sábado, 24 de novembro de 2018

0 Sumário geral dos eventos escatológicos





O estudo comparativo dos livros de Daniel, Apocalipse, 1 e 2 Tessalonicenses, 2 Pedro, Zacarias, Joel e capítulos de livros, como 24 e 25 de São Mateus; 38 e 39 de Ezequiel, permite-nos organizar um sumário geral cronológico dos eventos que estão para acontecer, a partir do rapto da Igreja para o Céu.
Não se pode ser dogmático nesse assunto, como donos exclusivos da verdade. Muitas passagens escatológicas são de difícil harmonia e interpretação, mesmo para os mais abalizados no assunto.
É evidente, pois, que o calendário profético como estudo aqui apresentado, não é nada final, nem completo no campo escatológico, pelas razões acima expostas. Maiores estudos e maior iluminação do Espírito através da palavra profética, adicionarão novos detalhes, que enriquecerão tal conhecimento. Vejamos a seguir um sumário dos eventos escatológicos, qual calendário da profecia.
O rapto da Igreja. Também chamado Consiste dos santos ressuscitados e dos vivos transformados, todos trasladados para o Céu por Jesus. O Arrebatamento terá lugar nos céus, nas nuvens (1Co. 15.51-52; 1Ts. 4.14-16).
Julgamento da Igreja no Tribunal de Cristo, para galardão. Uma evidência disso, a esta altura dos acontecimentos, é que o “linho fino”, das vestes da Igreja, são “os atos de justiça” dos santos (Ap. 19.7-8) – resultados do julgamento no Tribunal de Cristo.
As Bodas do Cordeiro (Ap. 19.7-9). As bodas ocorrerão entre o Arrebatamento e a revelação pessoal de Jesus em glória. Uma evidência disso é que, ao descer o Senhor, as bodas já ocorreram, como se vê, comparando Apocalipse 19.7-9 com 19.11-14. Assim, enquanto os juízos divinos caem sobre a terra, durante a Grande Tribulação haverá festa no Céu.
Retirada daquele que restringe o pecado. Trata-se da pessoa do Espírito Santo. O pecado e seus males terão então livre curso. Esse afastamento do Espírito Santo é quanto à ação do pecado. A sua operação na salvação dos pecadores é evidente que continua, como se vê em Apocalipse (ler 2Tessalonicenses 2.3-10).
Surgimento do Anticristo no cenário mundial (Ap. 13.1-2). O início da carreira do Anticristo será algo insignificante. É denominado chifre pequeno em Daniel 7.8. Mas logo depois, numa demonstração de força, ele derrubará três reis, isto é, ocupará três países (Dn. 7.24). E prosseguirá na escalada do poder, tornando-se governante de uma confederação de dez países (Dn. 7.24; Ap. 17.12).
Surgimento do Falso Profeta. O Anticristo (a mesma Besta de Apocalipse 13.1-8) será um líder político; um ditador mundial. O Falso Profeta será seu ministro de cultos, que estará à frente da igreja mundial de Satanás (Ap. 13.11-16).
O pacto de 7 anos do Anticristo com Israel. Israel será então uma nação forte a ponto do Anticristo fazer um pacto com ela. A princípio, Israel gozará de imunidades, reconstruirá seu templo e reiniciará a prática dos sacrifícios (Dn. 9.27). Após os primeiros três anos e meio o Anticristo anulará o pacto feito e começará a perseguir os judeus.
Os juízos do Céu sob os sete selos de Apocalipse 6. À essa altura dos acontecimentos, a terra estará sendo atingida em cheio pelos juízos divinos sob os sete selos do capítulo 6 de Apocalipse.
1º selo. O Anticristo e seu falso milênio, através de uma paz e um progresso ilusório (Ap 6.2). Ele se apresentará como o salvador do mundo.
2º selo. Guerra através da terra e muito sangue derramado, à medida que o Anticristo galga o poder sobre as nações (Ap. 6.4).
3º selo. Fome mundial sem precedentes, resultante da guerra e suas consequências (Ap. 6.5-6).
4º selo. Um quarto da população da terra é eliminado por fome, peste e guerra (Ap. 6.8).
5º selo. Mártires e mais mártires nesse tempo (Ap. 6.9-11).
6º selo. Catástrofes físicas nos céus e na terra. Um grande terremoto fará a terra tremer. Fumaça e cinza escurecerão o sol (Jl. 12.30-31; Ap. 6.12-13). Deus será visto no seu trono de juízo, o que apavorará os ímpios (Ap. 6.14-17). Fim dos primeiros três anos e meio de Tribulação.
7º selo. Acha-se no capítulo 8.1-5 de Apocalipse. Está ligado a novas catástrofes na terra e comoções nos céus.
As duas testemunhas e sua missão nos primeiros três anos e meio. Isso ocorrera nos primeiros três anos e meio de pacto do Anticristo com Israel (Ap. 11.3-12).
000 judeus salvos em Israel. Salvos dentre as 12 tribos para testemunharem na terra. Mais tarde eles aparecem no Céu, triunfantes (Ap. 14.1-5).
