terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

0 Você votaria em um cristão somente pelo fato de ser cristão?




O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam (Arnold Toynbee)

INTRODUÇÃO – O direito ao voto é assegurado a todo o cidadão brasileiro, tanto na Constituição de 1988, quanto nas demais leis que tratam desse assunto. Assegura-se ao povo o poder de escolher seus governantes (esfera Municipal, Estadual e Federal) e de ser governado por eles.

Não podemos e não devemos negligenciar esse direito/dever sob a desculpa de que a política está corrompida ou que não se pode encontrar “um político” digno do nosso voto de confiança. Embora eu reconheça que a tarefa de encontrar um político “honesto” hoje em dia, requer uma busca minuciosa a base de lupa ou qualquer aparelho que nos permita ver as minúcias e ler nas entrelinhas; no entanto essa responsabilidade é nossa e se a negligenciarmos corremos o grande risco de entregar o Município, Estado e País nas mãos de políticos inescrupulosos, cujo único objetivo é lucrar à custa do nosso povo.

Nesse contexto de leis, tratados, eleições etc. está a Igreja do Senhor Jesus. Igreja que hoje conta com um percentual de quase 43% da população brasileira. É um número vultuoso e não podemos nos dar ao luxo de cruzar os braços e dizer: QUE DEUS ESCOLHA NOSSOS GOVERNANTES, pois ele não o fará. Embora abençoando aqueles que nós escolhemos e investindo-os de poder para exercer governo, Deus não faz a escolha direta de governantes de uma nação “livre” e os coloca no poder. Essa escolha ele delegou a nós e esse direito/dever a lei nos faculta.

CRISTÃOS NA POLÍTICA

Não sou contra o cristão entrar na disputa política, pois ele também é cidadão brasileiro amparado pelas mesmas leis, portanto detentor desse mesmo direito. Quero porém fazer algumas ressalvas que considero de suma importância no que tange ao “cristão e a política”.

1.        A Igreja (CORPO DE CRISTO) deve se abster da participação ativa na política – A Igreja esta aqui na terra para pregar o Evangelho, ser sal e luz para este mundo e aguardar a volta de Jesus para busca-la e não para envolver-se em política.

A História nos alerta peremptoriamente sobre o perigoso envolvimento da Igreja diretamente na política partidária. Haja vista o que aconteceu com a Igreja Católica no século III D.C. quando se uniu ao Império Romano (falsa conversão de Constantino). Todos sabem que a partir dessa junção ouve uma verdadeira derrocada da Igreja do Senhor, ou seja, ela corrompeu-se totalmente a ponto de Deus precisar reformá-la.

Outro fato que não está tão distante de nós é o exemplo dos Estados Unidos, onde a Igreja anda lado a lado com a política e todos sabem que a situação espiritual e doutrinária da Igreja norte americana não é das melhores.

Esse mesmo mal está acontecendo no Brasil atualmente. Nossas lideranças estão simplesmente politizando a Igreja e transformando templos em currais eleitorais, vendendo assim seus membros e correndo o risco de atrair sobre si a IRA DO DEUS TODO PODEROSO.

2.       Ninguém entre na politica dizendo: “estou entrando para defender a Igreja” – Pois apesar de deputados e senadores ajudar a combater leis injustas e anticristãs quem defende a Igreja é JESUS CRISTO e não homem algum.

Estamos em dois mil anos de cristianismo e nesses 20 séculos a Igreja nunca precisou de defensor humano, pois aquele que a criou disse: “... edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18b).

3.       O Ministro não pode participar da política e ministério ao mesmo tempo – É a minha opinião que aquele que for eleito a qualquer cargo eletivo não pode continuar como ministro do Evangelho ou pastor de igreja.

Sob o risco de não misturar a vida política com as funções ministeriais e acabar corrompendo e escandalizando a obra de Deus. Aquele que eleito deve deixar a vida ministerial pelo tempo que durar o mandato. Conciliar as duas coisas tem se mostrado nocivo a Igreja, devido aos milhares de escândalos envolvendo líderes da Obra de Deus no Brasil.

VOTAR NUM CRISTÃO PODE?

Claro que pode. E acho que preferencialmente devemos votar num candidato cristão, mas não unicamente pelo fato dele “ser cristão”.

Quando vamos às urnas votar, não vamos escolher um Pastor, mas um representante político que vai lutar pela melhoria de vida do “povo brasileiro”, em geral, e não apenas da Igreja.

