William MacDonald
Cada crente deve representar o Senhor
Jesus aqui na Terra, devendo ser uma cópia do Salvador e mostrar Cristo ao
mundo. Essa é uma tremenda responsabilidade.
Nós somos membros do corpo de Cristo.
O corpo é o veículo através do qual uma pessoa se exprime. O corpo de Cristo, a
Igreja, é o veículo pelo qual Ele deseja revelar-Se ao mundo.
Assim, uma questão é levantada a cada
um de nós: “Que tipo de imagem de Cristo ofereço ao mundo?” E devemos perguntar
a nós mesmos:
Se a única visão que têm de Cristo
É o que vêem dEle em ti,
Minha alma, o que vêem eles?
É o que vêem dEle em ti,
Minha alma, o que vêem eles?
Deus tem um sobrenome. Ele foi
chamado o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.
Alguém explicou: Deus tem um sobrenome.
Ele foi chamado o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Ele não se sentia
envergonhado de ser o Deus destes homens (Hb 11.16b). Como
é que Deus se sentiria se tivesse o meu nome como o Seu sobrenome?
Charles Swindoll disse:
Quer queiramos quer não, o mundo observa-nos com a
atenção de uma gaivota que espreita um camarão em águas pouco profundas. O
crente... está sob vigilância constante. Este é o nosso problema ocupacional
número um. E quando falamos do nosso Salvador e da vida que Ele nos oferece, tudo
o que dizemos é filtrado através daquilo que os outros observam em nós.
Ferido em casa dos seus amigos
O triste fato é que Cristo tem
sofrido bastante devido às vidas daqueles que professam ser Seus discípulos.
Ele tem sido ferido até na “casa dos Seus amigos.”
James Spink disse:
A causa do Cristianismo tem sido mais prejudicada
pelo seus seguidores do que pelos seus oponentes, porque o mundo compara
freqüentemente a profissão de fé de um cristão com a prática da mesma. Dizem,
com uma certa razão, que se o Cristianismo é aquilo que nós defendemos ser,
então as nossas vidas deveriam ser diferentes.
Hudson Taylor concordou:
A incongruência dos cristãos, que ao professarem
que crêem na sua Bíblia mas se sentem felizes em viver como se tal Livro não
existisse, tem sido um dos maiores argumentos para a discussão dos meus
companheiros mais céticos.
Não é difícil encontrar ilustrações
para a forma como o Senhor é freqüentemente tão mal representado. Recentemente,
vi uma camionete com dois adesivos no pára-choque traseiro. Um dizia: “Eu amo
Jesus”. No outro podia ler-se: “Se bates no meu carro, acabo contigo”.
Aparentemente o dono do carro não podia ver a contradição gritante dos dois
sentimentos.
Por exemplo, George Duncan conta a
seguinte história do mundo dos negócios: Um negociante... tinha participado de
um programa cristão de rádio na noite anterior, e uma das suas funcionárias o
tinha ouvido. Na manhã seguinte, ele estava de muito mau humor, as coisas não
estavam correndo bem, e a funcionária acabou sendo vítima do mau humor do
patrão. Ao sair do escritório ela comentou com uma colega que entrava: “Está
certo... Venham a Jesus no domingo à noite e vão para o Diabo na segunda-feira
de manhã.”
Quando um homem de negócios cristão
não cumpriu o que havia prometido, um concorrente perguntou-lhe: “A que igreja
você pertence?” Ele respondeu: “A minha igreja não tem nada a ver com esse
assunto. Isso é negócio”. Pode ter levado vinte anos dando um bom testemunho,
mas destruiu-o em vinte segundos.
Quando um famoso ator ou atriz relata
que “nasceu de novo”, a notícia é transmitida por todos os meios de comunicação
disponíveis. Mas, da mesma forma, também são transmitidas as notícias de que
ele, ou ela, não abandonaram completamente o seu modo de vida anterior, quando
aparecem num filme de baixo nível, tornando evidente que Cristo não fez
diferença na sua vida.
E os “músicos cristãos” com a sua
atuação teatral, sugestiva linguagem corporal, letras muito duvidosas e música
que imita a do mundo: Será isto Cristianismo? Ou será uma paródia, uma imitação
ridícula?
Um criminoso declarou ter-se
convertido numa grande campanha evangelística. A notícia espalhou-se
imediatamente, mas ele continuou com as suas atividades criminosas, contatando
com o sub-mundo do crime. Quando alguém o confrontou com essa caricatura de
Cristianismo, ele disse: “Nunca me foi dito que por dizer sim a Jesus, eu tinha
de voltar as costas à minha vida anterior. Não entendo, há jogadores de futebol
cristãos, há “cowboys” cristãos, há políticos cristãos. Por que
não pode haver um criminoso cristão?” Desde ali ele abandonou o Cristianismo.
