terça-feira, 29 de novembro de 2011

0 Assista uma aula de Homilética com o Pastor Ciro Zibordi

Para aqueles que gostam do assunto "Homilética" esse vídeo cairá como uma luva. Ministrado pelo querido Pastor Ciro Sanches Zibordi.
Tema: Erros que os pregadores devem evitar

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

0 A morte de uma Igreja


As sete igrejas da Ásia Menor, conhecidas como as igrejas do Apocalipse, estão mortas. Restam apenas ruínas de um passado glorioso que se foi. As glórias daquele tempo distante estão cobertas de poeira e sepultadas debaixo de pesadas pedras. Hoje, nessa mesma região tem menos de 1% de cristãos. Diante disso, uma pergunta lateja em nossa mente: o que faz uma igreja morrer? Quais são os sintomas da morte que ameaçam as igrejas ainda hoje?

1. A morte de uma igreja acontece quando ela se aparta da verdade - Algumas igrejas da Ásia Menor foram ameaçadas pelos falsos mestres e suas heresias. Foi o caso da igreja de Pérgamo e Tiatira que deram guarida à perniciosa doutrina de Balaão e se corromperam tanto na teologia como na ética. Uma igreja não tem antídoto para resistir a apostasia e a morte quando a verdade é abandonada. Temos visto esses sinais de morte em muitas igrejas na Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações histórias capitularam-se tanto ao liberalismo como ao misticismo e abandonaram a sã doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por um lado ou o seu crescimento numérico por outro, mas um crescimento sem compromisso com a verdade e com a santidade.

2. A morte de uma igreja acontece quando ela se mistura com o mundo - A igreja de Pérgamo estava dividida entre sua fidelidade a Cristo e seu apego ao mundo. A igreja de Tiatira estava tolerando a imoralidade sexual entre seus membros. Na igreja de Sardes não havia heresia nem perseguição, mas a maioria dos crentes estava com suas vestiduras contaminadas pelo pecado. Uma igreja que flerta com o mundo para amá-lo e conformar-se com ele não permanece. Seu candeeiro é apagado e removido.

3. A morte de uma igreja acontece quando ela não discerne sua decadência espiritual - A igreja de Sardes olhava-se no espelho e dava nota máxima para si mesma, dizendo ser uma igreja viva, enquanto aos olhos de Cristo já estava morta. A igreja de Laodicéia considerava-se rica e abastada, quando na verdade era pobre e miserável. O pior doente é aquele que não tem consciência de sua enfermidade. Uma igreja nunca está tão à beira da morte como quando se vangloria diante de Deus pelas suas pretensas virtudes.

4. A morte de uma igreja acontece quando ela não associa a doutrina com a vida - A igreja de Éfeso foi elogiada por Jesus pelo seu zelo doutrinário, mas foi repreendida por ter abandonado seu primeiro amor. Tinha doutrina, mas não vida; ortodoxia, mas não ortopraxia; teologia boa, mas não vida piedosa. Jesus ordenou a igreja a lembrar-se de onde tinha caído, a arrepender-se e a voltar à prática das primeiras obras. Se a doutrina é a base da vida, a vida precisa ser a expressão da doutrina. As duas coisas não podem viver separadas. Uma igreja viva tem doutrina e vida, ortodoxia e piedade.

5. A morte de uma igreja acontece quando falta-lhe perseverança no caminho da santidade - As igrejas de Esmirna e Filadélfia foram elogiadas pelo Senhor e não receberam nenhuma censura. Mas, num dado momento, nas dobras do futuro, essas igrejas também se afastaram da verdade e perderam sua relevância. Não basta começar bem, é preciso terminar bem. Falhamos, muitas vezes, em passar o bastão da verdade para a próxima geração. Um recente estudo revela que a terceira geração de uma igreja já não tem mais o mesmo fervor da primeira geração. É preciso não apenas começar a carreira, mas terminar a carreira e guardar a fé! É tempo de pensarmos: como será nossa igreja nas próximas gerações? Que tipo de igreja deixaremos para nossos filhos e netos? Uma igreja viva ou igreja morta?

                                                                                                              Autor: Rev. Hernandes Dias
Lopes

Postado por: João Augusto 

domingo, 27 de novembro de 2011

0 Frases para reflexão




A oração em si mesma é uma arte que somente o Espírito Santo pode nos ensinar. Ele é o doador de todas as orações. Rogue pela oração - ore até que consiga orar, ore para ser ajudado a orar e não abandone a oração porque não consegue orar, pois nos momentos em que você acha que não poder, é que realmente está fazendo as melhores orações. Às vezes quando você não sente nenhum tipo de conforto em tuas súplicas e teu coração está quebrantado e abatido, é que realmente está lutando e prevalecendo com o Altíssimo. (Charles Spurgeon)

· "Faça todo o bem possível, por todos os meios possíveis, de todos os modos possíveis, em todos os lugares possíveis, em todas as ocasiões possíveis, a todas as pessoas possíveis, tanto quanto for possível."  (
Joao Wesley)

“Há pecado até na nossa santidade, há incredulidade na nossa fé; há ódio no nosso próprio amor; há lama da serpente na mais bela flor do nosso jardim”. (Spurgeon)

Todo cristão ou é um missionário ou é um impostor." (Spurgeon)

