O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que
serão governados pelos que se interessam (Arnold Toynbee)
INTRODUÇÃO – O
direito ao voto é assegurado a todo o cidadão brasileiro, tanto na Constituição
de 1988, quanto nas demais leis que tratam desse assunto. Assegura-se ao povo o
poder de escolher seus governantes (esfera Municipal, Estadual e Federal) e de
ser governado por eles.
Não podemos e não devemos negligenciar esse direito/dever sob a desculpa
de que a política está corrompida ou que não se pode encontrar “um político”
digno do nosso voto de confiança. Embora eu reconheça que a tarefa de encontrar
um político “honesto” hoje em dia, requer uma busca minuciosa a base de lupa ou
qualquer aparelho que nos permita ver as minúcias e ler nas entrelinhas; no
entanto essa responsabilidade é nossa e se a negligenciarmos corremos o grande
risco de entregar o Município, Estado e País nas mãos de políticos
inescrupulosos, cujo único objetivo é lucrar à custa do nosso povo.
Nesse contexto de leis, tratados, eleições etc. está a Igreja do Senhor
Jesus. Igreja que hoje conta com um percentual de quase 43% da população
brasileira. É um número vultuoso e não podemos nos dar ao luxo de cruzar os
braços e dizer: QUE DEUS ESCOLHA NOSSOS GOVERNANTES, pois ele não o fará.
Embora abençoando aqueles que nós escolhemos e investindo-os de poder para
exercer governo, Deus não faz a escolha direta de governantes de uma nação
“livre” e os coloca no poder. Essa escolha ele delegou a nós e esse
direito/dever a lei nos faculta.
CRISTÃOS
NA POLÍTICA
Não sou contra o cristão entrar na disputa política, pois ele também é
cidadão brasileiro amparado pelas mesmas leis, portanto detentor desse mesmo
direito. Quero porém fazer algumas ressalvas que considero de suma importância
no que tange ao “cristão e a política”.
1.
A Igreja (CORPO DE CRISTO) deve se abster da participação ativa na
política – A Igreja esta aqui na terra para pregar o Evangelho, ser sal e luz
para este mundo e aguardar a volta de Jesus para busca-la e não para
envolver-se em política.
A História nos alerta peremptoriamente sobre o perigoso envolvimento da
Igreja diretamente na política partidária. Haja vista o que aconteceu com a
Igreja Católica no século III D.C. quando se uniu ao Império Romano (falsa
conversão de Constantino). Todos sabem que a partir dessa junção ouve uma
verdadeira derrocada da Igreja do Senhor, ou seja, ela corrompeu-se totalmente
a ponto de Deus precisar reformá-la.
Outro fato que não está tão distante de nós é o exemplo dos Estados
Unidos, onde a Igreja anda lado a lado com a política e todos sabem que a
situação espiritual e doutrinária da Igreja norte americana não é das melhores.
Esse mesmo mal está acontecendo no Brasil atualmente. Nossas lideranças
estão simplesmente politizando a Igreja e transformando templos em currais
eleitorais, vendendo assim seus membros e correndo o risco de atrair sobre si a
IRA DO DEUS TODO PODEROSO.
2.
Ninguém entre na politica dizendo: “estou entrando para defender a
Igreja” – Pois apesar de deputados e senadores ajudar a combater leis injustas
e anticristãs quem defende a Igreja é JESUS CRISTO e não homem algum.
Estamos em dois mil anos de cristianismo e nesses 20 séculos a Igreja
nunca precisou de defensor humano, pois aquele que a criou disse: “... edificarei
a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus
16.18b).
3.
O Ministro não pode participar da política e ministério ao mesmo tempo –
É a minha opinião que aquele que for eleito a qualquer cargo eletivo não pode
continuar como ministro do Evangelho ou pastor de igreja.
Sob o risco de não misturar a vida política com as funções ministeriais e
acabar corrompendo e escandalizando a obra de Deus. Aquele que eleito deve
deixar a vida ministerial pelo tempo que durar o mandato. Conciliar as duas
coisas tem se mostrado nocivo a Igreja, devido aos milhares de escândalos envolvendo
líderes da Obra de Deus no Brasil.
VOTAR
NUM CRISTÃO PODE?
Claro que pode. E acho que preferencialmente devemos votar num candidato
cristão, mas não unicamente pelo fato dele “ser cristão”.
Quando vamos às urnas votar, não vamos escolher um Pastor, mas um
representante político que vai lutar pela melhoria de vida do “povo brasileiro”,
em geral, e não apenas da Igreja.
Jamais votarei em um irmão (seja ele quem for) somente pelo fato de ser
irmão. Não aceito o que chamo de “voto de cabresto”, que é aquele voto onde o
pastor obriga os membros a votar em determinado candidato porque o ministério o
apoia.
Se um irmão quer se candidatar a cargo eletivo e almeja o meu voto ele
deve estar disposto a preencher alguns requisitos, caso contrário, jamais o
terá. E quais são?
1.
Quero saber o que pensa esse “irmão/candidato” acerca de assuntos como: Casamento
Homossexual, Aborto, Pesquisa com células tronco embrionárias, ideologia de
gênero e interferência estatal na educação dos lares.
2. Quero
conhecer o seu plano de governo – o que ele pretende propor para resolver os
gravíssimos problemas que assolam o provo brasileiro (alta carga tributária, falência
da educação, saúde e segurança pública etc.).
3.
Quais os meios que posso encontrá-lo (pós-eleição) para cobrar o que se
comprometeu durante a campanha.
Se um irmão em cristo (candidato) preencher essas lacunas pra mim é um
ótimo candidato e por certo, merecedor de meu voto de confiança. Pois já chega
de “parasitas” que estão lá no poder há quatro, oito, doze e até vinte anos
comendo do dinheiro público, sem fazer absolutamente nada pelo povo brasileiro.
CONCLUSÃO – As eleições
estão às portas e brevemente estaremos sendo abordados por uma leva de
candidatos em busca do nosso voto. CUIDADO! Analise com calma em quem você vai
votar, pois da sua e da minha decisão depende o futuro do Brasil. Não se deixe
enganar pelo falso discurso de que devemos votar porque ele é crente, nem se
deixe intimidar pela sua liderança com o falso discurso de que devemos votar
porque o ministério apoia determinado candidato. Vote em quem você estudou,
perguntou, analisou, orou e chegou à conclusão que merece seu voto de
confiança.
Boa semana a
todos,
Vosso conservo em Cristo,
João
Augusto de Oliveira.
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