por Prof. Paulo Cristiano da Silva
Um bandido, se fazendo passar por um
alfaiate de terras distantes, diz a um determinado rei que poderia fazer uma
roupa muito bonita e cara, mas que apenas as pessoas mais inteligentes e
astutas poderiam vê-la. O rei, muito vaidoso, gostou da proposta e pediu
ao bandido que fizesse uma roupa dessas para ele.
O bandido recebeu vários baús cheios
de riquezas, rolos de linha de ouro, seda e outros materiais raros e exóticos,
exigidos por ele para a confecção das roupas. Ele guardou todos os tesouros e
ficou em seu tear, fingindo tecer fios invisíveis, que todas as pessoas
alegavam ver, para não parecerem estúpidas. Imagine! Precisou de uma criança
para desmascarar a farsa, pois ao ver o rei peladão gritou: “o rei está nu!”
Muitas vezes acontece o mesmo dentro
de muitas igrejas, fingem que não veem a catástrofe, os desmandos, a incompetência
e o autoritarismo de certos líderes. Querendo se passar, não por inteligentes
como na fábula, mas por espirituais, o povo evangélico segue desta maneira. Na
fábula todos confessavam “ver” a roupa invisível do rei para não se passarem
por estúpidos, na igreja o fingimento é para não se passarem por rebeldes,
carnais e coisas do naipe evangeliquês que a cada dia criamos. Nossos púlpitos
estão mortos, sem palavras, nosso povo com fome e sede da Palavra de Deus.
Enquanto comemos lanchinhos fast-food na pregação, o resto do culto vira
entretenimento, com pitadas de músicas aqui e ali. Gente, vamos parar de
fingir; admita o REI ESTÁ NU… E com todo respeito majestade: que roupa feia!!!!
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