Manter em sigilo a fé em Jesus acaba sendo a opção de muitos muçulmanos
que se convertem. Ao tornar pública sua conversão, e consequentemente sua
apostasia (decisão de abandonar o islã), esses irmãos podem vir a enfrentar a
fúria da família, da sociedade e, em muitos casos, de extremistas religiosos
Samuel* assumiu o risco de anunciar
que é um seguidor de Jesus e pagou o preço mais alto. Nascido em uma família de
mulás (líderes religiosos islâmicos), ele se converteu ao evangelho depois de
ler o Novo Testamento em uma escola para refugiados. De origem afegã, a família
de Samuel se refugiou alguns anos no Paquistão, durante a invasão soviética em
sua terra natal.
Conhecer Jesus mudou dramaticamente a
vida desse jovem. Seu irmão tentou assassiná-lo, o que fez com que Samuel se
escondesse por alguns meses. Após a queda do Talibã no Afeganistão, ele voltou
para casa e começou a procurar oportunidades de falar discretamente do
evangelho. Compartilhou sobre Jesus em casa e um irmão se converteu. Em casas
de chá, Samuel fazia perguntas sobre o Alcorão que, na verdade, buscavam apenas
uma brecha para falar de Jesus. Era arriscado, mas Samuel viu pessoas
entregando sua vida ao Salvador. Assim nasceu um pequeno grupo de cristãos
secretos, do qual ele se tornou líder.
Em 2005, Samuel desapareceu em
território talibã. Nunca mais se teve notícias dele, e é bem provável que tenha
sido torturado e morto. Duas semanas antes de desaparecer, ele conversou com um
ocidental sobre os desafios de ser cristão no país: “É um fardo que temos de
carregar. Há perigo em todos os cantos. Mas a fé cristã nos dá vida mesmo na
morte, porque por meio de Cristo somos vitoriosos”.
Todos os desafios que a pequena Igreja enfrenta no país conferem ao
Afeganistão o 5º lugar na Classificação da Perseguição
Religiosa 2014.
*Nome
e foto alterados por motivo
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