O espiritismo arroga para si a condição de ser autêntico Cristianismo. Será?
A doutrina espírita nos ensina a praticar o Cristianismo em sua forma mais pura e simples, assim, o espírita procura ser um bom cristão. Ele sente que precisa combater seus próprios defeitos e praticar os ensinamentos de Jesus (“O Espiritismo em Linguagem Fácil”, p. 61).
Resposta apologética:
Para praticar o Cristianismo em sua forma mais pura e simples, em primeiro lugar seria preciso que o espiritismo tivesse sua base na Bíblia e suas crenças fossem as mesmas do Cristianismo histórico. Não é o caso. Daí porque o espiritismo usa uma falsa propaganda ao fazer afirmações como as citadas e como outras, entre as quais destacamos:
É preciso que nos façamos entender. Se alguém tem uma convicção bem assentada sobre uma doutrina, ainda que falsa, é necessário que o desviemos dessa convicção, porém, pouco a pouco, eis porque nos servimos, quase sempre, de suas palavras e damos a impressão de partilhar de suas idéias, a fim de que ele não se ofusque de súbito e deixe de se instruir conosco. (Destaque nosso).
Então, o texto citado afirma que Allan Kardec recomenda:
Primeiro: nos servimos… de suas palavras…
Segundo: damos a impressão de partilhar de suas idéias…
Com que propósito? a fim de que ele não se ofusque de súbito e deixe de se instruir conosco…
Assim, para atingir seu objetivo, o espiritismo elogia Jesus Cristo dizendo:
Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e de modelo? “Jesus”
Em seguida, segue-se uma declaração de Allan Kardec, nos seguintes termos:
Jesus é para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar a humanidade na terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele estava animado pelo Espírito divino e foi o ser mais puro que já apareceu na terra. (Destaque nosso).
Qual o cristão que não concordaria com essas declarações sobre Jesus e seus ensinos? Encontramos aprovação bíblica para essas declarações em Hebreus 7.26; Mateus 3.16-17.
Mas, logo em seguida, coloca na boca dos espíritos as seguintes palavras que contradizem a posição antes adotada com relação à pessoa e aos ensinos de Jesus.
Se Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, que utilidade têm os ensinamentos dos espíritos? Poderão eles ensinar alguma coisa além do que ensinou Jesus?
Os ensinamentos de Jesus eram freqüentemente alegóricos e na forma de parábolas, dado que ele falava de acordo com a época e os lugares. Hoje, é preciso que a verdade seja inteligível para todos, razão por que é preciso explicar e desenvolver esses ensinamentos, tão poucos são os que os compreendem e ainda menos os que o praticam. Consiste nossa missão em abrir os olhos e os ouvidos a todos, para confundir os orgulhosos e desmascarar os hipócritas, esses que exteriormente se revestem das aparências da virtude e da religião para melhor ocultarem suas torpezas (“O Livro dos Espíritos, p 172, Obras Completas, Editora Opus, 2ª edição especial).
Com essa explicação dada pelos espíritos, Kardec se vê com o direito de remover da Bíblia tudo quanto a Bíblia mesma diga contra as práticas e ensinos do espiritismo. O que for contra o espiritismo pode-se alegar, com muita propriedade, que fazia parte dos ensinos parabólicos ou alegóricos de Jesus.
Enquanto os espíritas se baseiam no ensino dos espíritos, os cristãos se baseiam na Bíblia Sagrada.
Um eminente espírita assim se pronuncia sobre a Bíblia:
Nem a Bíblia prova coisa nenhuma, nem temos a Bíblia como probante. Não rodopia junto à Bíblia. Mas a nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome espiritismo. A Bíblia não pode ser razão de peso contra o ensino dos espíritos (“À Margem do Espiritismo”, pp. 214, 227, Carlos Embassahy).
Allan Kardec opina sobre a Bíblia afirmando: Todos os escritos posteriores, sem excetuar os de São Paulo, são nem podem deixar de ser, apenas comentários ou apreciações, reflexos de opiniões pessoais, muitas vezes contraditórias, que não poderiam, em caso algum, ter a autoridade de um relato dos que haviam recebido as instruções diretamente do Mestre (“Obras Póstumas”, p. 1170. Opus Editora Ltda., 2ª edição especial, 1985). E nós? Temos a Bíblia como regra de fé e conduta para a vida e o caráter do cristão (1 Ts 2.13; 2 Tm 3.15-17; 2 Pe 1.20-21). Negam eles as demais doutrinas cristãs, principalmente nossa redenção por Cristo. O credo espírita é negativista em face das doutrinas cristãs, pois nega a ressurreição corporal de Jesus e da humanidade, nega os milagres de Jesus, nega a Trindade, nega a deidade absoluta de Jesus, nega a Personalidade do Espírito Santo, nega a existência dos anjos, nega a existência do diabo e dos demônios, nega a existência do céu e do inferno, nega o pecado original, nega a unicidade da vida terrestre. Poderiam, realmente, os espíritas ser classificados como cristãos? A resposta é óbvia: não!
Pense nisso…
Extraído do ICP em 18/07/2013
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