Jamais votarei em um irmão (seja ele quem for) somente pelo fato de ser irmão. Não aceito o que chamo de “voto de cabresto”, que é aquele voto onde o pastor obriga os membros a votar em determinado candidato porque o ministério o apoia.

Se um irmão quer se candidatar a cargo eletivo e almeja o meu voto ele deve estar disposto a preencher alguns requisitos, caso contrário, jamais o terá. E quais são?

1.        Quero saber o que pensa esse “irmão/candidato” acerca de assuntos como: Casamento Homossexual, Aborto, Pesquisa com células tronco embrionárias, ideologia de gênero e interferência estatal na educação dos lares.

2.       Quero conhecer o seu plano de governo – o que ele pretende propor para resolver os gravíssimos problemas que assolam o provo brasileiro (alta carga tributária, falência da educação, saúde e segurança pública etc.).

3.       Quais os meios que posso encontrá-lo (pós-eleição) para cobrar o que se comprometeu durante a campanha.

Se um irmão em cristo (candidato) preencher essas lacunas pra mim é um ótimo candidato e por certo, merecedor de meu voto de confiança. Pois já chega de “parasitas” que estão lá no poder há quatro, oito, doze e até vinte anos comendo do dinheiro público, sem fazer absolutamente nada pelo povo brasileiro.

CONCLUSÃO – As eleições estão às portas e brevemente estaremos sendo abordados por uma leva de candidatos em busca do nosso voto. CUIDADO! Analise com calma em quem você vai votar, pois da sua e da minha decisão depende o futuro do Brasil. Não se deixe enganar pelo falso discurso de que devemos votar porque ele é crente, nem se deixe intimidar pela sua liderança com o falso discurso de que devemos votar porque o ministério apoia determinado candidato. Vote em quem você estudou, perguntou, analisou, orou e chegou à conclusão que merece seu voto de confiança.

                 Boa semana a todos,

                                                Vosso conservo em Cristo,


                             João Augusto de Oliveira.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

0 Reflexão – O ensino teológico e a chamada de Deus



Texto: Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel (Atos 9:15)

Introdução – Diante da explosão do conhecimento que vivemos atualmente faz-se necessário que os cristãos busquem aperfeiçoar-se diariamente, estudando e fazendo cursos de capacitação teológica e doutrinária; para que tenham bagagem intelectual suficiente a fim de ensinar sabia e sadiamente a Igreja do Senhor e responder com mansidão e sabedoria aos que contradizem (I Pedro 3.15).

Grandes homens de Deus na história do cristianismo mundial (nesses dois mil anos) foram também grandes teólogos; dentre os quais citamos alguns a guisa de exemplo (Clemente de Alexandria (150-270 D.C.); Orígenes (185 D.C.); Agostinho (385 D.C.); Martinho Lutero -1517 D.C. etc.).

Não quero tirar o mérito do ensino teológico, muito menos apregoar que não há necessidade de se estudar doutrinariamente e sistematicamente a Bíblia, conforme tem feito alguns desavisados. Mas uma coisa que tem me chamado a atenção e quero salientar é “o ensino teológico X a chamada de Deus”.

Um obreiro (Pastor, Evangelista, Diácono, Ancião etc.) pode ser consagrado sem ter um curso formal de teologia? Deus condiciona o chamado à aquisição de um diploma? Todos os que tem diplomas de teologia e estão assumindo posições eclesiásticas ou mesmo docentes foram realmente chamados por Deus? Há muitos chamados por Deus, mas ignorados pelo homem pelo fato de não terem um curso formal?

·         Deus condiciona o chamado à aquisição de um diploma? Essa é uma pergunta bastante relevante aos dias atuais, quando alguns estão endeusando o conhecimento e desprezando a chamada de Deus na vida do homem (leia-se também mulher de Deus).

Particularmente eu não acredito que Deus despreze pessoas ao Santo Ministério por causa de diploma de teologia. Vejo nisso uma imposição meramente humana e em alguns casos, com fins comerciais.

Se fôssemos partir dessa premissa, então teríamos que reconhecer que milhares de obreiros em nosso Brasil (OBREIROS FRUTÍFEROS), mas que não possuíam formação teológica (seja por falta de condições financeiras etc.) foram consagrados erradamente.

