segunda-feira, 4 de novembro de 2024

0 Defesa da Fé - Lugar de descanso em esperança?


 



Natanael Rinaldi


O título deste artigo foi extraído do capítulo 6, p. 67, do livro "Seja Deus verdadeiro", 1ª edição, 1949, publicado pela International Bible Students Association (hoje "Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados"). A referida editora se ocupa em publicar as literaturas das testemunhas de Jeová. Embora sejam freqüentes as mudanças doutrinárias dessa seita, isso, no entanto, não tem ocorrido com o seu ensino que nega a existência do inferno como lugar de tormento eterno e consciente.

Quando tratam da questão do inferno, sua abordagem é sempre com o intuito de ridicularizar, escarnecer e rejeitar o ensinamento claro e profundo das Escrituras Sagradas. E fazem isso com ardor intenso.

Surge, então, a pergunta: "Como as testemunhas de Jeová chegaram ao conceito de que o inferno é um lugar de descanso em esperança?". Tudo começou com um debate entre o fundador dessa organização religiosa, Charles Taze Russell, e um famoso cético.


O motivo do debate


"Com menos de vinte anos de idade, Charles Taze Russell tinha sido membro da Igreja Congregacional e crente fervoroso na doutrina da tortura eterna das almas condenadas num inferno de fogo e enxofre literais. Mas, ao tratar de converter ao cristianismo um conhecido descrente, ele próprio foi derrotado na sua posição sectária e impelido ao ceticismo. Avidamente começou a investigar as religiões pagãs em busca da verdade sobre o propósito de Deus e o destino do homem. Provando que todas essas não eram satisfatórias e antes de deixar por completo a investigação religiosa, ele empreendeu a pesquisa nas Escrituras Sagradas do ponto de vista de um cético, então livre das falsas doutrinas religiosas dos sistemas sectários da cristandade".1


Declaração das testemunhas de Jeová sobre Russell, fundador da seita


"Em essência, mostramos que a Sociedade é uma organização inteiramente religiosa; que os membros aceitam como seus princípios de crença a santa Bíblia, conforme explicada por Charles T. Russell; que C. T. Russell, durante sua vida, escreveu e publicou seis volumes, 'Estudos das Escrituras', e, já em 1896, prometeu o sétimo volume que trataria de Ezequiel e de revelação; que, no seu leito de morte, declarou que outrem escreveria o sétimo volume...".2


Fonte de autoridade religiosa


Quando dialogamos com as testemunhas de Jeová elas afirmam, com muita ênfase, que crêem unicamente na Bíblia como sua fonte de autoridade religiosa. Entretanto, não podem negar que o seu entendimento das Escrituras tem por base o seu fundador - C. T. Russell. Este, ao terminar o seu livro "Estudos das Escrituras", não teve dúvidas em declarar que se alguém se desse à leitura da Bíblia sem a ajuda do mesmo estaria, no final de dois anos, em trevas. Mas, se alguém lesse a Bíblia somente nas referências indicadas no seu livro, dentro de dois anos teria a luz das Escrituras, mesmo não lendo uma página sequer da Bíblia.3


O texto de Russell


"...se alguém os puser de lado e ignorá-los ('Estudos das Escrituras'), indo somente à Bíblia, embora entenda a Bíblia por dez anos, a nossa experiência mostra que dentro de dois anos ficará em trevas. Por outro lado, se tivesse simplesmente lido os 'Estudos das Escrituras', junto com as suas referências, e não lesse uma página da Bíblia sequer, esse alguém estaria na luz no fim de dois anos, porque teria a luz das Escrituras".

Como se vê, o ensino das testemunhas de Jeová sobre o inferno nada mais é do que uma doutrina esposada por um cético (incrédulo) quando adotou o "ponto de vista do cético". E, como sabemos, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus porque lhe parecem loucura (1 Co 2.14).


Deus é amor


O inferno é, para o homem natural, uma verdadeira aberração, incompatível com a declaração bíblica de que Deus é amor (1 Jo 4.8).

Allan Kardec, codificador do Espiritismo, chega a afirmar: "ou Deus é perfeito, e não há penas eternas, ou há penas eternas, e Deus não é perfeito".4

As testemunhas de Jeová crêem, como os espíritas, que a existência do inferno é incompatível com o amor de Deus. Os espíritas ensinam que o Jeová do Velho Testamento não é o Pai de Jesus no Novo Testamento. Para eles, não há qualquer problema. Mas as testemunhas de Jeová não têm essa crença. Admitem que se trata do mesmo Deus. Mas, quando lemos sobre as ordens severas de Deus de destruir os cananeus e outros povos pagãos, ordenando a morte de todos em geral, homens, mulheres e crianças de peito, as testemunhas de Jeová justificam essa ordem mostrando que as práticas religiosas daqueles povos eram imorais, idólatras e ligadas à feitiçaria. Declaram:

"O que podemos aprender disso? Indica a narrativa, de algum modo, que Jeová não é Deus de amor e alguém que 'ama a justiça', conforme se declara em outra parte da Bíblia? - 1 João 4.8; Salmo 37.28. Não; antes, ensina um princípio vital: que o amor de Deus à justiça tem por parte correspondente o ódio à iniqüidade"... "Certamente não é razoável pensar-se que o amor de Deus à humanidade o obrigaria a amar também a iniqüidade".5

Nesse particular concordamos com as testemunhas de Jeová.

"O SENHOR é um Deus zeloso e vingador; o SENHOR é vingador e cheio de furor; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos. O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés. Quem parará diante do seu furor, e quem persistirá diante do ardor da sua ira? A sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derrubadas"(Na 1.2-3,6).

Deus é amor, mas não ama a injustiça nem o pecado. Não perdoa o pecador impenitente, pois nem aos anjos perdoou. "Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo" (2 Pe 2.4).


Argumentos contra o inferno


Justificam seus ensinos sobre o inferno ser um lugar de descanso afirmando: "Se xeol é sepultura, é impossível ser ao mesmo tempo um lugar de tortura pelo fogo e ao mesmo tempo uma cova. Mas poderá perguntar: 'Como sabemos que xeol significa sepultura e não um lugar de tortura?'. Porque a Bíblia, a Palavra de Deus, interpreta assim".6

"É tão claro que o inferno, segundo a Bíblia, é túmulo, sepultura, que até uma honesta criancinha pode entendê-lo, porém não os teólogos religiosos".7

A base, pois, para negar a existência do inferno como lugar de tormento consciente e eterno é que o inferno é a sepultura. Para chegar a essa conclusão, interpretam as palavras xeol (hebraica) e hades (grega) como sendo simplesmente sepultura ou túmulo.


