PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2013
FILIPENSES: a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
COMENTARISTA: ELIENAI CABRAL
COMENTÁRIOS - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
ESBOÇO Nº 13
LIÇÃO Nº 13 –
O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS
A ajuda aos necessitados é um sacrifício agradável e aprazível a Deus.
INTRODUÇÃO
- Concluindo o
estudo da carta de Paulo aos filipenses, estudaremos os últimos dez
versículos da epístola, quando Paulo mostra como os crentes de Filipos
agradaram a Deus por ajudá-lo durante o seu ministério.
- Na nova aliança,
perduram as chamadas “ofertas pacíficas”, entre os quais se encontra a ajuda
aos necessitados.
I – A AJUDA
CONSTANTE DOS CRENTES FILIPENSES AO APÓSTOLO PAULO
- Estamos a
concluir mais um trimestre letivo da Escola Bíblica Dominical, quando estudamos
a carta de Paulo aos filipenses. Esperamos que, ao estudarmos esta epístola,
que mostra como deve ser a vida cristã, tenhamos tido condições, pelo Espírito
Santo, de fazermos uma autoavaliação e, assim, termos melhorado os nossos
caminhos em nossa jornada rumo à cidade celestial.
- Nesta
última lição, iremos estudar os últimos dez versículos da carta de Paulo aos
filipenses (Fp.4:14-23), onde o apóstolo, após ter demonstrado aos
filipenses sua gratidão pela ajuda que eles sempre lhe haviam dado ao longo do
seu ministério desde o início de sua viagem missionária, quando fundou a
própria igreja de Filipos (At.16:9-40), bem observou que não se prendia às
coisas materiais, pois havia aprendido a se contentar com o que tinha e a
enfrentar todas as coisas fortalecendo-se em Cristo (Fp.4:10-13).
- No entanto,
embora tivesse dito aos filipenses que seu interesse não estava nas coisas
materiais, o que não o impedia de ser agradecido pela ajuda recebida, o
apóstolo vai agora mostrar aos seus amados irmãos, que ele denominava de
“minha alegria e coroa” (Fp.4:1), que o gesto deles não só estava a
alegrar o coração do apóstolo, mas tinha um profundo sentido espiritual, era um
“sacrifício agradável e aprazível a Deus” (Fp.4:18).
- Embora não
possamos nos prender às coisas desta vida e, portanto, não podemos moldar
nossos relacionamentos com o próximo pelo bem que eles nos fazem, pois isto é
fugir do desinteresse que é próprio do amor divino que deve nortear as nossas
ações (I Co.13:5), é inegável que o bem realizado por alguém a nosso favor não
só nos deixa alegres, mas também alegra o coração de Deus.
- Não é por outro
motivo, pois, que o apóstolo, após deixar bem claro que não se prendia
aos benefícios que os filipenses lhe davam, foi bem categórico ao dizer aos
crentes de Filipos que eles tinham feito bem em tomar parte na sua aflição (Fp.4:14).
- De pronto, com
esta expressão de Paulo, vemos que os crentes de Filipos não apenas mandavam
recursos econômico-financeiros para o apóstolo, mas estavam, também, movidos
por compaixão, ou seja, compartilhando, dividindo as aflições do próprio
apóstolo.
- Eis aqui uma
grande diferença entre a mera filantropia e o bem praticado por aqueles que
servem a Cristo Jesus. Muitos dão esmolas, fornecem de seu patrimônio para
saciar as necessidades daqueles que se encontram precisando, mas o fazem sem
qualquer compaixão, ou seja, não estão dispostos a repartir o seu coração com o
necessitado, não têm qualquer intenção de ajudar o outro a “levar suas cargas”
(Gl.6:2).
- São pessoas que,
embora levem alguma ajuda material ao próximo, não estão nem um pouco
interessadas em assumir, também, a função de consolo, de conforto, de
compartilhar os sentimentos e as dores daquele que está a sofrer. Mantêm-se no
seu pedestal, no seu individualismo, não se importando nem um pouco com a dor
alheia.
- Por isso mesmo,
no mais das vezes, tais pessoas usam a esmola, a ajuda ao necessitado
como uma forma de autoexaltação, como uma demonstração de sua “superioridade
espiritual”, assim como os fariseus nos dias de Jesus. Tal comportamento é
abominável aos olhos do Senhor, como deixou o Mestre bem explicado no sermão do
monte, que denominou tais pessoas de “hipócritas”, que querem ser
glorificados pelos homens (Mt.6:2).
- O
verdadeiro e genuíno servo de Deus, porém, além de dar sua esmola e ajuda em
oculto, não querendo qualquer publicidade (cfr. Mt.6:4), não se limita
a fornecer a ajuda material, mas, antes mesmo de fornecê-la, resolve “tomar
parte na aflição” do necessitado, quer compartilhar a dor do próximo, põe-se no
lugar do próximo e, desta maneira, está disposto a fornecer-lhe conforto,
consolo além do que é necessário para a superação da carência material.
- É elucidativo
que, na parábola do filho pródigo (Lc.16:11-32), o pai, ao ver o filho
retornando ao lar, primeiramente sentiu por ele íntima compaixão, que o fez
correr até o encontro do filho e a se lançar ao seu pescoço e o beijar
(Lc.16:20), para só depois mandar que suas vestes fossem trocadas, recebesse o
anel e calçado.
- Por primeiro, temos
de sentir compaixão pelo próximo, passar a tomar parte da sua aflição, da
sua necessidade, fazer com que a nossa comunhão se dê também no sofrimento
alheio, para, então, passar a ajudá-lo do ponto-de-vista material. É assim que
procede alguém que esteja a imitar o Senhor Jesus, que sempre agiu movido por
íntima compaixão.
- Os crentes de
Filipos ajudaram constantemente o apóstolo Paulo, desde o “primeiro dia”
(Fp.1:5), mas, em primeiro lugar, o fizeram porque sentiram compaixão pelo
apóstolo.
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