sexta-feira, 7 de abril de 2017

0 Reflexão Bíblica – Os profetas do Antigo Testamento e suas denuncias ao pecado


Texto Base: Mas eu estou cheio do poder do Espírito do Senhor, e de juízo e de força, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado.
Ouvi agora isto, vós, chefes da casa de Jacó, e príncipes da casa de Israel, que abominais o juízo e perverteis tudo o que é direito,
Edificando a Sião com sangue, e a Jerusalém com iniqüidade.
Os seus chefes dão as sentenças por suborno, e os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.
Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o monte desta casa como os altos de um bosque (Miquéias 3:8-12
).
INTRODUÇÃO – O ministerio profético no Antigo Testamento foi um marco na vida de Israel.
Depois da morte de Josué o povo corrompeu-se e desagradou muito a Deus, retornando paulatinamente às práticas pagãs dos povos vizinhos e porque não dizer que fizeram pior do que estes, pois abanbonaram o Todo Poderoso e voltaram-se aos ídolos de pedra e de gesso. Neste tempo Deus começou a levantar profetas para fazer com que o seu povo retornasse à comunhão com ele e assim não fosse destruído pela sua ira como o foram seus vizinhos.
Encontramos no Livro de Juízes uma das declarações mais tristes da Bíblia Sagrada: (Naquela época, nao havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo / Juízes 21.25 NVI).
Deus então levanta os profetas para ser porta voz dEle em meio ao caos e a corrupção reinante no degradado reino de Israel. Esses profetas a começar por Samuel (início do ministério profético) até o livro de Malaquias denunciaram o pecado e a corrupção em todos os setores de Israel. PASMEM, mas muitas dessas denuncias precisam ser repetidas nos dias de hoje, pois a Igreja hodierna está no mesmo caminho, senão pior do que o Israel da época dos Juízes e dos Reis.
Algumas denúncias dos profetas:
·         IDOLATRIA – (Isaías 44.9-20) - Deus sempre foi ZELOSO com o seu GRANDE NOME e com a sua Glória, não permitindo que a mesma seja dividida com os ídolos.
Quando falamos em ídolos não estamos fazendo menção apenas a imagens de escultura, mas precisamos deixar claro que tudo aquilo que ocupa o lugar “exclusivo” de Deus na nossa vida, roubando-lhe a Glória é IDOLATRIA.
É fácil olhar para os católicos e acusar-lhes de ser idólatras, mas é tão difícil reconhecer que nós mesmos (EVANGÉLICOS) temos nos tornado tão idólatras quanto eles, senão piores.
A idolatria evangélica não consiste na adoração de imagens, mas no endeusamento de seres humanos (cantores, pregadores, pastores) e na dedicação total a coisas e objetos (carros, casas, estudos) como se estes fossem deuses nas nossoas vidas.
Não nos enganemos, pois o mesmo Deus que condenou a idolatria de Israel e a católica, não nos deixa impunes. Principalmente nós (EVANGÉLICOS) que conhecemos os efeitos danosos da idolatria deveriamos correr dela à velocidade da luz, no entanto estamos fazendo exatamente o contrário. (Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura. Isaías 42:8).
·         INJUSTIÇA SOCIAL – (Amós 4.1;6.1-4;) – Deus nunca se agradou da opressão dos ricos sobre os pobres, mas parece que esquecemos completamente desse detalhe.
Vivemos uma época de desigualdade e injustiça social gritante, onde os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada dia mais miseráveis. Isso desagrada a Deus e muito, de sorte que vários profetas do Antigo Testamento protestaram veementemente contra esse mal em seus dias.
Se Deus não concordava com a desigualdade e injustiça no Antigo Testamento porque então imaginariamos que ele fizesse vista grossa hoje? Por que estamos na dispensação da Graça? Ledo engano.
Quando olhamos pregadores e cantores cobrarem “cachês exorbitantes” para se apresentar em templos e ginásios ficamos a pensar, pois grande parte desse dinheiro arrecadado para pagar esses “mercenários da fé” é tirado de pais e mães de família que sustentam seus filhos (muitas vezes uma família enorme) com um salário mínimo, mas que fazem um esforço escomunal para pagar o pregador ou cantor.
Do outro lado também estão “alguns” pastores que recebem salários milionários de suas Igrejas para pastoreá-las em contraste com a vida paupérrima de sua membresia, que muitas vezes vive em condição sub-humana a fim de sustentar a opulência desses lobos em peles de pastores.
É claro que eu sei que o “obreiro é digno do seu salário” (I Timóteo 5.18), mas isso não quer dizer que aqueles que lideram devem ter um salário milionário enquanto a maioria não tem o que comer. Isso é clara desigualdade e injustiça social.
Outra coisa que discordo flagrantemente é esse negócio de tornar obrigado a contribuiçao para aniversário do Pastor, co-pastor, esposas etc. Se você quer VOLUNTARIAMENTE dar um presente ao seu pastor parabéns, isso é louvável, mas tornar obrigatório que toda a Igreja e obreiros tirem de onde não tem para dar presente a pastores (que muitas vezes nem precisam) acho isso sujo, injusto e desumano. Pois muitas vezes encontramos famílias de obreiros vizendo abaixo da linha da miséria na Igreja; então porque não se faz uma arrecadação para ajudá-los?
·         BRIGA POR PODER – Vivemos uma febre de poder na Igreja de hoje. Cada um quer ser mais poderoso ou mais forte do que o outro.
Tenho a impressão de que algumas pessoas querem crescer ministerialmente, não para a edificação da Igreja, mas para demonstrar que pode mais do que o outro.
Assistimos lamentavelmente as discussões e brigas (algumas até judiciárias) por homens que querem o poder de mandar na Igreja a todo o custo, como se ela fosse propriedade exclusiva de algum ser humano. Esquecem que a Igreja foi comprada pelo sangue do Senhor Jesus no Calvário e que somente ele pode de fato dizer que é o SENHOR DA IGREJA.
Outros são escolhidos para cargos na igreja por meios escusos e injustos em detrimento de alguns.
·         CEGOS AO PECADO DO POVO – Assim como a liderança de Israel fazia vista grossa aos pecados do povo a grande parte da nossa tem colocado uma venda nos olhos.
Não se pode mais pregar contra o pecado, dizer que ele é horrível e maléfico e em muitas igrejas o pastor nem pode disciplinar membros que pecam, sob-risco de perdê-los e até mesmo de ser processado.
Por isso o pecado achou livre curso em nosso meio assim como achou em Israel no Antigo testamento. Por isso corremos o risco de nos tornar alvo da ira do mesmo Deus que os julgou e condenou, pois não importa a época, mas Ele não aceita o pecado e a podridão moral em seus arraiais.
Engraçado que muitos lideres estão tão ocupados buscando PODER que nem ao menos percebem que a membresia está mergulhando na lama do pecado e voltando à práticas antibíblicas e desagradáveis aos olhos de Deus.
CONCLUSÃO – Que Deus levante profetas em nossos dias para denunciar o pecado e a corrupção, onde quer que ela se encontre. Pois se isso não acontecer corremos o risco ser rejeitados assim como eles foram e nos tornar um museu e um lembrete à história de como Deus trata um povo que o abandona.
    Bom final de semana a todos,
                             João Augusto de Oliveira








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