domingo, 19 de outubro de 2025

0 HISTÓRIA DO CRISTIANISMO -A Reforma Protestante

 




Reforma Protestante

A Reforma Protestante foi iniciada por meio do questionamento do monge alemão Martinho Lutero na questão referente às indulgências.

Reforma Protestante foi um movimento de reforma religiosa ocorrido na Europa, no século XVI. Esse reformismo religioso foi iniciado por Martinho Lutero, um monge alemão insatisfeito com a cobrança de indulgências pela Igreja Católica. Lutero elaborou as 95 teses e fundamentou uma teologia que deu origem a novas denominações dentro do cristianismo.

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Acesse tambémGuerra dos 30 anos: conflito motivado pelas diferenças religiosas que existiam na Europa

Contexto: Europa no século XVI

A Europa do século XVI passava por profundas transformações. As estruturas políticas, econômicas, sociais e culturais que marcaram o continente durante a Idade Média estavam sendo substituídas. Havia expansão econômica e, politicamente, novos interesses e novas formas de governo se consolidavam.

religião perdia a sua força, pois, a partir do Renascentismo, começou a se consolidar a ideia de que o homem era o centro de todas as coisas. A cultura renascentista também contribuiu para que as artes ganhassem novo fôlego, resgatando, sobretudo, o legado da cultura clássica. Assim, novas ideias e novas formas de enxergar o mundo foram difundidas com a invenção da imprensa.

A Igreja Católica, por sua vez, enfrentava uma crise de credibilidade, e sua contestação vinha desde a Idade Média. As críticas à Santa Sé tratavam de questões como a quantidade de terras e outras riquezas nas mãos da Igreja, a corrupção dos clérigos, o abuso do poder, etc. Assim, questionamentos eram realizados abertamente. Os casos dos valdenses e as críticas feitas por John Wycliff e Jan Huss são demonstrações claras de que a insatisfação com a Igreja Católica se arrastava por séculos. Os dois últimos, inclusive, são considerados precursores da Reforma Protestante.

Quais foram as causas da Reforma Protestante?

A Reforma Protestante foi um movimento de reforma religiosa que aconteceu dentro do cristianismo, sendo iniciado por Martinho Lutero em 1517. Veremos ao longo do texto que Lutero não desejava criar um movimento religioso que se separasse da Igreja Católica, mas que a reformasse, uma vez que ele tinha discordâncias de caráter teológico.

As antigas críticas que eram realizadas à Santa Sé foram retomadas por Martinho Lutero, um monge agostiniano que era professor de teologia na Universidade de Wittenberg. Apesar de ser um monge e, portanto, membro do clero, Lutero tinha inúmeras críticas à Igreja Católica.

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grande questionamento que movia Lutero era a questão da venda de indulgências, isto é, a Igreja pedia doações em dinheiro em troca de perdão pelos pecados. Quando a Igreja tinha objetivos importantes, ela realizava uma venda especial de indulgências e incentivava as pessoas a darem contribuições em troca desse perdão e da garantia de salvação.

No contexto de Lutero, o monge João de Tetzel tinha sido encarregado por uma autoridade do Sacro Império Romano-Germânico para recolher indulgências em Wittenberg. Isso foi o motivador para Lutero questionar abertamente a prática das indulgências. Parte delas seria utilizada na construção da Basílica de São Pedro, em Roma.

Além disso, Lutero era crítico de outras práticas, como a simonia, isto é, a venda de cargos e funções eclesiásticas. Lutero entendia que essas ações da Igreja Católica iam contra o seu entendimento da fé cristã, porque ele não acreditava na ideia de que a salvação acontecia mediante obras, mas pela fé.

A insatisfação de Lutero, como mencionado, não tinha como objetivo promover um rompimento ou dividir a Igreja Católica. Ele queria apenas combater práticas que considerava inadequadas para que a fé católica pudesse ser reformada. No entanto, o processo iniciado por Lutero deu abertura para mudanças profundas em questões políticas e econômicas na Europa do século XVI.