A palavra xeol (Seol)


A respeito dessa palavra, as testemunhas de Jeová declaram: "Há precisamente uma palavra, e somente uma, nas antigas Escrituras hebraicas (O Velho Testamento), que se traduz inferno na Versão Inglesa Autorizada da Bíblia, e esta palavra é xeol. Através das Sagradas Escrituras hebraicas, esta palavra ocorre 65 vezes..."8

Hoje, as literaturas das testemunhas de Jeová grafam a palavra xeol por Seol. Assim, para negar a doutrina do inferno de tormento consciente dizem que o termo xeol indica sepultura ou túmulo.

Declaram, ainda, que "A palavra hebraica 'Seol' [ou 'Xeol'] e a palavra grega 'Hades' significam a mesma coisa".9

Ora, as testemunhas de Jeová possuem uma tradução da Bíblia conhecida como "Tradução do Novo Mundo". Nessa versão, deixaram de traduzir a palavra hebraica Xeol, apenas a transliteraram, ou melhor, somente a aportuguesaram.

Ora, se a palavra Seol indica realmente sepultura ou túmulo, por que não a traduziram por sepultura, sepulcro ou termo equivalente? Não o fizeram porque sabem que existem palavras no hebraico específicas para sepultura. São elas: Kever e Kevurah.


A palavra sepultura ou túmulo


A palavra sepultura ou túmulo aparece nas Escrituras Hebraicas e é citadas na "Tradução do Novo Mundo"? Certamente que sim. E centenas de vezes. Exemplo:

"Êx 14.11: 'E passaram a dizer a Moisés. É porque não há nenhuma sepultura no Egito que nos trouxeste para cá, para morrermos no ermo?'

"Is 14.19: 'Mas, no que se refere a ti, foste lançado fora sem sepultura para ti...'

"Sl 88.11: 'Declarar-se-á a tua benevolência na própria sepultura'

"Is 22.16: 'Que é que te interessa aqui e quem é que te interessa aqui, que aqui escavaste para ti uma sepultura?'"

Então, qual é a palavra hebraica traduzida por sepultura na "Tradução do Novo Mundo"? As testemunhas de Jeová respondem: "Cemitérios, sepulturas ou túmulos individuais e literais são mencionados por palavras diferentes na língua original. Assim, indicam lugares individuais na 'Terra dos Viventes' pelos nomes de lugares ou cidades".


Keber (hebraico), lugar de sepultura ou sepultura (português)


"Gn 23.4: 'Peregrino e forasteiro sou entre vós. Dai-me entre vós a posse dum lugar de sepultura para que eu sepulte o meu defunto de diante da minha face'". K'boorah (hebraico), sepultura, lugar da sepultura, sepulcro (português)

"Gn 35.20: 'Jacob erigiu sobre a sepultura de Rachel uma coluna que existe até o dia de hoje'.

"Dt. 34.6 : "Foi sepultado no vale, da torrente na terra de Moab, defronte de Beth-Peor; mas ninguém tem sabido até hoje o lugar da sua sepultura".10


A palavra Hades


Hades (no grego) corresponde à palavra Seol (no hebraico). Não indica sepultura, como supõem as testemunhas de Jeová. Procedem com a palavra hades da mesma forma como agiram com o termo em hebraico Seol. Ou seja, não a traduzem, mas transliteram-na em sua versão da Bíblia: "Tradução do Novo Mundo".

As dez ocorrências da palavra Hades

Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.23; At 2.27, 31; Ap 1.18; 6.8; 20.13-14.

At 2.27: "Porque não deixarás a minha alma no Hades, nem permitirás que aquele que te é leal veja a corrupção".

Lc 16.23: "E no Hades, ele ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu Abraão de longe, e Lázaro com ele (na posição junto) ao seio".

Mt 11.23: "E tu, Cafarnaum, serás por acaso enaltecida ao céu? Até o Hades descerás; porque, se as obras poderosas que ocorreram em ti tivessem ocorrido em Sodoma, ela teria permanecido até o dia de hoje".

Existem palavras próprias para sepultura, sepulcro ou túmulo nas Escrituras Gregas do Novo Testamento? Sem dúvida que sim! É a palavra Hades que se traduz por sepultura ou túmulo? Não! Mas vejamos o que dizem as testemunhas de Jeová:


Mnema (grego) túmulo (português)


Mc 5. 2,3: "Veio... dos túmulos um homem... o qual tinha ali a sua morada, e nem mesmo com cadeias podia já alguém segurá-lo".

Lc 23.53: "E tirando-o da cruz, envolveu-o em um pano de linho e o depositou num túmulo aberto em rocha, onde ninguém havia sido sepultado".

At 2.29: "Irmãos, é-me permitido dizer-vos ousadamente acerca do patriarca David, que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo está entre nós até hoje".11


O verdadeiro sentido da palavra Seol


A palavra Seol-Hades, na verdade, significa o lugar das almas conscientes, e não o lugar dos corpos nas sepulturas ou túmulos. O que dizem as testemunhas de Jeová sobre o significado da palavra Seol ou Hades? Declaram: '"Hades', talvez significando 'o lugar não visto', ocorre dez vezes na 'Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs'".12

Como se vê, Seol e Hades não podem significar sepultura, dado que sepultura ou túmulo é um lugar visto, enquanto Seol e Hades significam 'o lugar não visto'. Além disso, existem as palavras específicas para sepultura, que são Keber, K'boorah (hebraico) e Mnema (grego).