 "Vocês não tem nada a fazer, senão salvar almas. Portanto, gastem tempo e sejam gastos nessa obra. Devem ir sempre não apenas ao encontro dos que precisam de vocês, mas principalmente daqueles que mais necessitam de vocês." (Wesley)

"O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo”. (Spurgeon)

A maior necessidade de nossos dias é poder do alto." (Charles Finney) 

Sem muita oração e lágrimas não há avivamento." (Charles Finney) 

"Quando os membros de nossas igrejas demonstrarem o fruto de verdadeira piedade, imediatamente encontraremos pessoas perguntando qual a árvore que produz esse fruto". (Spurgeon)

Uma piedade azeda (amarga) é religião do diabo". (Wesley)

"A Bíblia, toda a Bíblia e nada mais do que a Bíblia, é a religião da igreja de Cristo". (Spurgeon)

O que espanta não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons (Martin Luther king)

A medicina cria pessoas doentes, a matemática, pessoas tristes, e a teologia, pecadores.

Até aos quarenta anos o homem permanece louco; quando então começa a reconhecer a sua loucura, a vida já passou.

“Seja qual for a maneira em que Deus se agrada em socorrer-nos, ele não exige nada mais de nós senão que sejamos agradecidos pelo socorro e o guardemos na memória.” [João Calvino, O Livro de Salmos, Vol 2, p.216

 minhas costas ofereci aos que me feriam, e a minha face aos que me arrancavam os cabelos; não escondi a minha face dos que me afrontavam e me cuspiam. Isaías 50:6

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Mateus 11:29

Diversos autores...

sábado, 26 de novembro de 2011

0 A busca pelo significado teológico do "PENTECOSTALISMO"





Em 01 de janeiro de 1901, o movimento pentecostal nasceu. O mundo foi um berçário para o novo século; a cidadezinha do meio-oeste chamada Topeka, no Kansas, foi o berçário para o nascimento de um novo movimento. O século 20 nasceu para a celebração pública; o movimento pentecostal nasceu nas experiências individuais de um membro de uma pequena reunião de oração privada na Escola Bíblica Betel. Embora o movimento pentecostal tenha se iniciado em humilde anonimato, hoje, com pouco mais de uma década antes de chegar ao seu centenário, ele cresceu e se tornou em uma grande força para a cristandade.
Na cadeira de Teologia Exegética as seguintes matérias são estudadas: teologia bíblica, exegese, hermenêutica bíblica, arqueologia bíblica, geografia bíblica e história bíblica.
A Teologia exegética é a área da Teologia cristã que procura estudar e interpretar os livros sagrados, como a Bíblia, através da exegese. A palavraexegética vem da palavra grega ekegéomai que quer dizer: penso, saco, extrair. A teologia exegética tem como finalidade estabelecer uma estudo sistemático dos livros sagrados utilizando o conhecimento das linguas originais em que foram escritos, como o hebraico e o grego antigo.
O campo  de estudo da hermenêutica bíblica é abrangente. Trataremos aqui  de um enfoque hermenêutico aplicado ao pentecostalismo. Mas antes , devemos  responder as seguintes questões centrais do  fazer teológico-hermenêutico pentecostal:
1)           As regras de interpretação bíblica  são válidas para o movimentio pentecostal? Até que ponto? Método histórico-critico e método gramático-histórico.
2)           Como conciliar teologia , hermenêutica e pentecostalismo
3)           O trabalho do hermenêuta e o  trabalho do Espírito Santo
4)           Hermenêutuca apologética
5)           Pneumatologia dialética
   Nesta  Escola Bíblica de Obreiros , faremos com  que fique claro que a escola pentecostal é uma escola que pensa teológica e espiritualmente a Escritura Sagrada, tanto como fato histórico como espiritual e experimental do ponto de vista da contemporaneidade  do próprio Deus como Causa  e  Movimento da revelação no processo histórico-escatológico.
Charles F. Parham: Origens da Hermenêutica "Pragmática"
Assim como Martinho Lutero é a fonte do luteranismo, João Calvino da teologia reformada, e João Wesley da Igreja Metodista, assim Charles F. Parham é a fonte do pentecostalismo. Parham não foi o primeiro a falar em línguas. Em certo sentido, a honra vai para a senhorita Agnes N. 0zman. Em outro sentido, o nascimento do movimento pentecostal é o clímax do crescente volume de experiências entre os vários avivamentos e movimentos de Fé Apostólica. O que fez Charles F. Parham a pai do pentecostalismo e de Topeka, Kansas, o foco do pentecostalismo, e Ozman Agnes, a primeira pentecostal, não foi a singularidade desta experiência, mas a nova compreensão bíblica/hermenêutica dessa experiência.
Charles F. Parham legou ao movimento pentecostal a sua hermenêutica definitiva e, conseqüentemente, a sua teologia e apologética definitiva. Sua contribuição surgiu do problema da interpretação do segundo capítulo de Atos e da sua convicção de que a experiência cristã do século 20 "deveria corresponder exatamente com a Bíblia, [porém], nenhuma santificação nem unção existente... correspondia com o capítulo 2 de Atos dos Apóstolos." Assim ele relata: "Eu ponho os alunos para estudar diligentemente sobre qual é a evidência bíblica do batismo no Espírito Santo para que possamos ir diante do mundo com algo que seja irrefutável, pois corresponde absolutamente com a Palavra . " Ele conta os resultados da sua busca com as seguintes palavras: "Deixando a escola por três dias nesta tarefa, fui para a cidade do Kansas para três dias de cultos. Voltei para a escola na manhã anterior ao culto da Vigília Noturna do ano de 1900."
Como resultado dessa codificação da hermenêutica e teologia de Parham, a hermenêutica pentecostal permaneceu em um vácuo analítico por boa parte da sua breve história. Na verdade, a hermenêutica pentecostal tem sido mais exposta do que investigada e analisada. Contudo, essa hermenêutica pragmática tornou-se o baluarte da apologética pentecostal e o pilar do pentecostalismo clássico, que, embora possa ser articulada com maior clareza, elegância e sofisticação, manteve-se inviolada até recentemente.
Avaliação do Teólogo Roberto dos Santos
Características da Hermenêutica Pragmática:
1)           Contemporaneidade dos dons espirituais
2)           Ênfase na ação do Espírito Santo na Igreja
3)           Associação da interpretação bíblica a dinâmica do Espírito Santo
4)           A experiência espiritual como elemento fundamental da relação com  a teologia, a hermêutica e a apologética.
5)           A importância da Escola Bíblica para a  investigação da teológica prática

