O que dizem as fontes históricas relacionadas ao cristianismo
A Didaché “Mas a cada DIA do SENHOR…ajuntai-vos e partilhai do pão, e fazei vossas ações de graça após ter confessado vossas transgressões, para que o vosso sacrifício possa ser puro. Todavia não deixai ninguém que está em divergência com seu amigo agregar-se a vós, até que eles estejam reconciliados, para que o vosso sacrifício não possa ser profanado” (Didaché 14:1, Padres Ante-Niceianos Vol. 7, pg. 381)
Vejamos o que Inácio de Antioquia que foi discípulo do apóstolo João disse acerca do sábado, e qual é o dia do Senhor segundo o que aprendeu com seu professor e apóstolo:
107 AD Inácio: Não vos enganeis com doutrinas estranhas, nem com velhas fábulas, as quais não trazem nenhum proveito. Pois se nós vivêssemos ainda de acordo com a lei Judaica, nós reconheceríamos que não teríamos recebido a graça…Se, portanto, aqueles que foram trazidos da antiga ordem das coisas vieram à possessão de uma nova esperança, não mais observando o Sabbath (Sábado judaico), mas vivendo na observância do Dia do Senhor, na qual também nossa vida brotou novamente por Ele e por intermédio de Sua morte (Que alguns negam), por tal mistério nós recebemos fé, e contanto que soframos a fim de que nós possamos ser achados discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre, como seríamos capazes de viver apartados dele por quem até mesmo os profetas estão procurando como seu Mestre uma vez que estes são seus discípulos no espírito? …Que todo amigo de Cristo guarde o Dia do Senhor como um festival, um dia de ressurreição, a coroa e chefe de todos os dias da semana. É um absurdo falar de Jesus Cristo com a língua , e fomentar na mente um Judaísmo que tem agora chegado a um fim, pois onde houver Cristianismo não pode haver Judaísmo…Estas coisas eu envio a vós, meus amados, não que eu saiba que algum de vós esteja em tal estado; mas desejo de antemão vos resguardar, antes que qualquer dentre vós caia nos anzóis de vãs doutrinas, mas para que possais melhor apegai-vos a uma completa certeza em Cristo…(Inácio, Epístola aos Magnesianos, capítulo 9. Padres Ante-Niceianos, Vol. 1, pg.62-63)
“No alvorecer do dia do Senhor, Ele ressuscitou dos mortos, de acordo com o que foi dito por ele mesmo: “Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem também estará três dias e três noites no coração da terra. “(Inácio aos Trales 9: 2)1
A Epístola de Barnabé:
Um dos documentos mais antigos da Igreja, anterior ao Apocalipse, dizia: “Guardamos o oitavo dia (o domingo) com alegria, o dia em que Jesus levantou-se dos mortos” (Barnabé 15:6-8).
110AD Plínio: eles tinham o hábito de se reunirem num determinado dia fixo antes que clareasse, quando cantavam hinos diversos a Cristo, como para um Deus, se uniam em um solene juramento de não praticar quaisquer atos iníquos, nunca cometerem qualquer tipo de fraude, roubo ou adultério, nunca em prestar um falso testemunho nem em negar uma responsabilidade quando fossem eles chamados para tal; após o que era costume deles se separarem e então se reunirem novamente para participar de uma boa refeição – mas comida de tipo frugal e inocente.
Em meados do século II, encontra-se o famoso depoimento de S. Jusitino, escrito entre 153 e 155: “No dia dito do sol, todos aqueles dos nossos que habitam as cidades ou os campos, se reunam num mesmo lugar. Lêem-se as memórias dos apóstolos e os escritos dos profetas… Quando a oração está terminada, são trazidos e vinho e água… Nós nos reunimos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia, aquele em que Deus transformou as trevas e a matéria para criar o mundo, e também porque Jesus Cristo Salvador, ressuscitou dos mortos nesse dia mesmo” (I Apologia 67, 3. 7).
