sexta-feira, 28 de setembro de 2018

0 Escola Bíblica Dominical - Lição 14 "Entre a Páscoa e o Pentecostes"




Atos 2:1-4 “Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar [...] E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”

VERDADE PRÁTICA
Sem a Páscoa, não há Pentecostes; e, sem o Pentecostes, o Páscoa perde a sua eficácia: somente a redenção em Jesus Cristo, que está junto ao Pai, traz o derramamento do Espírito Santo.

LEITURA DIÁRIA
Segunda — Êx 34.18: A festa dos pães asmos
Terça — Êx 24.7,8: A aliança entre Deus e Israel
Quarta — 1Co 5.7: Jesus Cristo, o Cordeiro Pascal
Quinta — Êx 12.12: O significado da Páscoa
Sexta — Êx 34.22,26: A festa de Pentecostes
Sábado — At 2.1-4: A descida do Espírito Santo no Pentecostes

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 34.18-29. Provérbios 23
18 — A Festa dos Pães Asmos guardarás; sete dias comerás pães asmos, como te tenho ordenado, ao tempo apontado do mês de abibe; porque no mês de abibe saíste do Egito.
19 — Tudo o que abre a madre meu é; até todo o teu gado, que seja macho, abrindo a madre de vacas e de ovelhas;
20 — o burro, porém, que abrir a madre, resgatarás com um cordeiro; mas, se o não resgatares, cortar-lhe-ás a cabeça; todo primogênito de teus filhos resgatarás. E ninguém aparecerá vazio diante de mim.
21 — Seis dias trabalharás, mas, ao sétimo dia, descansarás; na aradura e na sega descansarás.
22 — Também guardarás a Festa das Semanas, que é a Festa das Primícias da sega do trigo, e a Festa da Colheita no fim do ano.
23 — Três vezes no ano, todo macho entre ti aparecerá perante o Senhor Jeová, Deus de Israel;
24 — porque eu lançarei as nações de diante de ti e alargarei o teu termo; ninguém cobiçará a tua terra, quando subires para aparecer três vezes no ano diante do SENHOR, teu Deus.
25 — Não sacrificarás o sangue do meu sacrifício com pão levedado, nem o sacrifício da Festa da Páscoa ficará da noite para a manhã.
26 — As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do SENHOR, teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.
27 — Disse mais o SENHOR a Moisés: Escreve estas palavras; porque, conforme o teor destas palavras, tenho feito concerto contigo e com Israel.
28 — E esteve Moisés ali com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras do concerto, os dez mandamentos.
29 — E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai (e Moisés trazia as duas tábuas do Testemunho em sua mão, quando desceu do monte), Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que o SENHOR falara com ele.

INTRODUÇÃO
Na última lição deste trimestre, veremos que, das festividades do Antigo Testamento, as duas mais emblemáticas para o crente em Jesus Cristo são a Páscoa e o Pentecostes. Tendo em vista esses dois marcos da verdadeira fé, afirmou o evangelista norte-americano Stanley Jones (1884-1973): “A vida do cristão começa no Calvário, mas o trabalho eficiente no Pentecostes”. Sem a Páscoa não pode haver Pentecostes. E, sem o Pentecostes, a Páscoa perde a sua eficácia. Isso significa que duas são as experiências indispensáveis ao discípulo de Jesus: a salvação e o batismo com o Espírito Santo. Através do Evangelho completo, podemos reviver a experiência da Igreja Primitiva, que apregoava ousadamente que Jesus Cristo salva, batiza com o Espírito Santo, cura as enfermidades, opera sinais e maravilhas e, em breve, virá nos buscar.

