quinta-feira, 24 de agosto de 2017

1 Jesus voltou de maneira invisível em 1914?



MATEUS 24.3 – ESTE VERSÍCULO DÁ SUPORTE À IDEIA QUE JESUS VOLTOU DE MANEIRA INVISÍVEL EM 1914?

O verso fala do “sinal da tua vinda” referindo-se à segunda vinda de Cristo. Na Tradução do Novo Mundo (das TJs), está escrito “o sinal da tua presença”. As TJs utilizam essa tradução distorcida para sustentar a visão de que Jesus retornou de forma invisível em 1914, e tem estado espiritualmente presente na terra desde então, mas os olhos do nosso entendimento não estão abertos para enxergar esse fato.

RESPOSTA APOLOGÉTICA: O termo grego parousia pode significar “presença”, mas com frequência significa “presença física”, “chegando ao lugar” e “chegando fisicamente”. Na versão ACF da Bíblia parousia foi traduzida 22 vezes por vinda e 2 vezes por presença. Por exemplo, em IICo. 7.6 “a vinda de Tito”; em Fp. 2.12 “na minha presença”. Esse termo é utilizado com o mesmo sentido de “vinda física” em Mateus 24.3. Jesus virá fisicamente, com um corpo, e de forma visível em sua segunda vinda (At. 1.11).

Esse termo parousia também está de acordo com outros termos gregos que são utilizados para descrever a segunda vinda de Jesus. O termo epiphaneia significa “aparecer” e Paulo usou em Tito 2.13. É interessante que a primeira vinda de Cristo, num corpo físico visível, foi referida como epiphaneia (IITm. 1.10).

Uma “presença invisível” é sempre difícil de ser contestada. É algo semelhante a um amigo que lhe diz receber a visita de um parente morto, que vem confortá-lo frequentemente, mas o faz invisivelmente, e procura convencê-lo de que isto é real. A “presença invisível” é um conceito que permitiu aos Adventistas associados com N. H. Barbour[1] afirmar que eles, apesar de tudo, tinham uma data correta para a presença de Cristo em 1874, mas um conceito errado, pois esperavam Cristo voltar corporalmente, quando Ele deveria fazê-lo em espírito, invisivelmente. Essa explicação foi também aceita e adotada por C. T. Russell. Não pode ser negado, porém, que a segunda vinda de Cristo é entendida como a “visita de um governador”, que é o vocábulo ou termo técnico da palavra grega parousia. Assim, Cristo voltará novamente (Jo. 14.2-3); aparecerá segunda vez (Hb. 9.28); manifestar-se-á (Cl. 3.4; IPe. 5.4; IJo. 2.28); virá como Rei dos reis (Ap. 19.11-16).

[1] Nelson Horatio Barbour foi um influente escritor e editor religioso ligado ao movimento adventista e posteriormente a Charles T. Russel, fundador da seita das Testemunhas de Jeová.

Extraído da apostila: O Mito do Ano 1914, Pr. Natanael Rinaldi


sexta-feira, 4 de agosto de 2017

0 REFLEXÃO BÍBLICA – Apologia ou discussões inúteis?






Fique longe das discussões tolas e sem valor, pois você sabe que elas sempre acabam em brigas (2 Timóteo 2.23 / NTLH)

Evite as controvérsias tolas e fúteis, pois você sabe que acabam em brigas (2 Timóteo 2.23 / NVI)

E rejeita as questões insensatas e improdutivas, sabendo que geram apenas discussões (Timóteo 2.23 / KJV).

Discussão - Desentendimento; ação de defender uma opinião contrária à outra. Debate; conversa polêmica em que cada pessoa é responsável por defender seu ponto de vista: discussão em sala de aula. Análise detalhada feita de modo a demonstrar os prós e os contras de um assunto, um problema, uma teoria, uma questão etc.: problemas em discussão. Ação ou efeito de discutir, de examinar, de contestar. (Dicionário On-Line / https://www.dicio.com.br/discussao/)

INTRODUÇÃO – Normalmente gostamos de defender nossos pontos de vista bíblicos (teológicos) contra os pontos de vista alheios e eu não quero aqui dizer que isso é errado, pois afinal a própria Bíblia exorta-nos a fazer “apologia” da nossa fé diante dos ataques sectários de adeptos de seitas demoníacas.

Porém devemos fazer isso com amor, humildade e acima de tudo com um claro objetivo: levar os discordantes ao conhecimento claro e inequívoco de Cristo e da Salvação oferecida no calvário. Quero dizer que nossa apologia deve ser feita pelas razões e motivações corretas, caso contrário, melhor é ficarmos calados.

APOLOGIA OU DISCUSSÕES INUTEIS? Todo mundo ultimamente é apologista. Esse é o triste quadro que se pinta diante de nós, contudo muitos desses não passam de tagarelas, provocadores de contendas e discussões inúteis. O pior é que muitas dessas discussões são orquestradas por assuntos totalmente triviais.

Já vi irmãos em Cristo, bons crentes, discutindo sobre assuntos tão irrelevantes que confesso,  dei gargalhadas (às escondidas, é claro) do assunto em pauta. E esses irmãos estavam quase a ir as vias de fato por causa de assuntos tão sem importância. Quando fazemos isso na verdade estamos dando lugar ao Diabo para maldizer a nossa vida (e automaticamente a Igreja) por causa da nossa carnalidade.

Se o assunto discutido é “ponto essencial da Doutrina Cristã” ´- Claro que devemos defendê-lo a qualquer custo, mas com mansidão e temor (1Pedro 3.15). Pois o nosso objetivo não é simplesmente ganhar um “debate teológico”, senão, ganhar uma alma duvidosa para Cristo, esclarecendo-lhe o verdadeiro caminho a seguir.

Tristemente tenho observado que nestes últimos dias as pessoas querem debater acerca de tudo o que diz respeito à Bíblia e a Teologia, mas poucos estão realmente interessados em obedecer a Palavra de Deus. 

Discutem, debatem, rebatem unicamente com o objetivo que ganhar a peita, mas não têm em mente a Glória de Cristo e a salvação de uma alma. ISTO ESTÁ ERRADO!

CONCLUSÃO - Acredito que a maior apologia que podemos e devemos fazer a este mundo perdido está exatamente no “viver o verdadeiro Evangelho”. De nada adianta apresentar razões teológicas, sociológicas, jurídicas, filosóficas etc. para convencer o contraditor. Se não damos ao mundo um testemunho de verdadeiro crente (vivendo de forma a não dar escândalo algum ao Evangelho que defendemos) não passamos de hipócritas e seremos tão rejeitados pelo Senhor como os hereges a quem estamos tentando convencer.

Pense nisso,

                      João Augusto de Oliveira

 

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