Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens (Gálatas 1.11)
O apóstolo Paulo estava por demais preocupado com o evangelho que os irmãos da Galácia estavam seguindo. Neste interim, ele os escreve para exortar, admoestar e corrigir, aceca do perigo de crer e seguir um evangelho estranho e diferente daquele que foi primeiramente anunciado por Jesus e confiado aos apóstolos.
Não quero ser redundante, pois já falei aceca do evangelho que não creio. Neste escrito venho falar um pouco (reconhecendo as minhas limitações) sobre “O Evangelho que creio”.
1. Creio em um Evangelho que Prega a mensagem de salvação e coloca o homem no seu devido lugar.
Na verdade, não existe Evangelho sem Calvário, não existe salvação sem Jesus, não existe remissão sem derramamento do sangue precioso do Filho de Deus.
Qualquer suposto evangelho que não tem como ponto de partida essa verdade, não pode ser de Cristo.
Eu creio num Evangelho que diz ao pecador que ele está perdido, e que não pode fazer absolutamente nada pela salvação da sua alma, e a menos que ele creia na mensagem da cruz, corre o risco de passar a eternidade separado de Deus (no lago de fogo). Essa é a grande realidade do Evangelho de Jesus. Ele não alisa nem afaga ninguém, pelo contrário, ele confronta o homem com quem realmente ele é: “UM PECADOR PERDIDO E CONDENADO”.
O próprio apóstolo Paulo escrevendo aos romanos diz “Como está escrito: Não há justo, nem um sequer, Não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus, Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há ninguém que faça o bem, não há nem um só”. (Rm 3.10-12).
Sendo assim, a única coisa que o homem pode fazer é crer no sacrifício do calvário para ser salvo. Mas como crer se não há quem pregue? (Rm 10.14). Como ser salvo, se pregadores (salvo exceções) só falam de prosperidade?
2. Creio num Evangelho que Glorifica a Deus e não ao homem – A Glória é devida a Deus, o homem apenas é um instrumento que o criador usa para levar o ser humano a glorifica-lo.
Mas o que tenho visto são pessoas que estão engolindo a glória que é devida ao criador, sob a desculpa de que são os “ungidos do Senhor”.
Não sou contra a admiração e respeito a determinados homens e mulheres de Deus, inclusive a Bíblia nos exorta a imitar a “fé” de nossos pastores, como também o Apóstolo Paulo nos diz para que sejamos seus imitadores (1 Co 11.1). Agora que fique bem claro, homens são apenas homens, nada mais. Por mais usado que seja por Deus, ele não passa de um homem. A glória e a adoração devem ser exclusivas ao Senhor Nosso Deus.
3. Creio num Evangelho que traz mudança de vida – Este é o Evangelho de Jesus Cristo. O Evangelho que ensina mudança de vida e de caminhos. Qualquer pregação de evangelho que ensina o crente a exigir e determinar bênçãos de Deus, sem que haja mudança de vida, é falido e não é o Evangelho do Senhor.
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas já passaram; eis que tudo se fez novo (2 Co 5.17). Essa é a tônica do Evangelho de Jesus. Ninguém que diz que é crente pode viver como vive o ímpio e o pecador. Não estou dizendo que somos salvos por obras, mas a ideia de um crente nascido de novo; viver uma vida de pecados é inadmissível e inaceitável.
Não se pode alguém dizer que é crente, que creu no evangelho e viver aquém da santidade e da pureza devida a um salvo.
Esse negócio de que Deus só quer o coração é falácia, é mentira e é um engodo satânico.
Portanto Evangelho que não combina pregação teórica com vivencia prática não pode ser considerado evangelho. Pelo menos, não o evangelho de Jesus.
João Augusto de Oliveira
OBS: Continuaremos em uma próxima postagem a falar desse assunto.
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