I. CRISTO, NOSSA PÁSCOA
Tanto para os cristãos quanto para os judeus, a Páscoa é considerada a primeira grande festa da Bíblia Sagrada. Se, por um lado, celebra a libertação nacional de Israel; por outro, simboliza a redenção humana através de Jesus Cristo.
1. Definição.
A palavra “páscoa” origina-se do vocábulo hebraico pesah que, etimológica e tipologicamente, pode ser definida como a passagem da escravidão à liberdade. Essa interpretação cabe tanto à nação hebreia como ao crente em Jesus Cristo. Conhecida também como a festa dos pães ázimos, a Páscoa é a mais importante festividade da Bíblia Sagrada, porque marca a primeira aliança formal entre Deus e o seu povo (Êx 24.7,8).
2. Cerimônia pascoal.
No capítulo 12 de Êxodo, a cerimônia pascoal é detalhada com rígidas recomendações, a fim de que os hebreus jamais se esquecessem de seu real significado (Êx 12.12). No décimo dia do primeiro mês, cada família hebreia tomava um cordeiro, ou cabrito, macho de um ano e sem defeito, para imolá-lo no décimo quarto dia (Êx 12.6). O sacrifício deveria ser comido reverentemente com pães ázimos e ervas amargas (Êx 12.8).
3. Simbologia.
Como já dissemos, a Páscoa simboliza tanto a redenção de Israel como a dos gentios, pois, através de Jesus Cristo, ambos os povos fizeram-se um (1Co 12.13). Eis por que o Senhor Jesus foi identificado, desde o início de seu ministério, como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29,36; Ap 5.6). Ele é o sacrifício dos sacrifícios. A simbologia redentora da Páscoa ganha vida e expressão na celebração da Santa Ceia (1Co 11.23-31). Levemos em conta, também, que o Senhor Jesus foi crucificado durante a celebração pascal (Mt 26.2). Ele é o nosso Cordeiro Pascal (1Co 5.7).

II. O PENTECOSTES, A FESTA DAS PRIMÍCIAS
Sem a Páscoa não pode haver Pentecostes. Isto significa que, sem a experiência pascal, as primícias não têm qualquer significado diante de Deus. O sangue do Cordeiro é imprescindível à nossa redenção (Hb 10.18).
1. Definição.
A festa de Pentecostes, celebrada 50 dias após a Páscoa, recebe as seguintes designações: festa das colheitas, das semanas, das primícias (Êx 34.22,26). Enquanto a Páscoa era uma cerimônia doméstica, o Pentecostes era uma celebração pública, na qual toda a nação louvava a Deus por sua suficiência; era também o momento de se exercer a misericórdia e o serviço social (Dt 16.10; Rt 2.1-3).
2. O cerimonial.
Em santa convocação, na qual todos deveriam apresentar-se a Deus de forma jubilosa, Israel apresentava a Deus as primícias de suas colheitas (Dt 16.11). A cerimônia tinha início no exato instante em que a foice punha-se a ceifar a seara (Lv 23.21; Dt 16.9). No momento mais solene, o adorador “movia o molho perante o Senhor” (Lv 23.11).
3. A simbologia.
Para nós, pentecostais, as primícias representam as almas que, através do evangelismo e das missões, apresentamos ao Senhor Jesus Cristo. Aliás, Ele mesmo comparou o ganhar almas ao semear e ao ceifar (Mt 13.1-8,37; Jo 4.35).

III. O DIA DE PENTECOSTES
Se o Senhor Jesus Cristo não tivesse sido imolado como o nosso Cordeiro Pascal, aquele dia de Pentecostes, em Jerusalém, não teria qualquer sentido para nós, gentios. Todavia, a Páscoa de Cristo tornou real o Pentecostes do Espírito.
1. Cristo, o Cordeiro Pascal.
O Senhor Jesus foi crucificado durante a Páscoa (Mt 26.2). Mas, ao terceiro dia, eis que Ele ressurgiu de entre os mortos, recebendo toda a autoridade nos céus e na terra (Mt 28.1-8). Ele é as primícias dos mortos, por ser Ele mesmo a ressurreição e a vida (Jo 11.25; 1Co 15.20-23). Já ressurreto e prestes a ascender ao céu, o Senhor Jesus prediz a grande colheita que viria através da descida do Espírito Santo (At 1.8). Portanto, os discípulos deveriam esperar em Jerusalém a chegada do Consolador (Lc 24.49).
2. O Pentecostes do Espírito Santo.
Passados cinquenta dias, desde a morte de Cristo, ocorrida na Páscoa, eis que os discípulos recebem o Espírito Santo em pleno dia de Pentecostes (At 2.1-4). Cheios do Espírito, falaram noutras línguas, enunciando aos peregrinos que visitavam Jerusalém, as grandezas de Deus (At 2.7-11).
3. As primícias da Igreja Cristã.
Nesse momento, levanta-se Pedro com os demais apóstolos e proclama o Evangelho de Cristo. E, como resultado de sua mensagem, quase três mil pessoas convertem-se (At 2.41). Dessa forma, as primícias da Igreja Primitiva são apresentadas a Deus Pai.

