A estória
que vou tentar reproduzir aqui é baseada em mera ficção, portanto não
representa a verdade. São apenas conjecturas de fatos que podem nos dar uma
ideia da realidade em que estamos vivendo.
Sei perfeitamente que nossos amados
missionários (Gunnar e Daniel) estão no paraíso aguardando juntamente com todos
os santos a ressurreição dos mortos; portanto de lá não virão, senão no dia
marcado por Deus para serem galardoados pelas suas obras.
Mas eu
estava imaginando se por acaso Deus concedesse a Daniel e Gunnar a oportunidade
de vir num Domingo visitar a Assembleia de Deus pela qual eles trabalharam e
deram as suas vidas. O que eles sentiriam? Qual seria a reação deles, ao ver as
mudanças (principalmente no sentido negativo) que ocorreram na igreja?
Fico
imaginando os dois entrando em um de nossos templos e logo se deparam com
grande parte da juventude e adolescentes (ALGUNS OBREIROS TAMBÉM) que estão na
porta da igreja, batendo um papo, enquanto alguns poucos remanescentes estão de
joelhos orando
.
Ah! E por
falar de estar de joelhos, que engraçado, pois eles encontrariam dento do
templo alguns orando, mas outros estariam conversando de joelhos e ainda alguns
(PASMEM OS SENHORES) negociando dentro do templo e justamente na hora da
oração.
Logo eles
que tanto defenderam a sã doutrina e OS BONS COSTUMES no meio do povo de Deus;
principalmente no quesito vestir-se decentemente, o que viriam? Meu Deus! Eles
viriam um desfile de modas em pleno culto. Muitas mulheres (e moças) esboçando
seus belos corpos através de decotes e roupas transparentes a ponto de fazer
corar de vergonha a própria Jezabel.
Neste
momento eles procurariam ouvir aqueles louvores que falam a alma, mas esqueci,
eles sumiram da liturgia e no lugar deles foram colocados os sabores de mel, as
musicas que dão ordem a Deus e as mistas (pagode gospel, rock gospel etc.).
Mas tudo
bem pensariam eles. Pelo menos vamos ouvir uma boa palavra do pregador que alegrará
a nossa alma. Chega então esse momento. Que emoção ao ouvir o pregador com sua
linguagem teologicamente rebuscada (a ponto de quase ninguém o entender) abrir
a Bíblia e começar a pregar.
Ei! Esperem
um pouco! Mas ele não está pregando sobre os céus de glória, ou sobre a
salvação eterna comprada na cruz, menos sobre a vinda iminente de Jesus. Pelo
contrário, ele discorre sobre vitória financeira, declaração do poder da fé que
faz o crente equiparar-se aos ricaços desse mundo, ausência total de
enfermidades e problema na vida do crente etc.
Nesse momento Gunnar e Daniel
abaixam as cabeças e começam a chorar, não de emoção causada pelo impacto da
palavra, mas de tristeza e desgosto ao ver em que a igreja transformou-se, e
sabendo que se ela assim continuar que destino cruel a aguarda.
Ufa! Depois
de quase uma hora ouvindo chavões e declarações de teologia da prosperidade,
finalmente acabou. Ledo engano. O pastor toma antão a palavra e não obstante já
ter levantado à oferta missionária, a oferta para o aniversário do Pastor
setorial, a oferta para o aniversário da esposa do pastor setorial. Ainda vai
arredar uma terceira oferta para reformar o telhado da igreja que está quebrado
e molha os irmãos em dias de chuva (NÃO PODE FAZER ESSA REFORMA USANDO OS
DÍZIMOS E AS DEMAIS OFERTAS).
Vejo agora
dois homens saindo de cabeça baixa do templo e com lágrimas nos olhos. Eram
eles, os pioneiros (DANIEL E GUNNAR) que horrorizados clamavam a Deus pra
voltar ao seu lugarzinho no paraíso, pois não suportariam observar o que
fizeram da Igreja nem por mais um dia!
Bom final
de semana a todos,
João
Augusto de Oliveira
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