A primeira mudança ocorreu no âmbito político, pois a Europa já não era aquela do período medieval, uma vez que, a partir da Baixa Idade Média, foi iniciado o processo de centralização do poder dos monarcas e da formação dos Estados Nacionais. Acontece que, ainda no século XVI, a Igreja era muito poderosa e sua influência sobre o poder secular, isto é, o poder dos reis, ainda era muito grande.

Nesse contexto, as agendas e os interesses dos Estados Nacionais e dos reis começavam a se distanciar dos interesses da Igreja. Portanto, era necessário enfraquecer a Igreja para que um distanciamento entre o poder secular e o poder eclesiástico fosse possível. Os questionamentos de Lutero surgiram como possibilidade de promover isso e, por essa razão, ele contou com o apoio de muitos príncipes.

Do ponto de vista econômico, os questionamentos de Lutero abriam a possibilidade de se conquistar maior autonomia econômica, uma vez que os líderes seculares não dependeriam mais dos favores da Igreja Católica e, portanto, não precisariam mais pagar impostos para Roma. Além disso, a Reforma Protestante fez com que ressentimentos com a prosperidade de Roma e da Península Itálica em contraposição com a pobreza do Sacro Império se aflorassem.

Acesse tambémA justificativa religiosa dada para o poder absoluto dos reis

95 teses de Lutero

pontapé da Reforma Protestante foi a elaboração das 95 teses de Martinho Lutero. Esse documento foi escrito por Lutero como uma proposição de debate para a questão das indulgências, da qual ele discordava, como já vimos. A partir disso, as ideias de Lutero se espalharam rapidamente, sobretudo pelo norte da Europa e pela Europa Central.

Igreja de Wittenberg, onde supostamente Martinho Lutero teria pregado suas 95 teses durante a Reforma Protestante.Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero supostamente pregou suas 95 teses na porta da igreja de Wittenberg.

Como sabemos, a motivação para que Lutero fizesse o seu questionamento das indulgências foi o envio de João de Tetzel por ordem de Alberto de Mainz, arcebispo de Mainz e príncipe-eleitor do Sacro Império Romano-Germânico (membro do colégio eleitoral do Sacro Império que elegia o imperador).

Lutero então elaborou a “Disputação do doutor Martinho Lutero sobre o poder e eficácia das indulgências”, vulgarmente conhecida como “95 teses”. Segundo a tradição protestante, Lutero teria afixado as 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg como forma de demonstrar sua posição publicamente e de convocar um debate sobre a questão. Essa fato, que deu início à Reforma Protestante, ocorreu em 31 de outubro de 1517.

No entanto, não existe comprovação histórica de que isso de fato aconteceu e o que se sabe é que o texto escrito por Lutero teria sido enviado para Alberto de Mainz depois que tentativas de debater as indulgências em Wittenberg fracassaram. A carta para Alberto de Mainz iniciou a discussão sobre a questão.

Tanto as 95 teses como outros documentos escritos por Lutero na época se popularizaram consideravelmente, e isso se deve à existência da imprensa, inventada havia poucas décadas na região da Alemanha. A imprensa permitia que escritos fossem replicados em uma velocidade inédita, assim os textos de Lutero rodaram a Europa.

Lutero então se tornou o expoente da teologia luterana, que se consolidou quando ficou perceptível que as diferenças de raiz teológica da Igreja com Lutero eram irreconciliáveis. A teologia luterana ficou centralizada na ideia que foi a raiz do questionamento de Lutero: a fé é a garantia da salvação, e não as boas obras.

Ao longo da vida de Lutero, ficou estabelecido um princípio teológico conhecido como Cinco Solas, que são bases importantes para o protestantismo. São elas:

  • Sola fide (somente a fé);
  • Sola scriptura (somente e escritura);
  • Solus Christus (somente Cristo);
  • Sola gratia (somente a graça);
  • Soli Deo gloria (glória somente a Deus).

Martinho Lutero ainda traduziu a Bíblia do latim para o alemão, uma vez que ele acreditava que os fiéis deveriam ter acesso direto aos textos sagrados. A ação de Lutero ainda influenciou outros movimentos protestantes na Europa, como o liderado por João Calvino, que originou o calvinismo, e o de Henrique VIII, que originou o anglicanismo.