CONCLUSÃO
Sem a Páscoa, o Pentecostes seria impossível. E, sem o Pentecostes, a Páscoa não seria eficaz. Não podemos esquecer nossas raízes pentecostais. Que jamais deixemos de proclamar que Jesus Cristo batiza com o Espírito Santo e com o fogo (Lc 3.16). Somente assim, dentro em breve, apresentaremos uma grande colheita, ao Senhor da Seara, em nosso país, na América Latina, na África, na Europa. Enfim, até aos confins da terra.

PARA REFLETIR
A respeito de “Entre a Páscoa e o Pentecostes”, responda:
Qual a principal festa da Bíblia?
O que é a Páscoa?
O que é o Pentecostes?
Que relação podemos estabelecer entre a Páscoa e o Pentecostes?
Que lição podemos extrair de ambas as festas?

FONTE: https://escoladominical.assembleia.org.br/licao-14-entre-a-pascoa-e-o-pentecostes/


segunda-feira, 24 de setembro de 2018

0 Merece crédito a Septuaginta?






Primeiramente vamos definir o que supostamente é a Septuaginta. Um antigo documento chamado A Carta de Aristeas fala de um plano de se fazer uma tradução oficial da Bíblia hebraica (VT) para o Grego. Essa tradução deveria ser aceita como a Bíblia oficial dos Judeus, a fim de substituir a Bíblia hebraica. Supostamente essa obra de tradução seria executada por 72 eruditos judeus (?) seis dos quais tirados de cada uma das 12 tribos de Israel. A suposta localidade para a realização dessa obra seria Alexandria, Egito. A suposta data da tradução seria aproximadamente 250 a.C, no período (Interbíblico) dos 400 anos de silêncio entre o encerramento do Velho Testamento (397 a.C) e o nascimento de Cristo (4 d.C), já que houve um erro de cálculo no calendário romano. 
A obra ficou conhecida com o nome de Septuaginta – LXX – (significando 70 anciãos) e recebeu a numeração em algarismos romanos (?), visto como L = 50. X = 10. X = 10, daí ter a sigla LXX. Só não sabemos porque não foi chamada LXXII, se os eruditos judeus eram 72.
A tal Carta de Aristeas é a única “prova” da existência desse mítico documento. Não existem, de modo algum, quaisquer manuscritos do VT em Grego, de 250 a.C., ou próximo dessa data. Também na história judaica não há registro algum de que tal obra tenha sido programada ou executada.
Quando pressionados a mostrar evidência concreta da existência desse documento, os eruditos logo apontam a Hexapla de Orígenes, a qual foi escrita aproximadamente em 200 d.C, ou seja, 450 anos depois que a Septuaginta teria sido escrita, e mais de 100 anos após ter sido concluído o Novo Testamento. A segunda coluna da Hexapla contém a tradução grega do VT feita pelo próprio Orígenes (jamais pelos 72 eruditos judeus), incluindo livros espúrios, como Bel e o Dragão, Judite, Tobias e outros livros apócrifos aceitos como canônicos somente pela Igreja Católica Romana.
Os apologistas da Septuaginta tentarão argumentar que Orígenes não traduziu o VT do Hebraico para o Grego, mas apenas copiou a Septuaginta na segunda coluna da sua Hexapla. Será válido esse argumento? Não. Se o fosse então significaria que aqueles 72 eruditos judeus teriam acrescentado os livros apócrifos à sua obra, mesmo antes deles terem sido escritos. (!) Ou então que Orígenes tomou a liberdade de acrescentar esses livros espúrios à santa Palavra de Deus (Apocalipse 22:18). Desse modo, vemos que a segunda coluna da Hexapla é apenas uma tradução pessoal clandestina do VT para o Grego.
Eusébio e Filo, ambos de caráter duvidoso, fizeram menção a um Pentateuco Grego, mas não de todo o VT, não o mencionando de modo algum como tradução oficialmente aceita.
Existe algum manuscrito grego do VT antes de Cristo? Sim. Existe uma disputada minuta datada de 150 a.C – o Ryland Papyrus # 458. Ele contém os capítulos 23-28 de Deuteronômio, apenas isso. Quem sabe a existência desse fragmento foi o que levou Eusébio e Filo a admitir que todo o Pentateuco havia sido traduzido por algum escriba no esforço de interessar os gentios na história dos Judeus? Muito provavelmente ele não fazia parte de qualquer suposta tradução oficial do VT para o Grego. Podemos ficar certos de que esses 72 eruditos judeus supostamente escolhidos para realizar a obra em 250 a.C não passam de uma alucinação febril do ano 150 a.C. 
Além disso, não existe qualquer razão para se crer que essa tradução tenha sido realizada algum dia, pois existem lacunas que a Carta de Aristéas, a Hexapla de Orígenes, o Ryland Papyrus # 458, Eusébio e Filo jamais puderam esclarecer.
