamos vivendo realmente um crescimento exponencial da
igreja evangélica em solo brasileiro. Somente nas últimas décadas tivemos um
aumento de aproximadamente 62%, segundo dados estatísticos.
Eu não quero discutir esse suposto “crescimento” o qual
tantos defendem e alardeiam como se fosse algo extremamente positivo em todos
os sentidos. Bem, desculpem-me os positivistas, mas eu prefiro olhar as coisas
de uma forma mais realista.
Eu diria que é exatamente essa ilusão do crescimento
vertiginoso que tem causado tantas tragédias doutrinárias, teológicas e éticas
no seio da comunidade cristã. Pois para defender a grande massa que está vindo
ao seio do cristianismo, de maneira a não as ofender é que pastores e pregadores têm vendido um
evangelho barato em seus púlpitos, evangelho esse que em nada parece com o
Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Serei sincero no que vou dizer: Sou daquele tempo que
prima pela qualidade sem levar muito em consideração a quantidade. Lógico que
se pudermos unir uma bela quantidade a uma ótima qualidade, maravilha. Mas do
contrário, se tiver que escolher entre qualidade e quantidade; eu prefiro
logicamente a qualidade.
Do que adianta ter uma congregação com mil membros sem
compromisso de santidade, pureza e vida consagrada a Deus? Prefiro uma igreja
com cinquenta membros consagrados e ungidos de coração.
É justamente por causa desse fenômeno (o crescimento)
que muitos pastores estão barateando a fé e pregando um evangelho materialista,
humanista e descompromissado com a adoração ao Deus dos céus.
Confesso que tenho estado estarrecido com algumas “supostas
pregações” que ouço em algumas igrejas hoje em dia. Pregações estas que mais
parecem uma palestra motivacional com o puro objetivo de massagear o ego de
pessoas cujo propósito nas igrejas é tão-somente enriquecer a custa da fé.
Estou assustado eu diria, com a construção de tantas
catedrais, mega-templos e replicas do templo de Salomão. Igrejas enormes que
comportam grandes multidões, mas vazias de pessoas consagradas, santificadas,
cheias do Espírito Santo e com ardente desejo missionário.
Prefiro uma igrejinha de sapê, plantada lá no interior
do Brasil, com chão batido de cimento grosso. Igreja cujos pregadores mal
conheçam escatologia, hermenêutica e exegese, mas que quando oram os céus se
abre, a glória de Deus desce, os milagres acontecem e acima de tudo têm uma
vida irrepreensível diante de Deus e da comunidade em que vivem.
Uma igreja assim eu valorizo de coração. Quanto a
algumas outras que por ai estão só posso dizer: QUE DEUS TENHA MISERICÓRIA,
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS.
Boa semana a todos,
João
Augusto de Oliveira
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