Acesse tambémThomas Müntzer — o seguidor de Lutero que teceu duras críticas à nobreza

Como reagiu a Igreja Católica?

Uma vez que as críticas de Lutero se tornaram públicas, a reação da Igreja Católica foi a de tentar conter o monge alemão. As autoridades eclesiásticas não aprovaram as críticas, tanto que Alberto de Mainz enviou as 95 teses para que o Papa Leão X pudesse tomar conhecimento delas. O papa exigiu uma retratação de Lutero, mas como isso não aconteceu, o monge alemão foi excomungado em 1521.

Castelo de Wartburg, local onde Lutero se escondeu após ser declarado um herege pela Dieta de Worms, durante a Reforma ProtestanteCastelo de Wartburg, local onde Lutero se escondeu após ser declarado um herege pela Dieta de Worms. Aqui ele traduziu a Bíblia para o alemão.

Lutero ainda foi obrigado a apresentar-se diante da Dieta de Worms para debater suas ideias, em 1521. Ele compareceu a essa assembleia por convocação do imperador Carlos V e, após apresentar o que ele defendia, foi considerado um herege. Por conta disso, ele ficou um ano escondido no Castelo de Wartburg, local onde traduziu a Bíblia para o alemão.

  • Contrarreforma

O crescimento do protestantismo na Europa fez com que o Papa Paulo III convocasse o Concílio de Trento, que se reuniu em três ciclos: 1545-1547, 1551-1552 e 1562-1563. Nesses concílios foram tomadas decisões que reforçavam princípios do catolicismo e combatiam o avanço do protestantismo.

A realização do Concílio de Trento foi uma das ações da Igreja Católica no que ficou conhecido como Contrarreforma. O objetivo era exatamente o mencionado: barrar o avanço do protestantismo na Europa. Entre as medidas tomadas no Concílio de Trento, podemos citar:

  • proibição das indulgências;
  • proibição da circulação de alguns livros;
  • reforço da ideia de infalibilidade do papa, etc.

As ações da Igreja como parte da Contrarreforma não se resumiram ao Concílio de Trento e se manifestaram de outras formas também. A fundação da Companhia de Jesus por Inácio de Loyola também entra no rol de ações da Igreja para reformar seu poder. Os jesuítas eram responsáveis pela divulgação do catolicismo pelo mundo e foram uma das principais ordens religiosas na América.

Igreja Católica também reforçou a criação de seminários para aperfeiçoar a formação dos sacerdotes e procurou silenciar os protestantes por meio da Inquisição. Em locais como Espanha, França e Itália, a perseguição aos protestantes foi intensa. Para saber mais sobre a reação da Igreja Católica, leia nosso texto específico: Contrarreforma.

Martinho Lutero não concordava com a cobrança de indulgências e era defensor da ideia de que a salvação é obtida pela fé.Martinho Lutero, idealizador da Reforma Protestante.


Escrito por: Daniel Neves SilvaFormado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.

 


sexta-feira, 3 de outubro de 2025

0 Reflexão – E se for mesmo verdade?


 



Porque a palavra do Senhor é reta,
e todas as suas obras são fiéis.

Salmo 33:4

 

INTRODUÇÃO - Muitos de nós, inclusive cristãos professos, duvidam de muita coisa, no bojo das doutrinas cristãs. Quando não completamente, mas em partes. Tem muita coisa que é pregada e ensinada que parece utopia a primeira vista e muitos pensam: não sei, mas acho que não acredito 100% nisto. MAS e se for mesmo verdade? Se estivermos enganados o que será de nós?

