quinta-feira, 18 de maio de 2017

0 Reflexão Bíblica – Rasgando o coração na presença de Deus






12 Todavia ainda agora diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto.

13 E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes; e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em benignidade, e se arrepende do mal.

14 Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de cereais e libação para o Senhor vosso Deus?

15 Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembleia solene;

16 congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os meninos, e as crianças de peito; saia o noivo da sua recamara, e a noiva do seu tálamo.

17 Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?” (Joel 2,12-17)

Introdução – Joel cujo significado é “O Senhor é Deus”, viveu por volta de 830 a.C. e exerceu o seu ministério profético em Jerusalém, provavelmente no tempo do rei Joás. Quando Deus comissionou Joel à pregar, a situação econômica, política, social e espiritual ali eram desesperadoras. A falta de arrependimento verdadeiro por parte do povo de Deus, somando-se a dissimulação da classe sacerdotal e o total descaso com as coisas sagradas, tinha levado à nação de Israel a iminência de um “JUÍZO”. Pois a menos que houvesse uma “conversão verdadeira” e um total quebrantamento da parte da “liderança” em favor do povo eles seriam entregues ao opróbrio e a vergonha nacional.

Os dias de hoje ante a profecia de Joel

Acredito que não vivemos dias muito diferentes daqueles vividos pelo profeta e pela nação de Israel daquela época. Pois a falta de compromisso com Deus, o descaso com o sagrado, o abandono da santidade e pureza, os escândalos envolvendo até mesmo grandes nomes do povo de Deus e a hipocrisia generalizada estão contribuindo para que a atmosfera de juízo e punições da parte de Deus aproxime-se velozmente de nós como foi deles.

A menos que haja corações verdadeiramente quebrantados diante de Deus (COMEÇANDO PELO ALTAR) nós continuaremos numa situação delicada, e acreditem vai piorar e muito. Talvez eu esteja sendo até RADICAL no que vou dizer, mas acredito firmemente que grande parte da crise política, econômica e social que estamos vivendo em nosso Brasil, deve-se a apatia da Igreja para com Deus e sua palavra. Não adianta fazer campanhas em redes sociais, protestos, piquetes, manifestações etc. pois enquanto a Igreja (principalmente alguns líderes) não se humilharem diante do Senhor e confessar seus pecados (ganancia, avareza, desejo de poder, corrupção, desvios de dinheiro do povo de Deus, prostituições etc) a coisa continuará a piorar no nosso país. Não adianta ficar culpando governo X ou Y, pois a culpa da nossa nação está entregue as mazelas e hecatombes sequenciais, na verdade é nossa (IGREJA).

Antevendo isso e coisas ainda piores foi que Deus enviou uma palavra profética através de Joel. Palavra essa que ressoa aos nossos ouvidos como se fosse falada hoje dada a sua atualidade. Ninguém em são juízo pode negar que a Igreja brasileira vive uma crise de identidade, uma crise teológica e doutrinária como nunca antes. Denominações históricas (tradicionais e pentecostais) estão abrindo concessões para modismos e aberrações em nome da fé, no afã de tornar-se agradável ao mundo e como dizem alguns, CONTEXTUALIZAR-SE.

Por causa disso é que vemos a Igreja afastando-se cada vez mais da direção do Espírito Santo e tornando-se secularizada e mundana nas suas decisões e deliberações administrativas e espirituais. Coisas que antigamente o corpo ministerial buscava a direção de Deus para deliberar (escolhas de ministros, presidentes de convenções, envio de missionários etc), hoje é decidido por meio de eleições à moda do mundo, com direito a insultos, provocações, falcatruas e inúmeros processos judiciais; causando celeumas profundas no Corpo de Cristo e maculando a Noiva do Cordeiro.

É por isso que ouvimos como um som de trombeta as palavras de Joel “Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele”.

Não é tempo de festejar, mas de chorar diante do altar de Deus em busca de misericórdia. Pois a menos que façamos isso devemos esperar mais lutas, dores e juízos da parte do Senhor. E ele permite que o juízo venha não para nos destruir, mas para nos amadurecer e limpar-nos das nossas iniquidades.

Chega de fazer campanhas de prosperidade, de curas divinas (cura por cura simplesmente), de chaves de carros ou casas etc. É tempo de “orar” continuamente de Domingo a Domingo em humilhação e quebrantamento pedindo a misericórdia do Senhor sobre nós (A IGREJA) e consequentemente sobre a nossa tão sofrida nação brasileira. Os pastores (alguns) precisam descer dos pedestais de se acharem semideuses e fazer o que disse o profeta (CHOREM MINISTROS ENTRE O ALTAR E O ALPENDRE E DIGAM: POUPA O TEU POVO Ó SENHOR!).

CONCLUSÃO – É tempo de pararmos de ser hipócritas como o fariseu que tentava se auto justificar à Deus (O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano – Mateus 18.11); ao invés disso tomar a mesma atitude do publicano ( O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! – Mateus 18.13). Pois somente assim poderemos ter esperança de sermos justificados, perdoados e restaurados por Deus.
           
               Pense nisso,

                                João Augusto de Oliveira


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