Quisera eu me suportásseis um
pouco na minha loucura! Suportai-me, porém, ainda.
Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus;
porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um
marido, a saber, a Cristo.
Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva
com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos
sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.
Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que
nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou
outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofreríeis. (II Cor
11.1-4)
O que significa Igreja?
A palavra “Igreja” traduz o latim ecclesia, que por sua vez vem do grego ekklesia, que basicamente significa “assembleia
pública”, ou algo como “reunião dos que foram chamados”. É comum escutar que
Igreja significa “chamados para fora”. Isso acontece porque o termo grego
original é formado por uma combinação de duas palavras que significam “chamar”
e “fora”.
De fato, teologicamente essa é uma
verdade absoluta com relação à Igreja, no sentido de que os membros do corpo de
Cristo foram chamados para viverem fora do padrão pecaminoso do mundo. Porém,
não é exatamente nesse sentido que a palavra “Igreja” é empregada na Bíblia.
Os escritores neotestamentários
empregaram o grego ekklesia no
sentido de “reunião de pessoas”, “ajuntamento” ou “assembleia”. No Antigo
Testamento, os autores bíblicos utilizaram o hebraico qahal, que significa “multidão humana reunida”, para
designar a assembleia do povo de Deus (Deuteronômio 10:4; 23:2,3; 31:30; Salmos
22:23). Já na Septuaginta,
esse mesmo termo geralmente é traduzido pelo grego ekklesia.
Mesmo no Novo Testamento, por duas
vezes o termo ekklesia é utilizado para se
referir à assembleia dos israelitas (Atos 7:38; Hebreus 2:12). Mas em todas as
outras ocorrências, ekklesia designa
a Igreja Cristã, tanto no sentido de sua pluralidade nas comunidades locais
(Romanos 16:16; 1 Coríntios 4:17; 7:17; 14:33; Colossenses 4:15) quanto em seu
aspecto universal, destacando sua unidade, ou seja, só há uma única Igreja
(Atos 20:28; 1 Coríntios 12:28; 15:9; Efésios 1:22).
Introdução – A Igreja do Senhor
Jesus é, nas palavras de Paulo, a noiva do cordeiro e deve portar-se de maneira
respeitosa, imaculada e santa; visando ser aprovada pelo noivo quando retornar
de sua viagem a fim de desposá-la.
Mas tenho estado estupefato ao observar
a nossa conduta como igreja nas últimas décadas, pois parece que simplesmente
perdemos o rumo, os freios, ás rédeas e estamos andando como um trem
desgovernado, correndo grande risco de descarrilar a qualquer momento.
O que está acontecendo com a igreja?
Que não prega mais o evangelho na sua
essência - Estamos pregando tudo ultimamente, menos o
evangelho de Cristo. São mensagens de autoajuda, coaching cristão, psicologia,
psicanalise, entre outras coisas. Contudo, a mensagem da Cruz tem sido deixada
de lado.
Que tem aberto suas portas ao mundo – Nos mundanizamos, isso é fato. Há tempos atrás a igreja influenciava
o mundo, mas aconteceu uma mudança tão radical no comportamento da “noiva” que
ela hoje é total e completamente influenciada pelos costumes e práticas
mundanas (vestes, linguajar, negócios, namoro, etc.).
Basta que uma nova moda de corte de
cabelos (masculino ou feminino) seja adotada por algum artista de tv ou jogador
de futebol, para que vire febre em nosso meio.
Apenas uma nova onda de roupas (mesmo
despudorada) surja e no mesmo instante os crentes correm atrás como se fossem
dependentes químicos.
Nossos cantores e pregadores viraram
celebridades – antigamente os cantores e pregadores
o faziam para glória de Deus e não para sua própria, como acontece hoje em dia.
Hoje nossos cantores e pregadores têm
fã clube, cobram cachês alevadíssimos para “ministrar”, alguns só se apresentam
em igrejas grandes, com um público considerável, etc. Outros têm até segurança
particular. Meu Deus! Quanta sandice!
Misturaram o evangelho com política- Alguns que leem o meu blog há mais de dez anos, sabem o que penso
acerca dessa “junção” entre igreja e política. Não, não sou retrógrado e nem
ignorante quanto a necessidade do voto consciente e responsável. Claro que como
igreja precisamos escolher com sabedoria nossos representantes na política e se
possível que sejam tementes a Deus.
Contudo, não quer dizer que devemos
misturar as coisas como está acontecendo atualmente. Muitos púlpitos viraram
“palanque eleitoral” e muitos pastores ao invés de pastorear seus rebanhos
viraram “cabos eleitorais”.
Eu acho que podemos e devemos discutir
política, escolher com sabedoria e até votar em candidatos cristãos; contudo eu
repito: O pastor que decidir seguir a vocação política deve abandonar a pastoral,
para evitar escândalos e envolvimento do rebanho com corrupção e conchavos – o
que está acontecendo muito atualmente.
Sei que não gozo da simpatia de muita
gente por causa desses meus posicionamentos radicais, e eu estou me lixando para
isso, mas infelizmente ou felizmente é assim que penso.
Conclusão – Não quero ser prolixo aos meus leitores. Apenas peço que reflitam,
olhem e observem as mudanças que a igreja vem sofrendo de algumas décadas para
cá e perguntem se isso agrada ao Espírito de Deus. Perguntem se o Senhor Jesus
está feliz ao ver sua noiva mais preocupada com a última moda, com o próximo
passeio à praia, com quem vai ganhar o campeonato ou quem vai “nos representar”
na política mais do que com as almas perdidas ou com "a volta de Jesus que se aproxima"?
Deus os abençoe,
João Augusto de Oliveira
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