Diferenças entre Seol/Hades e Kever-Kevurá/Mnema-Mnemeion


1. Enquanto Jonas comparou suas angústias no ventre do grande peixe como sendo o Seol, demonstrando ser um lugar de consciência (Jn 2.1,2), no Kever o corpo está inconsciente;

2. Enquanto Seol/Hades só aparece no singular, Kever aparece no singular e no plural (sepultura, sepulturas - Êx 14.11);

3. Enquanto Kever/Mnema sempre é relacionado ao corpo, Seol/Hades só é mencionado em relação ao espírito e à alma (Lc 16.22-25);

4. Enquanto não há nenhuma referência à alma descendo ao Kever/Mnemeion (sepultura) e o corpo ao Seol/Hades, há referências à alma indo ao Seol/Hades.(Lc 16.22,23);

5. Enquanto na morte de Jesus seu corpo foi ao Kever (Is 53.9), no grego Mnemeion (Jo 19.41-42), a sua alma foi ao Seol (Sl 16.10), no grego Hades (At 2.27).


A palavra Geena


Geena (no grego) é o mesmo local conhecido como de "vale do filho de Hinon", que aparece nas Escrituras hebraicas, ou Velho Testamento. A Bíblia registra a história da palavra Geena e mostra que o local recebeu esse nome por causa dos sacrifícios de crianças vivas ao deus Moloque.

"Fez ele também passar seus filhos pelo fogo na vale do filho de Hinom, e usou de adivinhações e de agouros, de feitiçarias, e consultou adivinhos e encantadores, e fez muitíssimo mal aos olhos do SENHOR, para o provocar a ira" (2Cr 33.6).

As referências bíblicas nas quais aparece a expressão "vale do filho de Hinom", correspondente à palavra grega Geena, são: Jr 32.35 e 2 Cr 28.3. O rei Josias pôs fim a esses sacrifícios de crianças inocentes. "Também profanou o Tofete, que está no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém fizesse passar a seu filho, ou sua filha, pelo fogo a Moloque" (2 Rs 23.10).

Esse local se tornou símbolo do castigo eterno nas palavras de Jesus. Das doze vezes em que aparece a palavra Geena como símbolo do inferno, lugar de tormento eterno e consciente, onze são encontradas nos ensinos de Jesus e sempre como lugar que deve ser evitado, mesmo com o prejuízo de qualquer bem terreno, por mais valioso que seja. Todavia, as testemunhas de Jeová explicam que "A palavra ocorre 12 vezes" nas Escrituras Gregas Cristãs, aparecendo pela primeira vez em Mt 5.22. A "Tradução do Novo Mundo" verte-a por "Geena" em todas as suas ocorrências: Mt 5.22, 29,30; 10.28; 18.9; 23.15, 33; Mc 9.43, 45, 47; Lc 12.5; Tg 3.6. E a interpreta com o sentido de "Símbolo da destruição total" (Apêndice da TNM, pp. 1544/45, STV).

Para justificar que Geena é o símbolo da destruição total ou aniquilamento, as testemunhas de Jeová declaram: "Não significam tormento consciente, mas, antes, morte ou destruição eterna".13

Mas as testemunhas de Jeová se contradizem ao afirmarem o seguinte: "Os demônios aguardam com terror a perspectiva de irem para o lago de fogo". E apontam os textos de Mt 8.28-29 e Lc 8.30-31.14

"E, tendo chegado ao outro lado, à província dos gadarenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho. E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? E perguntou-lhes Jesus, dizendo: Qual é o teu nome? E ele disse: legião; porque tinham entrado nele muitos demônios. E rogavam-lhe que os não mandasse para o abismo" (Lc 8.30-31, destaque do autor).

Se Geena fosse, de fato, aniquilamento ou inconsciência, por que os demônios aguardam com terror a perspectiva de irem para lá?


Expressões bíblicas sobre o inferno que denotam sofrimento, e não descanso


1."E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado" (Lc 16.22-25, destaque do autor).

2. "E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mt 13.42, grifo do autor).

3. "Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno" (Mt 18.8, destaque do autor)

4. "Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome" (Ap 14.9-11, destaque do autor).

5. "E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre" (Ap 19.20, destaque do autor).

6. "E o diabo, que os enganava, e foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre" (Ap 20.10, destaque do autor).


O Tártaro


Uma única vez aparece na Bíblia o vocábulo inferno como tradução da palavra grega Tártaro. Isto ocorre em 2 Pe 2.4. "Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo." Tártaro é um lugar semelhante à palavra grega Geena.

Seria possível que um leitor dos textos bíblicos transcritos pudesse afirmar que essas palavras sugiram ser o inferno um lugar de descanso em esperança? É o caso de se perguntar: "Pensam as testemunhas de Jeová por si mesmas ou o seu líder pensou por elas, e, mesmo depois de falecido, em 1916, ainda hoje suas idéias prevalecem nessa organização religiosa? Aliás, idéia de um cético, e não de um estudante da Bíblia.

As testemunhas de Jeová negam o inferno de tormento eterno e zombem dessa verdade. Entretanto, temem mais o Armagedom do que o inferno. Os cristãos, no entanto, admitimos o inferno e não tememos o Armagedom, pois cremos que a Igreja de Jesus será arrebatada antes do Armagedom (Ap 3.10).

Os adeptos das Testemunhas de Jeová falam do Armagedom como uma catástrofe universal, da qual somente eles serão poupados. E é incrível como não vêem nisso nenhuma incompatibilidade com o amor de Deus nesse morticínio universal de seis bilhões de pessoas. Para os cristãos - testemunhas de Jesus (Ap 17.6) - já não há mais nenhuma condenação. É o que dizem as Escrituras Sagradas em Romanos 8.1: "Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus".

Jesus afirmou que o inferno é um lugar destinado ao diabo e seus anjos. Se qualquer pessoa for para lá, será contra a vontade de Deus. O homem no inferno é um intruso (Mt 25.41,46).

"Se qualquer coisa menos que a punição eterna for devida em vista do pecado, que necessidade havia de um sacrifício infinito para livrar do castigo? Jesus derramaria seu precioso sangue para livrar-nos das conseqüências de nossa culpa, se tais conseqüências fossem apenas temporárias? Conceda-se-nos a verdade de um sacrifício infinito, e disso tiraremos a conclusão de que o castigo eterno é uma verdade".15


As 65 vezes em que ocorre a palavra Seol


Gn 37.35; 42.38; 44.29, 31; Nm 16.30, 33; Dt 32.22; 1Sm 2.6; 2 Sm 22.6; 1Rs 2.6, 9; Jó 7.9; 11.8; 14.13, 16; 21.13; 24.19; 26.6; Sl 6.5; 9.17; 16.10; 18.5; 30.3; 31.17; 49.14, 15; 55.15; 86.13; 88.3; 89.48; 116.3; 139.8; 141.7; Pv 1.12; 5.5; 7.27; 9.18; 15.11,24; 23.14; 27.20; 30.16; Ec 9.10; Ct 8.6; Is 5.14; 7.11; 14.9,11,15; 28.15, 18; 38.10, 18; 57.9; Ez 31.15, 16, 17; 32.21, 27; Os 13.14; Am 9.2; Jn 2.2; Hc 2.5.