Depois, temos as personalidades
cristãs da televisão, de roupas caras, cabelos perfeitos, cobertas de jóias,
pintadas como Jezabel. É desta maneira que Jesus é apresentado, tão diferente
do meu amigo pobre de Nazaré.
Um negócio rendoso
Não convém, também, esquecer alguns
pregadores de rádio ou de televisão, que levam a vida angariando dinheiro e
vivem em casas suntuosas, viajam em automóveis e aviões caríssimos. Nunca
demora muito para que um repórter exponha todo o jogo tal como é, e que o
Cristianismo fique, de novo, prejudicado.
Foi noticiado que um dos pregadores
favoritos da América vivia numa mansão de muitas salas, remodelada como o
Palácio de Versalhes, com fabulosos jardins, estábulos e lagos. Outro comprou
uma mansão de meio milhão de dólares em Los Angeles, a que a sua esposa se
referiu como sendo um cantinho para fugir à rotina. Um Rolls Royce também foi
adicionado à sua frota de Mercedes e Jaguars.
O mundo evangélico realmente está
necessitando de uma limpeza profunda.
É constrangedor verificar o número de
líderes cristãos que, ao atingirem os pináculos do poder cristão, acabaram nas
manchetes dos escândalos sexuais. Alguns desapareceram com as secretárias
particulares e divorciaram-se das suas esposas. Quantas mulheres cristãs, bem
conceituadas, deixaram seu lar e marido para viver com outro homem? O mundo
evangélico realmente está necessitando de uma limpeza profunda.
Quantas vezes Cristo é difamado por
“políticos cristãos” de linguagem vulgar, compromissos duvidosos, associações
obscuras? É incalculável a desonra causada ao nome de Jesus.
Talvez se devesse mencionar também os
prisioneiros famosos que proclamam ter sido salvos. Através de uma forte
representação dos crentes, um juiz duvidoso e relutante concorda em
libertá-los. Algumas organizações cristãs aproveitam-se deles colocando-os como
pregadores itinerantes (para arranjar mais fundos financeiros para a
organização). Pouco tempo depois estes homens caem novamente na criminalidade e
são detidos. Estudantes cristãos que colam nos exames, donas de casa que
discutem com os vizinhos, pessoas que são mal-educadas e impacientes desonram a
Palavra de Deus. Todo o comportamento que não reflita o caráter de Cristo fará
com que os seus inimigos se manifestem e blasfemem. Todo o mau exemplo fará os
descrentes dizerem: “Aquilo que tu és fala tão alto que abafa o que dizes”. Foi
este tipo de conduta que levou John MacArthur a dizer: “Penso que Jesus tinha
muito mais classe que muitos dos seus representantes”.
Uma vez, um soldado apresentou-se a
Alexandre o Grande por ter desobedecido a ordens:
- “Como te chamas?” perguntou
Alexandre.
- “Alexandre,” respondeu o soldado
com acanhamento.
- “Alexandre? Ou mudas de nome ou de
comportamento!” ordenou o grande chefe militar.
Aqueles, dentre nós, que defendem o
título de cristão, têm obrigação de agir em conformidade com
ele. “É contraditório alguém dizer que crê, e agir como se não cresse.”
(H.G.Bosh).
Certa vez, em conversa com Mahatma
Gandhi, E.Stanley Jones disse:
“Estou ansioso por ver o Cristianismo naturalizado
na Índia, para que não seja mais uma coisa estrangeira identificada com um povo
estrangeiro e um governo estrangeiro, mas para que faça parte da vida nacional
da Índia e que o seu poder contribua para o crescimento e redenção deste país.
O que é que sugere que façamos para que isso se concretize?” Gandhi pensativa e
gravemente respondeu: “Eu sugeria... que todos vocês, cristãos... começassem a
viver mais à semelhança de Jesus Cristo. Em seguida, sugeria que praticassem a
vossa religião sem a adulterar ou depreciar. Por último, sugeria que dessem
mais valor ao amor, porque o amor é o centro e a alma do Cristianismo”.
Atribui-se a Gandhi ter dito: “Eu
teria sido um cristão se não fossem os cristãos.”
Brian Goodwin conta-nos sobre um jovem
chinês que fora educado por um missionário numa escola cristã. Ele admirava o
seu professor e, anos depois, ao saber que este tinha voltado à cidade, tentou
entrar em contato com ele no hotel onde o professor se encontrava hospedado. No
entanto, recusaram-se a anunciá-lo ao missionário e expulsaram-no do hotel.
“Então é assim que os cristãos agem,” murmurou o jovem ao afastar-se. Todos os
anos de cuidado e atenção que tinha recebido do seu professor missionário foram
anulados por aquela grande humilhação. O nome deste jovem era Mao Tse-tung.
Bem, estas foram as más notícias.
Graças a Deus que a história não acaba aqui. (William MacDonald
— http://www.chamada.com.br)
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