Novas religiões adotam festas
existentes para tornar a conversão menos chocante“
Antes da tomada de qualquer decisão é necessário a
realização de um juízo de valor, conhecer prós e contras, e no que diz respeito
a celebração de festas, é necessário ter o mínimo de noção sobre suas origens,
seus motivos e contextos. Quando o assunto é festa religiosa, todo cuidado é
pouco, pois Deus é SANTO e sem santificação ninguém verá a DEUS – Hebreus
12.14.
Ao chegar o mês de junho, a maioria dos
brasileiros, principalmente nas cidades interioranas, se preparam para as
festivais desse mês. Mas para os crentes, surge o grande dilema, porque tais
festas foram incorporadas na cultura brasileira com roupagens folclóricas, mas
que tem um pano de fundo religioso. E para saber se deve participar ou não
destas festas, preparamos este estudo quem tem o objetivo de esclarecer e dar
ferramentas de defesa para o cristão que tem coragem de ser diferente sem ser
ridículo, mas que sabe pensar e que tenha uma fé racional e não
sentimentalóide. Para tanto são necessárias algumas perguntas:
Qual a origem da festa Junina? A Festa Junina é uma
expressão religiosa ou folclórica? Se é uma festa religiosa, como separar o
religioso do folclore se ambos estão intimamente ligados? Teria algum problema
se uma criança crente, protestante, evangélica e cristã participasse destas festividades?
Enquanto crentes, qual lição podemos tirar quando consideramos os investimentos
e esforços encetados nos preparativos e participação das festas pagãs como a
festa junina?
Uma festa copiada do paganismo europeu
Na Europa antiga,
bem antes do descobrimento do Brasil, já aconteciam festas populares durante o
solstício de verão (ápice da estação), as quais marcavam o início da colheita.
Dos dias 21 a 24, diversos povos, como celtas, bascos, egípcios e sumérios,
faziam rituais de invocação da fertilidade para estimular o crescimento da
vegetação, prover a fartura nas colheitas e trazer chuvas. Nelas, ofereciam-se comidas, bebidas e animais aos vários deuses em
que o povo acreditava. As pessoas dançavam e faziam fogueiras para espantar os
maus espíritos. Por exemplo: as cerimônias realizadas em Cumberland, na Escócia
e na Irlanda, na véspera de São João, consistiam em oferecer bolos ao sol, e
algumas vezes em passar crianças pela fumaça de fogueiras.
As origens dessa comemoração também remontam à
antiguidade, quando se prestava culto àdeusa Juno da
mitologia romana. Os festejos em homenagem a essa deusa eram denominados
“junônias”. Daí temos uma das procedências do atual nome “festas juninas”.
Tais celebrações coincidiam com as festas em que a
Igreja Católica comemorava a data do nascimento de São João, um anunciado da
vinda de Cristo. O catolicismo não conseguiu impedir sua realização. Por isso,
as comemorações não foram extintas e, sim,
adaptadas para o calendário cristão. Como o catolicismo ganhava
cada vez mais adeptos, nesses festejos acabou se homenageando também São João.
É por issoque no inicio as festas eram chamadas de Joaninas e os primeiros
paises a comemorá-las foram França, Itália, Espanha e Portugal.*
Juno: Protetora da mulher – compromisso com o amor
e com o casamento, festa para os amantes, para adivinhar o futuro; acende-se a
fogueira para queimar o velho e começar uma nova vida.
A suposta origem cristã da festa
“Para as crianças católicas, a explicação para tais
festividades é tirada da Bíblia com acréscimos mitológicos. Os católicos
descrevem o seguinte:
‘Nossa Senhora e Santa Isabel eram muito amigas.
Por esse motivo, costumavam visitar-se com freqüência, afinal de contas amigos
de verdade costumam conversar bastante. Um dia, Santa Isabel foi à casa de
Nossa Senhora para contar uma novidade: estava esperando um bebê ao qual daria
o nome de João Batista. Ela estava muito feliz por isso! Mas naquele tempo, sem
muitas opções de comunicação, Nossa Senhora queria saber de que forma seria
informada sobre o nascimento do pequeno João Batista. Não havia correio, telefone,
muito menos Intemet. Assim, Santa Isabel combinou que acenderia uma fogueira
bem grande que pudesse ser vista à distância. Combinou com Nossa Senhora que
mandaria erguer um grande mastro com uma boneca sobre ele. O tempo passou e, do
jeitinho que combinaram, Santa Isabel fez. Lá de longe Nossa Senhora avistou o
sinal de fumaça, logo depois viu a fogueira. Ela sorriu e compreendeu a
mensagem. Foi visitar a amiga e a encontrou com um belo bebê nos braços, era
dia 24 de junho. Começou, então, a ser festejado São João com mastro, fogueira
e outras coisas bonitas, como foguetes, danças e muito mais!’.