Carl Brumback: Um Exemplo de Hermenêutica Pentecostal Clássica "Pragmática"
Assim como o fogo é impulsionado pelo vento através da pradaria seca, assim, nas décadas seguintes aos decisivos eventos na Escola Bíblica Betel, os ventos do Espírito varreram as chamas do pentecostes sobre os corações espiritualmente secos. O recente avivamento pentecostal avançou e cresceu, tornando-se rapidamente mais internacional do que a tábua das nações do primeiro pentecostes cristão (Atos 2:9-11). O avivamento espalhou-se rapidamente a partir do Kansas e Missouri, até o Texas e Califórnia.[8] E dali para os confins da terra. Contrariamente às expectativas e desejos da maioria do incipiente movimento, ele coligou-se em várias estruturas denominacionais. Depois de 50 anos ele foi cautelosamente admitido na principal corrente do evangelicalismo.Através desse caleidoscópio de variedades que caracteriza o pentecostalismo localmente, nacionalmente e até mesmo internacionalmente, um aspecto permaneceu constante - a hermenêutica pragmática que olhou para o pentecostes como o padrão para a experiência contemporânea.
Escrevendo sobre o meio caminho andado entre o início do movimento pentecostal até o presente, um expositor declarou: "Cremos que a experiência dos cento e vinte em Atos 2:04 - 'E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem' é o padrão bíblico para os crentes de toda era da igreja."
Até 1970 os pentecostais clássicos permaneceram confiantes, se não sempre em silêncio, insensíveis às críticas do seu Pentecostes pragmático como um padrão hermenêutico. Enquanto eles continuam confiantes, o pentecostalismo clássico já não está insensível ao debate hermenêutico. Em 1970 e 80 os pentecostais começaram a tratar das questões hermenêuticas e a articular novas abordagens hermenêuticas, ao mesmo tempo, validando tanto a sua experiência quanto a sua tradição. Vários fatores de variada importância tem produzido essa nova atitude.
Primeiro, o próprio movimento amadureceu; ele já não é um jovem movimento que luta para dar forma a sua identidade e para sobreviver em um mundo hostil.
Segundo, atualmente o pentecostalismo é mais amplamente aceito e está totalmente integrado na principal corrente do evangelicalismo. Como resultado disso, ele está menos defensivo do que em gerações anteriores.
Terceiro, os neo-pentecostais ou movimento carismático mostrou aos pentecostais clássicos uma variedade de hermenêuticas alternativas, adoração e estilos de vida.
Finalmente, a liderança pentecostal, pelo menos em suas instituições de ensino, tem agora formação em seminários e universidades. Como resultado disso, essa liderança tem formação em metodologia crítica e especialização no diálogo acadêmico. Conseqüentemente, o movimento pentecostal clássico trouxe a sua hermenêutica pragmática para o mercado intelectual, para comprar e vender. O mercado está repleto de grandes perigos para o comerciante descuidado, mas também promete ganhos espirituais para o comerciante sábio.
Quando se discute a hermenêutica pragmática dos pentecostais clássicos se está discutindo a exposição de uma tradição, por isso, pode-se escolher praticamente qualquer exemplar de qualquer época, como um representante do movimento. Quando se discute o debate atual, no entanto, já não se está discutindo uma tradição, por isso, é preciso olhar para alguns indivíduos e a sua contribuição particular para o debate. As obras de três estudiosos pentecostais em 1970 e 80 exige atenção: Dr. Gordon D. Fee, professor de Novo Testamento no Regent College em Vancouver, British Columbia; Dr. Erwin M. Howard, professor de Antigo Testamento na Universidade Oral Roberts em Tulsa, Oklahoma; e Dr. William W. Menzies, professor de Estudos Bíblicos, Evangel College em Springfield, Missouri. Em contraste com a hermenêutica pragmática adotada por pentecostais clássicos, esses estudiosos defendem respectivamente uma hermenêutica de gênero, pneumática e holística.
Avaliação do Teólogo Roberto dos Santos
Características da Hermenêutica Pentecostal Clássica:
1)           Confirmação da hermenêutica pentecostal pragmática
2)           Valores e Atitudes: aceitação e ampliação no cristianismo
3)           Desde as décadas de 70  e 80 têm surgido grandes nomes no mundo do pentecostalismo clássico. No Brasil podemos contar com Antônio Gilberto, Elienai Cabral, Esquias de Souza, etc.
4)           A abertura de seminários, faculdades e renomadas obras teológicas
5)           Profundidade acadêmica (Teologia do Espírito)