Alguns exemplos:


Gn 37.35: "Pois descerei pranteando para meu filho ao Seol".

Gn 42.38: "...então certamente faríeis meus cabelos grisalhos descer com pesar ao Seol".

Nm 16.30: "... e o solo tiver de abrir a sua boca e tragar tanto a eles, como a tudo o que lhes pertence, e tiverem de descer vivos ao Seol...".

Jó 11.8: "É mais profunda do que o Seol".

Is 14.9: '"Até mesmo o Seol, embaixo, ficou agitado por tua causa...".

Is 14.15: "Todavia, no Seol serás precipitado, nas partes mais remotas do poço".

Am 9.2: "Se cavarem até o Seol, de lá os tirará a minha própria mão...".


Seicho-no-Ie


"Pergunta: 'Na doutrina da Seicho-No-Ie existe Satanás, diabo ou inferno?'"

"Resposta: 'Satanás ou diabo e inferno não são existências verdadeiras, porque Deus não os criou. Deus é o criador de tudo'".18


Igreja de Unificação


O Princípio Divino afirma: "O objetivo final da providência divina de restauração é salvar toda a humanidade. Portanto, é a intenção de Deus abolir o inferno completamente, depois do término do período necessário para o pagamento completo de toda indenização. Se o inferno permanecesse eternamente no mundo da criação, mesmo depois da realização do propósito do bem de Deus, o resultado disso seria contradição de um Deus imperfeito, sem mencionar a resultante


Adventismo do Sétimo Dia


"Quão repugnante a todo sentimento de amor e misericórdia, e mesmo ao nosso senso de justiça, é a doutrina de que os ímpios são atormentados com fogo e enxofre num inferno eternamente a arder; que pelos pecados de uma breve vida terrestre sofrerão tortura enquanto Deus existir! Contudo esta doutrina tem sido largamente ensinada, e ainda se acha incorporada em muitos credos da cristandade".17


Ciência Cristã


"INFERNO. Crença mortal; erro; luxúria; remorso; ódio; vingança; pecado; doença; morte; sofrimento e autodestruição; agonia que a pessoa impõe a si mesma; efeitos do pecado; aquilo que 'pratica abominação e mentira'".16


Meninos de Deus e/ou Família do Amor


"Todos os homens, em todos os lugares, todos os bilhões que já viveram, finalmente serão restaurados e reconciliados! Isso não se encaixa no quadro de um Deus verdadeiramente justo e misericordioso e todo amoroso? O plano de Deus não vai ser derrotado! Ele vai remir toda a humanidade e todos os homens! Como diz a Escritura: 'Todos serão salvos".19


Notas:


1 "A Sentinela" de março de 1951, p. 39

2 "Anuário das Testemunhas de Jeová" de 1976, p. 106, Sociedade Torre de Vigia.

3 "A Sentinela" de 15 de setembro de 1910, afirmação republicada na edição de 15 de agosto de 1964 da mesma revista, pp. 511, 512.

4 "O céu e o inferno", p. 741, Allan Kardec - Obras completas, 2ª edição, Opus Editora Ltda., 1985.

5 "É a Bíblia realmente a Palavra de Deus?", p. 94, STV

6 "Seja Deus verdadeiro", p. 69, 1ª edição, 1949, STV

7 "Seja Deus verdadeiro", p. 72 lª. Edição, 1949, STV

8 Idem, p. 68

9 "Poderá viver para sempre no Paraíso", p. 83, 1983, STV

10 "Certificai-vos de todas as coisas", p. 190, 1960, STV

11 Idem, p. 190, edição 1960, STV

12 Apêndice da Tradução do Novo Mundo, p. 1514, STV

13 "Poderá viver para sempre no paraíso na terra", p. 87, edição 1983, STV

14 "Certificai-vos de todas as coisas", p. 197, STV

15 "Dicionário de Escatologia Bíblica", de Claudionor Corrêa de Andrade, p. 40, CPAD

16 "Ciência e saúde com a chave das Escrituras", p. 588, edição 1973, editado pela The First Church of Christ, Scientist, em Boston, Massachusetts, U. S. A

17 "O grande conflito", pp. 540-541, edição 1980, Ellen Gould White, Casa Publicadora Brasileira

18 "Fonte de Luz" n. 275, p. 39, novembro de 1992

19 Revista Céu, Inferno e Intermédio! n. 1466-GP


https://www.icp.com.br/df39materia1.asp

sábado, 19 de outubro de 2024

0 Lições Bíblicas Adultos Professor 4º Tr. 2024


 



Tema: As Promessas de Deus Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que prometeu. Comentarista: Elinaldo Renovato Lição 1 - As Promessas de Deus Lição 2 - As Promessas de Deus para Israel Lição 3 - As Promessas de Deus para a Igreja Lição 4 - Promessa e Obediência Lição 5 - A Promessa de Salvação Lição 6 - A Promessa de Cura Divina Lição 7 - A Promessa de Um Coração Novo Lição 8 - A Promessa de Paz Lição 9 - Promessas para Pais e Filhos Lição 10 - A Promessa da Proteção Divina Lição 11 - A Promessa de Provisão Lição 12 - A Promessa de Vida Abundante Lição 13 - As Promessas de Deus São Infalíveis

sábado, 31 de agosto de 2024

0 Apologética - Testemunhas de Jeová - Parte VII – Bibliologia


 



As TJs procuram dar a impressão de que se valem só da Bíblia para apoiar os seus ensinos. E assim, declaram enfaticamente:

Declaração

As Testemunhas de Jeová crêem que a Bíblia inteira é a inspirada Palavra de Deus, e, em vez de aderirem a uma crença baseada na tradição humana, se apegam à Bíblia como base para todas as crenças (“Raciocínios à Base das Escrituras”, p. 384).