A primeira delas é a Carta de Aristéas. Existem dúvidas entre os eruditos de que ela tenha sido realmente escrita por alguém com o nome de Aristéas. De fato, alguns até acreditam ter sido Filo o autor da mesma. Isso lhe daria uma data depois de Cristo. Se isso é verdade, então o principal objetivo da mesma seria enganar os eruditos, levando-os a pensar que a segunda coluna da Hexapla de Orígenes é uma cópia da Septuaginta.. Se assim aconteceu, então se trata de uma façanha com “bem engendrada”. Contudo, se realmente existiu um Aristéas, ele deve ter enfrentado dois problemas incomensuráveis: 
Primeiro: Como poderia ter ele conseguido localizar as 12 tribos de Israel, a fim de apanhar seus eruditos judeus de cada tribo? Tendo sido espalhadas pela terra em razão de tantas derrotas e cativeiros, as linhas das tribos de há muito haviam se dissolvido em virtual inexistência. Seria impossível para qualquer pessoa identificar individualmente as 12 tribos. 
Segundo: Caso as 12 tribos pudessem ter sido identificadas, elas jamais iriam concordar com essa tradução, por duas fortíssimas razões:
1. Todo Judeu sabia que a encarregada oficial da Escritura era a tribo de Levi, conforme Deuteronômio 17:18; 31:25-26 e Malaquias 2:7. Desse modo, nenhum Judeu de qualquer das outras 11 tribos iria se atrever a aderir a essa empresa proibida.
2. Judeus deviam permanecer completamente separados das nações gentílicas que os rodeavam. A eles foram entregues práticas diferentes, como a circuncisão, a guarda e o culto aos sábados, diversas leis de purificação e sua terra de habitação. Além disso, havia a herança da língua hebraica. 
Mesmo hoje em dia os Judeus praticantes que residem na China e na Índia recusam-se terminantemente a ensinar a seus filhos outra língua além do Hebraico. Os Judeus “falasha” na Etiópia se distinguem das muitas tribos desse país pelo fato de conservarem zelosamente a língua de origem como prova de sua herança judaica.
Seríamos tão ingênuos ao ponto de acreditar que os Judeus, que consideravam os gentios como cães, iriam abandonar de bom grado a sua herança, a língua hebraica, em troca de uma língua gentílica para a qual seria traduzido o seu legado mais santo – a Bíblia? Tal suposição é tão insana quanto absurda.
Então, alguém poderia indagar, “o que dizer das inúmeras citações do Novo Testamento, atribuídas à Septuaginta? “ A Septuaginta mencionada é nada mais que a segunda coluna da Hexapla de Orígenes. As citações do Novo Testamento não são oriundas da Septuaginta nem da Hexapla. Elas são da autoria do Espírito Santo, que tomou a liberdade de citar a sua obra no VT, do modo como Ele bem desejou. E podemos descansar na segurança de que Ele jamais citaria uma Septuaginta inexistente. A Septuaginta não passa de uma centelha da imaginação humana. 
Ainda resta uma pergunta: por que, então, os eruditos têm tanta pressa em aceitar a existência da Septuaginta, mesmo sabendo que existem tantos argumentos contra a mesma? A resposta é triste e simples. 
O Hebraico é uma língua extremamente difícil de se aprender. Muitos anos de estudo são exigidos, a fim de que se consiga aprendê-la, e muitos anos mais, para que se possa chegar a conhecê-la tão bem ao ponto de transformá-la em veículo de pesquisa.
Por outro lado, um conhecimento médio do Grego é facilmente conseguido. Desse modo, caso houvesse uma tradução grega oficial do VT, os críticos da Bíblia poderiam triplicar o seu campo de influência, da noite para o dia, sem queimar as pestanas em penoso estudo do Hebraico bíblico. Infelizmente, a aceitação da Septuaginta pelos “eruditos”, apesar da evidência tão fraca, está embasada no orgulho e na voracidade dos mesmos.
Vamos parar e pensar. Mesmo que um espúrio documento como a Septuaginta realmente existisse, como poderia um crítico da Bíblia afirmar que “nenhuma tradução tem a mesma autoridade da língua original”, e ao mesmo tempo “afirmar que a sua Septuaginta tem a mesma autoridade do original hebraico?” Essa linguagem dupla dos “eruditos” não passa de uma autoridade de auto-exaltação, no esforço de conservar a sua posição erudita, colocando-se acima daqueles que “não são eruditos nas línguas originais”. 