·       Se for verdade que o nosso pecado faz separação entre nós e Deus? (Isaías 59.1-3)

·       Se for mesmo verdade que o Espírito de Deus não habita em templo sujo? (Romanos 8.9)

·       Se for mesmo verdade que sexo antes do casamento é fornicação e tal ato é condenado pela palavra de Deus? ( Coríntios 10.8ARC)

·       Se for mesmo verdade que Deus aborrece o divórcio e que todos os adúlteros serão punidos severamente? (Malaquias 2.16 e Hebreus 13.4)

·       Se for verdade que todo aquele que odeia a seu irmão é considerado por Deus como homicida e nenhum homicida tem parte no Reino de Cristo e de Deus? (I João 3.15-18)

·       Se for verdade que todo aquele que ama e pratica a mentira será lançado no lago de fogo e enxofre (a segunda morte)? (Apocalipse 22.15)

·       Se for mesmo verdade que o inferno existe e é real? E que pra lá irão todos aqueles que recusaram aceitar Cristo como Salvador e viver dignamente, conforme determina a sua palavra? (Salmos 9.17)

·       Se for mesmo verdade que o inferno é eterno e sem saída? E que lá os homens (mulheres) serão atormentados dia e noite por toda a eternidade; porque não se arrependeram dos seus pecados? (Apocalipse 20.10-14)

·       E se for verdade que Jesus virá buscar sua igreja para morar com ele na Nova Jerusalém e que há uma cidade preparada nos céus para àqueles que andarem com Cristo em sinceridade nessa vida? (João 14.3-18; João 5.28-29; I Tessalonicenses 4.16-17; Apocalipse 1.7)

CONCLUSÃO - E você acredita nestas e em tantas verdades expostas na Bíblia Sagrada? Ou acha que não passam de lendas, contos ou histórias meramente ilustrativas?

E se um dia você descobrir (E IRÁ) que era tudo verdade e que você nunca levou a sério? O que será da sua vida? Você está preparado para pagar o preço?

      Em Cristo,

 

                João Augusto de Oliveira


sábado, 27 de setembro de 2025

0 MISSÕES - Igreja no Irã: uma igreja atrás das grades


 

Como as prisões de cristãos no Irã moldam a fé da igreja local

A realidade da igreja no Irã é de constante vigilância e ameaça. No Irã, se os seguidores de Jesus vivem sua fé abertamente e a compartilham com outras pessoas, eles são ameaçados de prisão por “colocar em risco a segurança nacional”. Sabe o que significa a prisão para quem faz parte da igreja no Irã?

Quando as pessoas são enviadas para a cadeia, são torturadas, tanto física quanto verbalmente”, relata Mounes*, um líder de jovens. O objetivo da tortura é colocar os prisioneiros sob tanta pressão que eles renunciem à fé em Jesus e entreguem os nomes de outros cristãos e redes cristãs.

“Eles reproduzem sons falsos de outras celas para fazer você pensar que estão assediando sua família. Ou, se você tem uma esposa ou irmã, eles dizem que estão abusando sexualmente dela”, diz Mehrdad*, um jovem evangelista. Além das mentiras, o abuso sexual por parte de oficiais prisionais e judiciais, bem como por outros prisioneiros, não é incomum nas prisões iranianas, segundo relatos de ex-prisioneiros.

Igreja no Irã: tortura e prisão do pastor Iman

O pastor Iman foi preso pela primeira vez durante um culto secreto. Pouco depois de sua primeira libertação, ele foi preso novamente. “Fui colocado na solitária por quatro meses. Eu estava algemado e completamente vendado. Os guardas me levaram para quatro celas diferentes e cada uma delas foi usada para me torturar de alguma maneira. Por exemplo, em uma das celas, havia um fedor muito forte, estava cheia de mosquitos e tinha um barulho extremamente alto que parecia um helicóptero bem acima da minha cabeça. Em outra cela, era muito frio e eu percebi que aquela era uma cela de tortura porque se eu protestasse contra o frio, eles tornavam as coisas ainda piores. Eu pensei que era o fim e que eu morreria congelado”, conta o pastor.

Antes de se converter, Iman era viciado em drogas, então, depois dos quatro meses na solitária, os oficiais o colocaram em uma cela coletiva onde drogas eram distribuídas e consumidas. “A intenção deles era nos atrair de volta ao vício para nos afastar da nossa fé em Jesus. Este é o sistema da República Islâmica do Irã: eles não querem que você conheça a Cristo; eles querem que você seja um ladrão, um contrabandista, um viciado – mas o principal é que você não seja um cristão”, diz Iman.