Mas, quando se examinam as publicações da Torre de Vigia vamos verificar que não é bem assim. Sempre é preciso o Corpo Governante delas, que representa o escravo fiel e discreto para dizer o que é certo ou errado da Bíblia. Do contrário, só a Bíblia não representa muito. E, então, temos o seguinte:

Contradição

A Bíblia é um livro de organização e pertence à congregação cristã como organização, não a indivíduos, não importa quão sinceramente creiam poder interpretar a Bíblia. Por esta razão, a Bíblia não pode ser devidamente entendida, sem se ter presente a organização visível de Jeová (“A Sentinela”, 1-6-1968, p. 327).

Como se vê, a Bíblia tem pouco valor se não for interpretada pelo escravo fiel e discreto. Como afirmam que não seguem tradição humana? Os católicos têm a Bíblia e a Tradição. Ensinam mais os católicos que só a Igreja pode interpretar a Bíblia sem errar. As Testemunhas de Jeová, embora critiquem acerbamente, os católicos têm o seu Vaticano em Brooklyn, Nova York. Lá o intitulado corpo governante composto do escravo fiel e discreto é o único grupo religioso capaz de dar a interpretação correta para elas.

Sem essa liderança não se pode interpretar corretamente a Bíblia. Chegam ao cúmulo de afirmar que as verdades que as Testemunhas de Jeová têm de anunciar são aquelas que esse grupo escravo fiel e discreto publica por intermédio da literatura da Sociedade Torre de Vigia.

Leiamos: As Verdades que havemos de publicar são aquelas que a organização do escravo discreto fornece, não algumas opiniões pessoais contrárias ao que o escravo providenciou como sendo sustento conveniente (“A Sentinela”, novembro de 1952, p. 164).

Paradoxalmente ensinam: O homem que apenas fala ao povo e expõe suas conclusões ou as opiniões de outros homens não é ‘pregador’ no sentido das Escrituras. O termo mais apropriado para designar tal indivíduo seria ‘charlatão’ (“Riquezas”, p. 133).

CANAL DE COMUNICAÇÃO

A vaidade religiosa dessa liderança é tão grande que não se acanham de intitular-se de canal de comunicação de Deus com os homens.

Dizem:

Jeová Deus proveu também sua organização visível, seu escravo fiel e discreto, composto dos ungidos com o espírito, para ajudar os cristãos em todas as nações a entender e a aplicar corretamente a Bíblia na sua vida. A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia (“A Sentinela”, 1-8-1982, p. 27) (destaque nosso).

Literatura

Por meio de sua literatura é que esse suposto canal de comunicação de Deus com os homens é mantido aberto. Dentre as publicações de maior circulação estão as chamadas revistas associadas:

A Sentinela, publicada nos dias 1 e 15 de cada mês;

Despertai! Publicada nos dias 8 e 22 de cada mês.

Livros

Hoje está sendo usado o livreto “Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna” como manual de orientação para as pessoas que aceitam o convite para o estudo da Bíblia. Esse estudo é conhecido como o estudo domiciliar da Bíblia. Pensam as pessoas visitadas estar estudando a Bíblia, mas, na verdade, estão estudando as doutrinas ensinadas pelas TJs.

As perguntas constantes do rodapé das páginas do livro de estudo são feitas pelo instrutor e as respostas de cada página, são lidas pelos aprendizes e por fim vão à Bíblia para apoiar seus ensinos como se fossem bíblicos.

Utilizam também o livro “Raciocínios à base das Escrituras” para responder às objeções levantadas pelos opositores no seu trabalho de campo.

Uma particularidade observada quando se entrega qualquer literatura a uma Testemunha de Jeová ela recusá-la terminantemente. Está proibida de ler qualquer literatura não publicada pela Torre de Vigia.

BÍBLIA TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO

QUAIS FORAM OS TRADUTORES?

Quando a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia doou os direitos autorais da tradução realizada, ela pediu que seus membros permanecessem no anonimato... Os tradutores não buscavam proeminência para si, mas apenas dar honra ao Autor Divino das Escrituras Sagradas (“Raciocínios a Base das Escrituras”, p. 394).

Resposta Apologética:

A BÍBLIA É SUFICIENTE

Paulo, escrevendo a Timóteo, declarou que ele sabia as sagradas letras que poderiam fazê-lo sábio para a salvação pela fé em Jesus Cristo (2 Tm 3.15). Em continuação, afirma que toda a Escritura divinamente inspirada era suficiente para habilitar-nos para toda a boa obra (2 Tm 3.16-17).

O Espírito Santo seria o Consolador que nos guiaria em toda a verdade (Jo 16.13-14).

IDENTIFICAÇÃO DOS ESCRITORES BÍBLICOS

Paulo sempre se identificou como o escritor de todas as suas cartas, chegando até, em algumas delas, dar a conclusão com as próprias mãos (Rm 1.1; 1 Co 1.1; 2 Co 1.1; Gl 1.1; 6.11; Ef 1. l; Fp 1.1; Cl 1.1). Moisés é declarado como escritor do Pentateuco (Gn, Êx, Lv, Nm, Dt). Quiseram esses homens proeminência para si quando foram identificados como autores de seus respectivos livros?

Distorção da TNM em Várias Passagens:

Os autores da Tradução do Novo Mundo declaram no prefácio da sua Bíblia que procuraram fazer sua tradução ser a mais exata possível em confronto com as línguas originais da Bíblia. Fizeram isso com relação às passagens abaixo?

a) Gn 1.2 força ativa em lugar de Espírito de Deus;

b) Mt 4.1-3 onde aparece grafado com letra minúscula, espírito, e com maiúscula Diabo e Tentador. A palavra filho aparece com letra minúscula;

c) Mt 27.52-53 (negação da ressurreição corporal dos santos). Apenas foram expostos fora das sepulturas os corpos mortos e não ressuscitados. Diz a TNM: ... muitos corpos de santos que tinham adormecido foram levantados (e pessoas, saindo dentre os túmulos memoriais depois de ter sido levantadas, entraram na cidade santa) e tornaram-se visíveis a muitas pessoas.

d) Mt 14.33; 15.25; 28.9,27; Jo 9.38; Hb 1.6 prestar homenagem em lugar de adorar a Jesus. A palavra proskuneo é sempre traduzida por prestar homenagem para Jesus. Para o Pai, Satanás e deuses falsos sempre é traduzida por adorar (Mt 4.10; Jo 4.24; Lc 4.7; Ap 13.4; 22.8).

e) Jo 8.58 (eu tenho sido em vez de eu sou), para evitar comparação com Êx 3.14.

f) Mt 27.50 estaca de tortura em lugar de cruz.

g) 2 Co 11.8 Paulo é chamado de ladrão, tendo roubado outras igrejas. Diz a TNM: A outras congregações roubei...

h) Lc 23.43 Deveras te digo hoje em lugar de hoje estarás comigo no Paraíso.

