Se
não me refutardes pelo testemunho das Escrituras ou por argumentos – desde que
não creio somente nos papas e nos concílios, por ser evidente que já muitas
vezes se enganaram e se contradisseram uns aos outros – a minha consciência
ficará cativa à Palavra de Deus. Pois não é seguro agir contra a consciência.
Deus me ajude! Amem”. (Martinho Lutero)
Na
audiência de Worms, perante toda autoridade papal ali reunida, o monge
agostiniano Martinho Lutero declarou essas palavras que acabamos de ler.
Palavras essas que ecoam pelos séculos e que passados quinhentos anos da
Reforma Protestante ainda as ouvimos claramente em nossos ouvidos.
Desta
feita é evidente que não estamos em falando em combater os erros e desvios
doutrinários do Catolicismo Romano (que são centenas), mas falo que essas
palavras nos conclamam a combater erros em nosso próprio meio, sim no próprio
meio evangélico. Erros esses que têm causado tantos estragos à obra de Deus e
contribuído para que o nome do Senhor seja blasfemado pelos ímpios.
Veio-me
a inspiração para escrever essa postagem depois duma conversa que tive com um
determinado irmão de um ministério (por questão de ética não revelarei) e nessa
nossa conversa abordamos alguns pontos doutrinários. esse irmão queria
convencer-me da sua razão mesmo sendo claramente contrariado pelas Escrituras em
alguns pontos e silenciado pela mesma em outros.
Destes
pontos doutrinários citarei por agora apenas dois para que essa não seja uma
postagem tão extensa. Se alguém tiver mais algumas dúvidas ou quiser até mesmo
falar comigo acerca desses e de outros assuntos meu face book é: joão.augussto2013@gmail.com.
1. Ponto
– Batismo em águas correntes
– Dizia-me
este santo irmão há quem eu muito respeito independente dos seus pontos de
vista que o único batismo válido para o crente é aquele realizado em águas
correntes e que os demais todos eram falsos.
ANALISANDO – Bem, até onde conheço as
Escrituras, a Bíblia está recheada de passagens acerca do Batismo, que através da
figura de João o Batista tomou conta de Israel e posteriormente foi essa
prática agregada à Igreja de Cristo.
Verdade
é que o Senhor Jesus foi batizado no Rio Jordão por João Batista e que muitos
dos apóstolos do Senhor Jesus também batizaram membros da nova Igreja Nascente
(A IGREJA DE CRISTO) nesse mesmo rio. Porém em nenhuma passagem
das Escrituras que nos fala acerca do batismo nós encontramos o Senhor Jesus
nem tampouco os seus apóstolos doutrinando a Igreja acerca de um local ou de
uma determinada água específica na qual os crentes deveriam se batizar. Em
outras palavras, Jesus mandou batizar e os apóstolos obedeceram e reiteraram os
ensinamentos de Cristo quanto à ordenança do Batismo, mas nenhum deles (CRISTO
OU OS APÓSTOLOS) jamais citaram em parte alguma um local específico para esse
Batismo.
Somente
para reforçar desejo lembrar-lhes que Filipe batizou o Eunuco (mordomo mor de
Candace) no meio do deserto e não no Rio Jordão. Porque será? Então o batismo
do Eunuco não foi válido?
Assim
sendo não posso aceitar esse ensino, uma vez que não faz parte das Escrituras,
sendo, portanto uma opção de cada Igreja o local de batismo e não uma doutrina bíblica.
2. Ser
dizimista é uma exigência matre à consagração de obreiros –
Conforme me detalhou no seu ministério, ser dizimista é uma
das principais exigências para que o obreiro seja consagrado.
ANALISANDO – Até admito que o
ministério dele faça essa exigência de seus obreiros desde que seja feita uma
ressalva: Essa é uma exigência do ministério e não da Palavra de Deus.
Lendo
as cartas de Paulo a Timóteo e a carta de Tiago e de Tito encontramos várias
exigências bíblicas à consagração de obreiros (Diáconos, Presbíteros etc.),
porém eu particularmente nunca encontrei uma dizendo: “QUE O CANDIDATO AO
MINISTÉRIO SEJA DIZIMISTA FIEL”. Dos senhores que me darão a honra de ler essa postagem, se alguém encontrar essa passagem por favor me ajude, pois eu em vários
anos de leitura da Bíblia (já a li por mais de oito vezes) nunca encontrei.
Encontramos
sim os apóstolos dizendo que o candidato ao ministério seja honesto, hospitaleiro,
marido de uma só mulher, sóbrio, não cobiçoso de torpe ganancia, apto para
ensinar, não neófito etc. Mas quanto ao futuro obreiro ser “DIZIMISTA”, repito
eu NUNCA ENCONTREI. Não quero aqui pregar contra o dízimo, pois eu creio que o
Dízimo é bíblico e valido à igreja hoje, mas refuto a exigência sem base
bíblica de que o obreiro só pode ser consagrado se ele for DIZIMISTA FIEL.
Desculpem
a redundância, mas tenho que falar. Se o ministério quiser fazer essa exigência
de forma particular tudo bem, mas que não diga que isso é bíblico.
Ora, estes foram mais nobres do que os que
estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando
cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim. Atos
17:11
Por
hora é só queridos. Espero ter conseguido esclarecer algumas de vossas dúvidas
acerca desses assuntos.
Prometo-lhes
que em outra ocasião estaremos analisando outros pontos controversos e sem base
bíblica.
Agora
vou dormir porque amanhã bem cedo à vida continua.
Paz
a todos,
João Augusto de Oliveira
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