Como podemos ver, a forma como é descrita a origem
das festas juninas é extremamente pueril, justamente para que alcance as
crianças.”*
Breve Histórico da Festa no Brasil
“Como é do conhecimento geral, fomos descobertos
pelos portugueses, povo de crença reconhecidamente católica. Suas tradições
religiosas foram por nós herdadas e facilmente se incorporaram em nossas
terras, conservando seu aspecto folclórico. Sob essa base é que instituições
educacionais promovem, em nome do ensino, as festividades juninas, expressão
que carrega consigo muito mais do que uma simples relação entre a festa e o mês
de sua realização. Entretanto, convém salientar a coerente distancia existente
as finalidades educacionais e as religiosas. É bom lembrar também que nessa
época as escolas, “em nome da cultura”, incentivam tais festas por meio de
trabalhos escolares, etc… A criança que não tem como se defender aceita, pois
se sente na obrigação de respeitar a professora que lhe impõe estes trabalhos
(sobre festa Junina), e em alguns casos é até mesmo ameaçada com notas baixas,
porquê a professora, na maioria das vezes, é devota de algum santo,
simpatizante ou praticante da religião Católica, que é a maior divulgadora
desta festa.”*
Superstições
Puxada do Mastro: O
ritual tem origem em cultos pagãos, comemorativos da fertilidade da terra, que
eram realizados no solstício de verão, na Europa. Acredita-se que se a bandeira
vira para o lado da casa do anfitrião da festa no momento em que é içada, isto
é sinal de boa sorte. O contrario indica desgraça. E caso aponte em direção a
uma pessoa essa será abençoada.
Fogueiras: Os pagãos acreditavam que elas
espantavam os maus espíritos. Já os católicos acreditavam que era sinal de bom
presságio. Conta uma lenda católica que Isabel prima de Maria, na noite do
nascimento de João Batista , ascendeu uma fogueira para avisar a novidade à
prima Maria, mãe de Jesus. Por isso a tradição é acendê-las na hora da Ave
Maria (às 18h). Se isto é verdade, então por que acende fogueira para Santo
Antônio e São Pedro? Veja que o único objetivo é dar uma roupagem religiosa
para uma festa pagã!
Fogos de Artifício: Já
os fogos dizem alguns, eram utilizados na celebração para “despertar” São João
e chamá-lo para as comemorações de seu aniversário. Na verdade os cultos
pirolátricos são de origem portuguesa. Antigamente em Portugal, acreditava-se
que o estrondo de bombas e rojões tinha como finalidade espantar o diabo e seus
demônios na noite de São João.
Balões: Todos os cultos das festas
juninas estão relacionados com a sorte. Por isso os devotos acreditam que ao
soltar balão e ele subir sem nenhum problema, os desejos serão atendidos, caso
contrário (se o balão não alcançar as alturas) é um sinal de azar. A tradição
também diz que os balões levam os pedidos dos homens até São João. Mas tudo
isso não passa de crendices populares.*
Motivos para não participar das festas pagãs
As festas são aéticas – celebram ao mesmo tempo o
sagrado e o profano.
Veja que não existe distinção do que é religioso, o
que é cultural, o que é folclórico e pior do que é profano. Como vemos nesta
imagem a festa idólatra continua com sua roupagem religiosa com pano de
fundo profano e de prostituição, como fora no passado. A pessoa vai a igreja
para a festa religiosa, ao sair já na praça da Matriz, a festa é profana com
músicas que estimulam a sensualidade e a imoralidade. Em fim, é uma festa
aética.
Plágio do Paganismo – Dt. 18.9
Como a igreja romana não conseguiu superar a
religiosidade das festas pagãs, preferiu aderi-las, dando-lhes aparência
religiosa para não ofender a cultura e atrair mais fiéis para suas fileiras e
assim a festa pagã foi assimilada. Por outro lado, há uma grave advertência nas
escrituras para que o povo não copie as práticas pagãs. Por conta da obediência
a Deus, o cristão de verdade não deve fazer concessões. Caso queira resgatar a
festa da colheita para louvor a Deus, existe na Bíblia previsão para isto e se
quiser resgatar quem foi João Batista, basta olhar para as escrituras, mas para
isso é necessário pesquisa para se ter conhecimento sobre o impacto que se dará
no contexto cultural.