Gordon D. Fee: Uma Hermenêutica do "Gênero"
Dr. Gordon Fee moveu-se para preencher o vácuo da análise do pentecostalismo clássico, talvez, com mais vigor do que qualquer outro estudioso contemporâneo. Sua análise da hermenêutica pentecostal e as suas propostas para os novos rumos na hermenêutica são encontradas em vários artigos, incluindo o seguinte: "Hermeneutics and Historical Precedent—a Major Problem in Pentecostal Hermeneutics","Acts—The Problem of Historical Precedent",e "Baptism in the Holy Spirit: The Issue of Separability and Subsequence."Como um filho do movimento pentecostal e um erudito de renome internacional, as credenciais de Fee são impecáveis. Sua principal contribuição para o debate hermenêutico é defender um "gênero" hermenêutico como uma alternativa para a hermenêutica pragmática dos pentecostais clássicos.
Como princípio geral Fee defende: "Deve ser um axioma de hermenêutica bíblica em que o intérprete leva em conta o gênero literário da passagem que está interpretando, junto com a questão do texto, gramática, filosofia e história." Então, em Atos, sobre o qual está baseado a teologia pentecostal: "... não é uma epístola, nem um tratado teológico. Mesmo que se ignore o seu valor histórico, não pode-se, e de fato não se deve, ignorar o fato de que [Atos] é moldado em forma de narrativa histórica. "  A importância da plena noção de que Atos é moldado em forma de narrativa histórica "é que, na hermenêutica da história bíblica, a principal tarefa do intérprete é descobrir a intenção do autor (eu acrescentaria, do Espírito Santo) no registro histórico." Três princípios surgem a partir dessa visão no que diz respeito à hermenêutica da narrativa histórica:
a. A Palavra de Deus em Atos, que pode ser considerada como normativa para os cristãos, está relacionada principalmente com qualquer narrativa com a intenção de ensinar.
b. Que é incidental à principal intenção da narrativa poder realmente refletir a teologia do autor, ou como ele entendia as coisas, mas não poder ter o mesmo valor didático que a narrativa com intenção de ensinar tem.
c. O precedente histórico, para ter valor normativo, deve estar relacionado com a intenção. Ou seja, se puder ser demonstrado que o propósito de uma narrativa é estabelecer precedentes, tal precedente deve ser considerado como normativo.
Tendo discutido o uso da hermenêutica da narrativa histórica em geral, Fee, em seguida, dá três princípios específicos para a utilização de um precedente histórico:
1. O uso do precedente histórico como uma analogia pelo qual se estabelece uma norma nunca é válido em si mesmo.
2. Apesar de não ter sido o propósito principal do autor, as narrativas históricas têm sido ilustrativas e, por vezes, "padrão" de valor.
3. Em matéria de experiência cristã, e mais ainda na prática cristã, os precedentes bíblicos podem ser considerados como padrões repetitivos - mesmo caso eles não estejam sendo considerados como normativos.
Com base nas suas orientações para o uso do precedente histórico, Fee, em seguida, discute as distinções pentecostais - batismo no Espírito distinto e subsequente à conversão, e falar em línguas como evidência física inicial. Seguindo James D. G. Dunn, Fee afirma: "Para Lucas (e Paulo) o dom do Espírito Santo não é uma espécie de complemento para a experiência cristã, nem é um tipo de segunda maior parte da experiência cristã. Ele é sim o elemento principal no evento (ou processo) da conversão cristã ".
Avaliação do Teólogo Roberto dos Santos
Características da Hermenêutica pentecostal  de Gênero:
1)           A narrativa histórica como elemento precedente da normativa: texto, gramática, filosofia e história.
2)           A Experiência deve está vinculada a narrativa histórica bíblica
3)           O Deus Bíblico é o Deus de Sempre
4)            A relação da narrativa  histórica de Atos com a teologia dogmática
5)           A teologia do Espírito Santo e a prática pentecostal hoje.
6)           As preocupações de Fee são previsivelmente as de um filho natural, isto é, precedente histórico, separabilidade e subseqüência.
Howard M. Ervin: Uma Hermenêutica "Pneumática"
Como observamos, Gordon D. Fee defende um gênero hermenêutico para os pentecostais. Em seu ensaio, "Hermeneutics: A Pentecostal Option," Howard M. Ervin propõe uma abordagem diferente para a hermenêutica pentecostal, chamada, hermenêutica "pneumática". Fee é um filho natural do movimento pentecostal. Ervin não é um filho natural, mas é, por assim dizer, um estrangeiro residente no movimento. Ele foi pastor por 17 anos na Igreja Batista Emanuel, Atlantic Highlands, New Jersey, que participou de um encontro internacional da Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno em Miami, Flórida. Em uma reunião de oração em que David DuPlessis e Dennis Bennett oraram por ele, ele recebeu o seu pentecostes pessoal, falou em línguas como o Espírito lhe concedia que falasse. [33] As preocupações de Fee são previsivelmente as de um filho natural, isto é, precedente histórico, separabilidade e subseqüência. Em contraste, as preocupações de Ervin são as de um filho naturalizado, ou seja, a epistemologia da Palavra e experiência.