Mehrdad diz: “Quando um cristão é preso, isso também afeta toda a família, pois o futuro deles aqui na terra é arruinado. E, além disso, a igreja à qual pertence também pode ser destruída”.

Pai preso por causa da perseguição: a história de Bahareh

O fardo emocional pode ser esmagador quando alguém que você conhece vai para a cadeia. Foi isso que aconteceu com Bahareh* quando seu pai foi preso. Mesmo dez dias depois da prisão, Bahareh ainda não sabia onde seu pai estava sendo mantido. Durante os vários dias de busca, ela teve que lidar com oficiais corruptos, alguns dos quais queriam explorar sua situação de vulnerabilidade em troca de favores sexuais.

Quando Bahareh finalmente descobriu onde seu pai estava, ficou devastada: “Eu me senti tão mal que desmaiei por causa de toda a angústia que havia vivido”. A família de Bahareh tentou pagar a fiança para libertar o pai até o julgamento, mas o valor era sempre aumentado. Os oficiais também pediram a escritura da casa, entre outras coisas.

“O preço que eles exigiram pelo meu pai foi muito alto”, diz Bahareh.

Além dos valores arbitrários e corruptos da fiança, eles também tiveram que pagar honorários advocatícios muito caros. Bahareh continuou sustentando a família enquanto seu pai estava na prisão. Muitas famílias são levadas à ruína financeira pelos encargos gerados pela prisão de um familiar.

Outro caso semelhante ao de Bahareh é o de Mobina*. Quando ela tinha oito anos, duas de suas tias foram presas. “Depois disso, o serviço secreto ameaçou muito a minha família. Eles ficavam ligando para minha mãe de números diferentes, às vezes, no meio da noite. Ficavam ameaçando, dizendo que ela deveria se tornar muçulmana ou se divorciar do meu pai, que era muçulmano, porque ela era impura como cristã. O telefone dos meus avós era monitorado pelo governo e eles nos vigiavam o tempo todo. Por causa de todo o estresse, meu avô perdeu parte do rim. Estávamos o tempo todo com medo e nunca nos sentíamos seguros”, conta Mobina.

Bahareh e sua família também ficaram sob vigilância constante após a prisão de seu pai. “Eles estavam sempre à nossa porta. Não podíamos receber visitas e, quando minha mãe e eu saíamos, sempre havia alguém visivelmente nos seguindo, por isso as pessoas tinham medo de nos ligar e perguntar como estávamos”, diz Bahareh.

“Quando as pessoas são soltas, o sofrimento não acaba”, explica Mansour, da organização Article 18. Elas são estigmatizadas e, em muitos aspectos, têm uma perspectiva de futuro muito limitada dentro do Irã.

A group of people sitting in a dark room

AI-generated content may be incorrect.Para os novos cristãos iranianos, a conversão é uma escolha por Cristo e pelo constante risco de prisão (foto representativa)

Ameaças e perseguições contínuas à igreja no Irã

Mesmo após a libertação, a pessoa continua sob o radar do serviço secreto. “Alguns dos interrogadores ligam para você. Imagine o trauma de ouvir a voz do guarda que torturou você psicologicamente – e às vezes fisicamente – falando pelo telefone: ‘Estamos de olho em você. Cuidado para não repetir os crimes que cometeu’. E então vêm as ameaças constantes. Registramos também alguns casos em que os ex-prisioneiros foram fisicamente ameaçados de morte ou sofreram uma ‘morte acidental’”, explica Mansour.

Além disso, muitos já não têm como se sustentar, pois o serviço secreto faz questão de garantir que não consigam um emprego nem possam se matricular em uma universidade. Como os ex-prisioneiros continuam sendo monitorados após o tempo na prisão, eles também são um risco para outros cristãos e para as igrejas domésticas.

“Eles não podem continuar com seu ministério e nem mesmo se reunir com outros cristãos. Isso os coloca sob uma enorme pressão psicológica. Muitos são forçados a deixar o país para proteger sua família da perseguição. Eles precisam recomeçar do zero em outro país e passam a sofrer com outras coisas: a dor de estar longe da família, o sentimento de ser um estrangeiro, a depressão, eentre outros problemas. A situação deles é muito complexa”, explica Mounes.