Repito que não sou contra o ensino teológico (EU TAMBÉM SOU ESTUDANTE DE TEOLOGIA), principalmente numa época de explosão de conhecimentos e multiplicação de seitas. O que saliento é que não vejo FUNDAMENTO BÍBLICO para reprovar um OBREIRO chamado por Deus, por falta de uma formação teológica formal.

·         Todos aqueles que têm diplomas de teologia e estão assumindo posições eclesiásticas ou mesmo docentes foram realmente chamados por Deus? Essa é outra pergunta que merece uma resposta séria e direta.

Não. Essa é a minha posição oficial até que me provem o contrário. Conheço muitos homens de Deus hoje (Pastores, Professores, Evangelistas etc.), que tem uma formação teológica e que são chamados por Deus para o que fazem indiscutivelmente. Mas infelizmente temos centenas de casos (talvez até milhares), de obreiros que estão labutando na obra apoiando-se em seus diplomas, mas que visivelmente não foram chamados pelo SENHOR da obra àquilo que estão fazendo.

E acredito que esse é um dos fatores da derrocada de muitas congregações. Quando obreiros que estão no altar (por causa dos seus diplomas) não foram aprovados pelo Espírito Santo para tal. 

Precisamos entender que a visão de Deus ao chamado é totalmente diferente da nossa. Quem de nós olharia para um homem como Smith Wigglesworth (1859 a 1947) e diria que ele seria um dos maiores divulgadores do Pentecostalismo Moderno? Eu diria que um dos homens mais usados por Deus (depois do apóstolo Paulo) em PODER, MILAGRES E SALVAÇÃO DE ALMAS da História do Cristianismo. O interessante é que quando vamos ler a biografia dele, descobrimos tratar-se de um encanador iletrado e que aprendeu ler (com muita dificuldade) com a sua esposa, mas que quando levantava as mãos centenas de almas rendiam-se aos pés de Jesus, outras centenas recebiam curas e Batismos no Espírito Santo.

Precisamos de homens que tenham as duas coisas: O CHAMADO DE DEUS E A FORMAÇÃO ACADÊMICA (Se possível), porém se eu tivesse que optar entre o chamado e a formação escolheria sem dúvidas o numero um. Haja vista, milhares de obreiros em países como a África que nunca tiveram contato com formação teológica, no entanto conhecem a Deus de perto (TÊM INTIMADE COM ELE) e são aprovados ao ministério que Ele os confiou.

·         Há muitos chamados por Deus, mas ignorados pelo homem pelo fato de não terem um curso formal?  Sim existem muitos que de longe se observa que tem uma chamada de Deus ao Ministério, mas que são deixados de lado em razão da falta de formação acadêmica (teológica).

E acredito que esse mal irá piorar dia após dia. É só observar os púlpitos das grandes Igrejas e verá. Quantos pregadores sem formação teológica você conhece que pregam em Grandes Igrejas e Grandes Congressos?

É tão lamentável o que acontece que quando se anuncia um pregador (em alguns lugares) o currículo do camarada chega primeiro do que ele. Apresenta-se o pregador da mesma forma que uma Universidade apresenta um grande palestrante Internacional. É tanto título de honrarias ao homem que ofusca o brilho do Senhor da festa (JESUS).

O pior que esse cidadão às vezes prega bem e verbaliza de forma impecável, cita constantemente o Grego, o Hebraico e o Aramaico. Gosta de fazer referências a Flavio Josefo e ao Talmude, dentre outras centenas de recursos literários para abrilhantar a pregação; mas quando vai somar o resultado dessa mensagem ao fim da festa às vezes é esse:

 Pessoas salvas  = 0 Pessoas Libertas = 0 Curadas = 0 Desviados que voltaram = 0 Vidas renovadas = 0

CONCLUSÃO – Estude e estude muito, pois é a recomendação da própria Bíblia. “Persiste em ler” disse o apostolo Paulo ao seu jovem amigo Timóteo. Mas não despreze aqueles que por inúmeras razões não tiveram condições para tal, pois o mesmo Deus que lhe chamou, os comissionou também. Nunca se sinta superior aos outros por causa dos seus títulos, diplomas e centenas de livros lidos. Pois o nosso Deus é um Deus fiel e que não faz acepção de pessoas. Para Ele não existe homem grande, mas meros seres humanos fracos e imperfeitos que tem o privilégio de servir a um DEUS GRANDE E TREMENDO.

        Bom final de semana a todos,

                                       Vosso conservo em Cristo,

                                               João Augusto de Oliveira

 

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