Tradução e adaptação do cap. 9 do livro 
“The Answer Book”, do Dr. Samuel C. Gipp, Th.D, USA.


quinta-feira, 13 de setembro de 2018

0 Reflexão Bíblica– Direto ao ponto






Texto: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. (Mateus 6.24ª)

Introdução – Uma das coisas que mais de deixa indignado em nossos dias é a “hipocrisia” reinante em diversos segmentos, principalmente o evangélico. As pessoas simplesmente não falam mais a verdade umas as outras, sobretudo no altar, para não magoá-las. Quem está preocupado em magoar o Espírito Santo (entristece-lo)? Não podemos magoar as pessoas, mas ao Espírito sim?

   Por isso que Jesus nunca foi “politicamente correto”. Ele era sim o homem mais correto, honesto e sincero que existiu, mas não tinha medo de falar a verdade a ninguém, independentemente de quem fosse. Uma das coisas que ele nos ensinou claramente foi que não podemos servir a dois senhores. Isso é inadmissível. Ou servimos inteiramente a Deus ou não e, desta forma, estamos enganados.

Problema do duplo senhorio
Nossa geração esta exatamente dessa maneira descrita pelo Senhor Jesus, ou seja, queremos servir a dois senhores e não percebemos que há tempo deixamos de servir a Deus.

Esse mesmo problema foi enfrentado pelo profeta Elias nos dias do Rei Acabe (878 a 857 AC).  Naqueles dias o povo estava duvidoso entre Deus (O DEUS ÚNICO E VERDADEIRO) e Baal (suposta divindade fenícia) e já não sabia mais em quem confiar. Ora serviam a Deus, ora cultuavam a Baal, estavam divididos.