O Anticristo continua a se fortalecer à frente do bloco de dez nações.
O bloco de nações do Norte – “Gogue e Magogue” (a Rússia) também continuará com suas provocações e desafios, logrando adesões do bloco árabe.
A igreja falsa mundial continuará se projetando, com a união de todas as religiões.
A pregação do evangelho do reino. Será pregado em toda parte pelos judeus salvos (Mt. 24.14).
Gogue e Magogue invadem Israel. Noutras pala­vras: a Rússia e seus aliados invadem Israel, mas são destruídos sobrenaturalmente por Deus (Ez. capítulos 38 e 39). Hoje só se fala em conflito Leste-Oeste; então será Norte- Sul (Dn. 11.40).
O Anticristo romperá seu acordo com Israel e começará a persegui-lo. Ele colocará uma imagem sua no templo dos judeus e exigirá adoração. Talvez seja nesse tempo que ele será mortalmente ferido e logo a seguir curado pelo poder satânico (Ap. 13.3). Ele estabelecerá seu palácio em Jerusalém (Dn. 11.45).
A igreja falsa mundial que predominou na terra sob a égide do Anticristo, por três anos e meio, será destruída pelos dez países sob a chefia do próprio Anticristo (Ap. 17.16-18). Em seu lugar surgirá imediatamente a adoração compulsória da Besta, promovida pelo líder religioso denominado Falso Profeta. O termo Falso Profeta implica religião (Ap. 13.8,11-17).
Uma vez destruída a super-igreja falsa, na metade da Tribulação, o único culto permitido será o da adoração da Besta (Ap. 13.8). Computadores cada vez mais sofisticados controlarão a população da terra, de modo que quem não adotar a nova religião não possa comprar nem vender, seja para sustento da família, seja para comerciar.
As duas testemunhas serão mortas no início desse período, mas ressuscitarão à vista de todos e ascenderão ao Céu.
Talvez nesse tempo os 144.000 judeus serão martirizados, como dá a entender Apocalipse 14. De igual modo serão martirizados os gentios que professarem sua fé em Cristo.
Mais juízos sobre a terra sob as sete
1ª trombeta. Saraiva, fogo e sangue sobre a terra. Um terço da vegetação destruída (Ap. 8.7).
2ª trombeta. Algo como uma grande montanha cai no mar. Um terço da vida marinha e das embarcações são destruídas (Ap. 8.8-9).
3a trombeta. Rios e fontes de água contaminados. Um terço de toda a água da terra poluída (Ap. 8.10-11). Isso certamente contribuirá para a posterior secagem do Eufrates em Apocalipse 16.12.
4ª trombeta. Escuridão na terra. Desaparece um terço do brilho do sol, lua e estrelas (Ap. 8.12).
5a trombeta. A invasão da terra por demônios em forma de gafanhotos gigantes. Os habitantes da terra são atormentados por cinco meses. Apenas 144.000 são poupados (Ap. 9.1-11).
6a trombeta. Uma horda de cavalos e cavaleiros infernais, isto é, seres infernais invadem a terra, comandados por quatro anjos decaídos que estavam presos junto ao rio Eufrates. João diz que o número deles era de 200 milhões (literalmente, no original). Morre um terço da população da terra (Ap. 9.13-21).
7a trombeta. Esta introduz os últimos e os piores juízos de Deus sobre o reino do Anticristo, sob as sete taças.
Uma grande multidão de israelitas fieis fugirá para os montes do deserto de Edom, no Sul de Israel, onde estarão protegidos de destruição (Mt. 24.16; Ap. 12.6). Elias protegido aí, no passado, pode ter sido figura desse episódio.
Os últimos juízos divinos sobre o mundo. São as sete taças da ira divina, descritas em Apocalipse, capítulos 15 e 16. São flagelos e catástrofes em escala mundial e de efeitos destruidores jamais conhecidos.
1a taça. Chagas malignas sobre os adoradores da Besta (Ap. 16.2).
2a taça. O mar inteiro contaminado e tornado em sangue (Ap. 16.3). A vida marinha desaparece.
3a taça. Rios e fontes de água doce contaminados (Ap. 16.4). Este juízo decorre do derramamento de sangue pelo homem, através dos milênios.
4a taça. O aumento de temperatura do sol, queimando os homens (Ap. 16.8-9). Este castigo resulta em blasfêmia das massas, em vez de arrependimento.
5a taça. Trevas reais envolvem o reino do Anticristo (Ap. 16.10-11). Este juízo acarretará problemas imprevisíveis na administração do Anticristo, seu reinado e seus negócios. Mais blasfêmias em massa, da humanidade, em vez de arrependimento.
6ª taça. O rio Eufrates seca, assinalando os fatos iniciais da Batalha de Armagedom. Essa secagem agilizará o avanço dos exércitos do Oriente, na sua marcha para Israel. Espíritos demoníacos incitarão as nações, que pela instrumentalidade de Satanás, concentrarão seus exércitos em Israel. A essa altura, todos já estão plenamente conscientizados de que o Senhor está para descer. Os estrategistas concluirão que o poderio combinado dos exércitos do mundo inteiro destruirá Israel e o próprio Deus. A loucura do homem, causada pelos demônios, os levará a esse ponto. Seu alvo principal é Jerusalém. O grosso das tropas ficará em Armagedom, ao norte de Israel (Ap. 16.14-16), e parte também em Edom, ao sul (Is. 34.5-8; 63.1-6).