Ervin lança sua discussão, "Hermeneutics: A Pentecostal Option", com a observação: "Fundamental ao estudo da hermenêutica, como a qualquer disciplina acadêmica, é a questão da epistemologia." Para o homem ocidental duas formas de conhecimento são axiomáticas: a experiência sensorial e a razão. Não só para a ortodoxia, mas também para o pietismo e neo-ortodoxia, o resultado é uma dicotomia perene entre fé e razão. Ele resume as conseqüências deste problema epistemológico com estas palavras: "A conseqüência para a hermenêutica tem sido em alguns setores um racionalismo destrutivo (neo-ortodoxia), em outros, uma intransigência dogmática (ortodoxia), e ainda em outros, um misticismo não-racional (pietismo
Embora o seu ensaio seja intitulado, "Hermeneutics: A Pentecostal Option", Ervin contribui pouco ao tema da hermenêutica pentecostal. Além de alguns parágrafos no final do seu ensaio, ele escreve principalmente sobre epistemologia e não sobre hermenêutica. É lamentável que ele não tenha explorado a sua hermenêutica pneumática em maior profundidade, para a dimensão pneumática, ou vertical, é uma dimensão essencial na hermenêutica pentecostal. Afinal, é o Espírito, que é ao mesmo tempo atemporal e imanente, que prevê estabelece o continuum existencial e pressuposicional entre a palavra escrita no passado e essa mesma palavra no presente.
Avaliação do Teólogo Roberto dos Santos
Características da Hermenêutica Pneumática:
1)           a epistemologia da Palavra e experiência: Para o homem ocidental duas formas de conhecimento são axiomáticas: a experiência sensorial e a razão
2)           "A conseqüência para a hermenêutica tem sido em alguns setores um racionalismo destrutivo (neo-ortodoxia), em outros, uma intransigência dogmática (ortodoxia), e ainda em outros, um misticismo não-racional (pietismo).
3)           O que é necessário", escreve ele, "é uma epistemologia firmemente enraizada na fé bíblica com uma fenomenologia que atenda aos critérios de experiência sensorial empiricamente verificável (cura, milagres, etc.) e não viole a coerência das categorias racional"
4)           Para Ervin, uma epistemologia pneumática não só atende a esses critérios, mas também oferece uma resolução de (a) a dicotomia entre fé e razão, que o existencialismo procura preencher, embora ao custo do pneumático; (b) o antídoto para um racionalismo destrutivo que, muitas vezes, acompanha uma exegese histórico-crítica; e (c) uma responsabilidade racional para o misticismo de uma piedade baseada na sola fide.
5)           "A experiência pentecostal com o Espírito Santo dá conhecimento existencial dos milagres na visão bíblica de mundo
William W. Menzies: Uma Hermenêutica "Holística" 
Dr. William W. Menzies é o terceiro estudioso pentecostal que está contribuindo significativamente para a discussão da hermenêutica pentecostal. O seu pensamento atual sobre o assunto está resumido no recente artigo, "The Methodology of Pentecostal Theology: An Essay in Hermeneutics."  Ao contrário de Gordon Fee, que enfoca o gênero da literatura bíblica, e Ervin, que enfoca a epistemologia, Menzies enfoca a teologia. Menezies entende que, "o problema corrente da teologia carismática" hoje, é a conexão entre os fenômenos tais como línguas e o batismo no Espírito. Para Menzies, no centro desta batalha teológica de hoje está a questão básica da hermenêutica ou metodologia. [46] Considerando que Fee propõe uma hermenêutica de gênero e Ervin propõe uma hermenêutica pneumática, Menezies propõe uma hermenêutica holística para interpretar o fundamento bíblico da teologia pentecostal.
A hermenêutica holística de Menzies possui três níveis: (1) o nível indutivo, (2) o nível dedutivo, e (3) o nível de verificação. O nível indutivo é a exegese científica das Escrituras. Ele vê três tipos de acesso indutivo: (a) declarativa, ou seja, aqueles textos "cuja transparência torna o seu significado relativamente inequívoco", (b) implicacional, para algumas verdades importantes, como a doutrina da Trindade "é implícita nas Escrituras , ao invés de afirmações em declarações categóricas de um tipo evidente", e (c)descritivo, que é o verdadeiro campo de batalha.
Finalmente, a hermenêutica holística de Menzies inclui o nível de verificação. Este é o nível da experiência contemporânea. Menzies acredita que, "se uma verdade bíblica pode ser promulgada, então ela deve ser demonstrada em vida." [52] Em outras palavras, embora a experiência não estabeleça teologia, caso não verificada ou demonstrada a verdade teológica. Assim, no Dia de Pentecostes, "os apóstolos, guiados pelo Espírito, instruíram os discípulos sobre a conexão entre a revelação e a experiência. 'Isso é que ", Pedro anunciou (Atos 2:16)."