Deus não aceita um coração dividido na sua presença, ou somos 100% dele ou não somos. Nisso, Elias teve que confrontar o povo direta e duramente dizendo: ” Elias dirigiu-se ao povo e disse: "Até quando vocês vão oscilar entre duas opiniões? Se o Senhor é Deus, sigam-no; mas, se Baal é Deus, sigam-no". O povo, porém, nada respondeu. 1 Reis 18:21

Da mesma forma encontramos no texto áureo de nossa reflexão a repreensão severa do Senhor Jesus ao povo: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. (Mateus 6.24)

Nesse caso a condenação era àqueles que pensavam que podiam servir a Deus e ao mesmo tempo serem escravos das riquezas. De um modo ou de outro é impossível no contexto da fé cristã ter dois senhores. Ou servimos a Deus ou a Satanás (falando sem rodeios).

Esse negócio de querer servir a Deus, mas saborear os prazeres pecaminosos deste mundo, imaginando que engana o Todo Poderoso é um risco incalculável. Quem assim pensa está brincando com fogo e acha que não irá se queimar.

Paulo também enfrentou esse dilema quando escreveu sua primeira carta aos coríntios, pois os irmãos ali pensavam que podiam participar da liturgia, do culto de adoração a Javé e depois sentar-se a mesa dos ídolos (nesse caso divindades pagãs) e estava tudo bem. A isso, o apóstolo dos gentios argumenta categoricamente NÃO: Não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios. Não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios (1 Coríntios 10.21).

Não podemos achar que Deus vai tolerar nosso comportamento, servindo a ele e aos deuses modernos que este século nos oferece (dinheiro, fama, sexo, educação, beleza, pastores, pregadores, cantores etc.). Ele não mudou em seus propósitos de santidade e sua exigência a essa geração é a mesma que às anteriores: Esforçai-vos para viver em paz com todas as pessoas e em santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14).

Ficar em cima do muro quanto ao nosso Deus e ao seu senhorio é tão grave que no livro de Apocalipse, o Senhor Jesus ameaça severamente a igreja de Laodicéia dizendo: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Apocalipse 3:15,16.

Conclusão - Esse negócio de vestir uma roupa na igreja e outra lá fora; ter um comportamento na igreja e outro na rua; ter um linguajar na igreja e outro fora; namorar de um jeito na presença dos pais e de outro totalmente escandaloso às escondidas; cantar as músicas cristãs na hora da adoração no templo, mas em casa e no trabalho emprestar os lábios para cantar músicas mundanas e pérfidas... 

Lamento meu amigo, mas você está totalmente enganado e enganando a si mesmo. Você na verdade nunca foi crente, nunca entregou seu coração totalmente a Jesus Cristo; nunca deixou que ele fosse de fato seu Senhor. Sua alma está em risco e sua salvação é um fiasco. O diabo te convenceu de que você é salvo e você acreditou e temo que você só acorde para a realidade quando estiver sofrendo nas chamas do INFERNO.

Do vosso conservo em Cristo,

João Augusto de Oliveira.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

0 Por que o calvinismo é impossível?




Por que o calvinismo é impossível? (Em referência a Romanos 9)