7a taça. Um terremoto mundial convulsionará violentamente toda a terra, anunciando o fim do mundo (Ap. 16.17-21). Espetaculares mudanças ocorrerão na superfície da terra, destruindo cidades, abaixando montanhas, elevando planícies e alterando todo o contorno dos mares.
A quase destruição de Israel. Os judeus lutarão desesperadamente. Será grande o morticínio em Israel (Zc. 13.8). A capital (Jerusalém) será tomada, com requintes de perversidade, vandalismo e abuso contra a população, especialmente mulheres (Zc. 14.2). Quando não houver mais esperança de salvação para os judeus, eles clamarão a Deus (Is. 64.1-12), e nesse momento Jesus descerá visivelmente com seus santos. Todos verão isso (Ap. 1.7; Jd v. 14). A presença e a palavra da boca do Senhor eliminarão num instante os exércitos do Anticristo (2Ts 2.7; Ap. 19.11-21).
Eventos geofísicos. No momento em que Jesus tocar o Monte das Oliveiras, este se dividirá ao meio, produzindo um grande vale (Zc. 14.4). Certamente toda área de Jerusalém e cercanias se tornarão em planície, ficando Jerusalém num planalto, uma vez que da fonte que brotar em Jerusalém, águas correrão para o Mar Morto e o Mar Mediterrâneo igualmente (Ez. 47.8-12). O Mar Morto onde atualmente não há vida, será um viveiro de peixes.
Julgamento das nações Os que escaparam da Tribulação serão agora julgados. A base do julgamento será a maneira como as nações trataram os “irmãos de Jesus” (os judeus). Nações serão poupadas e ingressarão no Milênio. Nações serão destruídas ali mesmo, isto é, seus habitantes serão eliminados (Mt. 25.21-46).
O final da carreira do Anticristo e do Falso Profeta. Serão imediatamente lançados no lago de fogo e enxofre, após a descida de Jesus à terra.
O remanescente judaico que escapar de Armagedom. Dois terços dos judeus morrerão na investida destruidora das forças do Anticristo. Um terço remanescente se arrependerá aceitando Jesus como o seu Messias (Zc. 13.8-9; 12.10). Esse remanescente constituirá o núcleo dos “filhos de Abraão”, que ingressarão no Milênio em seus corpos mortais, iniciando o reino milenar do Messias, gerarão filhos carentes de salvação, uma vez que a salvação não é transmissível.
Satanás aprisionado. O agente divino para isso certamente será o arcanjo Miguel (Ap. 20.1-3). E o epílogo do ato por ele iniciado em Apocalipse 12.7-12.
O reino milenar de Cristo (Ap. 20.4-6). O Milênio será o glorioso reinado de Cristo na terra por mil anos, prevalecendo a justiça e a paz. Ingressarão no Milênio as nações que forem poupadas no Julgamento das Nações, bem como os judeus que escaparem da campanha do Armagedom (Zc. 13.8).
O final da carreira de Satanás (Ap. 20.7-10). Sua carreira nefanda termina ai, após um rastro de muitos milênios de males de toda espécie perpetrados contra a humanidade.
O Juízo Final (Ap.11-15). Todos os mortos ímpios ressuscitarão aqui, e serão julgados conforme suas obras e enviados para o seu destino eterno: o lago de fogo e enxofre. Nessa ocasião, a Morte também encerrará sua missão (Ap. 20.14).
Novos céus e nova terra. (Ap. 21 e 22). Aqui, o pecado terminou o seu curso. Os salvos já estarão glorificados. Os perdidos estarão no seu lugar – o Inferno. Céus e terra serão renovados. Tornar-se-ão como eram no princípio – sem pecado e mal.
Então, Deus será tudo em todos (1Co 15.28). Para sempre continuará o eterno e perfeito estado.
Concluindo este ligeiro estudo de Escatologia Bíblica, o autor deste livro diz para si mesmo o que disse o patriarca Jó, no passado: “Porventura desvendarás os arcanos de Deus, ou penetrarás até a perfeição do Todo-poderoso? Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás fazer? Mais profunda é ela do que o abismo; que poderás saber?” (Jó 11.7-8).
Isto significa que este tratado que o leitor tem em mãos é simplesmente uma minúscula parcela do grandioso assunto em apreço.
Diante de tudo o que acabamos de estudar neste livro, vêm-nos à mente as últimas palavras da noiva, em Cantares de Salomão 8.4: “Vem depressa, amado meu!” e, do mesmo modo as últimas palavras do Noivo Celestial, à sua eleita, em Apocalipse 22.20: “Certamente venho sem demora”.
Ao nosso grande e eterno Deus, infinitamente amoroso, sábio e poderoso, seja toda glória, agora e no dia da eternidade! Amém!
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Pr. Antonio Gilberto

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