Dia desses
eu conversava com um irmão na fé com bem mais idade e tempo de fé do que eu.
Nessa conversa, nos lembrávamos dos dias de glória da Igreja em nosso querido
Brasil. Confesso que CHOREI ao recordar momentos maravilhosos e que com toda a
certeza, a menos que haja uma INTERVENÇÃO DE DEUS; eles não voltarão.
Já sei o
que alguns de vós ireis dizer: Lá vem o saudosista de novo! Talvez os senhores
tenham razão e lhes peço até desculpas, mas acho impossível não lembrar aqueles
cultos poderosos de outrora, da santidade que caracterizava a vida da igreja,
dos milagres operados por Deus, das salvações de almas e das mensagens bíblicas
e cristocêntricas.
Quando olho
os dias atuais confesso-lhes que sinto um frio na espinha, tamanha é a minha
perplexidade ante os desvios doutrinários, a falta de santidade, a politicagem
na igreja, etc. Observando tudo isso eu chego a uma conclusão: Atualmente
parece que quem quer ser santo, honesto, verdadeiro e puro é ridicularizado
pelos seus próprios irmãos. Parece ate que se cumprem as palavras de Rui
Barbosa quando dizia: “De tanto ver triunfar as nulidades; de
tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver
agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da
virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.
Vou lhes
falar abertamente o que tenho observado e digo-lhes que ainda existem várias
exceções, graças a Deus, mas na sua grande maioria vejam o que prevalece:
Não é mais
pecado o adultério, a fornicação, a corrupção, a politicagem (a igreja sendo
transformada em curral eleitoral), etc. Parece que pecado é procurar ser santo,
viver uma vida de oração, ler muito a Bíblia, ir numa vigília, orar num monte,
evangelizar, etc.
Você acha
que estou exagerando? Talvez esteja, mas antes de julgar-me tão
precipitadamente leia um pouco mais:
Quase
não se prega mais contra o adultério e a praga do divórcio nas igrejas, antes
pelo contrário, eles estão sendo incentivados;
·
Jovens
estão mantendo relações sexuais antes do casamento como se fosse à coisa mais
normal do mundo;
·
É
só observar a politicagem que está grassando a força da igreja escancaradamente
diante de nossos olhos (leia jornais e revistas evangélicas e verá as grandes
figuras religiosas posando diariamente ao lado de políticos corruptos);
·
Tenho
a impressão que o pecado deixou de ser pecado no ponto de vista de alguns
crentes e principalmente de alguns pastores.
Agora
observa o antagonismo:
·
Procure
viver uma vida de santidade e você será ridicularizado por alguns que cristãos
dizem ser. Te chamarão de louco, fanático, fundamentalista, santarrão, etc.;
·
Experimenta
viver uma vida de constante oração e você sentirá o desprezo e a perseguição
por parte de muitos que tomam a ceia contigo no templo. Com certeza alegarão
que não precisa orar tanto assim e que Deus não é surdo para que o crente
precise de tanta oração;
·
Você
já leu a Bíblia inteira? Eu também graças a Deus. Quantas vezes? Algumas! Já
experimentou perguntar na igreja quem já leu a Bíblia toda? Algumas pessoas te
olham de forma tão estranha como se você estivesse apresentando uma proposta
marciana na terra;
·
Já
viu que vários templos (PRINCIPALMENTE DA MINHA QUERIDA ASSEMBLEIA DE DEUS) não
têm mais vigília?
·
E
orar no monte quem se atreve? Para alguns, o crente que ora no monte é
doidivanas, um maluco digno do hospício. Poxa vida, então alguns personagens
bíblicos deveriam ter sido internados há muito tempo (Êxodo 24.15;João
8.1;Levítico 25.1; Êxodo 34.2; 2 Reis 2.25; etc.).
Eu
não estou dizendo que a oração no monte é melhor do que no templo ou em casa,
mas dizer que o crente não pode orar lá é extrapolar os limites e abusar da
autoridade eclesiástica.
Diante do
aqui exposto chego a uma conclusão: Podem desprezar-me, chamar de fanático,
louco e dai por diante. Mas enquanto eu respirar procurarei servir a Deus em
espírito e em verdade. Ainda que fraquinho (RECONHEÇO), falho como sei que sou.
Mas jamais quero vender-me ao deus deste presente século ainda que seja para
obter todas as riquezas, amizades e vantagens do mundo todo.
Que todos
tenham uma semana abençoada e com muita paz,
João
Augusto de Oliveira
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