Deus continua agindo na igreja do Irã

Mesmo atrás das grades, a igreja resiste porque o Espírito de Deus está em ação. “Os cristãos oravam juntos, às vezes eram dois ou três em uma cela, ou vários deles no pátio da prisão durante o horário de recreação. Eles encontravam um canto que ficava fora do alcance das câmeras, sentavam-se juntos e, a cada semana, um deles era responsável por pregar, enquanto os outros entoavam um hino baixinho ou se encorajavam mutuamente”, conta Mansour. O pastor Hovan conta até sobre cristãos em uma prisão que “tomam a ceia com apenas um pedaço de pão e água quando se reúnem”.

A luz de Deus está abrindo caminho na escuridão das prisões iranianas de uma forma impressionante. Há diversos testemunhos de como Jesus usa nossos irmãos e irmãs na prisão para levar muitas pessoas à fé. Bahareh conta que seu pai encontrou um lugar fora do alcance das câmeras de vigilância da cadeia, onde orava pelos outros prisioneiros e pelos guardas da prisão.

“Quando ele foi solto, escreveu em seu caderno que cerca de 20 ou 30 pessoas haviam se arrependido. Também sei que 15 dessas pessoas mantiveram a fé e que suas famílias também se converteram”, diz Bahareh.

O pastor Iman teve uma experiência parecida durante sua primeira prisão. “Nos últimos oito dias de cárcere, fui transferido para uma cela comum. Lá, compartilhei o evangelho, e 23 pessoas entregaram o coração a Jesus Cristo. Entre elas, havia três condenadas à morte.”

Mas não é somente a proclamação verbal do evangelho que leva as pessoas a crerem em Jesus. “Quando visitávamos minha mãe na prisão, algumas pessoas vinham até nós e contavam como apenas o comportamento amoroso de minha mãe havia aberto os olhos delas para o evangelho”, conta Sogol*.

“O governo acredita que pode parar a fé cristã e a propagação do evangelho ao colocar os cristãos na prisão. Mas isso não funciona, porque não se pode parar a obra do Espírito Santo. Não é possível impedir que a fé se espalhe, mesmo nos lugares mais difíceis – e esse é o poder do evangelho”, diz o pastor Hovan.

“O tempo que passei na prisão foi meu seminário bíblico. Conheci a Deus de uma forma que jamais havia conhecido enquanto estava livre. Quando fico sabendo que alguém foi preso, a família ou os amigos muitas vezes se preocupam e dizem: ‘Ah, precisamos orar, ele ou ela foi para a cadeia’. Mas então eu lhes digo: ‘Vocês não sabem o que esse lugar pode ser. É a melhor oportunidade para experimentar a presença de Deus de uma maneira muito especial. Estejam certos de que a presença de Deus ali é tão forte que traz consolo, esperança e paciência. Em vez de reclamar, essa pessoa pode agradecer a Deus por estar sendo usada por ele e porque ele tem um plano para ela ali’”, conclui o pastor Iman.

Como apoiar a igreja no Irã

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional que apoia cristãos perseguidos pela fé em mais de 70 países, incluindo o Irã, onde a perseguição religiosa é extremamente severa.

Atuamos oferecendo suporte prático, emocional e espiritual para igrejas domésticas secretas, cristãos presos e famílias afetadas pela repressão ao cristianismo.

Você pode fazer a diferença para os cristãos perseguidos no Irã. Além de orar pelas igrejas domésticas secretas, é possível contribuir para que os cristãos tenham acesso a treinamentos e discipulados. Faça sua doação ainda hoje!

  • Como é a situação da igreja no Irã?
    A igreja no Irã enfrenta nível extremo de perseguição, com cristãos sendo frequentemente presos, vigiados e ameaçados por praticar a fé.
  • Por que cristãos são perseguidos no Irã?
    Como o Irã é uma teocracia islâmica, o governo considera a conversão ao cristianismo e a prática da fé cristã como ameaças à segurança nacional, reprimindo igrejas domésticas e seus líderes.
  • Quais os principais desafios para cristãos presos no Irã?
    Alguns dos principais desafios enfrentados pelos cristãos presos no Irã são condições insalubres, tortura psicológica e física, isolamento, e a vigilância constante após a soltura.
  • Como é possível ajudar a igreja no Irã?
    É possível ajudar a igreja no Irã por meio de orações, doações e também divulgando informações sobre a realidade dos cristãos perseguidos no país.
  • Um cristão preso no Irã pode ser solto?
    Sim, porém muitos continuam sendo monitorados e enfrentam dificuldades em retomar suas vidas, além de riscos para a família e igreja.