Rezas, canções, missas, alimentos oferecidos em
mesa idólatra (I Coríntios 10.14-22);
Nestas festas há o caráter religioso e idólatra e
nas escrituras somos advertidos a não participar da comunhão com os ídolos ao
mesmo tempo que participamos da comunhão com o corpo de Cristo.
Os “santos” nada podem fazer – Eclesiastes 9.5 e 6;
I Timóteo 2.5; João 14.13 e 14;
Há uma forte expectativa nas canções e orações aos
“santos”, porém estes já morreram, não tem conhecimento de nada que se passa
debaixo do sol e sequer poder oferecer qualquer tipo de auxílio ou intercessão.
O único que intermedeia nosso relacionamento com o Pai é Jesus; a ele sim deve
ser orientada nossas orações, pois conhece nossas fraquezas e pode nos ajudar
em ocasião oportuna.
Invocação aos mortos – Dt. 18.9-12; Isaias 8.19
Deus condena toda prática de invocação aos mortos.
Os mortos nada podem fazer, por isso os demônios aproveitam a oportunidade para
desviar o foco de Deus para si mesmo e receber a adoração que o homem deveria
prestar ao Criador, bendito seja ele.
A imagem do home do campo é humilhada e depreciada
– Provérbios 17.5
Qual criança se espelharia no típico caipira das
quadrilhas de festas juninas? Quais delas diria: “quando crescer quero ser um
caipira, ou homem do campo, com as roupas remendadas”? As crianças querem ser
médicos, professoras, atrizes, pois estes não são humilhados nas festas
juninas. As Festas Juninas inconscientemente ou não, servem mais para humilhar
as pessoas do campo do que para honrá-las como pretendem; o caipira, quando não
é banguela, é desdentado, seu andar é torto, corcunda por causa da enxada, a
botina é furada, suas roupas são rasgadas e remendadas, uma alusão ao
espantalho, um pobre coitado! – pois talvez seja assim que os grandes
latifundiários vêem o caipira, e essa visão é reproduzida por nossas crianças
nas escolas. Poderia isto ser chamado de FOLCLORE e CULTURA?*
Motivos para adorar SOMENTE a DEUS
Deus é o único – Isaias 45.18-21;
Deus não divide sua glória com nenhum outro –
Isaias 42.9; Mateus 6.24; Tiago 4.4; I João 2.15;
Deus abomina a idolatria – Êxodo 20.4-6;
Deus é a única esperança para você – Atos 17.28;
Você deve fidelidade a Deus – Marcos 12.30; I Reis
18.21
Uma lição para os Cristãos
O investimento para preparar uma festa junina é
muito alto. São os materiais para fazer as bandeirinhas, tecidos para confecção
das roupas típicas ou a compra das roupas já confeccionadas, compra de
ingredientes para preparo de comidas da época, alto investimento em bebidas
alcoólicas, derrubada de árvores para fazer o mastro e para queimar nas
fogueiras. Isso sem contar com o tempo gasto para ensaios das quadrilhas que
devem participar de competições no últimos dias da festa. Diga-se de passagem,
o tamanho do esforço para andar com o mastro e levantá-lo.
Diante disso, por que muitos cristãos têm dado
desculpas inaceitáveis para investirem tempo e recursos na obra do Deus vivo?
Quantas não são as vezes que os crentes dizem que não tem tempo para participar
de uma reunião de oração? quantos não dizem que tem dificuldade de participar
das escolas bíblicas, pois o domingo é o único dia que têm para dormir?
Tempo ninguém tem, tempo a gente constrói. E
construímos tempo para aquilo que de fato damos maior valor!
No que você tem investido seu tempo?
No que você tem investido seus recursos?
Para onde está indo suas finanças?
Será que ofertar e dizimar é tão mais caro que uma
festa pagã?
Será que as pessoas que participam destas festas
são muito mais ricas do que a igreja de Cristo?
Será que as pessoas que participam destas festas
tem mais tempo do que os crentes e por isso podem ensaiar melhor suas danças,
teatros e coreografias?
Na verdade eles nada diferem de nós no que diz
respeito aos recursos e a tempo, a única diferença é que se entregam de
coração, corpo, alma, forças e entendimento naquilo que acreditam ser a razão
de suas alegrias.
Que Deus tenha misericórdia de nós!!!
Marcos Chagas
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