A hermeneutica holística de Menzies em três níveis - indutivo, dedutivo, e verificação - tem muito a ser elogiada. Por exemplo, ela integra o analítico, o sintético, e os processos existenciais. Além disso, integra o exegético, o teológico, e as dimensões aplicacionais da interpretação bíblica. Aplicando esta hermenêutica holística para o Livro dos Atos, Menzies acha que pode reafirmar os quatro aspectos da hermenêutica e teologia pentecostal; a saber: (1) Pentecostes como padrão, (2) a normatividade teológica desse padrão, (3)subsequência e (4) o sinal das línguas.
Avaliação do Teólogo Roberto dos Santos
Características da Hermenêutica Holística
1)           A hermenêutica holística de Menzies possui três níveis: (1) o nível indutivo, (2) o nível dedutivo, e (3) o nível de verificação. O nível indutivo é a exegese científica das Escrituras. Ele vê três tipos de acesso indutivo: (a) declarativa, ou seja, aqueles textos "cuja transparência torna o seu significado relativamente inequívoco", (b) implicacional, para algumas verdades importantes, como a doutrina da Trindade "é implícita nas Escrituras , ao invés de afirmações em declarações categóricas de um tipo evidente", e (c)descritivo, que é o verdadeiro campo de batalha.
2)           Aplicando esta hermenêutica holística para o Livro dos Atos, Menzies acha que pode reafirmar os quatro aspectos da hermenêutica e teologia pentecostal; a saber: (1) Pentecostes como padrão, (2) a normatividade teológica desse padrão, (3)subsequência e (4) o sinal das línguas.
3)        
Finalmente, a hermenêutica holística de Menzies inclui o nível de verificação. Este é o nível da experiência contemporânea. Menzies acredita que, "se uma verdade bíblica pode ser promulgada, então ela deve ser demonstrada em vida." [52] Em outras palavras, embora a experiência não estabeleça teologia, caso não verificada ou demonstrada a verdade teológica. Assim, no Dia de Pentecostes, "os apóstolos, guiados pelo Espírito, instruíram os discípulos sobre a conexão entre a revelação e a experiência. 'Isso é que ", Pedro anunciou (Atos 2:16)."
4)           Atos dos Apostolos é a fonte da Teologia Pentecostal; ele é a base metodológica e epistemológica da hermenêutica pentecostal.
Roberto dos Santos : Uma Hermenêutica "do Espírito"
     Dr. Roberto dos Santos  é um  estudioso pentecostal e teólogo aplicado que está contribuindo significativamente para a discussão da hermenêutica pentecostal no Brasil. O seu pensamento atual sobre o assunto está resumido no seu novo livro, "Teologia do Espírito” Ele defende na obra que  a Teologia do Espírito é uma nova forma de interpretar o dogma teológico dentro de uma perspectiva dialética e dinâmica onde cada Pessoa da Trindade é vista a  partir de uma teologia integralizada a revelação progressiva e poderosa em uma visão unificadora da ação de Deus na história, no mundo  e na igreja. Com esse posicionamento, Roberto dos Santos, interpreta todo o  sistema teológico dentro de uma ótica do Espírito, isto é, é o Espírito de Deus como Deus criador e agente da história o eixo-epistêmico da revelação e do poder de ser Deus e de agir como Deus em  todas as  instancias da realidade. A Teologia do Espírito é a Teologia da Trindade em  imanência, que se comunica com a história , que se identifica com  a Igreja e que se firma  no mundo como o sentido último de todas as coisas.
Atos 2 , em  sua  interpretação na Teologia do Espírito” é  a revelação padrão de uma manifestação dinâmica no processo histórico-cosmo-eclesial . Na hermenêutica pentecostal do Espírito  , a ação de Deus é ação  transcendental-escatológica.  A  escatologia aponta para o clímax  do  soteriológico-pneumatológico da Igreja de Jesus Cristo.
Características da hermenêutica do Espírito:
1)           No livro: Fé, Poder e Esperança – um testamento teológico para a assembléia de Deus fica bem  claro  a seguinte verdade: o Espírito Santo é uma realidade espiritual  dentro do processo  histórico da igreja.
2)           A compreensão da palavra de Deus  está ligada a experiência com o Espírito Santo, pois não é possível  conhecer profundamente a Escritura Sagrada   sem o apoio epistêmico e pneumático do Espírito Santo na vida da igreja.
3)           Todas as regras de interpretação da palavra de Deus  devem ser guiadas pela dialética do Espírito Santo
4)           A teologia do Espírito é também uma espécie de hermenêutica do Espírito , porque não existe hermenêutica sem  teologia.
Dr. Roberto dos Santos, PhD
Doutor em Filosofia – Cambridge International University
Doutor em Estudos religiosos – Friends International Christian University
Mestre em Educação – Universidad Evangélica Del Paraguay
Docente do Ensino Superior – Universidade Gama Filho


