Grupos rebeldes disputam territórios
e recursos (foto: IMB)
A última semana foi
marcada por eventos violentos na República
Democrática do Congo. Apesar do apelo de líderes cristãos pedindo
paz, a nação continua mergulhada em uma onda de assassinatos e em crise com
multidões de deslocados internos.
Há menos de dez dias, 15 pessoas foram mortas em múltiplos ataques executados
pelo grupo extremista Forças Aliadas Democráticas (ADF, da sigla em inglês) no
estado de Kovu do Norte. Ainda esta semana, uma luta, no mesmo estado, entre o
grupo rebelde M23 e as forças armadas gerou um novo grupo de deslocados
internos.
Em apenas um dia, 122 mil pessoas, incluindo 65 mil crianças, foram forçadas a
deixar seus lares, segundo a organização Save the Children.
Ataques recorrentes
Em janeiro deste ano, o grupo ADF bombardeou
uma igreja, matando ao menos 17 pessoas e, em outubro de 2022, matou
uma médica cristã,
durante o ataque a um hospital, no estado de Kovu do Norte.
A ADF e o grupo M23 são apenas dois entre mais de 120 grupos armados que vivem
no território congolês. Muitos deles fazem parte de movimentos rebeldes contra
as autoridades e disputam o controle dos vastos recursos naturais do país
Sem proteção
Nos últimos anos, as Forças Aliadas Democráticas cresceram e aumentaram os
ataques a comunidades cristãs. Em 2022, o grupo renovou a aliança com o líder
Estado Islâmico.
“Vamos fazer o
mundo saber que o Estado Islâmico da Província da África Ocidental não mudou e
nunca mudará. Vamos perseverar na jihad, mesmo que isso custe nossas vidas”,
disse Musa Baluku, líder da ADF, em um pequeno discurso.
A aliança é uma tentativa de expansão de poder da ADF na África
Central. “Precisamos de ajuda da comunidade internacional para pressionar
o governo e garantir que esses incidentes não se repitam. Pedimos à comunidade
cristã em todos os países que nos apoie em oração, para que Deus
nos console e nos sustente em sua provisão, fortalecendo as igrejas em
todas as circunstâncias”, disse Dorcas Moussi (pseudônimo), líder da
equipe da Portas Abertas na África Central.
A violência em andamento na região gerou uma multidão de mais de 5,6 milhões de
deslocados internos, uma das maiores crises de refugiados no mundo. A expansão
das atividades do grupo extremista ADF e de outros grupos armados levou a
República Democrática do Congo a subir na Lista Mundial da
Perseguição, da posição 40 para a posição 37 em 2023.
A Portas Abertas atua em mais de 60 países, como a República Democrática do
Congo, atendendo as necessidades da Igreja Perseguida com roupas, alimentos e
treinamentos bíblicos. Com uma doação,
você permite que esse trabalho continue.
FONTE: https://portasabertas.org.br/noticias/cristaos-perseguidos/violencia-cresce-na-republica-democratica-do-congo
0 comentários:
Postar um comentário