 

FONTE: https://portasabertas.org.br/artigos/igreja-atras-das-grades-no-ira/




sábado, 20 de setembro de 2025

0 Reflexão – Que geração é essa?


 



Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece ( Eclesiastes 1.4)

 

INTRODUÇÃO - Durante o tempo de existência de nosso mundo (planeta terra) várias gerações já passaram por ele. Gerações primitivas, de desbravadores ,tomadores de terras e expansionistas; gerações de pessoas que moldaram o mundo através do conhecimento e descobertas científicas; outras que lutaram por melhorias e igualdade de direitos (trabalhista, civil, etc.) ou até mesmo aquelas que, no quesito “religião” fizeram a diferença no mundo espiritual e material. Gerações que com suas vidas consagradas a Deus arrebataram milhões de almas das garras do inferno e lhes mostraram a luz de Cristo; gerações de poder de Deus, milagres e sobrenatural; gerações de grandes avivamentos e vida de santidade.

Hoje, no entanto, nos causa espanto olhar para a geração atual:

Geração de pessoas fracas de corpo e mente. Pessoas que não trabalham, não progridem e nem sabem o que querem da vida. Na verdade, uma geração de açúcar, que se derrete a cada chuva que cai.

Que geração é essa que não obedece a ninguém? Desde os pais aos professores, patrões, autoridades religiosas e até mesmo as autoridades seculares, essa geração da anarquia absoluta.

Que geração é essa que os papéis estão invertidos? São homens agindo como mulheres e mulheres assumindo o papel dos homens, Geração de cabeça pra baixo, de inversão de valores, de relativismo.

Que geração é essa que se conforma em ser escravo do sistema capitalista e trabalhista (leia-se escravagista) que se instalou em alguns países (principalmente no Brasil)e não reage? Não cobra? Não luta? Simplesmente senta e espera a morte.

Que geração é essa que diz crer em Deus e em seu filho Jesus Cristo, mas age como se a Trindade Divina (Pai, Filho e Espírito Santo) não existisse? Pois confessam que conhecem a Deus com a boca, mas o negam absolutamente com suas obras?

Que geração é essa que se conformou com o pecado desse mundo e dos próprios cristãos? Prostituição, adultérios, lascívia, tramas de morte, negócios escusos, etc., fazem parte do cotidiano de muitos e isso parece não incomodar essa geração de cristãos atuais.

Que geração é essa que não fica triste ao ver a escassez do operar de Deus em nosso meio? Basta ler a história para ver o operar de Deus através das gerações anteriores de forma tremenda. Mas na nossa, parece que o culto monótono e sem vida, a pregação fria e que não produz arrependimento ou mudança em ninguém e a adoração vazia e hipócrita não incomoda ninguém.

CONSLUSÃO - Onde estamos nós no meio dessa geração? Nos amoldamos a ela ou ainda fazemos parte do remanescente? Qual sua posição no Reino? Acha que está bem como está ou é daqueles que buscam mudança dia e noite?

 

Em Cristo,

 

João Augusto de Oliveira


terça-feira, 16 de setembro de 2025

0 O que é um profeta na Bíblia?

 





Resposta



Em um sentido geral, um profeta é uma pessoa que proclama a verdade de Deus para os outros. A palavra grega prophetes pode significar "aquele que proclama" ou "defensor". Os profetas também são chamados de "videntes" por causa de sua percepção espiritual ou de sua capacidade de "ver" o futuro.