NOTA: A Torre de Vigia confessa no rodapé da TNM (Bíblia de Púlpito) que alterou sua tradução, dizendo: Embora WH coloque uma vírgula no texto grego antes da palavra ‘hoje’... omitimos a vírgula antes de hoje.

i) Jo 1.1 um deus falando de Jesus (deus com letra minúscula refere-se a um deus falso).

NOTA: O que notáveis eruditos do grego afirmam sobre João 1.1 na TNM:

Dr. Ernest C. Colwell, da Universidade de Chicago.

Um nominativo definido no predicado tem o artigo quando segue o verbo; não tem o artigo quando precede o verbo... essa declaração não pode ser considerada como estranha no prólogo do Evangelho que alcança seu clímax na confissão de Tome: ‘Senhor meu a Deus meu’ (Jo 20.28).

Dr. B. F. Wescott (cujo texto do Novo Testamento – mas não a parte em inglês – é usado na Tradução Interlinear do Reino):

O predicado (Deus) encontra-se na posição inicial enfaticamente, como em João 4.24. É necessariamente sem o artigo... Nenhuma idéia de inferioridade de natureza é sugerida por essa forma de expressão, que simplesmente afirma a verdadeira deidade da Palavra (Jesus)... Na terceira cláusula declara-se que ‘a Palavra é Deus’, a assim incluída na unidade da divindade.

Dr. Eugene A. Nida, chefe do Departamento de Tradução da Sociedade Bíblica Norte-americana:

Com relação a João 1.1, há, é claro, uma complicação simplesmente porque a Tradução do Novo Mundo foi aparentemente feita por pessoas que não levaram a sério a sintaxe do grego (Responsável pela Good News Bible – a Comissão trabalhou sob sua direção).

Dr. F. F. Bruce, da Universidade de Manchester, Inglaterra:

Os gramáticos amadores arianos fazem muito alarde da omissão do artigo definido com ‘Deus’ na oração predicativa... ‘um deus’ seria totalmente indefensável.

Dr. J. R. Mantey (que é citado nas páginas 1158-1159 da Tradução Interlinear do Reino da Sociedade Torre de Vigia):

Uma má tradução chocante. Obsoleta e incorreta. Não é nem erudito nem razoável traduzir João 1.1 a Palavra era (um) deus.

Dr. Bruce M. Metzger: (da Universidade de Princeton, professor de Língua a Literatura do Novo Testamento):

Uma tradução horripilante..., errônea..., perniciosa, repreensível. Se as Testemunhas de Jeová levam essa tradução a sério, elas são politeístas.

Dr. Samuel J. Mikolaski, de Zurique, Suíça:

Esta construção anartra (usada sem o artigo) não significa o que o artigo indefinido ‘a’ significa em inglês (e o artigo indefinido em português). Traduzir a frase ‘a Palavra era (um) deus’ é monstruoso.

Dr. William Barclay, da Universidade de Glasgow, Escócia:

A distorção deliberada da verdade por essa seita é vista na sua tradução do Novo Testamento. João 1.1 é traduzido: ‘a Palavra era (um) deus’, uma tradução que é gramaticalmente impossível. É abundantemente claro que uma seita que pode traduzir o Novo Testamento assim é intelectualmente desonesta.

Não bastassem as opiniões de gramáticos da língua grega refutando a TNM de Jo 1.1 e a Palavra era (um) deus, há que se levar em conta também que os tradutores da TNM se valeram de uma tradução espírita para a sua tradução de Jo 1.1, isso confessado por elas mesmas em sua edição de A Sentinela de 1-10-1983, p. 31. Na A Sentinela de 1-10-1956, p. 187/10, elas reconheceram sobre o tradutor Johannes Greber: Greber esforça-se para fazer que sua tradução do Novo Testamento soe bem espírita.

j) Cl 1.16-17 (quatro vezes aparece a palavra outras) para sugerir que Jesus é a primeira criação por meio de quem as outras coisas foram criadas. Jesus é o Criador e não criatura (Jo 1.3).

k) Traduziram as palavras gregas Kyrios (Senhor) e Théos (Deus) no Novo Testamento para JEOVÁ 237 vezes sempre que a passagem se referia a uma citação do Antigo Testamento, onde aparecesse o tetragrama JHVH. Quando o tetragrama aparecia num texto do Antigo Testamento, e aplicado a Jesus no Novo Testamento com as palavras Kyrios ou Théos, traduziram por Senhor, não seguindo a regra por elas mesmas estabelecidas para a inserção do nome Jeová no Novo Testamento. Nem uma só vez aparece o nome Jeová no NT. Isso é reconhecido pelos líderes delas: Nenhum manuscrito grego hoje em nosso poder, desde os livros de Mateus até o Apocalipse, contém o nome de Deus (isto é, Jeová) por si mesmo (“O Nome Divino”, p. 23).

Exemplos:

Salmo 102.1, 25, 26 é aplicado a Jesus em Hb 1.10-12. Aqui aparece a palavra Senhor, e não Jeová. Deixaram de seguir a regra empregada para o Pai, que sempre traduzem para Jeová.

Isaías 8.13 é aplicado a Jesus em 1 Pe 3.15.

Isaías 8.14 é aplicado a Jesus em 1 Pe 2.4.