150 AD Justino:…aqueles que tem perseguido e verdadeiramente perseguem a Cristo, se eles não se arrependerem, não deverão herdar nada no monte santo. Mas os Gentios, os quais têm acreditado Nele, e têm-se arrependido dos pecados que cometeram, receberão a herança junto com os patriarcas, profetas e dos homens justos descendentes de Jacó, mesmo que esses não guardem o Sabbath, nem são circuncidados, nem observem as festas. Com toda certeza eles receberão a santa herança de Deus. (Diálogo com Trifo, o Judeu, 150-165 AD, Padres Ante-Niceianos , vol. 1, pg. 207)
São Justino (†165), mártir, escreveu: “Reunimo-nos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia após o Sábado dos judeus, mas também o primeiro dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos“ (Apologia 1,67).
190 AD Clemente de Alexandria: Ele cumpre os mandamentos de acordo com o Evangelho e guarda o “Dia do Senhor”, quase sempre ele lança fora maus pensamentos…glorificando a ressurreição do Senhor nele mesmo. (Ibid. Vii.xii.76.4)
200 AD BARDESANES: Onde quer que estejamos, somos todos chamados segundo o nome dos Cristãos de Cristo. Em um dia, o primeiro da semana, nós nos reunimos em assembléia.
200 AD Tertuliano: “Nós solenizamos o dia posterior ao Sábado em distinção àqueles que chamam a esse dia seu Sabbath” (Apologia de Tertuliano, Cap. 16)
200 AD Tertuliano: Segue de acordo que, da mesma maneira que as abolições da circuncisão carnais e da antiga lei são demonstradas como tendo sido consumadas aos seus específicos tempos, assim também a observância do Sabbath é demonstrada ter sido temporária. (Uma Resposta aos Judeus 4:1, Padres ante-niceianos Vol. 3, pág. 155).
220 AD Orígines: “No Domingo nenhuma das ações do mundo deveriam ser feitas. Quando então, abstenhai-vos de todas as obras deste mundo e mantende-vos livres para as coisas espirituais, ide à Igreja, escutai as leituras e as divinas homilias (antigos discursos), meditai nas coisas celestiais. (Homilías 23 in Número 4, PG 12:749)”.
220 AD Orígines “Uma vez que não é possível que o dia de descanso após o sabbath deveria vir a existir a partir do sétimo dia de nosso Deus. Pelo contrário, é nosso Salvador quem, após o padrão de seu próprio descanso, nos proporcionou a sermos feitos a similitude de sua morte, e daí também de sua ressurreição” (Comentários em João 2:28).
Outro documento, “A Tradição Apostólica de Hipólito de Roma” (ao redor do ano 230), diz em 1.15: “Seja ordenado bispo aquele que, irrepreensível tiver sido eleito por todo o povo. E, quando houver sido chamado pelo nome e aceito por todos, reúna-se o povo juntamente com o presbyterium e os bispos presentes, no domingo”. Não diz para trocar o sábado pelo domingo, mas mostra, de novo, a presença do primeiro dia da semana na vida da Igreja. E num evento tão significativo, como a ordenação ao ministério.
Esta mesma obra diz, em 60.1: “No domingo de manhã, o bispo, se puder, distribuirá a comunhão a todo o povo, com as próprias mãos, partindo os diáconos o pão…”. O testemunho da história é que a Igreja se reunia no domingo, para celebrar o memorial da ceia do Senhor.
O Novo Testamento repete pelo menos:
50 vezes o dever de adorar somente a Deus;
12 vezes a advertência contra a idolatria;
4 vezes para não tomar o nome de Deus em vão;
6 vezes a advertência para não tomar o nome do Senhor em vão;
12 vezes a advertência contra o adultério;
6 vezes a advertência contra o furto;
4 vezes a advertência contra o falso testemunho;
9 vezes a advertência contra a cobiça.
Porém, não há nenhuma advertência ou recomendação para o cristão guardar o sábado judaico cerimonial no Novo Testamento.
Fontes:
1 Bibleworks9
https://afeexplicada.wordpress.com/category/guarda-do-sabado/
http://www.cacp.org.br/os-primeiros-cristaos-guardavam-o-sabado/
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