Na Bíblia, os profetas frequentemente tinham um papel de ensino e revelação, declarando a verdade de Deus em questões contemporâneas, ao mesmo tempo revelando detalhes sobre o futuro. O ministério de Isaías, por exemplo, tocou tanto no presente quanto no futuro. Ele pregou corajosamente contra a corrupção de seus dias (Isaías 1:4) e deu grandes visões do futuro de Israel (Isaías 25:8).

Os profetas tinham a tarefa de falar fielmente a Palavra de Deus para o povo. Eles foram fundamentais para guiar a nação de Israel e estabelecer a igreja. A casa de Deus é edificada “sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular” (Efésios 2:20).

Mais de 133 profetas são mencionados na Bíblia, inclusive 16 mulheres. Além disso, muitos outros profetizaram, como os 70 anciãos de Israel (Números 11:25) e os 100 profetas resgatados por Obadias (1 Reis 18:4). O primeiro profeta nomeado na Bíblia é Abraão. Em Gênesis 20:7, Deus falou a Abimeleque em sonhos, dizendo: “Agora, pois, restitui a mulher a seu marido, pois ele é profeta e intercederá por ti, e viverás...” Deus revelou-Se a Abraão em numerosas ocasiões.

Jacó e José, descendentes de Abraão, ambos tiveram sonhos sobre o futuro que poderiam ser classificados como proféticos. Moisés foi chamado de “homem de Deus” e considerado um grande profeta (Deuteronômio 34:10). Josué e muitos dos juízes serviram como profetas, com o último juiz, Samuel, ouvindo a voz de Deus quando ainda era criança (1 Samuel 3:4). Mais tarde ele ungiria Davi, o qual serviu como rei e profeta em Israel.

O tempo de Elias e Eliseu foi marcado por um alto nível de atividade profética. De fato, uma escola para profetas prosperou durante suas vidas (veja 1 Reis 20:35). Elias e Eliseu também realizaram muitos milagres.

No Novo Testamento, João Batista predisse o Messias (Mateus 3:1). O próprio Jesus veio como profeta, sacerdote, rei e Messias, cumprindo muitas das profecias messiânicas do Antigo Testamento.

A igreja primitiva também incluiu profetas. Por exemplo, Ananias recebeu uma profecia sobre o futuro do apóstolo Paulo (Atos 9:10–18). Atos 21:9 menciona quatro filhas de Filipe que podiam profetizar. A profecia é listada como um dom espiritual em 1 Coríntios 12 e 14. No fim dos tempos, duas “testemunhas” profetizarão de Jerusalém (Apocalipse 11).

Geralmente, os profetas enviados por Deus são desprezados e sua mensagem ignorada. Isaías descreveu sua nação como um “povo rebelde é este, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do SENHOR. Eles dizem aos videntes: Não tenhais visões; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, profetizai-nos ilusões” (Isaías 30:9-10). Jesus lamentou que Jerusalém tinha matado os profetas que Deus lhes enviou (Lucas 13:34).

É claro que nem todo mundo que “proclama” uma mensagem é, na verdade, um profeta de Deus. A Bíblia adverte contra os falsos profetas que afirmam falar em nome de Deus, mas que, na verdade, enganam as pessoas que pretendem informar. O rei Acabe empregou 400 desses falsos profetas para lhe dizer o que ele queria ouvir (2 Crônicas 18:4-7; cf. 2 Timóteo 4:3). No Novo Testamento, temos muitas advertências contra os falsos profetas. Jesus ensinou: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores” (Mateus 7:15). Mais tarde, ele ressaltou que, no fim dos tempos, “surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mateus 24:24). Apocalipse fala de um falso profeta que surgirá na Tribulação e enganará as pessoas ao redor do mundo (Apocalipse 16:1319:2020:10). Para evitar ser desviado, devemos sempre provar “os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1 João 4:1).

Um verdadeiro profeta de Deus estará comprometido a proclamar a verdade de Deus. Ele ou ela nunca irá contradizer a Palavra revelada de Deus. Um verdadeiro profeta dirá como o profeta Micaías, pouco antes de seu fatídico confronto com Acabe: “Tão certo como vive o SENHOR, o que meu Deus me disser, isso falarei” (2 Crônicas 18:13).


FONTE: https://www.gotquestions.org/Portugues/profeta-na-Biblia.html

 

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