  

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

0 O bombeiro e o incendiário




Como crente “pentecostal” que sou, pois que acredito na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos Dons Espirituais. Acredito que a Igreja está dividida em duas classes de pessoas: “Bombeiro e incendiário”.

Não estou aqui (pelo menos não no momento) para discutir o cessacionismo (doutrina que prega que os Dons e o Batismo com o Espírito Santo cessaram no período apostólico), mas para apresentar um ponto de vista “Pentecostal Clássico”.

Pois bem, conforme vinha dizendo, acredito que existem na igreja estes dois tipos de pessoas, senão vejamos:

. Qual a função do bombeiro? É notório, ele tem a função de apagar “fogo”, dentre outras mas quero me ater a esta.

Quando participo de cultos de adoração, que vejo a verdadeira adoração tão distante do padrão bíblico-teológico exposto nas Escrituras Sagradas, logo me deparo com um bombeiro tentando apagar o verdadeiro fogo do Espírito e colocar fogo estranho em seu lugar.

Quando vejo pessoas alheias ao culto, algumas atendendo os seus celulares e outras até conversando em voz audível, o que me vem à mente é a figura do bombeiro com a sua mangueira esguichando água na tentativa de alcançar a origem do fogo e assim extingui-lo.

Quando vejo pessoas que simplesmente vivem na inércia intelectual, ou seja, não leem nada, não estudam nada e nesse nada incluímos principalmente a Bíblia Sagrada, mas vivem a mercê de pessoas inescrupulosas que vomitando suas heresias e eisegesis poluem a mente dos incautos com falsos ensinos e interpretações absurdas. 
Quando vejo alguém agindo assim, parece que estou vendo o telefone 193 (número oficial do corpo de bombeiros – São Paulo/ Brasil) tocando e avisando que tem um incêndio em andamento para ser apagado.

Agora finalmente, quando vejo crentes que estudam a Bíblia com dedicação e afinco no afã de entender as verdades profundas da Palavra de Deus, acredito firmemente que estou diante de um “incendiário espiritual”, daqueles que não aceitam nas suas vidas nada menos do que a Glória do Senhor.

Quando vejo pessoas que durante os cultos estão a meditar nos louvores, na mensagem pregada no altar; não posso pensar outra coisa senão “eis ai um incendiário”, alguém que quer ser avivado a qualquer preço.

Quando vejo um cantor ou um pregador, cantando e pregando uma mensagem bíblica e cristocêntrica (apesar de serem raras) estou diante de tochas e labaredas acesas por Deus para trazer poder do alto á sua Igreja.

Cabe a cada um de nós decidir o que somos: se somos bombeiros tentando apagar o fogo da Igreja do Senhor com a nossa apatia, e descaso ou se somos “incendiários espirituais” cheios de fogo do céu, para espalhar brasas entre os santos.

O que você tem sido? Bombeiro ou incendiário? E principalmente o que você vai ser a partir de agora?
 Compete a cada um de nós a tarefa de evangelizar o mundo e lançar fogo purificador e santificador neste mundo corrompido pelo pecado.

Vosso conservo em Cristo,

                    João Augusto de Oliveira


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

0 Oito regras para um ministério cristocêntrico




1. Não se una a pessoas que buscam fama e sucesso ministerial a todo e qualquer custo, nem que para isso tenham que infamar publicamente os supostos concorrentes. 

2. Não aceite todo convite para não sacrificar a família, o trabalho, e o estudo acadêmico.

3. Não faça do ministério um “pé de meia” para o futuro, quando tudo o mais der errado.

4. Não busque o sucesso, a fama e honra para si, fazendo da piedade uma autoafirmação da sua personalidade e talentos naturais.

5. Jamais use a simplicidade e acriticidade do povo de Deus como esteio para popularidade e sucesso pessoal.

6. Não fique teologicamente em cima do muro para agradar gregos e troianos, mas expresse o que a Bíblia diz sem vacilação.

7. Não use a linguagem da piedade para incensar os próprios feitos.

8. Seja amigo daqueles que compartilham da mesma visão.

Esdras Costa Bentho

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

1 Apologia – Qual o vínculo do cristianismo com os essênios





Será que os ebionitas e os essênios continuam presentes na atualidade? A Igreja essênia de Jesus Cristo afirma que sim. Num artigo publicado na revista Super Interessante edição de novembro de 2001, página 98, intitulado A Fraude de São Paulo, o articulista e fundador do movimento no Brasil declara ser cristão essênio.

Uma olhada rápida no artigo parece tratar-se das denúncias de corrupção contra Paulo Maluf e Celso Pitta, ex-prefeitos da cidade de São Paulo, mas trata-se de um movimento heterodoxo, sincrético, que incorpora em seu bojo reencarnação e outras práticas ocultistas, além das crenças que fogem à ortodoxia bíblica. O artigo não apresenta o papel geral do movimento, restringe-se apenas a mostrar as supostas oposições dos ensinos paulinos com os do Senhor Jesus Cristo.

Numa pesquisa mais detalhada, se descobriu que o referido movimento crê num Jesus que eles afirmam ser essênio e numa escritura que não é o Novo Testamento. Afirmam ainda pertencerem a “Igreja Universal Essênia Ebionita de Jesus Cristo”. Negam a Trindade bíblica e pregam a salvação mediante a prática do vegetarianismo. Sua Trindade se parece com a do Reverendo Moon: Pai, Mãe e Filho. O Jesus que eles pregam é estranho ao Novo Testamento, casado, como o Jesus dos mórmons e de José Saramago e de tantos movimentos heterodoxos. Negam ser Jesus o único Filho de Deus e admitem a existência de mais cristos, como a Nova Era.

O articulista questiona a legitimidade do apostolado de Paulo: “Nem sequer tenha sido um dos 12 apóstolos”, afirma em determinado momento. Ele chama o apóstolo dos gentios de fraudulento: “Há vários indícios de que, como num plano de sabotagem, Paulo divulgou, em nome do Messias, uma doutrina falsificada”. Essa oposição ao apóstolo é tão antiga quanto o cristianismo.