Isaías 45.23 é aplicado a Jesus em Fp 2.11.


https://www.icp.com.br/apologetica063.asp

sábado, 10 de agosto de 2024

0 10 Razões Porque Você Deve Estudar Teologia



Estudar teologia deve fazer parte da vida de cada cristão, uma vez que, a busca pelo conhecimento de tudo que cerca a questão da vida cristã é fundamental para o desenvolvimento de cada cristão como um integrante do Reino de Deus e responsável pela expansão desse Reino no mundo, pela pregação e ensino da Palavra de Deus.

Algumas pessoas não pensam ao menos na possibilidade da existência de um Deus e menos ainda sobre questões que envolvem as características do transcendente. Em outras palavras é dizer que a busca por algo que não vemos e tocamos se torna mais complexa, o que, de certa maneira afasta muita gente do interesse em estudos teológicos.

No que diz respeito à Teologia, esta traz respostas para muitos questionamentos acerca de Deus; tudo aquilo que está atrelado a Ele e ao sujeito na terra. É dizer que enquanto a Teologia auxilia no entendimento de quem é Deus, ela também ajuda a compreender quem somos.

Mesmo quem é leigo no assunto já possui dentro de si afirmações prontas em relação a Deus; já tem em mente uma organização sobre o que pensam sobre a Bíblia e aos posicionamentos teológicos.

Algumas pessoas começam estudar Teologia em busca de uma compreensão aprofundada sobre Deus, sobre si mesmo enquanto ser no mundo e assuntos sobrenaturais. Tal situação é válida, já que é através das indagações internas que possuímos que nasce o conhecimento.

Se um determinado indivíduo simplesmente vive e não procura conhecer cada vez mais sobre as coisas é como estar dentro do desconhecido, mas não se importar com ele; é fechar os olhos para não ver o que não sabe e com isso limitar a capacidade de estudar para conhecer.

Quando o assunto, portanto é estudar Teologia, cada pessoa pensa sobre isso de uma forma distinta; cada um vai procurar por esse estudo com uma finalidade própria.

Sendo assim, para quem pretende estudar Teologia com profundidade e de forma sistemática precisa saber da sua importância; veja 10 razões pelas quais você deve investir na Teologia:

1. Estudar Teologia é entender melhor sobre a ciência que explica Deus

Neste ponto vale dizer que a busca por conhecimento sempre é válida, uma vez que ao estudar algum assunto, é possível estabelecer um pensamento ou um raciocínio sobre algo.

Dessa forma, estudar Teologia de modo sistemático é de grande importância para o nosso desenvolvimento intelectual e espiritual, tornando-nos capazes de abrir o entendimento sobre vários assuntos e aspectos da Fé Cristã que anteriormente, provavelmente não tínhamos.

Quando se estuda a Teologia o sujeito passa a compreender o mundo sobrenatural; Deus e tudo o que envolve aquilo que, como humanos, não podemos ver.

Não é um mundo visível, mas real já que na Teologia estudamos o nosso relacionamento com Deus. Em outras palavras é dizer que ao estudar Deus estudamos também o ser humano.

2. O estudo teológico fortalece a nossa fé racional nos livrando do emocionalismo

Ao estudar questões relacionadas ao sobrenatural é comum que haja um envolvimento mais emocional; o estudo de Deus, como já foi mencionado anteriormente é algo distante do mundo visível o que pode prejudicar o pensamento racional.

Por outro lado, estudar Teologia permite o conhecimento de forma profunda onde tudo está totalmente organizado e estruturado a fim de trazer uma análise crítica sobre o que é divino e o que é humano.

Pensando desta maneira, entendemos as coisas de Deus como algo, que sim pode ser racional e não apenas sensações ou emoções.

A Teologia faz com que enxerguemos o mundo da fé sob a ótica da razão; eu conheço, raciocino e creio. Assim, compreendemos a lógica divina, em que tudo faz o devido sentido.

3. Obter um conhecimento bíblico de modo sistemático e científico

É fato que a Bíblia é vista por muitos como algo totalmente fora da realidade; como se fosse um livro fantasioso e tudo mais.

Analisando isso de uma certa forma, tal situação é compreensível, porque é um livro que apesar de ser histórico contem questões que fogem do nosso mundo tátil.

Há também quem busca o conhecimento bíblico por si só e não expande o seu entendimento nas entrelinhas, na história, na cultura e outros. Assim, todo o estudo fica extremamente raso em todos os sentidos.

Porém quando estudamos Teologia podemos enfim abrir a nossa compreensão da Bíblia levando em conta todo o contexto em que este livro está inserido. Estudamos de modo amplo analisando e questionando com base sistemática e científica.

4. Defender sua crença com argumentos claros e bem fundamentados

As pessoas de modo geral tem o costume de defender aquilo em que acreditam. Porém, não são todos que sabem fazer isso com clareza, o que pode até transmitir para outros questões equivocadas que atrapalham o entendimento.

Para que você possa defender a sua crença é fundamental o estudo teológico, porque através dele é possível esclarecer, argumentar de forma profunda e coesa sobre todos os assuntos que envolvem Deus e o nosso relacionamento com Ele.

Quanto mais estudo teológico você tiver maior será a sua capacidade em falar de modo conciso sobre diversos temas e com isso auxiliar o entendimento de um determinado ouvinte.

Então realmente é muito importante este estudo não apenas para o seu próprio conhecimento, mas para expandi-lo da melhor maneira possível.

5. Entender os fatos históricos apresentados na Bíblia

A Bíblia nos apresenta uma série de fatos históricos que não podem passar despercebidos.

É muito comum alguém ler a Bíblia sem procurar compreender ou analisar mais profundamente o contexto de uma determinada passagem. Isso é fazer uma leitura muito superficial.

Na verdade, qualquer livro deve ser lido em suas entrelinhas e levando em consideração, no mínimo os acontecimentos históricos e a cultura. O que não seria diferente no caso da leitura bíblica.

Acontece que muitos veem a Bíblia como algo extremamente sobrenatural, o que pode levar a um estudo emocional. Isso faz com que não sejam notados outros pontos essenciais.

Sendo assim, ao fazer uma leitura bíblica é necessário estudar no mesmo instante todo o enredo histórico a fim de conhecer o povo da época, seus pensamentos, a maneira em que viviam e como isso interfere em suas ações ou comportamentos.

6. Desenvolver um pensamento equilibrado sobre a religiosidade humana

O desenvolvimento de qualquer pensamento ocorre com base em tudo o que nos cerca, aquilo que ouvimos, lemos e tudo mais.