Esta é uma conversa que tive com um grupo de excelentes alunos na Universidade de Samford, no dia 07 de Outubro de 2015, parte de uma das palestras que eu ministrei lá naquela semana. Postarei sobre as outras palestras da série semana que vem.
Por que o  calvinismo é impossível?
Em uma de suas pregações contra o calvinismo, John Wesley, o fundador da Igreja Metodista, falou algo que ficou muito conhecido sobre a interpretação calvinista de Romanos 9: “Não importa o que pareça, certamente não é aquilo.” Eu acho que muitas pessoas, especialmente os calvinistas devotos, que acreditam na chamada “dupla predestinação” não entendem corretamente o que foi dito por Wesley. Eu cheguei a ouvir deles que Wesley e eu simplesmente agregamos pressupostos teológicos e filosóficos à Bíblia, que predetermina o que pode ser entendido dela. Há uma pequena verdade nesta crítica, contudo eu gostaria de trazer a memória dos meus críticos calvinistas (e os de Wesley) que o influente teólogo reformado Charles Hodge, em seu muito influente volume de Teologia Sistemática, publicado por volta de 1870 – no qual muito da Teologia Sistemática calvinista contemporânea está apoiada – afirmou que certas prioridades são necessárias como princípios de bom senso que alguém tem que ter para começar a interpretar a Bíblia e a Teologia. Um destes princípios é: Deus não faz nada errado. No contexto de sua declaração, que podemos achar nos primeiros capítulos do volume I de sua Teologia Sistemática, está claro que ele quer dizer que devemos pressupor que Deus não consegue fazer aquilo que é moralmente errado. Ele não quis dizer, como alguns nominalistas-voluntaristas – a exemplo do teólogo medieval Duns Scotus, “o sutil doutor” – que tudo o que Deus fizer automaticamente se torna certo apenas porque Deus o faz. Em vez disso, ele estava baseando sua reivindicação precondicionada sobre o “senso comum realista escocês”, no qual há certas ideias universais que somente pessoas loucas negariam, como a existência de outras mentes.
Eu levo mais longe o pensamento de Wesley e afirmo que, além de Romanos 9 não significar “dupla predestinação”, Deus, desde toda a eternidade, não preordenou certas pessoas para serem condenadas ao inferno [para a Sua glória] e tornou certo que elas seriam amaldiçoadas, mas que a doutrina calvinista é logicamente impossível, no sentido de ser auto-referencialmente refutável.
Por “impossível” eu não quero dizer que, “não existe”. Mas quero dizer que “existe, porém não funciona.” E por “não funciona” eu digo “não consegue ser crido consistentemente e coerentemente.” Crer nela debilita o próprio crer nela. Sendo então breve, meu argumento é que, ao crer que a Bíblia é a Palavra de Deus, o pressuposto é que Deus é confiável e que Deus não é enganador. Isto nos leva a crer que Deus tem um caráter estável, duradouro e eterno. Ele é “bom” de uma forma análoga às nossas mais altas intuições de “bondade” – independentemente de qual seja sua origem.
Coloquemos então de outra maneira: a negativa. Se alguém acredita que a bondade de Deus não é como a nossa melhor intuição de bom, mas possivelmente compatível a qualquer coisa capaz de ser colocada em palavras, então não há nenhuma boa razão em confiar n’Ele. Confiar em uma pessoa, até mesmo em Deus, necessariamente requer que acreditemos que a pessoa é boa, e acreditar que a pessoa é boa requer que tenhamos uma amostra de sua bondade, e não que “bom” é meramente uma palavra para algo totalmente fora de compreensão.
Coloquemos então em termos técnicos: se “bom”, aplicado a descrever Deus, é equivocado e nem mesmo é análogo ao caráter divino, logo é inútil para descrever Deus. Se “Deus é bom” é mudado para “mas a sua bondade é completamente diferente da nossa” (significando nosso maior grau de intuição e ideias de bondade), então é insignificante.
Nem todos calvinistas falam que a bondade de Deus é completamente diferente da nossa. Por exemplo, Paul Helm, no seu livro “A Providência de Deus”, fala que a “bondade” atribuída a Deus não pode ser totalmente diferente da bondade atribuída ao homem (mesmo sendo um ideal impossível). Infelizmente ele, creio eu, não segue isso de uma forma consistente, mas enfraquece sua lógica pela tentativa de combinar a afirmação da bondade essencial de Deus com a crença na dupla predestinação.
Eu defendo que a crença na dupla predestinação é logicamente incompatível com a afirmação de que Deus é bom, a menos que seja tirado todo o significado de “bom”, reduzindo-o a uma palavra inútil, algo que não conhecemos.
Mas, se Deus não é bom, de uma forma análoga às nossas intuições mais altas e melhores de “bondade”, não há nenhuma razão para confiar na Bíblia. E, se não há nenhuma razão para confiar na Bíblia (porque Deus, que não pode ser bom em qualquer forma que faz sentido para nós), então não há nenhum motivo claro para uma intensa exegese bíblica. Na verdade, Deus estaria nos enganando!
Todo cristão piedoso que conheci ou de quem ouvi falar, lê a Bíblia e a estuda (incluindo exegese) convicto de que a Bíblia é verdadeira, e ela não identifica erroneamente Deus e a vontade de Deus para nós. Isto posto, devemos ter em mente que Deus, o autor da Bíblia (mente inspiradora dos autores humanos) é bom, e é por isso que ele é digno de confiança e não é enganador. Mas a crença de que Deus “projeta, predetermina e governa” o inferno para os réprobos, que são incondicionalmente escolhidos por Deus para irem ao inferno para Sua glória, sem levar em conta quaisquer escolhas verdadeiramente livres que fazem, debilita a crença na bondade de Deus. É igualmente irracional a crença de que Deus “passa por cima” de alguns que ele facilmente poderia salvar (porque a eleição para salvação é incondicional e a graça que salva, irresistível), condenando-os ao inferno para Sua glória.
Não há comportamento humano concebível que poderíamos chamar de “bom”, partindo da lógica calvinista. O próprio conceito de “bom” exclui tal comportamento. Sequer deveríamos citar a bondade de Jesus no Novo Testamento, que nos manda amar nossos inimigos e fazer bem a eles.
Então o que quero dizer é que claramente existe uma contradição entre dois credos dos calvinistas:
I) A Bíblia é inerrante e incondicionalmente confiável
II) Deus, seu Autor, não é bom em qualquer sentido significativo para nós
O credo “I” pressupõe que Deus é bom de uma forma significante para nós, comparável às nossas mais altas e melhores intuições de bondade. O credo “II” (necessariamente implicado pela dupla predestinação) esvazia o credo “I”.
Portanto, qualquer exegese da bíblia que retrata Deus como não sendo bom, do qual o hiper-calvinismo (formado pelos que creditam na dupla predestinação) inexoravelmente faz, não pode ser acreditada, porque auto-referencialmente se volta contra a razão de acreditar na Bíblia. Finalmente, para sermos coerentes, devemos escolher entre acreditar na Bíblia como sendo a Palavra de Deus e acreditar na dupla predestinação.
Concluo reafirmando a crítica wesleyana à exegese calvinista de Romanos 9: “Não importe o que pareça, certamente não é aquilo.”
Fonte: http://www.patheos.com/blogs/rogereolson/