Trata-se de um outro evangelho (Gl 1.8-9), pois a Bíblia ensina que a Trindade é a união das Três Pessoas em uma só Divindade – o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mt 28.19) – e que Jesus é o unigênito Filho de Deus (Jo 3.16; 1 Jo 4.9). É também falso o ensino de que Jesus foi vegetariano. O Senhor Jesus e seus discípulos jamais foram vegetarianos, pois comeram peixe e carne (Jo 21.12-15; Lc 22.7,13-15).

O vegetarianismo como condição para salvação está classificada entre as “doutrinas de demônios’ (1 Tm 4.1-5). Não há nada de errado em alguém ser vegetariano como opção  dietética pessoal, todavia como condição para  salvação é heresia. A salvação é pela graça mediante a fé(Ef 2.8-9), e não por aquilo que se come (Mt 15.11-17).

O apóstolo Paulo tinha opositores, e seria até infantilidade de nossa parte supor que um homem com a estatura espiritual de Paulo, liderando um grande movimento de revolução do pensamento religioso de sua geração, não tivesse oposição. Foi alvo dos bombardeiros de seus inimigos.

Seus opositores podiam até levar certa vantagem, pois Paulo não era um dos doze que conviveram com Jesus. Talvez soubessem dos requisitos apresentados pelo apóstolo Pedro (At 1.21-25). Paulo perseguidor da Igreja antes de sua conversão, talvez por isso tentassem excluí-lo da lista dos apóstolos. Essas acusações ele rebateu veementemente. A ênfase que esse servo de Deus dá a origem de seu apostolado (Gl 1.1) mostra que único que tem autoridade de constituir apóstolos é o Senhor Jesus. Além disso, o Senhor Jesus apareceu a ele (1Co 9.1; 15.8; 2Co 4.6; Gl 1.15-16) e o livro de Atos dos Apóstolos o apresenta como apóstolo (14.14).

Os ebionitas eram uma seita judaico-cristã que sobreviveu entre o segundo e quarto séculos. O nome pode vir do hebraico ebionim, que significa “pobre”, pois pregava a pobreza, baseado em Mateus 5.3, mas Tertuliano afirma que o nome veio de um certo Ebion. O ebionitas criam em Jesus como o seu Messias, mas negavam sua deidade. Viviam o ritual da lei e os costumes judaicos. Eram hostilizados tanto pelos judeus quanto pelos cristãos. Repudiavam as epístolas paulinas, chamavam o apóstolo Paulo de apóstata, tinham um evangelho próprio, chamado de Evangelho aos Hebreus, um dos apócrifos, entre tantos outros livros produzidos a partir do segundo século.

Os ebionitas estavam divididos em três grupos: os nazarenos, os ebionitas fariseus e gnósticos ou essênios. Esse último parece se identificar com a atual Igreja Essênia aqui em foco, pois o Jesus que eles apresentam hoje tem características gnósticas.

Os essênios não aparecem no Novo Testamento, pois viviam no deserto. Eram chamados de issiim, que em hebraico significa “os que curam”. O nome se justifica porque possuíam realmente um conhecimento muito avançado da medicina. Tornaram-se conhecidos por todo o mundo em nossos dias por causa das grandes descobertas dos manuscritos do Mar Morto. Eles diziam que a política hasmoneana (referente à família dos macabeus) terminaria trazendo a destruição do país, e com ela a vinda do Messias.

Eles se retiraram para o deserto ao invés de formar uma facção político-religiosa. Formaram comunidades à beira do Mar Morto. Não reconheciam a autoridade do sumo sacerdote e nem o culto do templo de Jerusalém. Trabalhavam, meditavam e esperavam a vinda do Messias. Sua disciplina era rígida, tinham hábitos de higiene muito rigorosos, uma moral muito forte e levavam uma vida simples. É o que descobriram arqueólogos israelenses.

Não é verdade que João Batista e o Senhor Jesus Cristo tivessem sido essênios. Não há provas e nem evidência disso. Eruditos judeus, católicos e protestantes, depois de mais de 40 anos de investigações, traduções e decifrações desses manuscritos, afirmaram unanimemente que não haviam encontrado algo que vincule definitivamente os essênios aos cristãos.
A Igreja Essênia de hoje congrega elementos ebionitas, essênios e muitas outras práticas ocultistas. O fato de se considerarem ebionitas pode explicar seu ódio ao apóstolo Paulo e o virulento ataque a artigos desse teor. Isso não é cristianismo. Cristão é todo aquele que se converte à fé cristã genuína, conforme os ensinos do Novo Testamento. Jamais devemos nos esquecer dos avisos solenes da Bíblia: “Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis”, 2Co 11.4.

Artigo de autoria do Reverendo Pastor Ezequias Soares - O autor é Ministro do Evangelho, graduado em Língua e Literatura Hebraica pela Universidade de São Paulo, professor de hebraico, grego e apologética cristã. É também pastor da Igreja Assembleia de Deus em Jundiaí e comentarista de Lições Bíblicas e outras obras editadas pela CPAD.,

Digitado pelo vosso conservo em Cristo,

João Augusto de Oliveira

 

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