No que tange o questionamento sobre religião um determinado indivíduo tende a desenvolver o seu pensamento de acordo com a realidade em que ele está inserido, sendo assim, muitos assuntos relacionados a este tema podem não ter uma base sólida.

Por tal motivo o estudo da Teologia permite que uma pessoa desenvolva todos os pensamentos sobre a religiosidade humana de forma coerente e moderada.

Através também de base científica, a Teologia estuda a relação do homem com Deus. Há todo um processo de pensamento crítico e estruturado sobre Deus, o ser humano e o sentido da vida.

7. Entender sobre as necessidades do homem contemporâneo

A partir do momento em que estudamos o relacionamento do ser humano com Deus e os seus comportamentos em relação à vida, também analisamos como o homem enxerga a questão de sua existência aqui na terra.

Dessa forma, pode-se notar toda a evolução do pensamento humano ao longo dos tempos. É dizer que o estudo teológico deve levar em consideração o homem contemporâneo e suas necessidades neste tempo.

De certa maneira, a base do pensamento humano sempre foi a mesma, porém sofreu e sofre, sem sombra de dúvidas alterações conforme a época em que vive, seu ambiente, seus relacionamentos e sua cultura.

Então, todo o questionamento sobre a relação do ser humano com Deus deve estar atrelado a esse pressuposto.

8. Necessário para quem deseja exercer um ministério frutífero

Não é segredo que para alguém exercer um ministério que dê frutos de fato, o estudo teológico é imprescindível.

Quanto mais conhecimento sobre Deus melhor. Somente desta maneira é possível transmitir uma mensagem coerente e fundamentada para outros.

Não basta apenas conhecer pontos superficiais sobre a Bíblia e Deus, sem ter um estudo profundo sobre o que vai além. Assim, quem exerce um ministério deve manter uma rotina de estudos disciplinada.

Muitas pontuações bíblicas que vemos em certos locais, são altamente rasas e pobres em argumentos. Tal situação compromete o desenvolvimento de um ministério frutífero.

Estudar Teologia, portanto é parte necessária para que um ministério caminhe sobre uma base sólida e estruturada.

9. Para obter o entendimento da Bíblia com maior profundidade

A leitura de qualquer livro que seja deve ser estudada também em base de outras coisas que estão fora dele. A compreensão mais profunda ocorre desta maneira.

Por exemplo, se você lê um livro sobre economia e ao mesmo tempo estuda em outras fontes o mesmo tema ou assuntos que possuem correlação com ele, você é capaz de fazer um estudo analítico através de relações que abrem o entendimento.

No caso da leitura bíblica é a mesma coisa. É claro que dentro dela temos acesso ao entendimento de quem é Deus e de quem somos nós, porém para que possamos obter um conhecimento mais abrangente, devemos estudá-la com olhar minucioso levando em conta aspectos mais profundos.

Tendo isso em vista, é por meio do estudo teológico que podemos ter um entendimento mais detalhado e sistemático sobre a Bíblia.

10. Para aplicar o aprendizado no desenvolvimento de outros irmãos

Quando adquirimos um conhecimento e guardamos para nós é como se isso não valesse de nada. Do que adianta uma pessoa passar uma vida inteira estudando e não aplicar tal estudo em sua vida e na de outros?

Se você estudou algo transmita o que sabe aos outros, compartilhe e troque conhecimento. Isso é também importante para o seu crescimento.

Na verdade todos nós ensinamos e aprendemos. Então faça isso; busque conhecer não apenas para si, mas divida o que sabe.

No caso do estudo teológico, além de você obter um pensamento mais profundo em tudo que diz respeito ao nosso relacionamento com Deus, você será capaz de desenvolver outros irmãos.

Isso é incrível, porque nada é em vão; tudo tem um propósito certo. Estude para aprender e transmitir conhecimento.

Tendo em vista as 10 razões pelas quais você deve investir em teologia podemos dizer que realmente vale muito à pena sempre a busca pelo conhecimento através de estudos, leituras e pesquisas.

Estudar Teologia é bastante válido tanto para quem é apenas um leigo, ou que conhece um pouco de Bíblia ou ainda para quem tem até certo conhecimento bíblico aprofundado, mas que não possui um olhar teológico sobre os assuntos.

Saiba que quanto mais estudamos um determinado tema e de forma correta, isto é, por meio de ferramentas específicas, melhor será a nossa capacidade de fazer as relações, indagações e tudo mais.

Invista no estudo Teológico e amplie o seu entendimento sobre Deus, o humano e o sentido de todas as coisas da vida. Estude tudo isso com base no saber teológico e científico.

 

Matéria extraída do site: https://institutodeteologialogos.com.br/10-razoes-para-estudar-teologia/

domingo, 19 de maio de 2024

0 Lições Bíblicas Adultos Professor 3º Tr.2024


 


Descrição

O currículo de Escola Dominical CPAD é um aprendizado que acompanha toda a família. A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas vidas na Palavra de Deus.

Neste 3º trimestre de 2024, estudaremos, na classe de adultos, sobre o tema:
O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família
Os Ensinamentos Divinos nos Livros de Rute e Ester para a Nossa Geração .

COMENTARISTA – Silas Queiroz

SUMÁRIO
Lição 1 - Duas Importantes Mulheres na História de um Povo
Lição 2 - O Livro de Rute
Lição 3 - Rute e Noemi: Entrelaçadas pelo Amor
Lição 4 - O Encontro de Rute com Boaz
Lição 5 - O Casamento de Rute e Boaz: A Remição da Família
Lição 6 - O Livro de Ester
Lição 7 - A Deposição da Rainha Vasti e a Ascensão de Ester
Lição 8 - A Resistência de Mardoqueu
Lição 9 - A Conspiração de Hamã contra os Judeus
Lição 10 - O Plano de Livramento e o Papel de Ester
Lição 11 - A Humilhação de Hamã e a Honra de Mardoqueu
Lição 12 - O Banquete de Ester: Denúncia e Livramento
Lição 13 -Ester, a Portadora das Boas-Novas

Características

Altura21
Largura13,5
Acabamento Normal ou Capa Dura
PeriodicidadeTrimestral
Faixa EtáriaAdultos
TipoEscola Dominical


 

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