terça-feira, 14 de maio de 2013

0 2º Trim. 2013 - Lição 7 - O divórcio




PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2013
A FAMÍLIA CRISTÃ NO SÉCULO XXI: Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
COMENTARISTA: ELINALDO RENOVATO DE LIMA
COMENTÁRIOS - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

                                                                                          

LIÇÃO Nº 7 – O DIVÓRCIO
                                   O divórcio foi um tema que, desde o tempo da lei de Moisés, tem despertado muitas discussões no meio do povo de Deus. Entretanto, o cristão não tem motivos para se embaraçar com este assunto, que foi claramente tratado por Jesus. Embora não seja desejado por Deus, há situações em que a Bíblia autoriza o divórcio, exatamente porque acima da relação familiar está a necessidade de mantermos nossa comunhão com o Senhor.

INTRODUÇÃO
- Vivemos num país cuja formação cultural está intimamente relacionada com a Igreja Católica Apostólica Romana, que, inclusive, foi a religião oficial até 15 de novembro de 1889. Uma das maiores influências da Igreja Romana em nossa cultura foi a do dogma da indissolubilidade do casamento, dogma este que está em desacordo com a Bíblia Sagrada e que tanta confusão lançou sobre a compreensão do tema divórcio no meio do povo de Deus.
- Embora tenha sido uma instituição criada pelo próprio Deus, o casamento não é um sacramento, como consideram os católicos, os ortodoxos e até os anglicanos, e, portanto, não é algo que jamais pode ser dissolvido. Jesus indicou situação em que pode haver a dissolução do casamento além da morte, como defendem os teólogos das religiões mencionadas. No tratamento deste assunto, portanto, tem o cristão sincero e verdadeiro de se despir dos dados culturais e tradicionais, passados de geração a geração como verdades absolutas, e se definir única e exclusivamente pelo que ensina a Bíblia Sagrada.
OBS:  A doutrina católica se baseia muito na figura dos sacramentos, que seriam ritos instituídos por Cristo ou pela Igreja, como sinais externos ou visíveis de uma graça interna ou espiritual. Assim, são rituais que, em si mesmos, demonstram a ação da graça de Deus e, portanto, são a própria manifestação divina, razão pela qual são indissolúveis, não podem ser desfeitos pela vontade humana. Dentre os sacramentos, os católicos elencam o matrimônio. Assim, a celebração de um casamento, segundo o ritual estabelecido pela Igreja Romana, é a própria manifestação divina que une o homem e a mulher e, portanto, a vontade humana jamais poderia desfazer esta união. É por isso que o católico não aceita o divórcio, que seria o desfazer da união entre homem e mulher pela vontade dos cônjuges. Toda a doutrina dos sacramentos não tem qualquer amparo bíblico, até porque se anula o livre-arbítrio, que Deus jamais anulou. Este, sim, foi dado por Deus ao homem e o que Deus dá é sem arrependimento (Rm.11:29). Se o homem pode  rejeitar a salvação, bem maior que o casamento, porque estaria impedido, por um ritual da Igreja, criado por homens, impedido de rejeitar um casamento ?
I - CASAMENTO, UMA INSTITUIÇÃO DIVINA
-  Temos visto, neste trimestre, que a família é uma instituição divina, já que quem a criou foi o próprio Deus, pois, sem a família, o homem não poderia cumprir aquilo que lhe foi exigido pelo Criador, qual seja, o domínio sobre a face da Terra, algo que somente se poderia dar com a reprodução da espécie e a complementaridade entre homem e mulher. Vimos, também, que o casamento, entendido este como a forma pela qual, numa determinada sociedade, um homem e uma mulher demonstram, de forma inequívoca para os demais seres humanos, que “deixaram” seus pais e se “uniram numa só carne”, é a única forma biblicamente correta para a constituição de uma família.
- Dentro deste pensamento, portanto, não podemos deixar de reconhecer que o casamento, tanto quanto a família, é uma instituição divina, ou seja, algo que também foi criado por Deus. Aliás, mesmo entre os pagãos, já havia a percepção de que o casamento abrangia algo mais do que um liame puramente material, tanto que o jurista romano Modestino conceituava o casamento, antes mesmo do surgimento de nosso Senhor, como “a união divina e humana entre um homem e uma mulher”. Tanto assim é que é imperioso que o casamento se dê debaixo da direção divina e que fiéis não se casem com infiéis.



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