sábado, 8 de setembro de 2018

0 Todo Dia Com Paz




Haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.
(1 Coríntios 6:11)

Como Tornar-se Santo

O rei da Prússia, Frederico II, o Grande (1712-1786), era bem conhecido por sua mente aberta. Ele costumava dizer que, em seus Estados, era permitido que cada um de seus súditos se tornasse santo como melhor lhe parecesse. Num tempo em que as perseguições religiosas ainda reinavam na maioria dos países europeus, esse ponto de vista fez da Prússia um oásis de tolerância e liberdade muito antes de seu tempo. Mas essa forma de proceder, prática para o reino da Prússia, é válida para o Reino dos céus? O essencial para cada pessoa é respeitar a crença dos outros praticando a sua com sinceridade? Esse ponto de vista não é justo. Hoje em muitos países cada um pode praticar a religião que lhe convém, até a mais extravagante. Mas quanto a tornar-se santo, isso é outro assunto.
Para ser santificado diante de Deus, a Palavra de Deus nos apresenta a única maneira, a qual consiste primeiramente reconhecer que sou um pecador perdido e em aceitar o meio que Deus me concede para que eu possa ser salvo. Esse meio é o Senhor Jesus Cristo, que satisfez a justiça de Deus entregando Sua vida. O castigo que eu merecia Ele o carregou na cruz e me libertou. Jesus morreu “o justo pelos injustos”. Sim, eu creio nEle, e por isso Deus pode declarar-me justo e santo. Quão perfeita é a obra de Cristo. Ela transforma um pobre pecador num “santo” aos olhos de Deus. Essa é a minha posição, agora tenho que demonstrá-la: “Sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pedro 1:15).
https://www.chamada.com.br/meditacoes/todo_dia/2018/setembro06.html


 

A voz da Palavra Profética Copyright © 2011 - |- Template created by Jogos de Pinguins